A
vida faz-se com a normalidade e com a anormalidade. O normal é que cada pessoa
viva com as coisas que lhe pertencem verdadeiramente integradas. O anormal são
as consequências das más ações e dos malefícios que cada um carrega em tantos
domínios da sua existência.
Mas,
devemos esperar de todos consequências normais no que diz respeito às suas
opções de vida, isto é, que sejam honestos e que lutem pela justiça sempre. No essencial
que tenham um comportamento adequado perante os outros naquilo que se relaciona
com a educação básica, a sexualidade integrada e a consciência de todos os
valores que nos fazem pessoas verdadeiramente humanas e cidadãos militantes.
Porém,
a vida também carrega muita anormalidade. É anormal, quando as atitudes não se
enformam com a honestidade, mas na mentira, na falsidade e em toda a espécie de
maldade contra a natureza e os outros.
Por
exemplo, a anormalidade de uma imposição do celibato na Igreja Católica, regra
imposta universalmente, tem se revelado um caminho de bem e santidade para
muitos, mas também para muitos tem sido um cavalo de batalha que tem destruído
a credibilidade da Igreja Católica e do Cristianismo.
É
um «valor» importante, e não está diretamente relacionado com todas consequências
anormais (criminosas) que tem sido o calvário da pedofilia, porque ela existe
onde não há imposição nenhuma de celibato, no seio das famílias, por exemplo.
Mas, mesmo que isso nos custe, entendo que alguma coisa deve contribuir para os
desiquilíbrios sexuais que se vão manifestando em todo o mundo católico.
Não
venham dizer que nada tem a ver com a imposição do celibato, e que é apenas a
sexualidade mal integrada que leva bispos, padres e cardeais, pessoas de quem
se espera uma inteligência acima da média, a se entregarem a investidas sexuais
contra menores, freiras e jovens masculinos e femininos. Tudo está interligado,
disse o Papa Francisco sobre a ecologia. Também na natureza humana é assim,
tudo se relaciona. Não é apenas uma coisa e não é apenas outra. Mas tudo deve
ter a ver com tudo e enquanto não tivermos uma comunidade Igreja Católica com
pessoas perfeitamente normais, celibatários homens e mulheres, casados homens e
mulheres, a anormalidade vai ditar a ordem do dia.
As escolhas estão feitas
e muitas se impõem mediante teimosias anacrónicas, que vão semeando a perversão
da anormalidade sexual. Assim, por um lado, temos muitos que são «santos»,
respeitadores e equilibrados a par de muitos escravos e oprimidos. Por outro, dizem
as notícias trágicas que não faltam outros tantos perversos sexuais, quer na
vertente da heterossexualidade quer na vertente da homossexualidade. E tudo
isto faz pena vermos que se carregue tanto num acessório como é a regra da imposição
do celibato, que é gerador do bem, é verdade, mas que contribui para tantos estragos.
Concordo em absoluto com este artigo e há muito que venho repetindo certas ideias aqui expostas .Visão atualíssima das causas e consequências de muitos males que se prolongam há demasiado tempo na igreja católica e que os religiosos cristãos conservadores teimam em persistir neles, apesar do óbvio. Aos ultra conservadores e conservadores não lhes convém que a igreja católica mude, porque isso implica prescindir de mordomias, de bens materiais, de posições conseguidas à custa sabe-se lá de quê....Enfim, enquanto a mentalidade da igreja católica não mudar de visão, de posição e não se adaptar aos tempos atuais e não "enxergar " que o cristianismo visa apenas e unicamente o bem de toda a humanidade e não só de alguns humanos, não teremos nem conseguiremos nunca uma igreja católica inserida no verdadeiro cristianismo, aquele que Cristo pregou
ResponderEliminarConcordo em absoluto com este artigo e há muito que venho repetindo certas ideias aqui expostas .Visão atualíssima das causas e consequências de muitos males que se prolongam há demasiado tempo na igreja católica e que os religiosos cristãos conservadores teimam em persistir neles, apesar do óbvio. Aos ultra conservadores e conservadores não lhes convém que a igreja católica mude, porque isso implica prescindir de mordomias, de bens materiais, de posições conseguidas à custa sabe-se lá de quê....Enfim, enquanto a mentalidade da igreja católica não mudar de visão, de posição e não se adaptar aos tempos atuais e não "enxergar " que o cristianismo visa apenas e unicamente o bem de toda a humanidade e não só de alguns humanos, não teremos nem conseguiremos nunca uma igreja católica inserida no verdadeiro cristianismo, aquele que Cristo pregou
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