A Madeira (antes dos VL, vira-latas )

 

Talvez o primeiro mapa/desenho da ilha da Madeira (1506-1510)

Passamos a grande Ilha da Madeira,
Que do muito arvoredo assim se chama;
Das que nós povoamos a primeira,
Mais célebre por nome do que por fama.
Mas nem por ser do mundo a derradeira,
Se lhe avantajam quantas vénus ama;
Antes, sendo esta sua, se esquecera,
De Cypro, Guido, Paphos e Cythera

Os Lusíadas", Luis de Camões


Ontem foi o o dia da Madeira. Pelo que pude me aperceber dos disparates que foram os discursos na ALRM e arredores, foi o dia onde o regime conseguiu, mais uma vez, fazer a apologia do desnorte, do demérito, onde se autopromoveu e aos seus. 

Quer se queira, quer não, existiu uma Madeira sem animais de raça VL, Vira-Latas. Uma Madeira (re)descoberta por portugueses, onde muita gente trabalhou para arrotear terras e serras, onde se instalou e onde foi ajudada (pelo reino de Portugal ). Uma Madeira que depois ajudou a (re)descobrir outros mundos. Onde todos eram e são portugueses, mas de sotaque diferente. 

O resto é história. A história inventada por este regime.  

Mas hoje não é dia de escrever sobre isso. STOP.

Apenas e sobre a Madeira. Relembrar factos (sim no final aparece o cromo da semana ).

Por isso .... era uma vez uma ilha, a que se chamou MADEIRA

No tempo do infante D. Henrique, uma caravela correndo com tormenta viu uma ilha pequena, a qual está próxima da Madeira que se chama Porto Santo, não povoada. (…) E voltou a caravela anunciando ao infante a terra descoberta, (…). Pouco tempo depois mandou o senhor infante uma caravela para visitar e examinar a ilha descoberta de Porto Santo, onde foi o piloto Afonso Fernandes de Lisboa, e encontraram ela. E passaram além direitamente à ilha agora chamada de Madeira, e perto daí outra ilha agora chamada Deserta. (….) ”, Diogo Lopes que diz ter sido Afonso Lopes a descobrir a Madeira

“Em casa do Infante havia dois escudeiros nobres de criação daquele senhor, homens mancebos para muito, os quais depois da vinda que o infante fez do descerco de Ceuta,… requereram que os aviasse como pudessem fazer de suas honras, como homens que o muito desejavam, parecendo-lhes que seu tempo era mal disposto se não trabalhassem alguma coisa por seus corpos. Vendo o infante suas boas vontades lhes mandou aparelhar uma barca, em que fossem de armada contra os mouros, encaminhando os como se fossem em busca de terras da Guiné, a qual ele já tinha vontade de mandar buscar. E como Deus queria encaminhar tanto bem para este reino e ainda para outras muitas partes assim que com tempo contrário chegaram na ilha que agora se chama de Porto Santo, que é junto com a ilha da Madeira, na qual pode haver sete léguas em roda. E tornando dali para o reino falaram sobre isso ao infante contando-lhe a bondade da terra e o desejo que tinham acerca de sua povoação, de que o infante muito prouve, ordenando logo como pudessem haver as coisas que lhe cumpriam para se tomar a dita ilha, Gomes Eanes de Zurara, que diz terem sido João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz a descobrirem a Madeira.

Esta ilha do Porto Santo (…) foi descoberta há vinte e sete anos pelas caravelas do sobredito senhor infante, que a fez habitar por portugueses. Nunca dantes fora habitada. Esta ilha da Madeira mandou-a o dito senhor infante só de há vinte e quatro anos para cá, e nunca foi dantes habitada, Cadamosto, que diz ter sido povoada por portugueses !!!!

Carta de doação do rei D. Duarte ao Infante D. Henrique de forma vitalícia das ilhas da Madeira, Porto Santo e Deserta, com todos os direitos, rendas e jurisdição cível e crime


Carta de privilégio do rei D. Afonso V ao Infante D. Henrique e aos moradores das ilhas da Madeira, Porto Santo e Deserta, durante 5 anos, de isenção do pagamento de dízimas e portagens de tudo o que trouxerem das ditas ilhas à cidade de Lisboa e a outros portos do Reino.


Carta de confirmação do rei D. Manuel I a pedido do Infante D. Henrique, aos moradores das ilhas da Madeira e Porto Santo, da mercê concedida por D. Afonso V, de isenção de dízima e portagem de todas as mercadorias exportadas para o reino


Evolução geográfica da Madeira

Mapa da Madeira 1690 de Vincenzo Coronelli

Mapa da Madeira 1970

Mapa da Madeira ilha da Madeira (1976-20....) por 
Alberto João Jardim e Miguel Albuquerque.


O Cromo da semana

Miguel Albuquerque, 


Palavras para quê? É mau ser apanhado com as calças na mão. É mau que obre tanto e publicamente. É mau … ter prisão de ventre. É mau que as ideias nem a saca rolhas saiam. É mau uma foto tirada naquela altura onde estamos mais indefesos e pedimos ao todo poderoso que alguma coisa saia,... É mau… 

Por outro lado, o nosso superior da raça superior, falou em apuramento de raças na estação zootécnica de Porto Moniz. O problema é que nas fotos dos jornais, só se vêm animais da raça VL. Uns mais chifrudos que os outros, mas eu diria que são arraçados da raça VL.
Mas o sempre bem informado jm-M, disse que existem espécimes da "Raça da Terra", coisa que nem a inferior wikipédia consegue informar.
Eu cá acho que o jornalista deve ter trocado as coisas. Talvez tenha o jm-M encontrado um animal de Raça da(quela) Terra, Porto Moniz . Se estava a falar de racionais ou irracionais eu não sei. O repórter é omisso na informação.
Mas que as fotos mostram muito animal da excelente raça VL, Vira Lata, ah isso mostram. É preciso apurar AINDA mais a raça VL ? Mas ela, ao olhar-se para os jornais nas fotos da estação zootécnica, aparece já lá em todo o seu poder e glória ( e ainda muito animal nem apareceu!!!! ). É preciso apurar mais ? Uiiiiii

E vejam a cara de Miguel Albuquerque. Aliviado, porque finalmente já obrou. Anunciou obra, fez obra, .... na estação.

Madeira na música.

Na madeira existem muitos músicos que nos dão muita música. Não me alongo muito e vou apenas falar em 2.

Crooner-fadista-cantor-jazzman-cantor-humorista, Maximiliano de Sousa é um Madeirense dos 7 cantos do mundo. Que por mérito se tornou dos melhores intérpretes de música portuguesa. Uma espécie de CR7 do mundo de espetáculo dos anos 50 do século passado. Levou Portugal, logo a Madeira, ao Mundo

Hoje poucos o conhecem e na cultura madeirense está esquecido. Uma pena.

Cultura Madeirense que gosta mais da Rosinha que "leva no pacote". Da cultura do buraco. Da cultura do regime.



Mas acredito que a maioria dos madeirenses e todos os portugueses gostam, como eu, mais disto. Da "rosinha dos limões". É mais barato, é mais limpo é mais natural. É muito melhor. É a diferença que a Madeira do regime não sabe.

























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