Se quer vencer, tenha os bons e os maus por perto. Os lambe-botas só levam o seu, não contribuem com nada.
O PSD-Madeira não se dá bem com Comissões de Inquérito e tem muito a ver com o facto dos "convidados" dominarem bem a sua área e os deputados não. Uns são vadios e vão na circunstância que se propicia, outros preparam-se mas ou não chegam ao fulcral ou instrumentalizam o seu estudo para obter um resultado político conveniente mas nada de esclarecimento. Uma Comissão de Inquérito suspeita e que não esclarece não é serviço em representação da população. Se uns adoram lóbis, outros o partido mas das pessoa mesmo que os elegem não. É por isso que uma iniciativa louvável cansa rapidamente, quem ouve percebe as intenções e não o esclarecimento. A população tem experiência prática na matéria e observa que não coincide com a realidade.
Com a TAP, apesar dos preços de facto abusivos, da falta de serviço digno nas más horas e do Subsídio Social de Mobilidade para ricos, tivemos um hiper Antonoaldo que dominou por completo e de "braços abertos" a Comissão de Inquérito. Até geriu os tempos, ao que respondia e quem permanecia na sala. Se por um lado o PSD-M queria a condenação da TAP, que lhe parecia fácil para desviar as atenções sobre o falhanço na política de transportes do Governo e da má concepção do subsídio, por outro, surgiu a competência e a diplomacia das quais não estão habituados e vergaram. A má categoria dos deputados do PSD-M foi indisfarçável. O PSD-M vai muito esquemático, convencido e com força mas borra-se. Por muito ou pouco tempo, falaram bem e convicto, mina a força bruta mesmo que o tempo e o momento sejam geridos pelo PSD-M para seu suicídio. A Comissão de Inquérito da TAP só incutiu mais respeito pela TAP com a imagem do seu Presidente que, continua a dar cartas.
Com Rafael Macedo, apesar de todo o arranjo floral, o que contou foi o primeiro dia. As pessoas estavam propensas a apoiar Rafael Macedo porque sabem como anda a Saúde, só queriam perceber melhor a pessoa que liderava a opinião da maioria da população. Quando Rafael Macedo começou a desbobinar, sem hesitar, directo e com ritmo, algumas vezes com papéis e sempre incisivo para avançar mais, a maioria do povo determinou a vitória. Com satisfação por ser alguém indomável que lhes defendia a condição de doentes, em convalescença, utentes, em Lista de Espera, enfim, os que usam e vivem a verdadeira Saúde Pública. Rafael Macedo passou nesse dia a ser do povo e não médico, a maioria que vota, o PSD-M não percebeu. Foi tentando com vários elementos mas estava tudo "resolvido". O PSD-M nunca conta que a mentira ou a encenação esbarra com a experiência da população que anda a somar os erros do PSD-M.
Quando o PSD-M só tinha que ficar do lado da população e aproveitar uma brecha no corporativismo, eis que sai em defesa (quiçá) de um seu empresário com a cara de Joaquim mas não da Saúde Pública e do eleitorado. É um claro momento em que o PSD-M não se define em defesa da população, mistura tudo e perde. Depois não adianta a dramatização, definiu-se.
Vamos para terceiro "round", vá lá se saber como vai o PSD-M se sair bem de uma Comissão de Inquérito sobre as Listas de Espera que galopam, a fugir da verdade e em directo, com o actual bumbo da festa a liderar. Suicídio!
Neste momento, tal como na hora em que o navio afunda ou estamos em desespero de guerra, acabam-se as paridades, as falsidades, os ocos e os egos, é a hora dos rijos que não falham nem vacilam, é no osso e para matar. Em ambiente calmo ou artificial, esta trupe de atontalhados sem escola (para estarem na política) podem luzir o fato, enrolar o canudo e até passar à frente com esquemas mas, na hora da verdade, é que são elas. PERDEM, fica o chorudo ordenado sem capitalizar para o PSD-M.
O que é impressionante nisto tudo é que o PSD-M é um mega partido a parir uns ratinhos. Tanta categoria e "know-how" para governar e se salvar mas estão encostados. É tarde, Miguel Albuquerque não aniquilou a temível máquina partidária do PSD-M, conseguiu inverter a polaridade. Foram os primeiros atingidos, esgotado o filão de lhes atribuir culpas, ressabiamento e inveja, começaram os inimigos externos, foi Lisboa, foi Costa, foi Marcelo e já vai em Junkers. Jesus Cristo que se ponha a pau porque ... não está livre.
Setembro vai ter um momento atónito mas sem surpresa. Apesar de uma sociedade de perfis falsos, as redes sociais pulsam uma intenção clara dos madeirenses mas não só ... dizem que há por aí uma sondagem com o PSD a 24% e PS a 37%, o que provoca nervoseira e deslizes. Com a tendência do primeiro a descer e do segundo a subir, propício a um tempo de muitas ofertas nos meses que se avizinham, já nada é impossível com tamanho desespero. Trapézio de uns a aproveitar o fim de saldos, haverá máscaras a cair ou que se domesticam interesseiramente, outros que até aplicam cola na máscara, não vá ela descair no momento chave. O culminar da chumbaria será a lista de deputados a apresentar, aposto que ficam os que não angariam votos porque o que conta é alimentar o estatuto das elites e não trabalhar para a população.
As entradas na ALR deveriam ser pagas para se poder assistir aos Espectáculos de Teatro. Em abono da verdade nada mudou, temos que reconhecer que a casa de espectáculos capitais prossegue, paga a peso de ouro mas sempre inútil. The show must go on!
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