PSD-M marcando passo

Imagem DN online
Terminou o Congresso do PSD Madeira e os resultados não são animadores. Para dentro pode ter funcionando, imbuídos naquele espírito do meia bola e força que pouco tem de se preocupar com o argumentário.

Para fora foi uma desgraça. A gestão da imagem de Miguel Albuquerque foi péssima porque os posicionamentos gerados por derrotas e vitórias internas e os respectivos egos, não conseguem uma plataforma de entendimento. Depois das guerras passadas entre Jardim e Albuquerque, com frases muito fortes, o estado a que chegou o PSD-M teve uma premissa maior de ir os anéis e salvar os dedos, só que não está a funcionar. O que disse Jardim no passado de Albuquerque conta. O facto de ter sido destituído de quase todos os poderes com a entrada de Calado conta. E, conta também que este congresso consagrou o regresso de Jardim como salvador que menoriza Albuquerque. Portanto, nos próximos meses teremos um candidato do PSD-M que não conta para nada e que só lá está porque se antecipou publicamente a anunciar a sua recandidatura e, os manuais políticos, ensinam que seria péssimo uma destituição forçada, como aquela que intentaram com Rui Rio.

Jardim falou em tempos que Cafôfo é fraco e que o PSD-M só não ganha por demérito. Em boa parte é verdade, outro convencido que não ouve. Mas, o que pensar se Cafôfo é fraco e o PSD-M perde?

Pode ir ânimo nas hostes social-democratas mas este foi o primeiro congresso da sua história com saldo negativo. A obsessão pela acusação para retirar os holofotes de si e da sua governação não está a resultar. O PSD-M quer tudo à sua maneira, não respeita os eleitores e não tem conteúdo.

Os próximos meses são mesmo de liveblog para o PSD-M, de avanços e recuos a descobrir (só agora) os seus erros e de quanto vale o desfile de discursos do seu congresso. O samba de uma nota só não chega. As pistas são dadas pelo estudo de opinião de hoje no Diário de Notícias e são mortais para qualquer estratégia. A razão é simples, o povo fartou-se das manias do PSD-M em querer da maneira que lhe dá jeito e não em favor do povo e este, com a sua vivência, mata as convicções do PSD-M a todos os níveis. O simples desejo de mudança é empírico mas válido e é contra o PSD-M sem estratégia possível numa percentagem igual a conseguida pelo partido no inquérito de opinião.
Imagem DN edição impressa 21/01/2019

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