Banalizar a escrita afugenta a leitura


Cada vez mais pessoas escrevem por tudo, por nada não creio, tanto para cada vez menos lerem. Escrever simula estatuto, é "in", um orgasmo público, a intenção não é dizer algo mas sim dar sinal de vida para ser lembrado para o tacho. A língua expõe-se a salivar, grandalhona, chupa e besunta a matéria querida ou a cunha ideal. Escrever tornou-se montra egoísta.

Uma imensa massa de iletrados, desprovidos de categoria mas a escrever moralismos, redigem a metro os tradicionais fretes eleitorais. Poucas ideias se vê nos partidos para o nosso futuro colectivo mas eles debitam até agoniar.

O JM está um nojo, páginas e páginas de lambe-botismo, de deslumbrados com um Jornal hiper-subsidiado que nem disfarça quem e o quê acolhe mas, sobretudo o que pretende. Assegurar novo império nascido e adubado pelo erário público. Isto é uma alegria de vendidos e comprados. Solteiros poucos mas todos bem casados com o chorudo. Rico arranque para a idoneidade.

Os desinteressados na leitura nunca se vão aperceber mas, aqueles que ainda lêem, começam a fazer saneamentos. O tempo não chega e apostam em matutinos ou sites credenciados. Cada vez mais fora da ilha, coisa obtusa e degradante que partiu da decência há muito. Tanto como na política actual, os novos escribas afugentam gente decente, a Madeira ruma sem futuro com os bons num gueto.

Os entendidos em ópera normalmente compram o bilhete mais barato, a ideia é rentabilizar o dinheiro para mais frequências. Os bilhetes mais caros são para aqueles que querem parecer. A Madeira é a cara chapada desta realidade, quanto mais conhecimentos ou melhor escreve mais se deixa no gueto. Falta pachorra. É assim que tudo definha pela bitola medíocre.

Esta ilha é uma verdadeira palhaçada, nada é real ou genuíno, está cheia de beduínos, vivem da aridez, cada um com o respectivo camelo de estimação.
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