Se uma pessoa diz que está a chover e outra diz que não está, a obrigação do jornalista não é citar os dois lados, mas olhar pela janela e descobrir a verdade, Jonathan Foster
Em
“Newspaper ou Newscompradas” com factos mostrei (veja-se o quadro no artigo ) que os principais órgãos de informação na
Madeira, DN-M e JM-M, escrevem a mando dos seus donos. Num e noutro, os donos
últimos são o regime da Madeira por interpostos "comissionistas", os atuais acionistas, grupos AFA e Sousa [o (DES)gr paga indiretamente a Sousas e AF esses investimentos]. DN-M e JM-M servem-no, ao (DES)gr, bastante bem. Albuquerque em relação ao DN-M (também aconteceu no cds-M ), conseguiu o que Jardim nunca tinha
feito: abocanhou-o e o resto, a “pseudo” independência, são cantigas.
Esta
semana, de 20 a 26, quando escrevo, nada mudou. “Au contraire”, piorou. Noam Chonsky diz que a imprensa pode causar mais danos que uma bomba atómica. E faz cicatrizes no cérebro. Com toda a razão. Este jornalismo madeirense precisa de ser revigorado e aprender ser diferente, pensar diferente e não andar ao serviço de "saberes" ocultos. Em resumo, precisa de ter vergonha na cara, ou então os jornalistas e o jornalismo erraram a sua vocação.
Mais uma vez vamos a factos.
Não foi o único, mas é madeirense e eleito pela Madeira. Devia interessar aos jornais madeirenses, mas passaram todos ao lado (aliás, este deputado escreve no DN-M ). Um "esquecimento" ou um branqueamento ? Não convém estas nódoas, ainda por cima nesta altura de quase eleições ?
Como também são branqueadas as ações do "Pedro e do Miguel" quando geriam a CMF e que foram condenadas pelo TC. Nem me refiro ao "negócio" das SWAPS que tanto prejuízo deu à CMF, mas que gerou tanto dinheiro para o "comissionista" amigo do banco.
Por
outro lado, existem 216 inquéritos crime a serem investigados pela policia
judiciária, por “suspeitas
de desvios ou fraude no processo de vacinação”. Também na Madeira, onde pelo
menos 2 pessoas foram constituídas como arguidas. Ouviu-se ou leu-se alguma coisa ? Zero.
Eles têm uma máquina chamada Imprensa, por meio da qual as pessoas são enganadas, C.S. Lewis
Tal como é "desconhecida" pela informação madeirense, o que foi a operação Antúrio montada pela policia judiciária e os gabinetes jurídicos e contabilisticos que foram alvo de buscas, bem como quem foi e está a ser investigado (segredos de polichinelo á la carte). Muitos dos "opinadores" deste jornais. Talvez por isso não se fala, mas cala-se (e as eleições à porta.....)
Parece-me ás vezes na Madeira, que a única coisa verdadeira nos jornais é a data.
Esta semana, porque considero um caso
de saúde pública, informei um jornalista
que a variante delta da Covid já tinha
aparecido na Madeira. Que era bom investigar. Obviamente tal como eles, tenho as minhas fontes
“privilegiadas”, que vão continuar a sê-lo. O que
aconteceu ? Nada. Apenas uma noticiazinha de que “podia” existir. Como me foi explicado depois, entre o
“pode haver” e o “existe”, uma diferença grande existirá segundo critérios jornalísticos. E estes critérios trazem-me um problema: afinal não são sempre os mesmos quando fazem eco de noticias da oposição, ou do continente, ou dos candidatos do regime psd-M, ou do (DES)gr, ou, ou, ... Dois pesos duas medidas, é a escolha "criteriosa" na informação madeirense. Tipo o código dos piratas em os Piratas das Caraíbas: é sempre o mesmo, mas pode ser reinterpretado.
Quer dizer, “toda a papa” tem de ser
dada por nós e o trabalho deles, que é o de informar e investigar…nada. A
propósito, esta informação soube-a pelo menos 8 dias e atenção, é normal que
esta variante esteja presente na Madeira. O que não é normal é que se esconda,
tal como há um ano e dois anos atrás o (DES)gr da Madeira mentiu, escondeu, ao dizer que não
existia Covid-19 na Madeira, que estava tudo controlado, que não havia
transmissão comunitária, que o R(t) na Madeira era o mais baixo do país, que não havia mortes por Covid-19 (apenas um numero exagerado de mortes por paragem cardiorrespiratória ), etc, etc, etc....
É que nisto deste vírus, as probabilidades matemáticas e as certezas matemáticas não contam na Madeira. De matemática esta gente apenas aprendeu a de Calado e devem ainda pensar que "rendimento é lucro" e por isso as empresas madeirenses até....nem estão mal, a economia cresce, a divida diminui, .....
Como também infelizmente este jornais desconhecem que nenhuma, repito, nenhuma empresa madeirense foi escolhida para ser fundadora da Business Roundtable Portugal, tendo sido ESCOLHIDO (porque tinha de ser ) o grupo Pestana em "representação" da Madeira e os Sousas e AFA, por muito que fizessem não tiveram "pedigree" para lá estar.
Notícia boa na Madeira é propaganda e tem de ser paga, anónimo
Uns anos atrás, bastantes,
infelizmente colaborei com um grupo madeirense, hoje falido/desaparecido: o Grupo
Vasconcelos. Este grupo, porque era "grande", chegou ao ponto
de fazer no Expresso (também noutros jornais ) cadernos sobre ele ( e acreditem
os relatórios de contas batiam todos certos).
Quando soube deste facto, pensei logo “hummm precisam de dinheiro, estão á procura
de dinheiro”. E nem um ano depois estavam na lama e dois anos depois, as portas
tinham fechado. O grupo Vasconcelos, precisava para ter Curriculum (para potenciais investidores), de ter algo num jornal de "eleição". Um caderno.
Com a AFA e os Sousas acontece o mesmo. Eles não pagam cadernos em jornais, mas "compraram" jornais. Eles têm os jornais porque precisam de dinheiro. Nunca foi o seu “core” trabalhar na informação. Mas “investiram” na informação. O jornal dá-lhes a credibilidade, a respeitabilidade que perderam toda como grupos económicos empresariais "autónomos" e de sucesso.
E falo em “investir” com aspas, porque todos sabemos que eles só investem com o dinheiro dos outros (e aqui o verdadeiro dono, o DESgr até lhes dá dinheiro em apoios ). Afinal agora, ambos jornais que Sousas e AFA detêm em “conjunto”, são pagos pelo erário público ( antes o DN-M era "curto-circuitado" por AJJ, que chegou ao ponto, todos nos recordamos, de distribuir gratuitamente o JM-M, por supermercados, lojas, comércio, ….)
Em Setembro a moratória da banca para
pessoas e empresas termina e estes grupos têm de terminar projetos que estão
todos alavancados pela banca (por exemplo o Next do Savoy Signature da AFA ). Vender uma imagem de conforto, de sucesso, de dinamismo, civilizada, respeitável, de empreendedorismo é necessária. Como também a de publicitar projetos para potenciais
futuros investidores ( como é o caso do Dubai Madeira )
È que dinheiro não existe e as
empresas madeirenses precisam de dinheiro. Elas são, á medida da sua pequenez,
uma espécie de Luises Filipes Vieiras, Nunos Vasconcellos, Monizes da Maia, aqui do burgo.
Tal como estes “grandes investidores e homens de negócio” tinham o BES por trás para alavancar negócios, os grandes "empreendedores" da Madeira têm o (DES)gr. É o (DES)gr e a banca, que usa formal e informalmente cartas de conforto do primeiro a favor destes. Mas porque a banca já viu o perigo madeirense e o (DES)gr não tem dinheiro ( e os 80 milhões da "bazuca" europeia e que todos almejam é pouco para as necessidades mais prementes, vão ser usados para pagar fornecedores e são apenas reais cerca de 63 ) estes grupos precisam de outros e mais investidores [ Por exemplo: o regime vai sobrevalorar o preço das obras públicas para ficar com algum para os seus gastos para todos eles. O normal, tipo mastro da bandeira para Albuquerque ].
Por isso, estes "empresários", têm de se vender, de se mostrarem respeitáveis, dinâmicos, de ter uma imagem “civilizada”, nada de “espertalhões de trazer por casa ”. E os jornais dão-lhes ares de civilização, de respeitabilidade.. Umas fotos em casas construídas ilegalmente, em poses de estadistas, a receberem prémios de “inovação”, de “empreendedorismo”, civiliza muita gente. ATÉ OS PATOS-BRAVOS.
Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade, Joseph Goebells
O jornal não ao serviço da
informação, mas sim ao serviço do negócio e respeitabilidade do dono. Ficam bem, jornalistas e
donos. Estão uns para os outros. Pena é o
povo e a informação que é ocultada ou vendida a prestações. Não muita, apenas a quanto baste. Apenas a de venda de banha da cobra e de "eldorados" que nunca o foram.
Não se deve ler jornais madeirenses ? Deve-se sim. Pelo menos jogamos ao jogo da mentira. Quem por dia faz mais e pior, ganha. Se fosse possível proibir o editar, o escrever mentiras, tenho a certeza que muita página em branco sairia nos jornais madeirenses. Às tantas, até as dos óbitos.
A propósito, A divida da Madeira não desceu, subiu. Nisto estes jornais e oposição, contas não fazem. Nem sequer sabem que crise existe há 2 anos e vai continuar- Porque não dá jeito, aos donos, ao regime e a quem lê.
MEA CULPA:
Num vídeo na gnose, "O jornalista e o esterco" confundi Luis Miguel de Sousa "o marítimo", com Luís Miguel de Sousa "o cervejeiro". São primos e com o mesmo nome. Mas para o que conta, são farinha do mesmo saco (daí a confusão). Só se fizeram com o regime: um com Jardim; o outro é um renovado de Albuquerque. As minhas desculpas.
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