Ah! Se a vossa liberdade / Zelosamente guardais, / Como sois usurpadores / Da liberdade dos mais? Manuel du Bocage
Hoje dia 25 de
Abril, comemora-se a liberdade. Para mim, confesso, é uma data agridoce, porque
com o 25 de Abril vêm-me sempre à memória a (má) descolonização feita por
Portugal, os horrores que nós e os nossos irmãos de África sofreram pela forma
como foram entregues as ex-colónias e
como políticos e militares portugueses trataram (mal) os seus compatriotas e
ainda mais aqueles que também estavam a seu cargo, os irmãos africanos. Os de lá e também os de cá.
Com a liberdade,
apareceu a responsabilidade. Mas se olharmos para os últimos anos da RAM, a
liberdade trouxe a capacidade, jamais perdida de dizer “boutades” e a "desresponsabilidade" dos actos praticados. Também de cortar a liberdade de quem devia servir. Falo claro do GR. (1).
Numa época de
crise, o GR continua a usar os métodos de sempre. Dar dinheiro, espalhar
dinheiro para grupos dependentes do Regime. Foram agora os clubes de futebol, foram
também as IPSS´s. Pior, o GR, nomeou umas quantas IPSS´s, Casas de povo,
associações, inclusive recém-nascidas para poderem ser os pólos de distribuição
de verbas para os mais carentes!!! São a Pide dos tempos modernos na Madeira. Vigiam. São os cúmplices do Regime, do GR. Como diz o velhíssimo ditado português "tanto é ladrão o que vai à vinha, como aquele que fica à porta".
Porque o GR não confia nos Madeirenses, é cobarde e quer cúmplices, co-autores do mesmo crime, manda estes decidirem quem precisa ou não de ajuda ou apoio. Como cúmplices se um é preso, o outro também o será. Por isso o GR é chantagista. O GR não ajuda directamente quem precisa. Mandata outros fazerem o trabalho sujo, de separar o "trigo do joio", para ficarem também com as mãos sujas. Porque o GR precisa de dependentes, mandata os que pertencem e dependem do Regime decidir quem é apoiado ou não. E como "gigolos", traficantes, estas instituições, mesmo as que pertencem à Igreja fazem esse serviço. Assim, em duas penadas, o GR, cria "senhores e
súbditos" e naturalmente, os comandados nada podem dizer, pelo menos publicamente, sobre o que pensam dos seus "mestres e amos". Porque se o fizerem ...são excluídos das benesses e elas são precisas agora, como sempre.. Um povo independente economicamente, não é o que o GR quer. Na Madeira, a liberdade económica, trazia a liberdade de opinião, trazia independência e essa independência é prejudicial para o GR e o Regime. Porque perdem. São apeados e serão posteriormente julgados ( criminalmente ).
A maioria das IPSS´s onde o GR entrega este dinheiro, são da Igreja Católica, sejam Misericórdias ou Centros Paroquiais. Infelizmente com a aparente benesse da Igreja Católica, do Bispo do Funchal, esta permite que se criem e sejam usadas para manterem dependentes criados por este regime. Uma pena que esta Igreja Católica faça o trabalho sujo do GR. Uma pena que o bispo do Funchal, aja como Pôncio Pilatos, lavando as mãos para este estado de coisas. A Igreja na Madeira, não faz jus ás palavras do Papa Francisco "Aquilo que domina são as dinâmicas de uma economia e de finanças carentes de ética: assim, homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo, é a cultura do descartável." ). Ou será que é verdade o que Hitler disse. Que " O Cristianismo é uma invenção de cérebros doentes".
Um homem com fome não é um homem livre, Robert Stenvenson
Uma sociedade de dependentes
onde o chicote foi substituído pelo dinheiro. E onde impera o silêncio, as
“hossanas” a favor. Numa sociedade em crise, o GR, exige do povo obediência
cega e entrega a alguns, o trabalho de executor.
Também nesta
altura, lêem-se cartas abertas de Miguel Albuquerque, Eduardo Jesus e José
Manuel Rodrigues. Todos a Costa.
Miguel Albuquerque
pede viagens subsidiadas para todos os Portugueses para as ilhas e para aqueles
que viajam do Porto para o Algarve e vice-versa. Uma ideia engraçada, não fosse
apenas para criar tensão nas relações entre Lisboa e a Madeira, fazendo acreditar
aos Madeirenses que Lisboa, porque vai ignorar este absurdo, é mais uma vez “a má da fita”. Mesmo
a privatização da TAP que MA aplaudiu nos tempos de Passos Coelho já é posta em
causa. Agora nacionaliza-se. Estas ideias, vêm de alguém que não sabe o custo
do dinheiro e da crise que passamos. Viagens subsidiadas implicam custos e geram
desigualdades. Veja-se o caso de um madeirense que faz uma ou nenhuma viagem a Lisboa.
Paga por quem faz 5\6 viagens para os Açores ? E um transmontano, paga um
conjunto de viagens feitas por um Madeirense ? Onde está a igualdade fiscal e
económica que o direito e Constituição preconizam ?. MA faz-me lembrar aquelas sábias palavras de CHURCHILL “a desvantagem
do capitalismo é a desigual distribuição de riquezas; a vantagem do socialismo é
a igual distribuição de misérias”. No regime de AJJ e MA é isto que se pratica(ou) na RAM.. MA passou a ser marxista ? Comunista ? Nem o PCP advoga já estas ideias, porque evoluiu. MA regrediu, o que ele pretende é ser o Grande Líder, transformar a Madeira não numa Singapura mas numa Pyongyang do Atlântico.
Eduardo Jesus,
envia uma carta a Costa, a aconselhá-lo para o recente Conselho Europeu. Quer
dizer, Costa para além dos que tem ao lado, ainda tem que ler a carta de Jesus de conselhos Jesus como nada tem a fazer, escreve cartas. Eu preferia que escrevesse umas
memórias. As memórias de um falhado. Eduardo Jesus é o seguidor literal do "laisser faire, laisser passer". Não do pensamento económico oposto ao mercantilismo, porque ele não tem nenhum nem saberá tal. Penso logo existo, não é para Jesus. Jesus,
neste cantinho do Atlântico, tenta apenas colocar-se em bicos de pés. Para mostrar
que ainda é vivo. Como diz Henry B. King, “falem bem ou falem mal, mas falem de
mim”
Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade, Fernando Pessoa
José Manuel
Rodrigues, envia também a Costa uma carta a pedir que os salários dos
deputados/políticos não aumentem. Mas JMR não pratica isso com ele e não pede à ALRM que
preside. Mais uma vez a hipocrisia em acção. JMR parece uma virgem ultrajada. O problema é que
de virgem não tem nada. É um usado. Como dizem os italianos, o "dolce fare niente" é o que JMR pratica. Segue James Ferrel “ Faz o que eu digo, mas não faças o
que eu faço. Essa é a verdadeira sabedoria”.
Assim passa-se mais um 25 de Abril. Viva a Liberdade. Mas existirá verdadeira liberdade na Madeira ? Não creio. O que é lamentável. 46 anos após o 25 de Abril a Madeira continua uma colonía. A colonía do psd-M, a colonía do Regime. E os colonizadores estão à vista. E o que achamos ser liberdade, não é mais que uma "democradura" vigilante. Salazar regressou. Manda quem pode, obedece quem deve. O outro lema do GR.
(1) Muitos leitores meus dizem-me que só falo mal da Madeira. O que não é correcto. Critico, mas não falo mal do GR. Nunca confundo a árvore torta, com a floresta deslumbrante. Existem situações que devemos relevar na floresta deslumbrante. O caso da Tele-escola. Dizem-me de Lisboa que as aulas do 10º, 11º e 12º anos da RTP-Madeira, são aconselhadas aos alunos destes anos no continente. Parece-me que nem todos as podem ver, apenas aqueles que têm a MEO e o pacote com a RTP-M. Mas muito bem e parabéns. Que outros exemplos destes apareçam. E se faz favor sem cartas abertas. O mérito é sempre reconhecido e não precisamos de cartas abertas e bicos de pés.
O "25 de Aprile" também é comemorado em Itália como dia da Liberdade. Foi em 1945 que as forças aliadas e os "partigianos" italianos terminaram com a ocupação da península italiana da ocupação nazi. Por isso, nada como acabar este artigo com uma canção italiana num viva à Liberdade. A nossa "Grândola Vila Morena" que todos conhecemos, italiana. Porque a Itália foi "massecrificada" com o Covid-19 a minha escolha. In honerem, In onore, Em honra, In honor, En honor, Zu ehren, En l´honneur, Ter ere, ...
O "25 de Aprile" também é comemorado em Itália como dia da Liberdade. Foi em 1945 que as forças aliadas e os "partigianos" italianos terminaram com a ocupação da península italiana da ocupação nazi. Por isso, nada como acabar este artigo com uma canção italiana num viva à Liberdade. A nossa "Grândola Vila Morena" que todos conhecemos, italiana. Porque a Itália foi "massecrificada" com o Covid-19 a minha escolha. In honerem, In onore, Em honra, In honor, En honor, Zu ehren, En l´honneur, Ter ere, ...
Bella ciao
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