Reformar ou revolucionar ?

 

 
Toda a força será fraca se não estiver unida, Jean de La Fontaine

O regime da Madeira está cristalizado no corpo social e económico da RAM. São perto de 50 anos a fazer do mesmo. A criar estruturas, inclusive mentais, para se perpetuar no poder. A cometer maldades. 

O regime seguiu parte do guião dos regimes ditatoriais: usar o orgulho da raça, em ser-se diferente, ser-se superior aos outros. Isto numa região onde a falta de informação, ou mesmo a ausência de informação facilitava a moldagem da existente aos fins pretendidos. O controle dos meios de informação principais, está no manual de qualquer regime “socialista” ou “social-democrata” ditatorial. E isso o regime do psd-M faz bem. Daí que não perceba, como é que os nossos luso-venezuelanos não critiquem o que se passa na Madeira, apontando ao continente pecados que o regime Venezuelano comete e conhecem, também o regime do psd-M. Cegos ou é pago o seu apoio ?

A criação ou permissão de partidos de oposição "oficiais" também é a norma desses regimes. A criação de classes corporativas, de um aparelho partidário forte, o controlo da função pública, o fomento "não" oficial do miserabilismo, o fomento "não" oficial do "não trabalho" do não esforço, a tentativa clara de supressão de liberdades, o controlo da informação, a existência de um aparelho "apparatchiks" e a chantagem económica e social da população, tudo é feito na RAM, "by the book". O regime da Madeira pratica tudo isto, tal como é praticado em todos os regimes ditatoriais. O regime do psd-M não tem uma PIDE, mas tem "pides" de redes sociais, tem "pides" nos serviços públicos, tem "pides" na informação, tem "pides" na económia. 

O regime da Madeira, também é o regime de muita oposição, anónimo

Esta não é uma região democrática, é mais uma democratadura. E a democracia vem do país Portugal, a ditadura do regime imposto pelo psd-M.

Arranjar SEMPRE um inimigo comum "á la carte", é bom para este regime, como para todos os regimes que querem controlar e unir artificialmente a população. Lisboa, os ingleses, o Sr. Silva, o Sr. dos passos (agora reabilitado), o Rio, Guterres (bom até perdoar a divida ), Sócrates (bom até arranjar a lei dos meios ), Costa, a comissão europeia, .....

Os manuais da guerra subversiva e psicológica foram todos aplicados na RAM por AJJ e seguidor(es). Controle dos meios de comunicação, controle dos meios de produção, controle das massas, procura e utilização de aliados débeis para fins últimos para melhor controle do poder, criação de partidos satélites para dispersão de vontades e votos, ....

Porque o dinheiro lhes é demasiado grado e é a sua religião, eles nunca deixarão o mérito e que a concorrência natural e necessária à RAM aconteçam. A liberdade de pensamento, a liberdade social, económica e individual é-lhes avessa. Gostam de socializar as massas, por isso são tão sociais-democratas, como Fidel, Chavez , Maduro foram/são. . O psd-M é o verdadeiro partido socialista, da Madeira. O verdadeiro partido regional-socialista dos trabalhadores madeirenses.

A única coisa que a RAM não pode fazer em parte porque está, quer se queira ou não, incorporada no país Portugal, foi controlar o fisco, controlar policias, controlar militares, controlar a justiça.

Mas em todos estes campos, o regime da Madeira tentou e luta para o conseguir, especialmente o poder fiscal e o poder da justiça. Porque eles sabem que controlando a economia e as "benesses", podem chantagear o povo. Essa é a batalha que o regime da Madeira ainda não venceu, mas onde parcialmente obteve algumas vitórias. E que os leais ao regime. mesmo da oposição, porque formatados ou por interesse de grupo, apoiam.

A vitimização da Madeira face a outros portugueses, é a realidade da politica e do social da Madeira. O Madeirense recebe menos que o beirão, alentejano, transmontano...é o mantra deste regime. Ninguém parou para pensar, parte por desconhecimento, parte porque formatado, que a Madeira era antes do 25 de Abril das regiões do pais, por causa do tipo de turismo que se cá fazia e praticava, mais desenvolvida. Que o interior norte, centro e sul do país era pior que o interior da Madeira ( em 1976 muitos amigos meus do ciclo em Tondela, não tinham luz elétrica e na rua ao lado da casa do meu avô o "frigorifico" era o poço da água ). A Madeira não era mais atrasada que o país. Era exatamente igual ao país.

Ninguém se pergunta, como é que a Madeira dissipou a sua mais valia turística, a exclusividade, a favor de uma politica suicida de turismo massificado, como em Canárias. Ninguém ainda pensou, mas os estudos estão aí, que a Madeira atual e autonómica, depende mais financeiramente da ajuda exterior, do que antes do 25 de Abril e é a região onde a acumulação de riqueza em poucos, supera a do país.

Em tempos de enganos universais, dizer a verdade torna-se um acto revolucionário, George Orwell

O fisco madeirense é parcialmente "controlado" pelo regime, a segurança social é controlada pelo regime e só isso explica que situações como fuga a impostos, a fuga ao pagamento de taxas sociais se faça de forma tão incólume como acontece na Madeira ( veja-se o exemplo da Segurança Social madeirense com os incobráveis das empresas do regime, de MA com o fisco,,,,,. ).

Um protegido do regime, em relação a mim, não teve pejo de dizer no facebook, que me pesquisava na segurança social e como a mim, porque não sou especial, tenho a certeza que a outros também.

Não são poucos os que se queixam que o que lhes é devido não é pago, ou só pago depois de o seu comportamento público e críticas a este regime seja mais moderado ou anulado. Demasiados se queixam informalmente, demasiados dizem que se o fizessem formalmente seriam colocados de parte. Nunca a viva voz, mas à socapa, com medo de represálias.

A medida das liberdades deste regime vê-se pelo site “Correio da Madeira”, onde muito se diz, muito se queixa, mas sempre de forma anónima com medo de represálias. É caso único na nossa Europa de liberdades, uma região precisar de um jornal eletrónico como escape á liberdade de expressão que não existe. 

O que difere o regime da Madeira, do regime da Venezuela ? Rigorosamente nada. Lá como cá, temos oposições criadas à medida, corporativismo social, perseguições financeiras, económicas, o uso dos bens públicos para fins particulares, o uso dos apoios e acessos a serviços públicos para chantagens económicas, sociais, …..Lá como cá, também existe fome, a saúde não existe e o desemprego aumenta e é escondido (naturalmnete com as devidas distâncias). Uma Madeira independente, seria uma república de bananas à dimensão europeia.

A única diferença é a Venezuela ter meios militares, policiais e de justiça completamente controladas pelo regime vigente e na Madeira, porque “isto” ainda ser Portugal, tal não acontecer. Mas, a única “policia” controlada por este regime, a ARAE, faz exatamente o que o regime quer. Quase seis (6 ) meses passados sobre a ilegalidade que aconteceu no Savoy nas noites de 30 e 31 de Dezembro do ano passado, porque gente grada do regime, do governo que tutela este regime, esteve naquelas festas, incluindo o presidente da “dita cuja”, nada aconteceu e a investigação está a "ser realizada" para ser arquivada. Porque todos, porque a Madeira é pequena e imagens foram feitas, sabem quem lá esteve.

O corporativismo encontra-se em sindicatos, ordens profissionais, também no controle dos meios de comunicação, dando-se o luxo de o sindicato corporativista de jornalistas deste regime, achar que com o DN-M e JM-M a sua estrutura acionista maioritária (grupos AFA e Sousa e participações cruzadas ), esta não ir contra a lei vigente, isto é, a maioria dos meios de comunicação social pertencerem aos mesmos grupos e interesses. 

Se o homem nasceu livre, dever governar-se. Se tem tiranos, deve destroná-los, Voltaire

Infelizmente muita da oposição também é corporativista. Veja-se o caso do PS-M que entre muitos tiques de independência efetiva ao regime, também é (obrigado ? ) a muitos toques de seguidismo e corporativismo do regime. O cds-M foi absorvido, o PCP-M é um bibelot querido que é bom de se ter para se mostrar, o BE foi pelo voto útil absorvido no PS-M, a JPP é local e o resto é paisagem.

Os independentes não são queridos e o “dividir para reinar” é conseguido por este regime. Exatamente porque a oposição é fraca e foi moldada pelo regime. Pensar e agir diferente nunca foi feito.

Veja-se recentemente o caso de o Sec Reg das Pescas indicar que apoios de mais de 600 000 € a pescadores serem "agora antecipados". Uma noticia que os meios de comunicação dão como sinal de boa governação, o (DES)gr apresenta como vitória, mas ninguém se questiona do óbvio: se estes apoios foram antecipados é porque existiam, se a região está em crise porque não foram entregues antes quando os meios financeiros estavam disponíveis. Ou melhor, o que o (DES)gr andou a fazer com mais de 600 000 € ? Jogar aos juros da banca ?

A ausência de informação, a negação de informação prestada por um (DES)gr à ALRM, partidos é sistemática e diretivas de tribunais a desfavor do regime, são ignoradas. Perseguições pessoais é o comum na atividade deste regime. A assunção de que pode-se fazer tudo, mesmo sabendo que o que se faz é ilegal, é assumida pelos diversos agentes deste regime, começando pelos governantes. Veja-se recentemente o caso de Rui Barreto.

A plebe pode apenas fazer tumultos. Para uma revolução é preciso o povo, Victor Hugo
As liberdades económicas e de expressão são constantemente postas em causa. A banalidade da ilegalidade é comum e o anormal é que se proceda de forma diferente ou distinta. Na Madeira é difícil vencermos por mérito próprio. Mas muitos vencem pelo "mérito" do (DES)gr.

Uma mudança de regime é necessária. Mas como fazê-la ? Existem duas formas de se fazer esta mudança: por consenso, via “reformas” ou por ruptura, com uma revolução. O PS-M, muitos da oposição parece que tentam o consenso, mas o que acho mesmo é que só com ruptura efetiva é que o regime é desmontado. Esta mudança não se consegue apenas em só mudar de partidos. è preciso muito mais.

Ruptura nos costumes e nas formas. Ruptura nos pensamentos e nas ações. Nunca nas omissões. Ruptura na forma de estar, na forma de agir. Ruptura nos procedimentos, ruptura com o corporativismo vigente. Ruptura com o controle da informação, ruptura com a prática actaul de esconder factos e assuntos. Ruptura na politica de empregabilidade "boys for the jobs", ruptura na politica de esbanjamento de recursos e de uso para fins próprios ou de regime. Ruptura enfim nas práticas públicas ilegais. 

Porque com uma politica de consenso, ter-se-á forçosamente de conversar quem pratica a ilegalidade, usa e abusa de práticas ilegais à mais de 40 anos sem sinal de remorso. Porque o consenso, levaria ao esquecimento e o que acontece na RAM, nunca deve ser esquecido e os seus autores penalizados, mesmo criminalmente. 

Porque o que este regime faz, não tem perdão.

Uma revolução é precisa. Não de cravos, mas a revolução de espetadas. Porque afinal nós madeirenses já a fazemos falando. Porque é à volta dos espetos, que o regime não controla, de que tem medo, que ela se fará. Afinal, os verdadeiros "versos não servem para embalar, mas para abalar", como diz Mário Quintana. E a ocasião, esta ocasião, tem de trazer forçosamente a revolução. Quer queiram, quer não.


Já esteve mais longe e veja-se como "está tudo controlado". Lá, na Venezuela, como cá, está tudo bem. E é tão bonita esta Venezuela de Chavez, como a Madeira de Jardim e Albuquerque. 

Cancion oficial de la campana de mi Comandante Presidente Hugo Chavez





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