Estacionamentos "normais" e a falta de civismo.

Numa grande superfície comercial da Região, foi cumprido pelos promotores do investimento o dever de fornecer um vasto parque de estacionamento subterrâneo, para evitar de sobrecarregar a via pública com automóveis dos seus clientes e funcionários.

No entanto, e apesar da vasta oferta de estacionamento, que normalmente apresenta lugares disponíveis, há sempre um conjunto de clientes que acha mais prático estacionar na via de acesso ao parque de estacionamento, condicionando o trânsito de entrada e saída do mesmo.

A via em questão, com os "estacionamentos" do costume.

Há algumas razões pelas quais acho que levam as pessoas a tomar a decisão de estacionar da dita via, no entanto são facilmente discutidas, havendo ainda mais razões que devem ajudar a suportar o argumento que estou aqui a defender.

Não é "mais próximo da entrada", poderá ser mais perto de alguns produtos da loja, junto à entrada do piso superior, no entanto, a loja tem 2 pisos, obrigando o utilizador a recorrer ao elevador ou ao tapete rolante e aí já é mais vantajoso aceder à loja pelo parque de estacionamento.

Não fica "mais perto da estrada para a seguir ir embora", terá sempre de ir ao fundo da estrada fazer uma manobra de inversão de marcha em situações de fraca visibilidade e colocando-se a si e aos outros em perigo, vai acabar por ter de fazer mais manobras.

Incomoda todas as pessoas que utilizam o parque correctamente, porque na via onde estaciona, deixam de poder circular automóveis nos dois sentidos, tornando-se a entrada e saída de automóveis bastante condicionada, havendo ainda consequências disto no complicado cruzamento que dá acesso às instalações da loja.

O seu automóvel fica abrigado dos elementos atmosféricos, se estiver sol, terá o carro fresco quando chegar das suas compras, se estiver chuva, não se molha.

Na maior parte das vezes, há muitos lugares disponíveis no parque, inclusive perto das portas de acesso à loja.

A causa destes estacionamentos na via, que considero desadequados por perturbarem a circulação de pessoas e bens sem razão plausível para tal, estão afectos a duas questões essenciais, o costume à falta de infraestruturas adequadas e a falta de civismo.

Os madeirenses não estão habituados a vias com condições correctas para a circulação automóvel (dois sentido de trânsito desimpedidos, lugares de estacionamento, passeios, ordenamento do território em geral), e por isso não se sentem incomodados em ter que parar porque um automóvel está incorrectamente parado na via pública.

Denota-se uma falta de civismo e respeito pelo próximo, da parte de quem estaciona naquele troço de estrada. Sendo esta uma forma inconsequente de tentar chegar mais rápido ao interior da loja estacionando mais perto da porta, mesmo que isso signifique perturbar o acesso de outros à loja. Pode até considerar-se que este acto é como passar à frente numa fila de acesso, obrigando os outros, com iguais direitos, a terem de esperar mais para terem acesso à loja.

Fotografia aérea do local.

Esquema explicativo do problema, sobre a fotografia aérea.

NOTA: Apesar de ser fácil de perceber qual é a superfície comercial que estou a falar, ela não é referida, porque é irrelevante, a culpa deste acontecimento é dos utilizadores/clientes e não da empresa. Compreende-se que a gerência do estabelecimento não queira colocar ali uma linha amarela e fiscalizar o cumprimento da mesma, sob o risco de perderem clientes pela atitude punitiva. Deve ficar bem claro que na elaboração deste artigo não houve qualquer intenção de denegrir a imagem da empresa, os seus colaboradores ou a marca detentora do espaço.

Share on Google Plus