O Jornalista, a indignação.


O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Ao nos oferecer a opinião dos deseducados, ele mantém-nos em dia com a ignorância da comunidade, Oscar Wild
Como se faz uma entrevista, por um jornalista oco (?)

A recente entrevista que o Dr. Miguel Albuquerque deu à RTP-Madeira, indignou-me. Mais a passividade do jornalista, do que as continuas patetices que se iam dizendo. O Sr. Jornalista fez um frete. Gostava de saber é se o fez de propósito; se o mandaram fazer assim; se teve medo de ser renovado; ou se é preguiçoso, porque não fez os trabalhos de casa. Ou então, já se esqueceu o que é ser jornalista. Vou focar-me apenas num ponto, só um, a saúde na Madeira que lá foi falada.

1)    Quando o Dr. Miguel Albuquerque refere que só se queixam da Saúde pública na Madeira, aqueles que a não usam (isto é demasiado mau para se dizer), não se lembrou o jornalista de perguntar-lhe se tem passado pelo Hospital e centros de Saúde,

2)   Quando MA diz ter o hospital todas as condições e mais algumas, o jornalista não se lembrou de perguntar, porque é que se pede papel higiénico ás famílias dos utentes que ficam lá encalhados. E comida ... e toalhas ... e medicamentos ...

3)    Quando MA diz que contra tudo e todos, foi lançado um concurso publico internacional para o novo hospital, o jornalista não lhe pergunta porque o novo hospital central de Évora a servir uma população estimada entre as 200.000 e as 500.000 mil  pessoas vai custar 150 milhões de euros e com o da Madeira, serão gastos 254 milhões de euros, servindo um máximo de 200 000 habitantes e abarcando uma área geográfica 10 vezes menor. A diferença de cerca 100 milhões de euros é para quê ? E o primeiro tem todas as valências, enquanto o segundo uma grande maioria.

4)  Ainda sobre este assunto, não pergunta o jornalista, porque é que pelas regras deste concurso, o vencedor será escolhido por menor preço apresentado, mas também por um conjunto de possibilidades subjectivas que muitos poucos conhecem: o júri e quem o nomeia. Uma brincadeira ou O Escolhido já apareceu ?

5)      Quando MA brinca com listas de espera “estáticas e dinâmicas” e diz que se por um lado as pessoas não compreendem este dinamismo, por outro lado, como refere que diminuiu estas listas, o jornalista não lhe pergunta o que é que diminui? As estáticas ou as dinâmicas, uma vez que os números dizem que estas listas CONTINUAM  a aumentar.

O JORNALISTA  nunca pergunta porquê, onde estão os indícios do que MA refere, afirma e insinua.  E nem sequer repara que MA diz que a Madeira integrou-se na União Europeia !!!!!! e quer um representante. Outra trapalhice. Afinal eu e muitos, sempre pensámos que foi Portugal que se integrou, aliás nem me lembro de ver algum representante da Madeira a assinar o tratado. Mais, quando MA fala na dívida publica portuguesa, da República, este  ignorante JORNALISTA,  não diz o óbvio: que nesta divida está INCLUÍDA  a actual divida da RAM e a totalidade da divida da RAM assumida por Lisboa, quando era primeiro-ministro António Guterres.

Isto não foi uma entrevista, mas um TEMPO DE ANTENA  descarado pago por todos nós.  O descaramento não tem limites e a vergonha é nenhuma. Este jornalista não dignificou a classe.
O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia, Eça de Queiroz 
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