100 anos de KLM


A aviação mundial sofre, na actualidade, com problemas de viabilidade económico-financeira perante o combate feroz entre conceitos de low-cost, charters e supostas bandeiras. Alguns dizem ser mais ou menos como a China, de dois modelos e de mão de obra barata, que acumula riqueza e compra tudo mas que algum dia enfrentará o problema dos seus também quererem ter identidade e respeito, em vez de serem máquinas humanas que enriquecem os protegidos da política de lá.


Com a democratização das viagens aéreas, outros problemas sobem a bordo, é um facto que cada vez há mais casos de desordem nos aviões e estes têm que aterrar para acabar com zaragatas e conflitos. O céu tornou-se ambiente natural do homem que leva as suas atitudes, as mesmas da Terra. As companhias, perante os desafios, refugiam-se no "impessoal", o site atende e o robot responde, nada pode fugir daqueles parâmetros e faz impressão como não se consegue um número de telefone ou até balcão para que nos ouçam e resolvam. Por tudo isso passa a KLM mas tem nuances. É real e teve o rei como piloto durante mais de uma década em voos da KLM Cityhopper, fala da pegada carbónica mas mexe-se, tem o seu site e seus robots mas estão com gente nas redes sociais e só quem não foi a Schiphol para ver a interacção. Tudo isto liga com a forma de ser dos latinos do norte, assim uma mistura do maior rigor do norte com a alegria e o desenrasque dos latinos mas, nada é ao acaso. Ficou célebre a resposta da KLM e de Schiphol quando o vulcão islandês parou tudo e houve que fornecer camas e apoio. Por isso é uma companhia mundial que se dá mesmo com todos e acreditem que há mais estima do que a dos próprios holandeses mas, seria deselegante dar exemplos.


A KLM é uma companhia aérea por isso é da industria que enfrenta mais desafios ambientais na busca de soluções que reduzam a pegada carbónica que altera o clima do planeta. A KLM em parceria com a Microsoft deverá ser em breve a companhia mais digital do mundo e está a construir a sua fábrica de biofuel que vai tratar dos óleos de frituras de todo Benelux, enquanto isso, projecta um avião amigo do ambiente com a Universidade de Delft. De momento, a KLM vai eliminar os voos curtos na Europa em parceria com a Thalys e a acção é para continuar com outras redes de comboio rápido. Em 2024, a sede da KLM conta estar no seu "hub", o aeroporto de Schiphol, abandonado as actuais instalações em Amstelveen com a finalidade de acabar com as deslocações. Tem desafios mas mexe-se para nos dar esperança.



No brasão da casa real, que reconheceu a KLM como real companhia de aviação, está o segredo da longevidade da companhia que hoje faz 100 anos, sempre a voar com o mesmo nome, por enquanto é a única e enquanto viver será a mais idosa. É todo um feito quando neste momento ouvimos companhias aéreas a falir quase todas as semanas. A sobrevivência está na humildade de saber se associar quando o mercado é pequeno ou os desafios fogem da mão como areia seca. Je Maintiendrai!



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2 comentários:

  1. Parabéns pelo artigo👋👋👋👋👋👋enquanto em Portugal tudo se vende por um vintém🔥🔥🔥

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