Para quem não pode evitar voar de avião, a grande questão do momento é quão exposto vou estar ao Covid-19 ou outra doença transmitida pelo ar. Esta grande dúvida também está presente nas companhias aéreas que querem restabelecer a normalidade para assim poderem vender bilhetes de transporte aéreo. A confiança dos clientes é essencial.
Apesar da evolução das cabines de avião, ainda representam um perigo para a propagação de doenças infecciosas, é um problema de eficiência física de proximidade, dos fluxos de ar, superfícies que não são limpas a todo momento e a natureza da biologia a funcionar num planeta vivo.
Mas o debate também se situa nas luzes, usar as UVC por causa das gotículas minúsculas que podem oferecer resistência ao curso do ar, por estarem sob influência de outro fluxo como a tosse e perturbar a filtração, é um desafio. As luzes ultravioletas prometem destruir o vírus sem afectar os humanos mas ainda estão em testes para concluir o que sucede com a sua incidência a longo prazo sobre as pessoas. Estas luzes já existem em tecnologias de tratamento de águas e para higienizar as salas de operações, sem presença humana, porque há a suspeita de provocar cancro ou lesões oculares
Paralelamente, outras áreas estão a ser estudadas, como desinfectar o passageiro em 3 segundos quando vai à casa de banho do avião ou criar modelos de como se comporta o ar (veículo) em torno dos passageiros durante as viagens.
O Covid-19 despertou mais atenção sobre este tema porque começou a ter influência na parte comercial de todos, os que produzem aviões, os que compram e os que usam. Até agora, os aviões eram projectados para voar bem a baixo custo, era o foco dos compradores por razões de competitividade, lucro e ambientais, não para impedir a quase 100% as doenças infecciosas.
O desenvolvimento da aviação comercial deu-nos várias prioridades ao longo dos anos e cada acidente serve para aperfeiçoar um pouco mais. Houve tempo para retardar o fogo a bordo, purificar o ar para níveis padrão de qualidade em relação ao dióxido de carbono mas, não estabeleceu regras para impedir a propagação de doenças infecciosas dentro dos aviões. Digamos que o Covid-19 foi um "desastre" para se pensar a sério nisso.
Quanto às limpezas dos aviões, sabemos que nem sempre são ou eram possíveis em profundidade para a agressividade comercial de mantê-los no ar a facturar. As limpezas entre voos nem sempre envolvem ou envolviam a desinfecção completa. A pontualidade sempre prevaleceu quando, muitas vezes, o dia vai atrasando voos, por diversas razões, e onde os tempos de limpeza e embarque são encurtados para recuperar um pouco dos atrasos em terra. Isso vai mudar, porque vender bilhete de avião implica dar garantias ao passageiro.
De momento há companhias a usar um produto chamado Viraclean que mata bactérias e vírus, tão potente que quem aplica deve usar protecção. Mas é um procedimento periódico, que dura 36 horas com duas aplicações por toda a cabine e implica substituir os filtros de ar. Também há quem use o desinfectante D-125 na aviação quando este é indicado para a saúde e a agricultura com o propósito de matar bactérias e vírus ... gripe aviária, salmonela, HIV, etc.
Estamos em tempo de adaptação, use máscaras a bordo e desinfectante para as mãos. Leve luvas mas lembre-se de todas as superfícies onde os seus protectores tocam em ambientes públicos. O avião tem as mesmas características de outros lugares fechados que visita. Eu não reclamaria tanto da temperatura a bordo dos aviões, ela pode colaborar na não disseminação do vírus.
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