1. A Bíblia é o
livro mais interessante que se pode ler. Não admira que seja o mais vendido e
lido no mundo. Mas, tem passagens de extrema violência e é uma história de
sofrimento que nos deixa estarrecidos se pensarmos que por entre as letras da
Bíblia, está o Deus da vida e do amor. A Bíblia se for mal lida e mal
interpretada é o mais perigoso dos livros. Porém, nunca duvidemos que no
essencial e no centro da Bíblia está o apelo à bondade e à fraternidade.
Obviamente, que as estruturas do poder deste mundo, sejam religiosas, políticas
e económicas quando se servem da Bíblia para se manterem e perpetuarem, nunca
recorrem às passagens que apelam à bondade e à fraternidade, mas a todas as
outras que incentivam ao ódio, ao moralismo e ao domínio de alguns sobre todos
os outros (a maioria que se deseja pacificada e domesticada).
2. Tudo o que se
refere à promoção do bem na Bíblia está carregado de altruísmo. Pois, sempre
ensina que a luta pelo bem implica sofrimento e tantas vezes entrega da própria
vida para salvar outras vidas. Jesus é o exemplo maior desse altruísmo. Quando
há um deus, que se constrói na ideia bíblica de que pode fazer tudo, até
cometer crueldades horripilantes, sobre a capa da bondade, simplesmente não
existe.
3. Quando encontramos
religiosos que se deixam tomar pelo ódio, sem entrega desprendida e
desinteressada, mas embevecidos pelo moralismo patético e fora do âmbito da
realidade concreta, só porque sim, não agem em nome de nenhum Deus, mas em nome
de si próprios ou de ideologias fabricadas por carolas que assumiram uma
vontade maior que mundo, para o dominar a seu belo prazer.
4. Há muitos loucos
dentro das religiões. Outros doentes do foro psicológico e psiquiátrico, com
problemas mal resolvidos sexualmente, humanamente e socialmente falando. São
uns tratantes porque distratam as pessoas que deviam amar incondicionalmente. A
insanidade mental tomou conta da religião e dos religiosos que a compõem. É
preciso purificar as religiões, começando por dar-se as responsabilidades mais
importantes e salientes a pessoas normais, isto é, com as questões essenciais
da vocação resolvidas e integradas. Os absurdos não devem ser tolerados, para
que cessem os equivocados preconceitos que tanta injustiça provoca, levam à
exclusão e ao sofrimento de tanta gente. A religião que crucifica não liberta.
É realidade morta, que não devia sequer entrar nos parâmetros da religião.
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