O Cafôfo fundiu?


Depois de meses como alvo predilecto e obter o melhor resultado de sempre para o PS em Regionais, Paulo Cafôfo dá a impressão de só existir se estiver na mira do PSD Madeira que acaba por fazer a festa, lançando os foguetes e recolher as canas. O professor, esse continua no Reiki.

A política é uma questão prática de decisões. Não é um ... "que Deus lhe pague", precisando de dinheiro para ir ao supermercado. Na política, não se pode esperar que o temporal passe e que cada um por sua conta se remedeie ou se ... extinga. Quem vem para a política é para agir.

A política não é Reiki, é argumento, ideias, destreza mental e organizacional das ideias, saber encurralar o adversário nos seus dogmas ou contradições, provocar a falha de forma leal para se mostrar que as nossas ideias são mais credíveis, interpretar o desejo da maioria dos eleitores, encarná-los enquanto seu representante

PPD/PSD
Partido Social Democrata

39,42%
56.448 votos
PS
Partido Socialista

35,76%
51.207 votos
CDS-PP
CDS - Partido Popular

5,76%
8.246 votos
JPP
Juntos pelo Povo

5,47%
7.830 votos
PCP-PEV
CDU - Coligação Democrática Unitária

1,80%
2.577 votos
B.E.
Bloco de Esquerda

1,74%
2.489 votos
PAN
PESSOAS-ANIMAIS-NATUREZA

1,46%
2.095 votos
PURP
Partido Unido dos Reformados e Pensionistas

1,23%
1.766 votos
R.I.R.
Reagir Incluir Reciclar

1,21%
1.739 votos
PTP
Partido Trabalhista Português

1,00%
1.426 votos
A
Aliança

0,53%
766 votos
IL
Iniciativa Liberal

0,53%
762 votos
CH
CHEGA

0,43%
619 votos
PDR
Partido Democrático Republicano

0,42%
603 votos
PCTP/MRPP
Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

0,42%
601 votos
MPT
Partido da Terra

0,35%
506 votos
PNR
Partido Nacional Renovador

0,19%
274 votos
EM BRANCO

0,49%
706 votos
NULOS

1,77%
2.530 votos

Votantes
55,51%
143.190 votantes
257.967 inscritos
Mandatos atribuídos4747 Mandato(s) atribuído(s)
Mandatos não atribuídos00 Mandato(s) por atribuir




O líder da alternativa, com 35,76% dos votos, a dois deputados do PSD, tem pouca presença atendendo a que houve voto útil que colocou o Bloco de Esquerda fora do hemiciclo, 1 deputado do PCP, 1 deputado do então PND, 2 deputados da JPP e, com certeza, alguma parte do CDS que passou de 7 para 3 deputados e não se os vê no PSD. O Paulino Ascenção, sem palco mas activo e com opinião nas redes sociais, está mais presente do que Paulo Cafôfo na Assembleia e com uma página no Diário de Notícias. Da RTP-M, eclipsou-se, poderia estar a dar o contraditório. Esta comparação é dada para esclarecer que só quem é amorfo não ultrapassa algum eventual bloqueio informativo.

O PS dorme na forma com o seu resultado eleitoral, muito dele conseguido in extremis a caminho do depósito do voto, traindo a consciência, o crédito, a justiça, só por um objectivo: acabar com as patifarias do PSD Madeira. No PS, a estratégia partidária está errada, as alianças empresariais são um calcanhar de Aquiles, a presença política é inexistente, o combate é nenhum. Não se percebe, com o manancial de casos e situações por explorar, como é que as redes sociais é que fazem o papel do PS.

Meus amigos, partidos e comunicação social não têm razão nas observações que fazem sobre os fenómenos das redes sociais, o que se passa é que são ultrapassados por inércia e porque estão muitas vezes em situações de compromisso accionista, de arrastar de asa, de subserviência por favor, por necessidade de manter a viabilidade financeira num lugar que é tudo menos livre se as acções estão condicionadas.

A sentença para o PS é simples, estão a perder a capacidade de invocar voto útil numa próxima oportunidade. Sem contraditório, vence a única palavra que dá comparência. Porque quem vai a votos é o PS e não as redes sociais, temos um dilema a resolver. Existirá sempre solução para o eleitor, até a inacção, ou a radicalização por falta de respostas de quem Governa e dos partidos mais prováveis para Governar.

A nossa política anda com muita parra e pouca uva, lamentavelmente os melhores não são considerados à partida ou estão irremediavelmente desinteressados porque é impossível frutificar com tanta parra. Isto é especialmente grave, porque com uma comunicação social maniatada e um povo anestesiado, a Madeira está em Stall (perda de sustentação na aviação). Seguem-se 3 certezas, o voto vai migrar para o radicalismo que se apresentar combativo; a Madeira vai acelerar a perda de população; a loucura para sustentar grupos viciados no orçamento regional mata, querem sempre mais quando as receitas vão começar a faltar e as taxas de juro subir (Centeno baixa mas a banca vai subir).

A Madeira é um barril de pólvora, não ganhar eleições em condições perfeitas e alcançar 35,76% dos votos para não saber que fazer deles é desesperante. A vida pode estar aprazível para deputados mas, os outros, continuam com os olhinhos a brilhar por algo de novo mesmo sem luz no fundo do túnel. Sou levado a crer que o produto de marketing ficou sem a agência, está por sua conta, em má conta e companhia. Era de fazer qualquer coisa de significativo, qualquer dia aparece o Parlamento Jovem e dão um baile, sem lóbis, sem compromissos, a condição de "livres" permite-lhes abrir a boca que até é um regalo.

Solução: colapsar o PSD Madeira de vez e extrair a boa semente? Uma coisa é o voto de revolta outro é o que serve para Governar. Ligar Cafôfo à corrente? Este tempo de inacção induz o eleitorado a suspeitar que com poder será um flop. Se calhar mudar algum fusível que fundiu.

Ninguém virá socorrer a Madeira, o tempo perdido fará falta, podem estar certos (não sei se o madeirense já percebeu o que é ser contribuinte), quando se der o descalabro é ele que paga.
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