1. É isso que resta saber para já. Haverá
uma democracia que nos salve e melhor ainda, melhor ainda deve ser dito, é
preciso salvar a democracia. Mas qual democracia? – Obviamente, que a
democracia que a elite do poder partidário impôs precisa de ser morta e enterrada. Alguns vão me fuzilar com este ponto de vista que apresento. Perante
o que digo a seguir em termos gerais, faço a salvaguarda devem existir honrosas exceções e, obviamente, que haverá gente bem intencionada no mundo da
política. Adiante.
2. A democracia que inventou a elite dos
partidos políticos, que se instalaram na gamela do poder alternadamente,
destruiu a democracia com a loucura da satisfação dos interesses pessoais e dos
grupos. Esta elite que prometia mundos e fundos em tempos de campanha, chegando
lá, esquecia os seus compromissos e ponha de lado o povo a quem prometeu
fidelidade eterna. Mas, face a isto, os eleitores foram vendo que não podiam
pagar impostos para alimentar o tais grupelhos de traidores, medíocres, inábeis
e incompetentes que se lambuzam na porcaria do poder. Os melhores cidadãos não
querem saber disto. Primam pela honra e não querem ferir a honestidade. Restam
os piores para o tal jogo político partidário, que não serve o bem comum nem a
justiça. Esta que se tem revelado desigual, porque raramente condena
convenientemente os prevaricadores políticos.
3. A democracia, aquela da separação dos
poderes legislativo, executivo e judicial, foi sendo golpeada mortalmente com a
corrupção, o tráfico de influências, o tachismo, o lambebotismo, a predileção
pelos grupos económicos e tudo o que temos visto nos tempos que correm. Como
pode ainda sobrar simpatia por um sistema que permite isto, porque as
instituições que garantem a sua saúde, foram completamente delapidadas, e
instumentalizadas para justificar os interesses de uns poucos contra a maioria?
– Zero de simpatia...

5. Conclusão, o falhanço
da democracia deriva desta desigualdade da justiça e dos privilégios que as
leis perversas implementaram. O povo tomou consciência que é o pagante de
impostos sob a exploração e pressão. Cansou-se de ter que viver para sempre na
pobreza, na desigualdade e na exclusão. Não suporta mais pagar as vigarices e
os desmandos da claque política, que se acha no direito de fazer o que bem
entende com os bens que pertencem a todos. A desonestidade, a
irresponsabilidade, as aldrabices e todos os desmandos da elite do poder
destruíram a democracia e conduziram o povo ao cansaço de ser meio e nunca o
fim. Agora, antes de andarmos a bradar contra a casa dos outros e contra quem
os outros puseram à frente dos seus destinos, pensemos na nossa casa e
observemos a cama onde nos podemos deitar a qualquer momento.
0 comentários:
Enviar um comentário
Pedimos que seja educado e responsável no seu comentário. Está sujeito a moderação.