A nova beatice não se circunscreve ao mofo das sacristias. A hipocrisia do
andar de joelhos nas capelas do Santíssimo Sacramento e o rastejar nos
Santuários Marianos por esse mundo fora, deu lugar hoje a uma vaga de
militantes, tipo guerreiros alimentados por promessas douradas de um mundo
monocolor, onde a diferença não tem lugar e o ódio é luz para combater com
armas. Surgem escolas de formação destes militantes, que vão ser espalhados
pela Europa inteira para fazer valer tais ideias. É mais uma vez a ordem do
religioso e do político dando as mãos para fazer vingar o mal.

Eis os alvos da nova praga de fanáticos, guiados pelo «pastor» Steve
Bannon, que se plantou em Itália, para formar os novos guerreiros e organizar
as novas «cruzadas» ao jeito do séc. XXI. E o mote é sempre o mesmo, semear o ódio
e o medo no seio das populações.
Steve Bannon foi o ideólogo da campanha que levou Trump à Presidência dos
Estados Unidos, foi assessor de Trump, mas agora está em Itália para criar a
«Universidade do Populismo», esse ninho onde deve preparar beatos/guerreiros
para serem lançados em toda a Europa, para fazê-la virar politicamente para a
extra direita, com base nas ideias fascistas.
Anda muita gente entusiasmada com esta beatice pegada. Há, no entanto, um
revés para Bannon, neste momento, porque viu o governo italiano recuar na
conceção de um antigo convento para a tal universidade, que seria dirigida pelo
famoso combatente do Papa Francisco, Raymon Burke. Outro beato fundamentalista
que anda à solta a defender e a propagar ideias conservadoras que nada dizem
aos tempos de hoje nem muito menos servem à nova imagem da Igreja Católica que
o Papa quer fazer passar para o mundo.

Esperemos que impere o bom senso. É bom despertarem os povos! E,
simplesmente, esperemos que não se deixem contaminar por estes novos lobos
vestidos de bondosos «pastores» que prometem alvoradas de narcisismo
orgulhosamente sós.
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