AHEAD KLM


A 7 de Outubro próximo, a KLM - Koninklijke Luchtvaart Maatschappij (em português Companhia Real de Aviação) perfaz 100 anos de actividade desde que Albert Plesman a fundou. É a primeira companhia aérea a consegui-lo sempre com o mesmo nome.

Para a comemoração deste novo ciclo, desde 2015 que a KLM e a Universidade de Tecnologia de Delft (TU Delft) projectam uma aeronave de corpo e asa mista, com capacidade para 300 passageiros e capaz de ligar Amsterdam a Perth (Austrália), cerca de 14.000km.

A aeronave chama-se AHEAD, que significa Desenvolvimento de Aeronaves de Motores Híbridos Avançados (site) e pretende melhorar a eficiência (consumos) para com ela obter um avião para vôos mais longos. Todo trabalho é uma parceria do departamento de engenharia e manutenção da KLM com engenheiros e designers da TU Delft. O resultado, bastante avançado nos estudos, é um design que apresenta dois conjuntos de asas - um pequeno par dividido no nariz e um grande conjunto na parte traseira - embutidos no corpo. O perfil contínuo foi projectado para melhorar o fluxo de ar sobre a aeronave e reduzir o arrasto que, actualmente, os aviões superam usando mais potência no motor, portanto, mais combustível.
Comparação com um
777-300ER
com a mesma capacidade.
Para a propulsão está previsto um motor híbrido para substituir os motores turbofan convencionais. Nos turbofans, grandes volumes de ar fluem através e ao redor do motor, e parte do ar é usada para queimar combustível de querosene numa câmara de combustão. O ar aquecido impulsiona as turbinas que impulsionam o veículo para a frente. O novo mecanismo da KLM usaria dois sistemas de combustão diferentes. O primeiro queima hidrogénio criogénico ou gás natural liquefeito (GNL), e o segundo queima querosene ou biocombustível. Ao usar dois sistemas diferentes de combustão e combustível, a eficiência total do motor aumenta e as emissões são reduzidas. Para reduzir ainda mais o arrasto, os motores seriam montados na parte traseira da aeronave em vez de por baixo das asas. Recorde-se que a KLM foi a primeira companhia aérea a usar biocombustível num voo comercial, desde 2011 (ano da certificação), fornecido pela SkyNRG, empresa holandesa estabelecida pela KLM e outras, que agora é líder de mercado no fornecimento de combustível de aviação sustentável.

A aeronave, projectada para ser introduzida em 2050 viu, por razões ambientais, o seus prazos encurtados com incremento no investimento para investigação. A KLM já trabalha com os designers holandeses Hella Jongerius e Marcel Wanders para criar interiores de cabines e utensílios de mesa. Alguns, de primeira geração, serão usados de imediato a bordo dos seus aviões.



Documentação em inglês:


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