O ódio falseia sempre o acesso à verdade


Em 20 de maio de 1940, os primeiros prisioneiros chegam ao campo de concentração em Auschwitz, na Polónia ocupada pelos nazis...
O racismo e o ódio a qualquer etnia específica são sempre condenáveis, e falham sempre o alvo da vontade de chegar à origem mais profunda dos problemas e questões.
Da mesma maneira que eu abomino e critico o modo racista e condenável como o estado de Israel se comporta para com o povo palestiniano, abomino e critico o antissemitismo.
As perseguições das quais o povo judeu foi vítima ao longo da História, culminando no acto de puro Mal inumano e horrendo do holocausto nazi, constituiu uma das mais negras páginas da História Humana, e tal não pode ser negado, ou relativizado.
Os mesmos militarismo e nacionalismo que motivaram o fascismo nazi alemão são consentâneos ao militarismo e nacionalismo israelita que motivam o comportamento vergonhoso do exército israelita face aos civis palestinianos, e aos militarismos e nacionalismos que por esse mundo fora motivam actos abomináveis; como os actos de genocídio e de repressão na China (talvez o mais totalitário e genocida dos estados actualmente existentes no planeta), a repressão antidemocrática do ditador Putin na Rússia, a repressão da emigração e de outros movimentos sociais na América de Trump, na Europa, na Arábia Saudita, etc, etc.
Portanto, o que há a condenar em todos estes fenómenos liberticidas, racistas e repressivos são o MILITARISMO e o NACIONALISMO em si, não, nunca, etnias ou povos em si mesmos; condenar tanto o nazismo, como o nacionalismo militarista israelita sim, mas nunca condenar em si os povos alemão e judeu.
O antissemitismo sempre esteve ligado a absurdas e simplistas teorias da conspiração. Nos séculos XVIII e XIX, circulavam panfletos escritos por reaccionários ultra-católicos acusando os judeus de comerem carne humana e beberem sangue em suas cerimónias religiosas. Em 1904 os serviços secretos czaristas russos inventam "Os Protocolos dos Sábios de Sião" com o objectivo documentado de estimular o antissemitismo na Rússia e no Mundo; e conseguiram. Inspirados em tal documento falso, grupos de extrema direita, e de extrema esquerda, ao longo do século XX aí foram beber para inventar fantásticas conspirações judaicas ao serviço quer do capitalismo, quer do bolchevismo comunista, consoante o interesse ideológico dos inventores.
Contemporaneamente, grupos neonazis inventaram a conspiração dos Rothchild, tão ridícula como as anteriores, e ela agora é propalada nas redes sociais por grupos e pessoas que, muitas vezes ignoram que, sem saberem, estão a propagar ideias neonazis; sendo que alguns são mesmo neonazis, não assumidos como tal (que também os há) ...
Assim, visões a preto e branco totais, extremismos ideológicos, confusões entre árvores e inteiras florestas, são sempre campos férteis para a instalação do ódio, e para a colaboração acrítica com sistemas totalitários muito perigosos.
Como estudioso de História, e das linhagens e aspectos esotéricos no seu seio, considero minha missão esclarecer os perigos que visões conspirativas simplistas e etnocêntricas originam nas mentes individuais e colectivas.
Não se deixem enganar pelos fascismos (também os há na extrema esquerda...), o universo é um local imensamente vasto e complexo, explicações simplistas nunca são verdade.

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