1. Um assunto sério para
levar muito a sério. Em vários momentos da minha vida ouvi que a maior riqueza
de um país é a sua população. Daqui depende o futuro mas também já o presente.
Precisamos de crianças, de adolescentes, jovens, pessoas em idade ativa a trabalhar
e a procriar, mas também precisamos de velhos (anciãos)... É assim uma
sociedade. Entra em estado de choque quando uma das faixas etárias se
desequilibra, ou porque está em número a mais ou a menos. Daí os alertas
chegarem em catadupa de estão a nascer menos bebés e a faixa etária da
ancianidade a aumentar, porque melhoram as condições de saúde e de bem estar
que proporcionam uma melhor qualidade de vida e o seu prolongamento na faixa
etária da condição de ancião.
2. Tudo isto esteve a ser
tratado com detalhe neste dia 29 de Março de 2019 no Casino da Madeira com um
leque variado de personalidades que fizeram refletir, nos diversos aspetos que
a questão da demografia levanta. Eles foram, por exemplo, as estatísticas com
projeções até 2080, que nos colocam em sobressalto, visto que para a Região
Autónoma da Madeira, em termos populacionais seremos “cada vez menos mais”. E
não havendo nada que inverta esta descida acentuada ladeira abaixo, os números
revelam uma “catástrofe” dramática. Os principais palestrantes foram: Ricardo
Miguel Oliveira, diretor do Dnotícias; Ricardo Fabrício, Professor na
Universidade da Madeira; Bagão Félix, antigo Ministro e professor Universitário;
Jorge Carvalho, Secretário Regional da Educação Gilberta Rocha, Professora
Catedrática Universidade dos Açores.
3. Obviamente que tudo isto
trará ainda outros problemas para o trabalho e empregabilidade, o sistema
educativo, a situação do cuidado com o crescimento das pessoas na condição de
ancião, o funcionamento económico e já agora (puxando a brasa à sardinha) na
vida pastoral da Igreja Católica. Estamos numa fase de tirar o retrato ao
problema, mas não deve tardar muito, que se vejam a lume políticas pró ativas
que incentivem a natalidade, mas que não sejam singelos cheques - muitas vezes
são cheques em branco. Por isso, reclamam-se políticas estruturais que
incentivem os casais jovens a procriarem, quer com incentivos no emprego, quer
ao nível da fiscalidade.
4. Enfim, uma série de
situações relacionadas com esta temática que remetem toda a sociedade para um
diálogo sério e verdadeiro sem interesses de grupos ou lobbies. Os problemas
hoje são planetários. Eis aqui um tema transversal a toda a sociedade e se diz
respeito a todos deve convocar todos para uma profunda reflexão, porque tudo
está interligado. Aliás, considerando algumas das intervenções, deduzimos que começa a ser
unânime, que este tema não se soluciona apenas e só com capelinha de cada, é um
assunto global e como tal deve ser tratado a esse nível. Está lançado o debate
aceitam-se ideias e sugestões que ajudem nas possíveis soluções.
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