Falta de ocupação não é repouso; uma mente absolutamente vazia vive angustiada, William Cowper
Numa altura em que uma Sec
do Ambiente, contempla embevecida caixotes de lixo, as “ilhas ecológicas”, onde
MA se deixa fotografar de “fato e gravata” a podar uvas e diz precisar de saber
se Lisboa comparticipa em “despesas de educação, saúde e administração” do
GR que preside, que percebemos que a politica de turismo do GR é nula, que a pró-actividade existe apenas para procurar "jobs for the boys", onde a mulher de Rui Barreto é "ent(c)aixada", como muitos, num trabalho à medida no GR, soubemos que 27% da
população empregada da Madeira, 26 000 pessoas num total de cerca 100 000,
são apoiadas pelo programa “invest Madeira”.
O tal programa dos 120 milhões de euros que o GR
diz ter sido todo usado, mas que a realidade afirma o contrário: a banca, os
empresários, "n" empresas que o tentaram usar e desistiram
pela enorme burocracia / falta de resposta ou porque com o tempo,
necessariamente ficaram ilegíveis para esses apoios.....Sobretudo porque o
GR não APRESENTA PROVAS DE USO completo e devido desses valores ( O que escondem ? ).
27% de população empregada ajudada, 26
000 pex, JÁ são números tristes e o GR di-lo sem problema. . Porque numa região
onde cerca de 40 000 pessoas estão directa e indirectamente empregues pelo
GR, “sobram”
100 000 ( pessoas
empregadas ) – [ 27 000 ( empregados apoiados invest Madeira ) +
40 000 ( empregados GR ) ] = 33 000 pessoas empregadas (
privados ) actualmente.
Segundo o INE, em 2019
existiam 138 700 pessoas activas na região. Estando empregues agora 100 000 pessoas, a taxa de desemprego ( numero de pessoas desempregadas
por cada 100 activos ) na RAM será superior ao que o GR sempre defendeu, a mais baixa do país!!!!, na ordem dos 5,6%. Vejamos:
138 700 pessoas (
população activa ) – 100 000 pessoas ( empregadas ) = 38 700
pessoas desempregadas, 28%
Como Augusta Aguiar admitiu recentemente apenas 17 465 inscritos no centro de emprego, forçosamente
o GR mente agora como mentiu antes.
Em resumo:
100 000 pessoas empregadas no total
40 000 pessoas “empregadas” pelo GR
26 000 pessoas apoiadas pelo Invest madeira
33 000 pessoas empregadas no sector privado na Madeira
38 700 pessoas desempregadas
138 700 pessoas activas na Madeira, INE 2019
38 700 pessoas desempregadas ( 138 700 - 100 000 )
17 465 pessoas inscritas no centro de emprego ( julho 2020 )
faltam 38 700 - 17 465 = 21 235 pessoas desempregadas,
que não entram nas estatísticas do GR.
Resumindo, numa população
activa de 138 700 pessoas,
38 700 desempregadas + 26 000 apoiadas = EXISTEM, admite o GR, 64 700 pessoas sem trabalho ( desempregadas e
apoiadas pelo investe Madeira) . E AINDA FALTAM as que o estado português apoiou
com o lay-off simplificado, muitas delas que em SETEMBRO IRÃO PARA O DESEMPREGO. O que dizer disto ?
Mas o problema disto
tudo são os 45% de Augusta Aguiar. Para esta, em Julho de 2020, existiriam
45%de 138 700 pessoas = 62 415
pessoas no desemprego ou em lay off , a que se juntam mais cerca 3 000
pessoas ( 15 Julho a 15 Setembro )
É expectável pois, que nesta
altura, de uma população activa de 138 700 pessoas, mais de 50% esteja
sem trabalho ( lay off ou desemprego ). Eu apontaria os 56%.
Ontem ao DN-M, o GR admitiu implicitamente o que vale o desemprego efectivo na Madeira: não as 17 465 pessoas de
Augusta Aguiar de Julho 2020, mas 38 700 pessoas efectivas. Mais do dobro. 28% da
população activa na Madeira está oficialmente desempregada, mas o GR só admite 17 465 pessoas. E estes números
não são devidos ao Covid-19, porque vêm de trás. Não são os 5,6% da "mais baixa taxa de desemprego do país", são os 28% reais pré Covid-19, da MAIS ALTA taxa de desemprego do país e Europa.
A falta de trabalho destrói pessoas, Katharine Hepburn
Números terríveis que
demonstram o que vale a política económica, fiscal e de empregabilidade deste GR. Números que atingirão
os 42% nos primeiros meses do próximo ano, numa estimativa simples se tomarmos
por base o número médio de falências actual RAM e o numero de empresas que não prosseguirão
com o lay off.
E se isto acontecer, a
RAM até Maio do próximo ano, terá 63% de população activa no desemprego /
lay off. Fica o funcionalismo público, a universidade paga por Lisboa, alguns
privados e os monopolistas do regime, que também colocam gente no lay off envergonhado. De que ninguém fala.
Perante isto, a
sustentabilidade da Seg Social NA Madeira, a sustentabilidade económica e
fiscal do GR ( menos receitas cobradas ) tornar-se-ão num curto e médio prazo
insustentáveis, se este estado de coisas se mantiver.
Socialmente, a "paz
podre" que existe na Madeira está a quebrar-se. A polícia já faz avisos públicos que o GR ignora, de que as coisas na rua estão más e presenciam-se actos de vandalismo e violência um pouco por toda a ilha. Esconde-se a realidade, sobra o que não se consegue esconder.
Vamos a caminho de mais
fome, mais miséria e talvez de um novo resgate social/económico à Madeira pelo
povo português. Mas triste é notar-se que o GR não mostra preparos
para combater esta crise. Continuam a pensar e actuar como se nada disto acontecesse, pedindo mais dinheiro, criando obras inúteis para manter os monopólios do regime e no caso do turismo, passando para “os parceiros” o ónus de resolver a situação turística. Atitudes passivas, não pró-activas como se exige.
Isto não é um governo, apenas
um conjunto de pessoas sem reação, a olhar para um abismo cada vez maior, que sabem nunca será
o deles, mas de outros e de novo à espera que os outros resolvam o que eles não
sabem nem nunca souberam resolver.
Observação - Vicente Jorge
Silva
Faleceu esta semana um
grande jornalista. Madeirense. De pensamento diferente e portanto incómodo para
todos. Como se notou demasiado na RAM. RIP
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