RAM - Região Atrofiada no Mar
Temos inúmeros isolamentos, mais do que a ilha, esta potencia-os. O confinamento cria endemismos absurdos sobre um pequeno grão, que se julga mundo, enquanto se faz deserto. Os mesmos serão gente, o resto emigra, quem pode. Aturar é que não aturam, a saturação dá coragem, sobretudo se estiverem em idade de partir. Agora, “partir” mesmo, cabe àqueles que ficam se desejam outro rumo para as suas vidas.
Está tudo visto, caímos já no refinamento das atrocidades e da estupidez. Quem lidera não ouve nem quer saber para além do zelo pelo sistema e as famílias estabelecidas no regime. Tudo órbita nisto. Nunca a debandada foi tão grande, visível e invisível, por medo.
São demasiados isolamentos, desenvolverei uma perspectiva mas importa abordar um pouco do isolamento através pelos transportes, de cargas e pessoas, por monopólio ou custo, por falta e sabotagem de alternativas, por má concepção de apoios que degeneraram em maiores custos à cabeça e tarifas exorbitantes. É importante referir porque com elas se corta a comparação com o exterior, importante para o discernimento.
Estamos num isolamento acústico. ??????
Não somos nós que nos protegemos do ruído, são os outros que se defendem de nós. Por décadas de exageros verbais e atitudes sem diplomacia chegamos ao fim da linha, o desprezo. Não adianta vociferar, é um ciclo que esgota. Ou muda ou morre.
Não somos nós que nos protegemos do ruído, são os outros que se defendem de nós. Por décadas de exageros verbais e atitudes sem diplomacia chegamos ao fim da linha, o desprezo. Não adianta vociferar, é um ciclo que esgota. Ou muda ou morre.
Depois de muitos anos a berrar, e porque os sucedâneos ainda cansam mais depressa, ultrapassamos várias fases. De sermos levados a sério, de se irritarem connosco, de contra-argumentarem, de até responderem pela mesma bitola com humor para disfarçar. Chegamos à falta de pachorra para nos aturar as manias. Por "politicar" tudo, jogando uns contra os outros enquanto os verdadeiros culpados sorriem pela façanha ignóbil.
É duro de se ler mas é o único caminho para crescer. Os outros, sejam eles eleitores madeirenses ou pessoas no exterior, não são estúpidos mas os dirigentes do PSD Madeira acham que sim. Não é mais do que o esgotamento da capacidade do PSD-M em se reinventar, ter novos desígnios e bandeiras para a Madeira, ficando-se pela luta na pocilga com olhos no poder, sem valor ou valores.
Os perfis falsos, as perseguições, as ameaças telefónicas, as acusações infundadas às autoridades para criar factos com a justiça sobre gente que desejam eliminar por lhes temerem a qualidade, a lista de acções de pessoas como crime político para saneamento, a decisão de quem pode ser amigo, falar ou até casar já é doença mental. É do mais porco e errado na democracia. Acaba por aqui, qualquer idoneidade para invocar feitos passados com a Autonomia conquistada, o momento é agora, é esse que avaliamos. Representam nos nossos dias o extermínio do que foi conquistado.
Por dívidas, por falta de lealdade ao povo, por zelarem mais pelos privados seus amigos do que ao eleitor, por mentirem e teatralizarem confusões, as pessoas saturaram e isolam o PSD-M selectivamente para não se aborrecerem. Poderão derramar milhões em charme eleitoral mas, o povo sabe que continuará tudo na mesma, é sempre assim e o circo passa num instante. O Orçamento Regional não estará ao serviço do povo eleitor com o PSD-M que já tem programa de obras muito além de 2019. Uma garantia para a aposentação.
Falhados todos os convencimentos e estalado o verniz, a Renovação aderiu ao sistema antigo sendo uma má copia. Cabisbaixa apresenta-se na inevitabilidade de se aproximar de quem odeiam mas que os faz perder, é uma prova da falta de ideias e argumentos. A morte do Gabinete de Estudos em 2015, que deveria ter sido concebido para produzir ideias e programa eleitoral através da atracção de outra massa cinzenta, tem o resultado à vista. Dizer simplesmente mal ou culpar nem nas autárquicas resultou. Para quem só importa ganhar, esqueceu-se das armas algures, tem um vazio que todos detectaram.
O silêncio que o PSD-M muitas vezes encontra e que depois interpreta como falta de comunicação chama-se saturação, chama-se isolamento. A saturação gera silêncio e isolamento. O PSD-M já não comanda porque tem os opinion makeres de fora e os generais, sem credibilidade, estão sem tropas e muito menos seguidores. O egoísmo de querer tudo para si e os seus tornou o PSD-M pequeno, o desprezo está a ser devolvido. Chamar gratuitamente safados aos outros com exemplares ao pé é atrocidade.
O que se segue é o PSD-M deixar de ser a medida da democracia regional e da Autonomia na Madeira, vai deixar de ser notícia mesmo perdendo, cimentando definitivamente o estigma do partido que não ouve nem muda fazendo as pessoas mudar de canal. Preencher órgãos com perdedores (esses que quando não foram da Renovação sofreram a ostracização) e fazê-los escolher de novo com a sua sabedoria errante é clara desilusão no reino laranja. Mais desvinculações estão na mira, galopante. Portanto, a rejeição convida rejeitados. Vai dar resultados, não sei se os desejados.
Usar eventos privados para obter imagens de grande adesão ao líder provoca no eleitorado-cidadão uma noção de abuso de confiança e gera nova defesa, a de não comparecerem aos eventos para evitar chatices com imagens divulgadas nas redes sociais. Depois de afastarem toda gente, a Renovação parece que quer ir para a cama com todos.
Depois de muitos anos de jogo eleitoral cínico, o eleitor conheceu o antídoto, aproveita-se das benesses, comparece q.b. onde deseja ou tem que ser e depois vota em quem quer. Eles também sabem deixar concursos de ferry vazios quando o jogo é sujo ...
O PSD-M vive na teoria de Passos Coelho, o clima de atritos é idêntico ao do PSD no continente antes do antídoto que vez cair todas as suposições e arranjos do PSD, a Geringonça. As pessoas estão fartas de falsidades e atritos mas sabem como serenar.
Isolamento, o PSD-M já não "fala" nem para dentro nem para fora. A conflitualidade crescente deve-se à transferência de decisões e obras para Lisboa por falta de Autonomia financeira da Região para além da capacidade política do GR. A impetuosidade verbal é inversamente proporcional à impotência de que foi o próprio PSD-M a gerar esta situação. É pegar no DN de hoje e verificar mais um dia onde, a par da publicidade do regime, tudo falha e volta a pagar. Foi falta de obra, agora é falta de água. Fecha-se escolas para pagar estádios enquanto somos vergonha por atraso nas condições de ensino.
O último grau da saturação é o desprezo e isso é isolamento. Desistimos de ter esperança que alguma discussão resulte porque comunicamos com fixações mentais e palas nos olhos. Não há esperança para o PSD-M, renovou na Renovação mas, ... há esperança se não nos isolarmos e reflectirmos noutros exemplos.
O último grau da saturação é o desprezo e isso é isolamento. Desistimos de ter esperança que alguma discussão resulte porque comunicamos com fixações mentais e palas nos olhos. Não há esperança para o PSD-M, renovou na Renovação mas, ... há esperança se não nos isolarmos e reflectirmos noutros exemplos.
Nos Estados Unidos, a deriva política de Trump não significa que empresários, estados, cientistas e outras comunidades se perfilem pela mesma cegueira. Paralelamente a uma administração que tornou a Casa Branca num hospício, existe gente a trabalhar, por exemplo, nas Alterações Climáticas, até porque soa a vergonha um puto holandês lhes chegar à porta para limpar o oceano de plásticos. A comparação exterior é importante para quebrar o isolamento. Os bons exemplos contam, devem persistir e actuar na primeira oportunidade que a democracia der. Não é perfeita mas ainda continua a ser a melhor, sobretudo se passarmos a escolher pessoas e não esta congregação de interesses a que chamam de partidos.
O PSD-M está a enfurecer o eleitorado, não vai ser mais uma vez como o PSD-M quer usando de todas as estratégias, vai ser como o eleitorado deseja. Não tenham dúvidas. O eleitorado não vai mais se adaptar ou ser condescendente, abusaram da sua confiança.
Estamos mal vistos, é preciso outra casta, outra decência, outro discurso, outro foco, outro parlamentarismo ... e claro, outro Governo!
0 comentários:
Enviar um comentário
Pedimos que seja educado e responsável no seu comentário. Está sujeito a moderação.