Os testes ao .... Covid-19


The highest powers in our nature are our sense of moral excellence, the principple of reason and reflection, benevolence to our creatures and our love of the Divine Being, Edward Jenner (*)
No artigo passado, falei em testes e sobre os Testados na RAM. Hoje, porque existe alguma confusão sobre o assunto e foi sobre um preço de um destes testes que fui insultado por um sena de muitas cenas, tentarei trazer alguma "luz" a um assunto que é confuso, para muitos.

Existe confusão, mesmo de preços,sobre os testes que existem  no combate ao Covid-19 e a sua eficácia. Existem dois tipos de teste: os testes PCR ( que se fazem com a zaragatoa ) e os testes serológicos ( que se fazem com uma análise sanguínea ). O primeiro, detecta se a pessoa À DATA DO TESTE, está ou não infectada com o Covid-19. O segundo, detecta se a pessoa já possui anticorpos que a protejam do Covid-19. Não são iguais, nem parecidos, mas complementam-se.

O grau de fiabilidade do teste PCR, não é de 100%. Talvez, não está ainda bem estimado, de cerca 95%, porque "cada caso é um caso". O nosso corpo em relação a este vírus, reage de forma diferente. Porque somos diferentes. Mas atenção, o mesmo acontece com a banal gripe (estima-se que já morreu mais gente por gripe no nosso país este ano, do que com o Covid-19, à semelhança de outros países ).

Alguém com um teste PCR feito há 72h, negativo, apenas permite-nos saber com muita razoabilidade, que nessa altura, 72h/3 dias antes, a pessoa estava “safe and clean” do vírus. Mas pode apanhar o vírus 1min, 1h, 2h, 1 dia, depois de ter feito o teste,  …..

Por isso, estamos mais "safe and clean" de um teste, quanto mais perto da hora do teste estivermos. Porque entre a hora 0 ( zero) da realização do teste e as 72h seguintes, temos probabilidade de sermos contagiados, por contacto, por exposição. Por isso, o nosso comportamento social pós-teste é determinante para não sermos contagiados e para podermos, com muita razoabilidade por exemplo, viajar sem preocupações para "os outros". Estaríamos melhor, se "os outros" também fizessem o mesmo.

Nestes testes PCR uma eficácia de 100% não é conseguida. SE no inicio da pandemia, seria talvez de 80%, hoje encontra-se nos 95%, mais ou menos. Existem situações em que uma pessoa é testada 1,2 vezes..., mesmo sem sair do local de onde está e ao 3º teste acusar positivo. Ou ao 4º …. São poucos estes casos, felizmente, talvez cerca de 4% a 6% do total dos testados. Uma situação particular recente, falada no nosso comité de R&D da minha organização, foi de um doente necessariamente isolado para tratamento de uma doença, que foi testado 3 vezes, sempre em isolamento e apenas no 4 teste, 10 dias depois de entrar, ter acusado positivo.

A maioria das companhias aéreas pede que os viajantes se apresentem com resultados de testes PCR negativos até 72h da data do embarque. Também é o que pede o GR da Madeira, o governo nacional e quase todos os outros na Europa.
Vocês jovens, doutores, cientistas do futuro não se deixem abalar por um cepticismo estéril, nem se deixem desencorajar pela tristeza de certas horas que as nações passam, Louis Pasteur
Mas aqui o GR podia fazer a diferença. Pensar diferente. Como fez o Infarmed que mandou "às malvas" o que dizia a OMS e já agora o CDC europeu sobre o Remdesivir. O ideal, uma vez que os resultados destes testes PCR podem ser conseguidos em 8h ( com os meios adequados ), será fazerem-se à chegada de um destino, um hospital, … Na minha organização, só depois de teste à chegada é que o utente ou paciente entra. Ou qualquer profissional, já agora. Até lá, existe uma sala de espera preparada.

Nesta altura, por causa desta pandemia, o regime de trabalho e organizacional de qualquer organização ou individuo TÊM de ser diferentes. Muito na área da Saúde. Por exemplo, na minha organização,  aos profissionais de saúde e não só, o regime de 15 dias "in" , 15 dias "out" é o que está a ser observado e foi acordado.

Por isso não posso concordar, que num aeroporto destino, como é o da Madeira, nem placa “giratória” é para outros destinos, com muitíssimos menos passageiros/viajantes, faça como o de Lisboa, do Porto e já agora os outros. Que não se façam testes obrigatórios à chegada, mesmo com um documento de o passageiro ter testado negativo à 72h.  De certeza que, com mais “3 milhões de euros quaisquer” podíamos construir, não um aeroporto, mas um terminal de espera para 500/600 passageiros, por exemplo. Ou então com esse dinheiro, alugar uma, duas unidades hoteleiras durante 1/2/3 anos,, para pessoas poderem esperar. E sobrava para adquirir equipamentos e pagar pessoas

Um teste à partida de até 24h, um teste à chegada e até o resultado chegar, esperar ou no aeroporto num terminal, numa unidade hoteleira, num pavilhão, num estádio... E claro, os viajantes nunca misturados. Um avião, uma sala, um/dois pisos de um hotel, um área de um pavilhão ( os clubes de futebol querem dinheiro ? dêem os estádios para este serviço ). Organização. Porque somos ilhas, é mais fácil podermos controlar esta pandemia. E também seguir quem já chegou, nos dias subsequentes.

Se é verdade que os primeiros testes para uma vacina contra o Covid-19 já estão a ser feitas, nos EUA, China, Israel, Austrália não devemos esquecer que o uso da máscara, o distanciamento social e o lavar as mãos continuam a ser as medidas mais eficazes para combater este monstro. 

O custo dos testes PCR é baixo. O mercado português e mundial, estão já saturados de máscaras, zaragatoas e dos "reagentes" necessários ao teste. Valores de custo na ordem dos 1,5 €/2 € (zaragatoa + reagentes ) são já normais por teste, a que se acrescenta a mão de obra e equipamento. Por comparação, pense-se quanto custa uma caixa média de fósforos. Numa pesquisa rápida na net, encontrei um valor de 0,97€ para 4 caixas, portanto cerca de 0,25€ por caixa.  As zaragatoas custam até 0,55€ por unidade. O resto, cerca de 2,5€ ou menos é para os reagentes, mão de obra, equipamentos....  

Saber comprar é fundamental. Saber pagar, melhor. Saber fazer é óptimo. Organização precisa-se para reduzir custos, para exponenciar os "fazeres", para fazer mais e melhores testes.  Um equipamento laboratorial parado é como um avião em terra. Cria prejuízos. Por isso, nesta altura, os laboratórios devem estar 24h, 7 dias por semana, a funcionar e equipas rotativas a trabalhar. Uma "linha de montagem" deve ser implementada. Porque respostas imediatas precisam-se ( e os custos reduzem-se ). 

Porque com a saúde não se brinca ( não quero falar do estado da "saúde" na Madeira ) e o nosso bem estar...é o bem estar dos outros, E vice-versa. E a Madeira, repito, é uma região fácil de controlar. Que o diga o regime que o faz desde à muito.

E vou ser mauzinho. Para o regime da RAM os vírus são sempre estrangeiros, mas que o contágio é laranja...ai isso é. Sempre com tiques de querido Líder. Afinal, a culpa é de Miguel. por existirem tantos vírus de duas pernas na RAM:

(*) Edward Jenner, foi quem desenvolveu a primeira vacina contra a varíola também a primeira vacina criada no mundo, segundo muitos. Pasteur, foi quem desenvolveu e criou os primeiros antibióticos.

(**) Sobre a OMS, "politiquices" à parte, neste caso Tump tem razão. Uma organização de fracos que tem de ser reinventada. Tem de ser melhorada e tem de ser organizada. À semelhança do GR da Madeira


Um video para ajudar a compreender


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