Votar em imbecis ?

 





A democracia nunca está fechada ou adquirida. Precisa de se renovar substancialmente - na sociedade civil. O sangue novo tem de se ligar às instituições como realidades vivas. Mas o «sangue novo» pressupõe consciência histórica e capacidade de ligar as várias gerações, Guilherme Oliveira Martins .

Olhando para a classe politica atual madeirense, vem.me um pouco á ideia o que Ramalho Ortigão dizia sobre Portugal e as suas gentes, nomeadamente jornalistas e políticos: "a ausência absoluta de espirito e classe e de amor á profissão". Estávamos no sec. XIX, ultimo quartel. 

Mas Ortigão dizia mais. Uma vez estabelecidos, “consideravam o trabalho politico, o jornal «um desdouro, uma mésalliance, um ganha-pão subalterno»”.  Oliveira Martins no seu “Portugal contemporâneo” também afinava pelo mesmo diapasão.

Este pais é uma choldra, dizia Eça de Queiros. Aliás num país que é governado por "talentosos gentes de primeira", onde todos políticos se acham de primeira qualidade, é surpreendente chegar-se à conclusão de que é o "mais estupidamente governado apesar de ter a gente superiormente mais talentosa". 

A Madeira atual parece o Portugal que Ramalho Ortigão e Eça de Queirós tão bem descreviam

Eça de Queirós retratava a classe política portuguesa como “retrógada, corrupta e hipócrita”. E sobre os jornais dizia serem “sensacionalistas, manipuladores e pouco confiáveis”. A imprensa era um instrumento muitas vezes usado para promover interesses pessoais e políticos, em vez de servir ao público com informações precisas e imparciais. Como é hoje a da Madeira.

No Sec XXI a Madeira é “ipsis verbis” o que Ramalho e Eça viram no Portugal do sec XIX. E chegavam á seguinte conclusão: que, como os talentos sempre falham, que se experimentem por uma vez os imbecis!

Os jornais e políticos madeirenses  são interesseiros e tratam da “ RES PUBLICA”   de forma supérflua e sem estudar profundamente os resultados e as politicas que querem implementar. A informação que sai, seja na RTP-M, como nas rádios locais e jornais/boletins de aldeia/pasquins, são basicamente noticias, que em vez de educar e informar a sociedade, contribuem para a propagação de ignorância e desinformação.

No século XXI, os jornais e políticos madeirenses seriam retratados de forma simples e objetiva por estes dois grandes escritores portugueses. Hipócritas, nada talentosos, ignorantes, retrógados, estúpidos, manipuladores, corruptos, interesseiros, ........

Falta de progresso e corrupção, ao mesmo tempo em que celebram a beleza e a riqueza cultural do país, foi a tónica que Alexandre Herculano e Almeida Garret puseram nos seus retratos de Portugal. Como fazemos hoje pela Madeira.

O homem sem educação, por mais alto que o coloquem, fica sempre um subalterno, Ramalho Ortigão

E ao olharmos para a nossa Madeira, aquilo que ainda não está estragado, não posso deixar de recordar o que Byron disse sobre Sintra “que era a terra mais bonita que tinha visto” e sobre os portugueses “um povo que não merecia ter Sintra”.


Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as acções - mesmo as boas, Eça Queirós

O regime da Madeira, criado por AJJ, está alicerçado numa corrupção profunda, numa (des)informação á medida para o manter e em políticos que nada querem da “RES PUBLICA” , apenas uma “RES PUBLICA MEA”.

Nestas eleições o problema coloca-se em porque votar e em quem votar.

Porque votar

Vota-se para se escolher o(s) melhor(es). Vota-se para afastar o(s) pior(es).

Vota-se para se progredir, vota-se para afastar a corrupção instalada.

Vota-se para melhorar politicas setoriais (saúde por exemplo), vota-se para afastar a misoginia, o descrédito.

Vota-se para melhorar a RES PUBLICA, vota-se para afastar a hipocrisia

Vota-se pelo mérito, vota-se para afastar o retrocesso, o regredir.

Vota-se para que o individuo seja independente, vota-se para afastar o individuo da dependência, do apoio.

Para ensinar há uma formalidade a cumprir - saber, Eça Queirós

Em quem votar

Psd-M, Ps-M, JPP, Chega-M, Il-M, Cds-M, Pan-M, Be-M, Pcp-M, …… e outros estão prontos para receberem o nosso voto.

Mas se queremos diferença, 50 anos mostraram bem, quem nunca praticou diferença, nunca trabalhou para o mérito, nunca praticou a meritocracia, nunca fez mais do que aos “costumes dizer nada” e defender uma região que toda ela depende de um apoio para sobreviver.

Nos partidos de cima, se psd-M, cds-M, este ps-M, criaram e mantiveram este regime, be-M, Pan-M, pcp-M foram os biblots deste regime. Restam Il-M, Chega -M e JPP.

Ora a Il-M no fulcral, no principal, ZFM, lei das finanças regionais, estatuto político administrativo da Madeira defende o mesmo que o regime. Logo não se vota nela. Porque isto de ser liberal, tem de ser em todo o território português e a Madeira não é exceção. 

O chega-M que sabemos se rege por conversas “de merda” como recentemente mostraram os candidatos e atual presidente do Chega-M e que antes apoiavam o psd-M, também não serve. 

O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia, Eça Querós

Resta a JPP.

Que não é melhor, mas apenas a melhor dos piores.

E é mau quando se vota por exclusão de partes. 

Como é mau se se votar psd-M, este ps-M, este cds-M, o pan-M, ..... afinal votar neles é votar em mais esquemas de corrupção. Mais e maiores esquemas de compadrio, melhores esquemas para DDT. 

Restam os independentes. Mas porque o são, ninguém os quer a governar. Sejam os DDT, sejam estes partidos. Porque todos sabem que com independentes a governar, existirá equidade e transparência de decisões. Existirá mérito e criar-se-á um regime de não dependentes e onde a ignorância não existirá. Porque existirá competência e todos serão ouvidos, mas a decisão, a decisão final será sempre a melhor pelo povo, sobre o povo, do povo para o povo. Isso, estes partidos não querem. 





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