Estou a falar para umas mulas. E para os seus carrapatos também, anónimo
SESARAM
COMUNICAÇÃO INTERNA
Data: 26/11/21
De: -----------------
Para: Director Clínico
C/c: Director de Anestesiologia; Acessor da D. Clínica para o bloco operatório; ----------------- do Serviço: Enfermeiras Chefes dos sectores Nascente e Poente
Assunto: Salas de Bloco Operatório para Dezembro de 2021
Relativamente ao assunto em epigrafe, constato a supressão de diversas salas de ----------------- durante o mês de Dezembro
Para além de perdermos 4 salas nos feriados de 1 8, perdemos 2 salas nas tolerâncias de 26 e 31 e arbitrariamente perdemos 2 salas a 15, 1 a 20, 2 a 22 e 2 a 29.
Facilmente se constata que de 27 salas possíveis, perdemos 13, ficando com apenas 14 salas para o mês de Dezembro o que interferirá inevitável e negativamente na produção do Serviço com claro prejuízo para os doentes que verão cirurgias proteladas obrigatoriamente e tempo de internamento inexoravelmente aumentado, para além de sobrecarregar todo o pessoal de Enfermagem e Auxiliar, pois é sempre mais trabalhoso assistir um doente ----------------- não operado do que um doente já operado.
Neste contexto venho desresponsabilizar todos os meus Colaboradores, Colegas, Enfermagem e Auxiliares de uma prestação que fatalmente será desprovida da qualidade mínima exigível, mais a mais na quadra especial que se aproxima.
Com os meus melhores cumprimentos e desde já com votos de um Bom Natal e um Feliz Ano Novo,
O Director do serviço de ------------------
------------------ x ------------------
E-mail (entre colegas )
Data: 10 novembro de 2021
De: ------------------
Para:------------------
Assunto: SOS ------------------
Caro colega, escrevo-te desta forma, para de novo reiterar os meus pedidos ainda não entregues de equipamento ------------------ e material de ------------------ que pese as múltiplas e frequentes respostas de serem atendidos, e insistências minhas nunca foram ( e mais de 1 mês se passou como sabes)..
------------------ e já informei ------------------ que caso a situação se mantenha deixarei de prestar por falta de condições serviços ------------------ e que não terei forma a não ser enviar os casos mais urgentes para ------------------ serem atendidos por quem sabemos.
------------------ não entendo, ou melhor entendo que com os colegas ( Dr ) ----------------- e ( Dra ) ------------------ a situação seja diferente, mas não tenho nem os atributos nem as relações exigíveis ------------------
Não é de todo aceitável que ------------------ e numa nota de humor, não faço tenções de ------------------ ou de ------------------ pois só assim é que as coisas parecem funcionar, se não tivermos "amigos de ------------------ e de ------------------".
Abraço,
OBS
Tu tens de conseguir.
(o negrito é meu)
------------------ x ------------------
Um asno será sempre um asno, mesmo se o cobrires de ouro, Gabril Derjavine
Tenho tido acesso a um conjunto de comunicações internas e/ou e´mail´s formais e não formais (entre profissionais de saúde ) do SESARAM. Vejo isto, como um pedido de ajuda a alguém exterior ao sistema, que consiga por pressão pública, o que internamente não conseguem fazer/alcançar internamente. Melhoria de cuidados públicos da saúde. Também para denunciar o sistema, porque o medo prevalece. É uma prova de confiança, que agradeço.
São e-mails entre colegas, comunicações internas a denunciar pedidos de ajuda e tentativas de contornar o imobilismo e a falta de resposta da administração do SESARAM, da Sec. Reg. da Saúde, do DESgr que sabem o que se passa, mas nada é feito.
Em relação à comunicação interna que transcrevo, como com os email´s (formais e menos formais de que transcrevo um exemplo), o
diretor clinico do SESARAM TEM conhecimento. Aliás, recebeu outras comunicações de igual teor, recentemente, de chefes de serviço do HNM. Seja de cirurgia
geral, de ortopedia, na cirurgia geral, de
ginecologia, pediatria…. e outros serviços do HNM. O descontentamento é geral,
ressalvando os poucos profissionais que por razões de amizade/familiares ou partidária/preguiça,
se sentem bem com o atual estado de má gestão no HNM (e SESARAM...e Sec. Reg. Saúde e.... ).
Transcrevi o que todos já sabem sobre a saúde da Madeira. Mais que a ética profissional, manda a cunha pessoal. As "relações " próximas e "envolventes". Ganha o interesse privado e grupal, é menosprezado o interesse público.
O HNM vive momentos atribulados e existe um pouco por todos profissionais, médicos,
enfermeiros, auxiliares, administrativos, descrença e a sensação, a ideia, que as politicas
seguidas pela atual administração do HNM, pelo SESARAM, pelo DESgr, são débeis, incoerentes, negativas e
sobretudo não ajudam quem precisa do SRS, do SESARAM, do HNM: o madeirense. E estes profissionais estão cansados. Estão desmoralizados. Estão desmobilizados para defender a causa pública da saúde na Madeira.
Que existem protegidos a quem tudo é permitido, que existe quem use o HNM e os serviços do HNM a seu bel prazer e como se fossem coisa particular, sua e não de todos, quase todos no HNM sabem disso. Quem usa, quem deixa usar, quem gere, quem administra. E sobretudo porquê. E quanto ganham com isso.
Muitos, demasiados, sabem que a coisa pública que é o HNM, é usada para fins particulares. Até dizem que o Sec Reg. da Saúde tem próximo de si quem faça isso (e parece que também já fez ).
O descrédito, a incompetência nas políticas da atual administração do HNM,
logo do atual Sec. Regional da Saúde, Dr. Pedro Ramos e do DESgr, que tudo sabem e tudo permitem, grassa
nos funcionários do SESARAM.
O mal é como as mulas, teimoso e estéril, Victor Hugo.
São eles que ouvem as explosões de fúria do madeirense, os seus
gritos e lamentos, mas que percebem nada poderem fazer contra a politica suicida da Saúde na Madeira,
da má gestão que grassa no HNM, da incompetência no combate ao covid-19 e das medidas que o DESgr toma de forma incoerente e ignorante.
O seu esforço não é compensado, pelo contrário. O seu amor à camisola é vilipendiado e muitos perderam-no já.
Uma guerra civil grassa no HNM, no SESARAM.
De um lado os muitos que sabem que a Madeira caminha a passos largos ou que já alcançou o ponto de rutura e na capacidade de gestão dos serviços públicos de saúde. Do outro lado, os que continuam a pressionar, a esconder com a conivência dos atuais dirigentes do SRS, diretores, secretário e presidente do DESgr, o estado de calamidade da Saúde na Madeira.
Para muitos, um plano Marshall é necessário para a saúde da Madeira. Para os que mandam e apoiam, os ignorantes, a saúde da Madeira é uma maravilha e só os "chulipas" se queixam.
Os funcionários do HNM, do SESARAM, sentem-se humilhados por estarem a ser usados e as suas capacidade desprezadas por quem gere a Saúde na Madeira.
Sobretudo sabem que o que
acontece de mau, a falta de qualidade nos serviços, de equipamentos, de material, de também alguma medicação e material básico de apoio, é respaldado pelo DESgr, pelo presidente do DESgr,
Dr. Miguel Albuquerque, pelo Sec. Reg. da Saúde, Dr. Pedro Ramos e pela trupe de
diretores, assessores, consultores, chefes de gabinete que os rodeiam. porque eles sabem. Ou não querem saber, apesar das múltiplas e constantes queixas.
Sobretudo os funcionários sabem, que não se realizam práticas de boa saúde na Madeira. O que vai contra, médicos e enfermeiros, ao juramento que fizeram depois de curso tirado.
A maioria destes profissionais, tem a consciência que a qualidade de vida do madeirense que precisa de usar os serviços de saúde da RAM, é má, é ignorada, é encurtada, piorada porque serviços não se prestam.
A recente entrevista do Dr. Herberto Jesus, no dn-M em que desculpabilizou-se e às chefias do SRS, do descontrole no combate á pandemia de covid-19 na RAM, ao mentir, contemporizar e passar para uma comunicação social acéfala, números de mortalidade pela Covid-19 inferiores á realidade (o dn-M falava em apenas 3x mais mortes que no continente ), ao insinuar que "nos outros morre-se mais, as quotas dos outros AINDA não foram atingidas", foram vistas pelos profissionais de saúde da Madeira como um atentado ao madeirense, á dignidade do madeirense e um indicador claro que quem dirige o SRS, usa prémios pífios, escritos académicos e noticias terceiro mundistas para esconder a realidade humilhante: atingimos números que muito país africano, muito país do mundo com menos e piores recursos, com menos ou mais gente e maiores que a Madeira, não alcançaram. Somos pior no combate á Covid-19, que muitas regiões terceiro mundistas.
O deboche é a virtude de um asno, que se julga um puro-sangue, Alexandre Coslei
Para o mesmo período de tempo, 4 de Dezembro,
Na RAM morreram "oficialmente" 2 pessoas, em 250 000 habitantes. Por comparação seriam, 4 em 500 000 habitantes; 8 em 1 000 000 habitantes; 80 em 10 000 000 habitantes (como no continente ). No continente foram 22 os óbitos.
Hoje existiram na RAM, "oficialmente" mais 138 casos de covid-19 na RAM. Por comparação seriam, 276 em 500 000 habitantes; 552 em 1 000 000 de habitantes; 5 200 em 10 000 000 de habitantes (como no continente ). No continente foram 5649 casos
Nos Açores foram APENAS 21 casos e nenhum óbito foi registado.
E este registo de superioridade nas perdas, repete-se, desde à muito tempo.
Em resumo: "oficialmente" a Madeira regista há mais de um mês, mais mortes e mais casos do que o continente português, por comparação. Mas se repararmos em regiões semelhantes (ilhas) como Açores e Canárias, então esta diferença assume contornos ainda mais trágicos.
E digo "oficialmente" porque, como todo os profissionais de saúde conscienciosos sabem, como os chefes de serviço do HNM sabem, estes números não são reais, porque a realidade é bem pior. Existem médicos que não atestam óbitos pela covid-19, porque "acreditam" que a causa de tal é de outras cormobilidades associadas ao paciente. E no número de infetados registados pelo SRS, têm sempre "madeirenses no continente" que nunca são registados, "casos importados" e essa gente, esses números, não "entram" nas contas oficiais.
A inoperacionalidade das salas de cirurgia no HNM serve quem ? forçosamente os privados, a quem o hospital entrega este serviços, como se percebe por esta noticia no dn-M. SESARAM reforça actividade cirúrgica com recurso aos privados. Como reforça atividades se salas cirúrgicas são suprimidas é o que deve perguntar-se. Mas para o incauto madeirense o DESgr até faz bem. Enganado como sempre, porque como mostro acima, comunicação interna, deliberadamente a administração do HNM não usa salas cirúrgicas. Esta é a politica oficial na saúde da madeira: esconder, mentir e enganar.
Existem [ na Madeira] muitos asnogaios. O que são ? São asnos, mas também papagaios, de um amigo
O SESARAM e a administração do HNM têm recursos humanos, materiais e financeiros que não permitem ser usados na sua plenitude. Estes administradores, estes gestores, praticam as artes da má gestão e em qualquer empresa, em qualquer organismo e entidade pública deveriam de imediato serem despedidos. Porque ao não deixarem utilizar na plenitude os recursos que gerem, pagam a outros essas necessidades, como se vê pela notícia no dn-M.
A demissão desta gente devia ser imediata. Mas não se demitem, não são demitidos, porque isso seria abrir a caixa de Pandora da politica das asneiras que se fazem no SRS na Madeira.
Porque quem os gere, quem é seu líder, Dr. Pedro Ramos e Dr. Miguel Albuquerque, também de imediato deviam ser demitidos ou demitirem-se. E a administração do SESARAM começando pela "Rafaela", a "chefa", o "Pedro", o "Miguel", a "Cátia", a "Filipa". E o Dir. Clinico do SESARAM, "o José" e ajudantes ( o "Diogo", a "Rita"..... ). E o Enf. Chefe "o Miguel" e ajudantes ( a "Ana", a "Célia", a "Lina"…. ). E não esquecer entre outros, o "José" da Assembleia Municipal do Funchal, o "Calado" da CMF... porque também sabem e nada fizeram (ou talvez por isso as tais consultas telefónicas para tratar a saúde dos funchalenses).
E serem ouvidos em tribunal. Porque sabendo, nada fazendo e nada responsabilizando, praticam "homicídio por negligência ou omissão". E ainda desbaratam recursos humanos, materiais e financeiros, de todos nós.
Quem escolhe um asno para comandá-lo dispensa médico que lhe ateste a anencefalia, Luis Bodsteien
O que ganham em esconder o estado calamitoso e comatoso da saúde pública na Madeira? Porque é que as ordens profissionais, a secção regional da Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros nada dizem? Por receios de mudança para pior ? Ou por receios de perderem ainda mais a pouca confiança que o madeirense tem na saúde pública da Madeira, logo em si. Por motivos económicos ou porque já desistiram de lutar contra este monstro, este "homicida" que é o SRS da Madeira? Por não quererem ser corresponsabilizados ? porque têm medo de perder emprego ? Porque são pressionados?
Uma coisa é certa e eu já o disse aqui na Gnose e repito. Morre-se na Madeira por falta de assistência na saúde. Por falta de gestão da saúde na Madeira. O Dr. Pedro Ramos, o Dr. Miguel Albuquerque, sabendo, deixam que a vida de muito madeirense seja encurtada, num segundo, num minuto, numa hora , num dia…. E isso é praticar homicídio por inação.
Tanto é ladrão quem está na loja, como quem fica à porta. E estes homens desde sempre ficam á porta, sabendo que a loja está a ser assaltada.
E também todos aqueles que como Pôncio Pilatos (também como cobardes) lavam apenas e sempre as suas mãos.
A saúde na Madeira está a ser assassinada, está comatosa. E os autores por esta situação, andam à solta. Te Deum por ela.
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