Dicotomia do voto


Porque é que as Redes Sociais e alguns Blogues estão a ganhar tanta força?

Porque o poder económico estraga a informação tal como toma conta dos governos. Surge, então, a informação alternativa, pura e dura ou, até ver, uma válvula de escape que faz entender por quem escreve ou lê que não somos estúpidos. São ante-câmara do voto represália em vez de útil, aquele que se reencaminha para o radicalismo ou extremismo. É preciso levar a sério estes fenómenos.

São os partidos tradicionais absorvidos nos jogos de poder político e económico ou na divisão de tachos sem qualquer crédito que trazem a política para a desgraça, fazem o eleitor, numa primeira instância, votar noutros partidos ou seguir para extremismos ou radicalismos. Ninguém adere a eles sem saturação e descrédito, é o que estamos a viver com a Renovação na Madeira. Sem qualidade, políticas ou ideias. Ainda assim, a Madeira pode se considerar sortuda pelos brandos costumes que ainda imperam no meio desta selvajaria de tudo valer em que vivemos.

Esta mania de extremar tudo para o vermelho da ofensa e de que tudo é mentira torna as fake-news oficiais, transvestidas de todos os argumentos ardilosos que nos levem a abençoar uma governação, uma forma de instituir a mentira enquanto veículo para alcançar a vitória. Péssimo exemplo que vem de cima mas há um grande problema, encalha na realidade vivida pelas pessoas. O poder não consegue se soltar, habituou-se á mentira, afastou-se da população mas, lá chegam estes meses prévios das eleições onde os interessados passam a ser uns amores, dóceis, prestáveis, até telefonam ... imagine-se! Mas voltamos ao mesmo, o interesse de manter o status quo e as benesses com a versão oficial de Alice no País das Maravilhas não confere com a realidade vivida pelas pessoas. Borram-se.

Contra um mundo que se fica por imagens e títulos e
perde um belo texto
LINK para o "Perspectivas Angulosas"
Por outro lado, os órgãos de informação zelam pela sua rentabilidade num meio pequeno. Qualquer arrufe dos que detêm o poder económico pode ser um quebra-cabeças. É aqui que se centra o dilema da Comunicação Social livre a par de alguns jornalistas que estragam a imagem do todo. Um tremendo jogo de cintura de uns hoje, amanhã outros, a verdade de todos e o jogo de cintura com uns jornalistas pró, outros contra, poucos isentos mas raros falam a fio de navalha. Tudo menos o desemprego. Passa muito tempo entre os intervalos das eleições e as pessoas embevecem com o poder efémero, deixam arrastar a asa, depois chegamos a tempos iguais a estes e entalam-se.

As redes sociais têm muita bagunça, mentira, maldade mas também dá para discernir tópicos úteis, ideias novas e verdades. As redes sociais são tão livres para a bagunça e o conto do vigário como se consegue mesmo com a mentira extrair a verdade. Os perfis falsos do PSD-M são um exemplo mal parido e sucedido, ajudam ou não a discernir sobre a verdade? Até apontam de quem têm medo pelos insultos e lama. As redes sociais ou blogues de opinião têm uma parte de informação "não editada" que se torna credível através do raciocínio das pessoas.

Se tu dizes a verdade, uma e outra vez, podem não gostar de ti por seres inconveniente mas quem está desinteressado valoriza-te e quem tem interesses valoriza-te, tentando te queimar a todo custo. É assim que uma opinião sincera enfrenta o amor e o ódio.

Por outro lado, e pelo exposto, o madeirense deve começar a equacionar se quer continuar a aumentar o poder económico na Madeira em poucos elementos. Logo de arranque, estes grandes só o são aqui, numa próxima crise aguda (em que os dinheiros públicos não possam socorrer estes dependentes do Orçamento Regional) poderão surgir os estratosféricos chineses (ou outros) e comprar tudo de uma assentada, agradecendo até esta concentração maquiavélica do PSD-M. Aí seremos escravos e explorados e não vai haver respeito por nada. É ler sobre o que se está a passar em África.

Vou dizer tantas vezes quantas necessárias, o madeirense está paulatinamente se escravizando através da omissão, condicionado pela mesma dependência dos rendimentos para poder viver. Quanto mais calado e alheado, pior ficará a sua situação.

A Gnose, o conhecimento, é arma fundamental para que cada um, em liberdade, saiba escolher. Não consuma mastigado, a bem de todos não queira pertencer à Máfia no Bom Sentido, prefira a contento de todos, um futuro equilibrado e sustentável. Por este caminho estaremos a fazer mais pobres e a concentrar mais riqueza nos mesmos.

Não se deixe instrumentalizar, mantenha a sua palavra. Não ceda ao medo gratuito. Não se venda, tudo é efémero, usam-no e deitam fora. Estamos nos meses de maior aflição dos poderosos ... aproveite-se ... no bom sentido e para todos.

O sucesso pode ser amargo tal como o insucesso uma semente com futuro. Não seja falso com aqueles que zelam pelo bem colectivo, a normalização da vida da Madeira está nas suas mãos. Auxilie todo e qualquer um a sair do buraco ou da emboscada, sempre atento aos imensos falsos de várias caras que se escapam como sabonete por um lugar ao sol.

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2 comentários:

  1. ...vivemos tempos de uma "falsa democracia", temos sim mais um "supermercado da democracia", onde as marcas brancas, que são os partidos sem representação parlamentar, logo sem direito a apoios, nas suas despesas com o financiamento de campanhas, concorrendo em clara desigualdade com partidos que gastam milhões em campanhas de "promoção do seu produto", vende mesmo que podre e deteriorado...como se aceita que numa democracia, candidatos cidadãos, uns sejam apoiados com dinheiros de todos os contribuintes, e outros cidadãos no seu direito de se tornarem candidatos e exporem as suas ideias, não podem se socorrer dos mesmos mecanismos, que estes "grandes partidos" cheios da massa, do arco da governação, que precisamente legislaram para se beneficiarem a si próprios e assim se perpetuarem no poder, blindando e impedindo a participação de outros...urge uma nova democracia, um renascer do espírito democrático...porque o actual é ditatorial....

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