E se não for proprietário mas andar sempre com os últimos bólides?


Muito do combate às alterações climáticas passa por sermos capazes de mudar hábitos de consumo. A Madeira não será diferente e não devemos complicar.

Os Países Baixos tem, como sabem, uma forte tradição nas bicicletas e transportes públicos na locomoção diária para ir trabalhar, ainda assim, o Governo do país está a incrementar ainda mais o uso da bicicleta para distâncias maiores mas comportáveis (até 14km ida e volta), com o aliciante nos reduzir impostos. Os comboios do país já circulam a 100% com energia verde vinda das eólicas. As companhias aéreas, nomeadamente a KLM, está a construir a sua fábrica de biofuel com óleos provenientes das frituras de todo Benelux. Faltava uma ideia sustentável para os automóveis. Sem dúvida que a opção é eléctrica mas, como incentivar a uma mudança mais rápida nos hábitos?

Um dos grandes obstáculos, para a compra dos veículos eléctricos, reside num conjunto de reticências, um carro a combustão ainda novo, o preço dos eléctricos, a inconveniência do investimento segundo o plano de algumas famílias, a vida útil das baterias, etc.

Nos Países Baixos, é mais vulgar arrendar do que comprar casa, conseguindo-se com isso um menor um endividamento das famílias a par de uma capacidade de mudança mais rápida para acompanhar as oportunidades de emprego ou evolução na carreira. Com esta opção, há mais controlo nas despesas evitando as flutuações dos juros. A ideia sobre a mesa é copiar o hábito predominante nas casas para os carros. Não compre, alugue segundo as necessidades, não se prenda a gastos fixos, tenha sempre um automóvel novo cada vez mais amigo do ambiente.

Hoje, o Diário de Notícias traz uma notícia que choca com tudo o que outros pensam, muito na onda do eu e da pertença, quando se pode resolver de outra maneira, não gastando dinheiro ao GR e sendo menos oneroso aos madeirenses. É preciso mudar hábitos e o GR deixa-se enraizado nos hábitos. Será mais um subsídio para "ricos" como o da mobilidade aérea? Pensei que esta estratégia com os carros assemelha-se ao subsídio para o desempregado criar o seu posto de trabalho e depois, o Governo lava as mãos. A tecnologia dos carros eléctricos não está madura nem o negócio é feito a preços competitivos, precisamos de andar depressa com o que temos mas, na maioria das famílias, a compra do carro com o poder de compra actual não é uma decisão de ânimo leve.
Tudo isto passa pelo facto de sermos proprietários a alimentar o "bicho" como se fosse mais uma pessoa à mesa em casa. E se não formos? Imagine que você só paga o que usa e pode estar sempre a mudar de carro conforme decidir. A inovação está em usar o que já existe de outra forma. Tudo começa com um contrato de locação a 5 anos ou aluguer, depende do seu uso. Acaba uma série de despesas porque:
  • A mobilidade passa a ser sob demanda, somente quando você precisar/ desejar, conectada com hábitos de transportes públicos.
  • Os carros serão sempre 100% eléctricos, zero emissões e de última geração.
  • São 100% digitais, uma experiência premium.
  • Com marcas de automóveis eléctricos de ponta. As que oferecem mais garantias na actualidade.
Esta nova solução de mobilidade explora a digitalização dos veículos, começa com a instalação de uma aplicação no telemóvel, cria uma conta pessoal com os dados pessoais necessários que seguem para aprovação. Depois de aprovada, acede a uma ampla lista de automóveis. Selecciona um carro pelo período de que necessita, levantado ou entregando numa empresa da rede mais próxima

Este sistema já funciona em Amsterdam. Rotterdam, Haia e neste ano entra Utrecht em acção, toda a rede está junto de excelentes conexões de transportes públicos para facilitar a recolha e a entrega.

Tudo está simplificado, não há necessidade de contactos nem chaves ou documentos, com o seu telemóvel, chega à garagem, abre, fecha e arranca o carro e está sempre 24x7 disponível. Os carros são entregues totalmente carregados e limpos e não andam com publicidades.

Você paga o que usa, a poupança no orçamento familiar é grande e contribui efectivamente para mitigar os problemas das alterações climáticas.

Países pobres tendem a ter soluções ricas e, países ricos, sem exibicionismos, têm ideias sustentáveis que permitem mais disponibilidade de dinheiro nas famílias. Torne o carro um serviço e não uma posse. Pagam um aluguer e não a manutenção do carro. Usam quando querem e por tempo. Se vão de férias não pagam o mês. Não têm que fazer inspecções, pagar seguro, mudar pneus, baterias, não vão à oficina ... O GR e os madeirenses devem mudar o chip, muito afeiçoado ao exibicionismo da pose e da posse. Ganhe 17 minutos a ver o filme, entusiasme-se e obrigado:

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