Quando o czar dá um ovo, toma uma galinha, "Когда царь дает яйцо, он берет курицу", provérbio russo.
Não existe ninguém nascido nesta ilha, a viver nesta ilha que não tenha conhecido mais do que 2 regimes. Uma ditadura, até 25 de Abril de 1974. Uma "democratadura" de lá para cá.
Não existe ninguém nado, criado, vivido (a viver) nesta ilha, que tenha conhecido um poder governativo diferente ou opções politicas distintas, que não as impostas pelos poderes vigentes. Quer se queira quer não, "isto" condiciona mentes.
Neste aspeto somos como os russos, que também nunca conheceram a liberdade. Com os czares eram servos, a escravidão existia. Com os soviéticos eram presos. Com Putin amordaçados.
Estamos perante duas tragédias com 5 500 kms de distância. A do povo madeirense. Também a do povo russo. Com o mal dos outros podemos nós, dir-se-á. Mas.... o mal do poder de Putin está a alterar a vida de todos na Europa e arredores. O mal do poder deste regime, apenas dá cabo da nossa saúde e de quem vive nesta ilha.
Sistematicamente o povo madeirense abdica do seu poder para manter o poder de quem nos dirige de forma assíncrona, em politicas de vistas curtas, onde prevalece o poder do "quero, posso e mando" ( não confundir com autoridade), a mesma nomenclatura ( apparatchiks ) familiar, retrógrada em subrendimento, mas com acesso a bens e facilidades ao alcance de poucos. Como na Rússia de Putin.
Como na Rússia de Putin, na Madeira existe uma classe média fraca, instituições de fiscalização fracas da república (veja-se o caso do representante da república, a policia de investigação, os tribunais, ... ) e regionais, uma "intelligentsia" muito menos influente do que julgava e "mass media" controlados pelo poder.
Não existem associações profissionais independentes, sindicatos, associações de consumidores, IPSS´s ou mesmo partidos políticos verdadeiramente independentes. Existem fogachos, como na Rússia de Putin, mas ficam-se por aí. Felizmente que estes fogachos na Madeira não vão presos, mas são ostracizados, o que vai dar no mesmo (a ilha torna-se uma prisão ).
Putin, não vale uma ervilha, mas parece um rublo, povo russo
E isto traz-nos um grande problema.
Obviamente, o madeirense nunca soube ser independente. Como os russos com Putin, na Madeira de 2022, o madeirense é controlado (e deixa-se controlar ) pelo poder. Como na Rússia, na Madeira, o madeirense porque nunca conheceu outro regime que uma "xxxxxxxdura", não conhece a diferença entre independência e dependência, no estar e na ação.
O madeirense diz-se livre, como o russo. Mas este é um "livre" bastante controlado. O madeirense, como o russo, confunde capacidade de ir ali ou aqui, de fazer isto ou aquilo, com liberdade. O madeirense, como o russo, não consegue pedir mais, porque nunca soube o que é fazer mais, organizar mais, lutar mais, querer mais, VERDADEIRAMENTE SER LIVRE. O madeirense, como o russo, confunde o apoio do estado ( e o poder regional faz muito para confundir quem de facto dá, tomando como seus aquilo que vem da república ) com liberdade. Para o madeirense, como para o russo, beber uma poncha ( o russo uma vodka ) é ser livre. Ter uma escola é ser livre. Ter uma piscina, um caminho, uma estrada…. Confunde o madeirense, progresso com liberdade. Por isso, o madeirense, que não conhece outras realidades, acha o seu progresso maior do que de outros E POR ISSO TER MAIOR LIBERDADE QUE OS OUTROS.
Porque não existe democracia, nunca conheceram a verdadeira democracia. Madeirenses e russos.
Porque foram criados nesta "xxxxxdura", os partidos da oposição fazem mal em tentar combater este regime, praticando o mesmo. Em ações e em políticas. No estar. Aliás, nem se apercebem que nada fazem de diferente, exceto fazer o expetável "by the book". Por isso continuam e vão continuar a perder. Têm medo de ideias novas e não pensam para além da caixa.
CAPITALISMO RUSSO:
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você para de contar e abre outra garrafa de vodca.
O madeirense tem medo, sempre teve medo. Como o russo. Tem medo da novidade, mesmo que esteja com fome e seja humilhado. Tem medo de perder as "benesses" que o regime dá de acordo com as necessidades imediatas para objetivos concretos: manutenção do poder. O madeirense e o russo, porque nunca conheceu(ram) mais que a "xxxxxdura" e como no fundo são conservadores, não querem mais.
Se alguma coisa aconteceu na Madeira, foi feito sempre por gente de fora. E o exemplo é a revolta da farinha, que tanto adoramos de tomar como nossa (e é). Mas foram os de fora que mostraram a diferença. Quando isso aconteceu e explicaram as razões, o madeirense naturalmente apoiou. Transmitiu. Ajudou.
Temos exemplos insignes de madeirenses que fizeram muito lá fora. Veja-se o caso do Engº Jardim Fernandes do BCP, que criou a nova banca portuguesa. Mas foi lá fora. No continente português, europeu e no mundo. Max na música. CR7 no desporto. Fátima Lopes na moda. Vicente de Freitas, militar. Joel Serrão…. Fizeram-se lá fora.
Aqui abundam os exemplos dos Berardos e mesmo dos Roques que usaram o poder para fazer poder e negócio. Os Sousas, os Avelinos, os Ramos, ... em contraponto com os de cima (parágrafo), fizeram-se aqui. Não criaram valor e nunca serão recordados. Uns paroquianos.
Como na Rússia, temos também aqui na Madeira, oligarcas ( á dimensão). Os que usam o poder do regime para enriquecer aqui e fazer (desbaratar) fortuna lá fora. Para comprar lá fora. Comprar barato aqui, para trocar lá fora.
Também, como na Rússia,
o reescrever da história da Madeira faz-se à vista de todos. Nos manuais da
escola, nos manuais da economia, nos manuais sociais, ….
Na Madeira, como na Rússia, ninguém passa fome. Na Madeira, como na Rússia não existe pedofilia. Na Madeira, como na Rússia drogas não existem. Ou problemas de alcoolismo. Ou mortes a mais. Tudo o que de mau existe na Madeira, como na Rússia, ou veio de fora ou é negado peremptoriamente pelo regime. E o povo continua a acreditar.
Como Putin na Rússia, o DESgr tentou, tenta erguer o orgulho do madeirense e encontra inimigos "à la carte". Com Putin é o espirito liberal ocidental, a Nato, os gays, ...Para este DESgr, para este regime, são, á vez: as ideias novas, o inglês, o colonialista, o continente português, ….. o português, ..... o mérito, o trabalho, a produtividade...
Putin tem o Rossiyaskaya Gazeta, o Komsomoslskaya Pravda, Novye Izvestia .... Miguel Albuquerque o dn-M e o jm-M (naqueles jornais russos também saem artigos de opositores). À rtp-M os russos contrapõem o Russia-1, Channl One, NTV, ...
O regime é malandro, faz por sê-lo. É trafulha, é incompetente, é bandido, é patife, faz batota, mas o madeirense sabendo isso, continua votar nele. Se o nosso vizinho mentisse tanto quanto o DESgr e este regime, no mínimo as relações seriam cortadas. Com o regime, nada se passa e tudo é consentido.
O madeirense mantém este regime. È muito culpado para a manutenção deste estado de coisas. È o principal responsável por isso. Nada como escamotear.
A ordem e o
autoritarismo deste regime, são trocados pelo povo madeirense, pela liberdade de
expressão, de viver.
Como na Rússia onde
Putin não negou os crimes de Estaline, justificou-os pelo bem maior do povo, na
Madeira, nós (e o regime ) justificamos os “crimes” deles pelo bem maior de aqui
e ali termos uns apoios, uns empregos, uma festa. O “bloom” do regime. Porque nós madeirenses, somos "os sempre em festa".
Russos e madeirenses ou madeirenses e russos adoram "o bloom" que ambos os regime lhe dão. Ser-se o melhor. Sermos de raça superior e tudo e todos estarem contra nós. E os mass media, superiormente controlados, ajudam a difundir "o bloom", a tomarmos "o bloom".
Estamos viciados ao “bloom” que o regime nos dá. Pão e circo. A festarola, os foguetes, ....
Todos os dias vemos vítimas da revolução deste regime. Todos os dias vemos gente a morrer inopinadamente, a suicidar-se, a não ter como chegar a cuidados de saúde de qualidade, de vermos o enriquecimento súbito de muitos, mas nada nos faz mexer. Perdemos empregos, porque outros os conseguem por via da cunha, do cartão do partido, ... Como na Rússia. Mas é normal, já é normal, é a banalidade normal do anormal.
Infelizmente, como na Rússia, a igreja ortodoxa está para Putin (execrável que o patriarca russo, patriarca também da igreja ortodoxa da Ucrânia, defenda os russos e não os ucranianos, que lutar pela Rússia é santo mas pela Ucrânia é rebeldia ), como a igreja católica da Madeira para o regime ( cala-se perante excessos de poder e coloca claramente entidades que dela dependem, Caritas, corpo de escutas, as IPSS´s ..... a favor deste regime (exceções existem claro )
Esta Madeira, não merece o povo que tem.
E este povo, não merece estar numa ilha, numa terra dos Deuses. Porque nada quer dela, apenas que seja usada por outros contra si.
O povo madeirense,
está a fazer desta ilha o inferno no
Atlântico, permite que seja transformada na Rússia do Atlântico e adora ter demónios a subjugarem-na. Os Putins cá do sitio. Os oligarcas que nos roubam.
Por isso, esta é não a pérola do Atlântico, apenas a Rússia do Atlântico.
Como diz um adágio russo: Os mortos são agradáveis. Não nos respondem nem nos rebaixam. E são pacíficos.
Observação: Miguel Albuquerque e Calado na CMF fizeram operações bancárias com swaps e a CMF perdeu centenas de milhares de euros e aquilo foi considerado ilegal pelo TC.
Miguel Albuquerque, Calado e Horácio fizeram operações bancárias em criptomoedas. Querem fazer o favor de dizer quanto perderam, quanto gastaram ou tem de ser tirado a ferros ?
Saúde - Za Zdorovye
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