1.
Da catástrofe
Estão passados 9 anos sobre o que
foi a tragédia do dia 20 de fevereiro de 2010 na ilha da Madeira. A dimensão da
catástrofe, a extensão da destruição, a profundidade do sofrimento provocado
naquele tempo marcarão para sempre tantas vidas. As mortes, o desalento, a
desorientação, os medos e os gritos e as dores não foram alucinação.
Vergonhosamente, da aluvião ainda
persistem tantas feridas abertas na paisagem, marcas inocultáveis nos centros
urbanos, ainda tanta gente sobrevive submetida aos antigos riscos, ainda os imensos
rostos que choram aqueles dias habitam os mesmos lugares mortais.
Da catástrofe, muitos dos fatores
causais foram identificados, prolongam-se no tempo inércias criminosas e os
mesmos nexos causais.
Milhões de euros prometidos para
a chamada reconstrução foram desviados para outras finalidades e até os meios
para a resolução do mais básico, como o direito à habitação, ainda tardam em
ter vez.
2.
Da infâmia

Na verdade, a aluvião de 20 de
fevereiro de 2010, tal como outras recentes tragédias, correspondem a um
eloquente tratado sobre a infâmia e a política, sobre a arte da mentira mais
vil na política. Trata-se de mais uma demonstração de como alguns partidos e
determinada gente com responsabilidades governativas nesta Região exercem o
poder, como parte da indústria das máscaras, da indústria dos cosméticos, como
uma sucursal da indústria da falsidade.
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