Chega de pimbas.


Estupidez também é um presente de Deus, mas não se pode abusar, João Paulo II 
No "argumentário" do jogo do poder, vale tudo. A desinformação, o conhecimento selectivo, o moldar a história e as "estórias" de acordo com as necessidades. Neste jogo, a verdade de ontem, será a mentira de hoje e o bem-te-avisei do amanhã.

Tudo se usa para fazer e dizer o que bem se entende. A incoerência é uma constante, como constante é muitos políticos "moldarem-se" às circunstâncias. Políticos plasticina que o povo não consegue reciclar, porque são como cogumelos. São "mais que as mães" e não existe forma de exterminar a raça.

O fenómeno Chega, chegou a Portugal, exactamente como outros fenómenos similares chegaram a outros países. Porque a ausência de valores éticos, morais, existe muito na classe política, Têm um discurso diferente, apelativo, para quem sempre ouve o mesmo e vê os mesmos de sempre serem os privilegiados do costume, fazerem os erros do costume e sem costumes. Existe a esquerda caviar, tem que existir a direita soufllé.

O chega é o bacalhau com todos, o rissol, o pastel de bacalhau que se come na festa da terra a ouvir ....música pimba. Fica sempre bem ouvir a música pimba e até trauteamos alguns versos com ela. Um pezinho de dança? mas claro que sim. E...ficamos por ali.

Só existem chegas, quando o povo anos e anos e anos vê os mesmos de sempre fazerem o mesmo de sempre: ou seja, nada. A enriquecerem, a manterem privilégios, mesmo que crises económicas se sucedam. O povo nunca tem culpa e menosprezar o povo, fazendo-o passar por "tolo" e sem gosto, foi o que os "intelectuais", de esquerda a direita fazem e perdem claro ( veja-se Trumph á 4 anos ). O povo pode ter "mau" gosto, mas tem de ser ouvido. Não ignorado ( eu não gosto que o pai Mortágua, assaltante de bancos, tenha sido condecorado, como acho mal que na Madeira sejam condecorados os bandidos do costume ).

O discurso dos chegas é pobre, é preguiçoso. Sabem que o povo está revoltado e usam isso a seu favor, revoltando ainda mais. Sabem que o povo não gosta de ser roubado e dizem isso até à exaustão. Sabem que o povo está contra os que se perpetuam no poder e dizem isso com exaustão. Sabem que o povo está contra os “compadrios” do poder e repetem-no até à exaustão.  Sabem que o povo gosta que todos trabalhem "realmente" e falam nisso até à exaustão. Sabem que o povo quer menos regalias para os que "não trabalham e recebem" do estado e repetem isso até à exaustão. Sabem que o povo não gosta de políticos e eles conseguem dizer e fazer acreditar que são diferentes. 

O discurso dos chegas é o novo discurso incendiário. Um discurso fácil, preguiçoso, laxista, que entra no ouvido como as músicas pimbas. Um refrão que entra e mais nada. Um discurso pimba.

As músicas pimbas são ouvidas. Tal como o discurso dos chegas. E combater este discurso não se faz montando uma cerca ou ignorando-o.  Porque isso é que os pimbas  pretendem. 

Não podemos, nem devemos combater a música pimba com Tchaikovsky, Mahler, Paganini....Devemos ouvir e colocar a música pimba onde ela fica bem. Numa espetada, numa sardinhada, a trautear com os amigos, a abanar o pé numa festa de aldeia,,,. ( eu cá às vezes trauteio o "tenho dois amores", " o dá-me cá o teu bacalhau Maria", .... ) Não se ouve pimba na Ópera. Mas ouve-se e sabe bem com uma espiga na mão e um espeto na outra. Toda a gente, mesmo toda a gente ouve música pimba, mesmo aqueles que a criticam. Porque ouvem-na. Esta música fica no ouvido. É gira, mas ali, no arraial. Em ambiente propicio. [Quem é que numa festa académica não contratou  músicos pimbas ?]
Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões, Bertrand Russel
Quem diz que ela nada vale está a mentir, com mania de "intelectualóide". A tal mania que o povo despreza. Porque existe um tempo, uma altura e um lugar para ouvir música pimba. Mas ouvir música pimba, não é votar música pimba num festival ou fazê-la representar o país. Só num festival mundial de músicas pimbas. Ouvimo-la, mas fica-se por aí. Não faz mal, nem nos deixa ficar mal. Mas pimba ....é pimba. Ponto. 

Os chegas nunca têm dúvidas e raramente se enganam. tal como o Sr. Silva. Se insultam, não pedem desculpa. Insultam mais e dizem que foram mal compreendidos. Se erram, também foram mal entendidos. Ou a História foi mal entendida.

O discurso dos chegas é um discurso pimba. Claro que tem que sobressair. Porque não existe outro parecido. Todos os discursos pimbas, são iguais, sejam de "esquerda ou de direita". Divergem apenas na ação e no sujeito. Esquerda, direita, direita, esquerda tudo é igual. Não podemos ignorar, mas podemos ouvi-lo no sítio dos costume para esse tipo de discursos. Na tasca com uma "bejeca" nas mãos e anedotas matreiras pelo meio. Hoje são os chegas,  como também é o discurso de uns "Mamadus Bá´s" e o de umas "joassares" à medida. Toscos,  burros e estúpidos.

Porque tem um discurso pimba, é engraçado que na Madeira os chegas queiram namorar com o psd-M. E o psd-M, retribui. Um flirt a atirar para o namoro. Talvez amanhã um noivado. É que ambos querem o mesmo. O poder. Um ser poder, o outro continuar a ser poder. Ambos trauteiam a mesma música pimba: a do facilitismo. O da irresponsabilidade. E trabalham da mesma forma nas redes socias, porque a escola foi a mesma.

O chega é contra os emigrantes mas na Madeira até se alia ao discurso dos luso-venezuelanos contra o socialismo de Lisboa, que acham igual ao "socialismo" da Venezuela. Afinal o discurso pimba do psd-M. ". 

Os chegas são contra o poder instituído e falam numa 4ª república. Afinal o discurso de AJJ e dos pimbas de ocasião.

Percebeu-se já que o psd-M ( e o nacional qb ) não têm pudor em flirtar e namorar com o chega. Uma (a)ventura que lhes está a dar.  E já se percebeu que os chegas da Madeira já contam com muitos e muitas ex´s do psd-M / MA.MA é humilhado pelo ventura de Lisboa e gosta. Porque é o preço que tem de pagar para se manter no poder.

Como é que os chegas na Madeira, com a bênção do (a)ventura nacional, conseguem pensar em amanhã aliar-se com quem faz exactamente o mesmo que tanto criticam no seu discurso ? Temos um ventura a falar a dois tempos: por um lado a convidar MA para o apoiar nas presidênciais, por outro a dizer sim/não/talvez a uma futura aliança com o PSD. Temos um proto-líder do chega na Madeira a assumir-se como tal, sem os órgãos nacionais nada dizerem e com um discurso a dois tempos. Uma bandalheira.

Um ventura a dois tempos, uns chegas na Madeira a dois tempos, um psd-M a dois tempos, um MA a dois tempos.

Estão bem uns para os outros. Cheguem-se para lá.

Ganda Malucos - Nic nic avec moi, porque é verão

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