Quando era pequeno, os meus pais descobriram que eu tinha tendências masoquistas. Desde aí passaram a bater-me todo dia, para ver se parava com aquilo, Woody Allen
Pobretes mas alegretes parece ser
o lema de nós, madeirenses. Infelizmente somos apenas masoquistas. Em relação a este regime e quem o serve, quanto mais me bates, mais gosto de ti. E este regime adora bater e ainda por cima gozar connosco. Mentir. Atrapalhar. Negar. Aboletar-se do que é nosso.
Falamos mal do sistema que nos
governa, mas na hora da verdade, trocamos a nossa justa indignação por uma
espetada, um qualquer apoio e uma qualquer “boa noticia” que falada pelos
governantes é propagada “ad nauseam” pela má comunicação social do burgo.
Somos leões á mesa do café. Uns burros nas mesas eleitorais.
Os media são um dos principais
atores nos processos eleitorais e no governo de uma nação/região, tendo um papel
fundamental na formação da opinião pública, na escolha de candidatos e
formulação de políticas. Exceto na Madeira. Cá, os candidatos e politicas são
impostos e os media rebaixam-nos, se são da oposição, ou potenciam, se são do
regime.
Na Madeira, os media, são influenciados
por interesses políticos e econômicos, que têm por objetivo o controle da
cobertura jornalística e manipular a opinião pública em favor interesses
próprios (veja-se quem controla societariamente o dn-M e o jm-M e os interesses
económicos e políticos associados).
Esta manipulação ocorre de
diversas formas:
a)
Com o favorecimento dos candidatos e do psd-M (
o cds-M continua a ser “atacado” para mostrarem independência; o ps-M já faz por
si para ser mostrado a todos como um não partido; a JPP é o inimigo claro; para
o CHEGA a neutralidade aplica-se; a IL é “engraçada”; os partidos de esquerda são
o biblot necessário para o regime dizer-se tolerante; sobram os outros que são “pitorescos”
b)
Com a disseminação de notícias falsas (jm-M e o JPP),
c)
Com a distorção da cobertura jornalística (JPP, dn-M,
jm-M, GESBA, CM Sta Cruz,
Durante estes
anos foram implementadas pelo regime, políticas econômicas que prejudicaram seriamente
a população madeirense, mas a isso, toda a comunicação social como dependente
que é, nada disse, nada escreve e nada viu, mesmo que seja óbvio (veja-se o
caso dos vistos Gold que originam especulação imobiliária, a ZFM que distorce o
mercado concorrencial, a politica de betão/obras públicas que favorece apenas
um só ator/grupo na Madeira, o transporte marítimo que só tem um beneficiário ).
Todos estes
casos levam a monopólios e a preços mais elevados, concorrência não existe e os
media Madeirense, apenas propagam o mantra do regime: estamos numa ilha, temos
de pagar mais e a culpa é do governo central que não ajuda mais.
Eu considero masoquismo aturar sem queixa gente burra e continuar a encontrar-me com elas, Maysa
Os rádios locais,
como os jornais, são financiados por grupos empresariais interessados na
manipulação da opinião publica e a manipulação de entrevistas e debates, para
favorecer os candidatos preferidos, as entidades regionais do regime.
Durante a campanha recente para a CMF, por exemplo, no debate final entre o candidato do regime, Pedro Calado e o seu opositor direto, na TSF-M, o debate foi preparado de forma a que MSG tive pouco tempo para falar, as respostas cortadas, as perguntas a Pedro Calado feitas de forma superficial, o que acabou por prejudicar MSG.
Se olharmos o "dossier de imprensa" na rtp-M, telejornal e demais programas, verificamos que tudo o que é produzido e pago com dinheiros públicos, não é mais do que uma imensa sessão de propaganda a favor do DESgr. Por isso, rtp-M deve querer dizer: Regime na Televisão de Propaganda da madeira.
A estratégia
conhecida como "jornalismo de guerra", em que notícias negativas
sobre a oposição são exibidas com frequência, enquanto as notícias positivas são
ignoradas ou minimizadas é outra forma de atuação do media madeirenses.
As pesquisas
eleitorais são importantes ferramentas para medir a popularidade dos candidatos
e ajudar os eleitores a decidir em quem votar. Mas até aqui existem denúncias
de manipulação de pesquisas para beneficio do psd-M e DESgr.
Para combater
este estado de coisas, só com media independentes, pois só estes conseguem
ter um papel importante de resistência à manipulação da opinião pública. Apenas
media independentes podem trazer uma cobertura mais crítica e fazer
investigação sobre acontecimentos políticos na região e tal levar a uma maior
conscientização da população. Além disso, os media independentes trazem-nos uma
visão mais plural e diversa dos acontecimentos, contribuindo para uma maior
compreensão e diálogo entre diferentes grupos sociais.
Mas para
existir media independentes na Madeira, é necessário que dificuldades
financeiras e políticas possam ser ultrapassadas. Se em relação ao primeiro
caso, seria fácil mas trabalhoso na Madeira criar um, vontade politica não
existe por parte da oposição madeirense. E eu sei do que falo.
Na Madeira, a
oposição também vê os media independentes como perigo para as suas aspirações.
Não perceberam ainda que um país, uma região desenvolvida só se consegue com
oposição forte e media, o 4º poder, fortes. A oposição tem medo que estes media independentes mostrem o seu grau de impreparação e incompetência. Que são como o DESgr, enfim.
Tentar refletir e atuar condicionado, torna-se masoquismo, anónimo
Se olharmos para a ultima semana,
no jm-M, dn-M, rtp-M, rádios….. e o resto “da coisada”,
1)
ouve-se falar muito na festa da flor, não se
questionado que flores não existem na Madeira e a relação custo x beneficio de se fazer tal;
2)
de hotéis cheios, não se questionando que o
estão porque praticam preços abaixo da média nacional e estando cheios, porque
os seus profissionais não recebem como no continente português;
4)
o desemprego baixa, o DESgr e câmaras do regime empregam
cada vez mais, mais e mais gente (só a
CMF empregou quase 200 pessoas desde o inico do ano);
5)
que é uma região tecnologicamente evoluída, mas
o DESgr cada vez mais dá dinheiro a todos que aparecem com ideias sem sentido
mas fáceis de ouvir porque está na moda e nem sequer estudam quanto custaram
estas ideias e apoios e quanto de facto o DESgr e a regi~eo recebeu;
6)
que os
apoios realizados pela Seg Social diminuem mas, mais transferências de dinheiro
se faz para as casas do povo, e mais apoios sociais são dados pelas câmaras;
Essa história de dar a outra face em vez de bater, hoje em dia seria chamado de masoquismo... anónimo
7)
que uma região de sucesso é a região mais pobre
do país. Segundo o INE, a Madeira hoje consegue colocar 5 municípios no Top 20
dos municípios mais pobres do país, 3 deles no top 10. E não são mais, porque
em Santana e Porto Moniz a população está “protegida” por rede familiar de apoio,
no Porto Santo tudo depende do DESgr e “rios de dinheiro” são lá injetados para
manter pessoas, o Funchal é salvo pela “dinâmica” do imobiliário…; que os
vistos goldem que MA quer manter, apenas criam especulação imobiliária e afastam
gentes das cidades e criam zonas francas sem madeirenses (ZFsM);
8)
que a ZFM é de sucesso, mas hoje ninguém quer
colocar lá a sua empresa porque nenhum empresário hoje quer ter problemas
reputacionais para a sua empresa e estar ligado a uma zona franca onde sistematicamente
a policia vai “bater” a porta questionado práticas..
9) que a taxa de inflação na Madeira é das mais baixas, mas ninguém questiona porque no continente se situa nos 5,7% e na Madeira nos 8,1%;
10) que cada vez mais e mais gente qualificada e nova sai da Madeira, sendo substituída por quem não é e ninguém questiona esta verdade de La palisse, a verdade das rehiões miseráveis.
11) que este DESgr não consegue ter outra fórmula de "desenvolvimento" que não em apostar no exagero do turismo, na bolha e especulação imobiliária, em monopólios, distorção do mercado e regras da livre concorrência, ....
e poderia continuar......
A culpa também é da
oposição que temos, sobretudo da muita de fachada que finge estar a fazer algo, felizmente exceções existem, que finge ser útil, ter politicas que fazem diferença, mas apenas são eunucos, que sendo pagos para fazerem um serviço, não o
fazem nem deixam fazer ( e acham que temos de assinar de truz, apenas porque sim …
são oposição ).
Às vezes tem de doer como nunca, para não doer nunca mais, anónimo
Sobretudo a culpa é nossa por este estado de coisas se manter. Porque não exigimos melhor governo, melhor oposição e deixamo-nos ser comprados e enganados pelas gentes deste regime, por este regime. Gostamos de ser enganados e votamos em ser permanentemente enganados.
Seremos masoquistas ?
Esta não é a minha maneira. Porque tenho um sonho ....
Manuel Freire, pedra filosofal
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