A Ordem dos Economistas lançou o seu RMP - Rating Municipal Português - depois de durante muitos anos o país ter contado exclusivamente com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas para avaliar os seus desempenhos.
Não conheço os objectivos da iniciativa, se comerciais, se de posicionamento estratégico ou de influência mas, sem dúvida, que acresce uma comparação inevitável que um dia poderá dar resultados antagónicos porque também não se percebe a metodologia usada. Certo é que insere novos resultados comparativamente ao anuário da OTOC.
Avaliados os 308 municípios portugueses, com o comparativo da evolução entre 2016 e 2018, o RMP fornece o resultado final estabelecendo um ranking que tem por base a "Governance", eficácia de serviço ao cidadão, o desenvolvimento económico e social e ainda a sustentabilidade financeira.
Para a Madeira, o estudo determinou que os melhores municípios são Funchal (no Desenvolvimento Económico e Social), o Porto Moniz e Câmara de Lobos na Sustentabilidade Financeira. Os piores são Santana (excepto na Governance) e Calheta. É factual e objectivamente claro que as câmaras da Região que são geridas pelo PSD-M pioram os seus resultados no Ranking Municipal Português. Em contraponto, e sob o ponto de vista político, Paulo Cafôfo mas sobretudo Miguel Silva Gouveia marcam pontos, o Funchal sobe 11 lugares no rating e cresce em todos os indicadores no comparativo 2016-2018. Um rude golpe para a narrativa daquele partido enquanto oposição na CMF, até porque o documento tem origem numa entidade insuspeita e com ligações à direita como é a Ordem dos Economistas.
O quadro da Madeira, amplie clicando em cima:
Santa Cruz que foi a pior em 2016 (não consta na listagem de 2016), com a pesada herança do PSD-M, começa a recuperar e relegou em 2018 o título de pior a Santana (não consta na listagem de 2018).
Segue-se o documento completo para consulta:
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