É da própria natureza do jornalismo apontar o que está errado para que seja corrigido. Mostrar o que está mau para que seja melhorado. Denunciar os que corrompem para que sejam punidos. Expor os que estão em dificuldades para que possam ser ajudados, William Bonner
O DN-Madeira foi
sempre O jornal que li na Madeira. Que comprava, pelo menos ao fim de semana, porque durante a semana a empresa tinha assinatura. O “antigo” Jornal da Madeira, era demasiado
jardinista. Uma espécie de Pravda da “Pérola do Atlântico” e também porque era "distribuído”
ad nauseaum pelos serviços do GR, pelos bares e restaurantes, lojas, ... (porque tinha de ser
como me confidenciavam os amigos),
O antigo JM nem
escrever sabia. Era preferível ler o JORAM, ou algum comunicado tonto, press
release de um qualquer “instrumento” de governação do GR, empresa ligada….E os "opinadores" eram patuscos, salvo raríssimas excepções. O JM-M, acendia sempre bem o carvão na churrasqueira, à falta de acendalhas.
O DN era um
paraíso naquela "macacada". Cheirava diferente, trabalhava diferente e como tive a oportunidade de ver, na altura fui instalar uns servidores e ajudar nas primeiras edições “on-line” através
da empresa onde trabalhava, vi coisas giras na redação, ouvi coisas melhores na
redação e notei que ali se respirava diferente. Tinham orgulho de "chatear" o regime, questionar o regime, pensar diferente do regime e pagavam por isso.
Infelizmente hoje o
DN-M parece outro. Continuo a segui-lo e ainda é o meu “farol” de
imprensa escrita “evoluída” na RAM. Mas também me
parece que regrediu e está a nivelar-se ao nível dos colegas. Se “os não podes
vencer, junta-te”, parece ser o novo lema do DN-M.
Confesso que para mim, isto
tem acontecido há já algum tempo, mas intensificou-se desde que as alterações
societárias recentes se concretizaram. Uma coincidência ? O DN-M, questionava, este nem questiona. O DN-M era incómodo ( lembram-se de AJJ proibir assinaturas dele ? ). Este parece estar por tudo e sem todos. Este parece " poucas no cravo, Muitas na ferradura".
A família Blandy
que venceu Alberto João Jardim, foi vencida pelo regime e por Miguel
Albuquerque
Estive a monitorizar por alto o DN-M, edição on-line. E em 72 horas ( artigo escrito a 18 Agosto ), vi, como sempre, uma crónica
acutilante de Ricardo Oliveira, artigos interessantes, como o de Fátima Ascenção,
Helder Melim, um outro que considero para reflexão de Rui Freitas (não concordo
na totalidade) e as tretas do costume de Lopes da Fonseca, o normal para aquela
banda. O resto, peço desculpa aos cronistas, li mas não entranhei. Problema meu por certo, porque a escrita é boa. Esquecia-me o de Nuno Morna, a branquear.
Um DN a duas velocidades. De um lado os pategos da desinformação e das noticias patrocinadas pelo GR e quejandos, por outro lado os espíritos livres, do DN antigo, Os que sofreram com as tropelias de AJJ e por certos as actuais e os que fazem propaganda ao regime. Os que luta(ra)m por uma informação livre e os que de livre nada têm. Os que pensam diferente, os que pensam o mesmo, melhor nem pensam. Em resumo: Os verdadeiros JORNALISTAS e os outros, os publicistas do regime.
Um DN a duas velocidades. De um lado os pategos da desinformação e das noticias patrocinadas pelo GR e quejandos, por outro lado os espíritos livres, do DN antigo, Os que sofreram com as tropelias de AJJ e por certos as actuais e os que fazem propaganda ao regime. Os que luta(ra)m por uma informação livre e os que de livre nada têm. Os que pensam diferente, os que pensam o mesmo, melhor nem pensam. Em resumo: Os verdadeiros JORNALISTAS e os outros, os publicistas do regime.
Eu nunca deixarei de apurar uma informação, Ana Paula Padrão
Mas depois, começo
a ver as notícias. E fora aquelas “paroquiais”, acidente em…,
explosão na …, aparecem outras que são, acredito, fruto da parceria com o
Diário de Noticias. E sobram as outras. Que são as desportivas e as de caca, de cocó.
É com estas últimas,
cada vez mais, que me preocupo. São lixo, são … exactamente fake news . Entre
alguns exemplos,
1- Verbas de fundo
de recuperação devem chegar no 1º trimestre de 2021. A jornalista (será
?) nem contraditório faz e nem pergunta: afinal não eram para já estarem como o
Senhor ( Rui Barreto) e os seus vice e presidente do GR disseram ? E porque "devem". Não tem a certeza ?
2- A Madeira é “um paraíso
de fruta” e esta jornalista que faz tantos “encómios” ao vídeo ( já tem mais de
mil visualizações ) nem sabe que os “youtuber´s” que promovem , também já
passaram pela Indonésia,..fazem a volta aos paraísos perdidos…..exactamente a dizer as
mesmas coisas. Tanto que estes últimos tiveram uma ”originalidade” …a Madeira é
um “paraíso de fruta”. Podia ser pior, mas a jornalista ( será ? ) nem olhou
para isto, nem olhou para o vídeo e se questionou. Como é que “youtuber´s”
tiveram acesso aqueles locais ? Sobretudo quem lhes pagou ? e como foram pagos ?
3- A Madeira pela
segunda semana consecutiva não sobe os preços dos combustíveis. Afinal, não é bem assim, o jornalista lá diz que a gasolina vai subir 0,001% !!!!!! Tristeza,
o jornalista ( será ? ) nem compara com o continente ou os Açores. Um
jornalista que gosta tanto de comparar, neste caso ….nada
4- 70 milhões de
euros pagos pelo GR em apoios comparticipados nos fundos comunitários. Mais outra
de um jornalista (será ?) que segue o que diz Mário Gouveia. Matemática
não é necessária. Mas o jornalista (será ?) pode não saber fazer contas, mas
devia perguntar ONDE? Eu faço as contas por ele. Assumamos que o GR tem
APENAS em 20% a sua comparticipação nos
fundos. Pelas minhas contas são 350 milhões em contratos. Se deu 70, sobram … ora
bem …. 350-70=280. Onde estão e a quem pagaram?
São umas atrás
das outras. Começa a ser aborrecido.
Vou continuar a ler o DN-M, digo desde já. Mas o que antes para mim era “sagrado”,
lia e nem duvidava, agora não. Aliás, parece-me a mim, repito salvo excepções,
o DN-M começa a ser um jornal de anedotas e com muitas anedotas.
Porque falo nele? Porque ME INTERESSO POR ELE. Porque tenho pena dele. Porque ninguém quebra quase 30 anos de leituras. Porque
ainda continua a ser o único jornal que leio da Madeira. Porque tem lá pessoas
boas e jornalistas superiores. Porque choro com ele e por ele.
Sobretudo, porque a
esperança é a ultima a morrer.
0 comentários:
Enviar um comentário
Pedimos que seja educado e responsável no seu comentário. Está sujeito a moderação.