Carta aberta ao Dr. Miguel de Albuquerque

 

Exmo. Sr. Dr Miguel de Albuquerque,
Presidente do Governo Regional da Madeira.

ExcelĂȘncia,

Dado que o Governo que dirige adora missivas de trabalho, posteriormente tornadas pĂșblicas, de acordo com os interesses pretendidos, dado jĂĄ ter percebido  (eu/todos ) que muitos dos seus ajudantes sĂŁo pessoas ocupadas em divulgar informação “Ă  la carte” sempre toda ela favorĂĄvel aos seus interesses e de muitos que o acompanham (vide foto ), receoso que esta nĂŁo seja reconhecida como de interesse, dadas as criticas que nela faço sobre a sua atuação, tambĂ©m do seu governo e regime que sustenta ou o sustenta, porque o senhor, os seus serviços, colaboradores, usam e abusam do lĂĄpis verde, ou serĂĄ laranja (?) da censura regional, tomei a liberdade, a bem do interesse pĂșblico, de divulgar na GNOSE (www.gnose.eu ) esta carta, um meio independente onde todas as opiniĂ”es contam e que aparecem sempre assinadas, coisa que atĂ© nisso os senhores falham, usando demasiadas vezes os pseudo "jornalistas"  que sempre tĂȘm Ă  mĂŁo de semear.  TambĂ©m de divulgĂĄ-la por recursos prĂłprios nas redes sociais e espero eu e conto com isso, de quem concorde com ela e nĂŁo tenha medo de fazer tal.

Tinha intenção inicial de publicar esta missiva no dia 1 de Abril, mas reconheço que tive medo que todos vissem esta carta como uma mentira, quando Ă© o senhor A GRANDE MENTIRA. TambĂ©m ponderei o Domingo da Ressurreição, mas fica mal porque o senhor, excelĂȘncia e os seus ajudantes, jĂĄ estĂŁo mortos para a vida dos que interessam. Os senhores, apenas sobrevivem na vida de alguns, aqueles a quem entregam benesses, alvĂ­ssaras, recebendo em troca aleluias. 

ExcelĂȘncia, creia-me que nĂŁo lhe quero rigorosamente mal como pessoa. A si, aos seus familiares e a todos os seus ajudantes no GR (e fora dele, mais a cambada de mentecaptos que sĂŁo a sua e do regime guarda pretoriana, policias "pidescas" das redes sociais e demais media a vosso soldo). 

Eu atĂ© acho que era capaz de jogar uma partida de bridge com o senhor, excelĂȘncia, falando de tudo e de todos, bebendo um Madeira ou um chĂĄ de tias, comendo um scone, praticando o "non sense" e falando de reis e de feitos de nobreza, passando ao largo de um seu homĂłnimo, Miguel de Vasconcelos, o traidor. 

Fique claro, excelĂȘncia, que a famĂ­lia, sua e dos seus amigos e companheiros, nunca serĂĄ para aqui chamada (a famĂ­lia nunca Ă© para aqui chamada, apesar de muitos brutos que estĂŁo consigo fazerem-me isso e a outros, ameaçarem, insultarem, como o senhor sabe). Afinal o senhor, excelĂȘncia, diz saber TUDO o que se passa na Madeira como repetidas e bastas vezes refere nos jornais ou em conversa. E vou assumir que isso Ă© verdade, isto Ă©, o senhor sabe o que diz.

ExcelĂȘncia, como nĂŁo sou praticante do "non sense", deixo isso para a sua oposição, tenho de começar esta carta aberta,  afirmando que os senhores sĂŁo uns grandes chatos. E (quando) se Ă© chato coça-se. Foi o que sempre me disseram. Por isso, pretendo com esta coçar-me de si e dos seus. Mas excelĂȘncia, o problema Ă© que para alĂ©m de chatos, os senhores, sĂŁo uns autĂȘnticos parasitas. AlĂ©m de praticaram o "non sense" na governação. Refiro-me a si e aos seus “compagnons de route”, quando utilizo o "vĂłs", "os senhores", sobretudo a segunda pessoa gramatical nos tempos verbais. Os que estĂŁo dentro e fora do Governo Regional, mais os “empresĂĄrios” que o seu regime criou e que apenas sobrevivem com o dinheiro que O SEU governo lhes dĂĄ.  Parece que por muito que nos cocemos, temos sempre todos vĂłs como lapas, agarrados a nĂłs. VocĂȘs sugam-nos. VocĂȘs sĂŁo umas sanguessugas e o senhor, excelĂȘncia, Ă© agora o chefe delas. O LAPA MOR ou a SANGUSSESSUGA MOR. Os senhores em suma, alaparam-se e copulam o governo da RAM. E jĂĄ lĂĄ vĂŁo umas boas dezenas de anos sempre a copular (lĂĄ).

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[ um momento excelĂȘncia.....  estou com comichĂŁo excelĂȘncia,.... ahhhhhhh     ok....jĂĄ estĂĄ ]

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Diz o povo que quem parte e reparte e nĂŁo fica com a melhor parte, ou Ă© burro, ou nĂŁo tem arte. E excelĂȘncia, no imenso banquete que Ă© a depredação e tambĂ©m a depreciação sistemĂĄtica, metĂłdica dos recursos internos da Madeira, o que produzimos e impostos respetivos, mais os recursos externos ĂĄ Madeira, os fundos financeiros e ajudas do estado, os senhores fazem de tudo para ficarem com a vossa parte. TambĂ©m em salĂĄrios e despesas inĂșteis de representação. Por exemplo, quando muitos de vĂłs estĂŁo em Lisboa nos hotĂ©is da zona da Expo ou imediaçÔes da avenida da Liberdade, muitas vezes com “familiares” ou ajudantes em  trabalhos " de fĂ©rias, pagas pelo seu governo. Olhe por exemplo, quantas vezes o seu vice, vai a Lisboa para falar com um ministro de Costa, sabendo de antemĂŁo, que vai falar com um ajudante do ajudante do ministro, mas depois "queixando-se" publicamente que nĂŁo foi recebido, nunca deixando porĂ©m de apresentar as despesas, ĂĄs vezes nem isso, dos almoços que "teve" em representação desta regiĂŁo, mesmo que esteja a representar-se a si. Claro, excelĂȘncia, que outros fazem isso, aliĂĄs, o exemplo vem sempre de cima. Nada de anormal nas prĂĄticas do seu regime.

ExcelĂȘncia, o seu governo Ă s vezes parece mesmo uma agĂȘncia de viagens, tal a quantidade de viagens que os senhores fazem, começando consigo. Olhe, tambĂ©m com o seu antecessor. [ Lembrar-se-ĂĄ daquelas cĂ©lebres viagens de trabalho Ă  volta do mundo, com paragem obrigatĂłria para trabalho de descanso nas ilhas do Pacifico para observarem tubarĂ”es ? ] Eu aliĂĄs, excelĂȘncia, vendo a quantidade de vezes que o senhor, os senhores, estĂŁo fora dos vossos locais de trabalho, bem como os desacertos das vossas decisĂ”es, percebo naturalmente que produtividade no trabalho Ă© coisa que vos escapa, rentabilidade nula no serviço Ă© o vosso dia a dia. O senhor, os senhores, excelĂȘncia, sĂł sabem fazer um tipo de trabalho: o de descanso. AliĂĄs, no seu governo excelĂȘncia, nĂŁo existe nenhum decisor, nenhum gestor, nenhum administrador. Apenas "bananeiros", "macieiros", "mendigueiros".  "desculpeiros"..... e "fruteiros", bastantes "fruteiros". O senhor, os senhores a ÚNICA coisa que sabem fazer Ă© esperar que a banana, a maçã, a fruta enfim algo, lhes caia nas mĂŁos. E distribuem depois essa fruta, excelĂȘncia. Concedo isso excelĂȘncia. As cascas para nĂłs, a polpa para vĂłs. VocĂȘs, excelĂȘncia, adoram fruta.... atĂ© parece que estou a falar do Pinto do norte e de futebol nĂŁo quero falar. Mas que os senhores, excelĂȘncia, sĂŁo pessoas de "sucexo" ...bem, a fama ninguĂ©m vos tira. Quanto ao proveito, excelĂȘncia, nem Ă s paredes os senhores confessam. 

NĂŁo existe ninguĂ©m, atente Ă s minhas palavras, NÃO EXISTE NINGUÉM, que esteja no seu partido em cargos de direção, no passado, no presente, que nĂŁo tenha enriquecido via “status quo” existente aqui na Madeira. NÃO EXISTE NINGUÉM, excelĂȘncia, que o seu regime nĂŁo tenha empregado em cargos de responsabilidade e que nĂŁo tenha enriquecido de forma diria, “sobrenatural”. Salvo rarĂ­ssimas e honrosas exceçÔes. E esses, ou jĂĄ nĂŁo estĂŁo consigo ou entĂŁo excelĂȘncia, sabem que o senhor estĂĄ a prazo e estĂŁo comigo. 

Um "sobrenatural" diferente do normal dos comuns dos mortais. Com suor. Com esforço. Por si e pelo seu mĂ©rito natural, normal.  É uma forma de vida, claro viver-se Ă  custa da fruta que cai. Para quem gosta de fazer nenhum e mostrar a lealdade de "buldogue", perdoe-me excelĂȘncia a expressĂŁo, a si, ao seu regime. De ferrar os dentes a quem o senhor e os seus apontam que Ă© para morder. E todos nĂłs gostamos do “sobrenatural”, dos “milagres” e temos respeito por eles. Eu cĂĄ tenho excelĂȘncia, mas infelizmente os meus medos e respeitos e para o madeirense comum, vĂŁo para os impostos e o fisco, porque entregamos ali os valores que vos mantĂȘm. Isto de estarmos a pagar a corda com que nos estĂŁo a enforcar Ă© masoquista, mas Ă© o que temos infelizmente. E parece que gostamos. e os senhores, adoram. E nisto, nunca brincam em serviço. 

TambĂ©m a justiça excelĂȘncia, que para nĂłs Ă© rĂĄpida, brutal e nĂŁo temos imunidade para ela, como o senhor tem. ExcelĂȘncia, creia-me, se colocarmos o "pĂ© em ramo verde", em "dois tempos" estamos "tramados". Mas por exemplo excelĂȘncia, para o senhor, sĂł para questionar "se o seu pĂ© estĂĄ em ramo verde"....vai demorar anos. AtĂ© o ramo ...prescrever, talvez. E o senhor ainda tem imunidade e muitos, muitĂ­ssimos advogados Ă  sua espera e Ă  disposição para o auxiliar. E nĂŁo Ă© o senhor que os paga. Somos nĂłs. E nĂłs, temos Ă s vezes, apenas um e nĂŁo podemos fazer "vaquinhas". E porque temos de trabalhar, nĂŁo temos tempo para perder nos tribunais. Porque a justiça pode ser cega, mas infelizmente os senhores bastas vezes conseguem fazer-se ouvir, colocar transtornos e tĂȘm dinheiro suficiente para as dilaçÔes naturais e habituais, para recursos, ..... Tentam e demasiadas vezes conseguem, excelĂȘncia, vencer-nos por cansaço e por falta de fĂŽlego financeiro.

Existe, excelĂȘncia, quem vegete eternamente debitando palavras vĂŁs, fazendo nada, apenas com acesso ao cartĂŁo de crĂ©dito, que Ă© o cartĂŁo do psd-m, no seu governo. Repare excelĂȘncia, que o senhor nada faz mais do que o seu antecessor fazia. Nada. Apenas Ă© diferente, excelĂȘncia, para pior, muito pior. 

O parasitismo em função. A estroinice em função. A ignorĂąncia em ação sĂŁo imagens do seu governo, do seu regime. JĂĄ reparou excelĂȘncia, que ninguĂ©m, mesmo ninguĂ©m confiaria em si  como gestor das suas economias ? Rigorosamente como o seu antecessor ? Os tais estudos de opiniĂŁo que, excelĂȘncia, o senhor nĂŁo refere. ExcelĂȘncia, sabe por certo, porque o senhor sabe de tudo, que nĂŁo tem reputação nenhuma no mercado da confiança dos Madeirenses ? Exceto obviamente no mercado, para mim de mĂĄ reputação dos seus amigos, do seu regime. Dos vossos segredos.

O seu antecessor excelĂȘncia, ainda nos fazia rir, era um pĂąndego. Mas o senhor, excelĂȘncia, nem isso. SĂł nos faz chorar. Melhor, faz-nos rir da pouca sorte que temos, de ter de o aturar e aos amigos. O meu azar e de outros tantos quase 190 000 madeirenses, Ă© que o seu regime trata-nos como filhos menores, quando os anormais, os brutos  sĂŁo vocĂȘs. Uma grande chatice. O senhor, excelĂȘncia, os senhores, nĂŁo tĂȘm maneiras de 1ÂȘ classe, nem tratam os nossos assuntos como de 1ÂȘ classe e os vossos negĂłcios parecem sempre cheirar a canalização, a esgoto. E nĂłs, excelĂȘncia, pagamos para termos tratamento VIP. Coisa, excelĂȘncia que nunca nos deram. Apenas tratamento rasca, quando sĂŁo vocĂȘs os rascos. 

Deve ser entĂŁo por isso, excelĂȘncia, que a Madeira Ă© como o Dubai onde foi passear. Muitos poucos, tĂȘm quase 90% da riqueza de muitos. Uma questĂŁo de mĂ©dias, como o senhor gosta de usar, a seu “bel prazer”. Por exemplo, se a famĂ­lia Prada, mais a famĂ­lia Dantas, mais a famĂ­lia Sousa, mais a famĂ­lia Ramos …fiquemos por aqui,  tiverem em mĂ©dia uns rendimentos de 6 000 € mĂȘs/pessoa, aĂ­ um cento de indivĂ­duos, compensam obviamente os milhentos Fonsecas, Delgados, Joaquins…. que tĂȘm rendimentos de 800, 900,1 200€ e a mĂ©dia de rendimento da Madeira …HELLAS,  fica nos 3 000 € a 4 000 €. Somos ricos. O rendimento de POUCOS RICOS, faz pouco do rendimento de MUITOS POBRES e torna a MÈDIA dos rendimentos de TODOS os Madeirenses acima da mĂ©dia normal do paĂ­s. 

ExcelĂȘncia, eu NÃO sou comunista, adoro a livre iniciativa, mas Ă© imoral que muitos do seu regime, tenham muito por tĂŁo pouco fazerem, Ă  custa do esforço de milhares e milhares de madeirenses. Os tais 190 000.

Por outro lado, excelĂȘncia, lideramos as tabelas da misĂ©ria, do abandono escolar, da pobreza, da dependĂȘncia financeira, do insucesso empresarial, da divida pĂșblica conhecida ( tambĂ©m da desconhecida), da desinformação sistemĂĄtica, das falĂȘncias, das insolvĂȘncias e da opacidade nas decisĂ”es do seu governo. Nunca um governo tentou esconder tanto o que faz, tanto o que dĂĄ a alguns, como o seu, excelĂȘncia. È obra, mas da mĂĄ. O esconde-esconde como bastas vezes referi, Ă© o desporto preferido do senhor, dos senhores, do seu regime.

ExcelĂȘncia, nunca na Madeira, tantos (e nĂŁo sĂł madeirenses) trabalharam para tĂŁo poucos ( o senhor, amigos, .... ). Veja excelĂȘncia, eu podia falar de tanta coisa, mas refiro isto que Ă© recente. O senhor e o seu barrete na economia, mais o seu vice, alegaram que jĂĄ tinham dado quase, pelas vossas contas de somar nos apoios que dizem ter dado,  quase 200 milhĂ”es de euros a empresĂĄrios da Madeira. Mas agora, o seu barrete, jĂĄ veio dizer que afinal existem burocracias. Portanto… parece que nĂŁo deram…vĂŁo dar, talvez, …tudo virtual, excelĂȘncia. JĂĄ agora excelĂȘncia, deve tambĂ©m saber que se em 2010 existiam 10 000 madeirenses em lista de espera, hoje em 2021 existe o dobro. É demasiado mau para nĂłs, bom para os senhores, porque nĂŁo se importam de pressionar o madeirense para ter acesso a serviços de saĂșde, que deveriam ser universais na RAM. Mas afinal sĂł quem vai aos privados do regime que trabalham no SRS, Ă© que tem a sorte de verem alguma coisa feita. ExcelĂȘncia, o SRS Ă© usado e abusado para ser o "osso" de muita profissional que gosta apenas de comer "carne" nas suas sociedades. E o senhor sabe disso, o seu ajudante na saĂșde sabe disso, todos sabemos disso e o senhor mantĂ©m esta situação. É desesperante. Eu punha-os a todos no olho da rua. O senhor ainda lhes concede mais benesses. ExcelĂȘncia, como consegue  fazer-nos entender os 4 milhĂ”es que o senhor deu para o Entrudo das Escola Hoteleira ? Parece um verdadeiro Carnaval, uma autĂȘntica palhaçada. 

ExcelĂȘncia, o senhor chefia um regime de oportunistas, de pobres de espĂ­rito. E estĂĄ a tornar 190 000 madeirenses pobres na educação, na saĂșde e ricos no desemprego, na pobreza e na dependĂȘncia dos serviços que gere. O senhor nĂŁo tem vergonha de usar “pĂŁo e circo” em muito madeirense para os fins que pretende: perpetuar-se a si, ao regime que dirige no poder para sempre. O CIRCO, sĂŁo as “noticias” todas que fazem passar na comunicação social, "marteladas", ajustadas mesmo por muito jornalista pĂ­fio, ĂĄ medida dos vossos desejos. O PÃO Ă© o dinheiro, as necessidades bĂĄsicas dos madeirenses. O senhor, excelĂȘncia, vende aos madeirenses o que para si nada vale, tem pouco ou nenhum preço, porque sabe que muito madeirense desgraçado, na Ăąnsia do receber algo, nĂŁo pensa que estĂĄ a fazer um pacto com o Diabo ao dizer "sim senhor". 

190 000 madeirenses, excelĂȘncia, vivem perto ou dentro do limiar da pobreza, coisa pouca para o senhor, desde que o senhor, excelĂȘncia, e os seus, sobrevivam. Porque, excelĂȘncia, os senhores como bons parasitas sobrevivem sempre muito bem. AtĂ© talvez a mil anos de fome. SĂŁo uma raça e que raça.

ExcelĂȘncia, no grande balanço financeiro dos quase 45 anos do seu regime, do seu partido no governo da Madeira, existe um “gap”, um intervalo, de cerca de 2 a 4 mil milhĂ”es de euros, entre o que os governos da Madeira receberam (orçamento regional, impostos, ajudas de estado, ajudas comunitĂĄrias e mais a divida que reconhecem) e o que dizem foi feito (soma das obas pĂșblicas e alguns apoios sociais, porque muito vem do orçamento do estado que os senhores assumem como vossos ) desde 1976 . E excelĂȘncia, nem faço tenção de lhe lembrar que aqui na Madeira, nas obras pĂșblicas ( nĂŁo sĂł), o preço de um "tijolo" vale quase tanto quanto o de 2 no continente e de quase 3 nos Açores. 

Na natureza nada se perde nada se ganha, tudo se transforma. Esta lei, excelĂȘncia Ă© imutĂĄvel. Mesmo aqui na Madeira. Mas entre o que se recebeu, o governo do psd-m e o efetivamente realizado, muito se "esfumou". E este vosso fumo, porque foram os senhores que sempre governaram esta ilha, excelĂȘncia, conta. É como o vento, estĂĄ aqui, estĂĄ ali....apareceu por ali. É o tio, a tia, o padrinho, a madrinha, a "herança". Existe, excelĂȘncia, parece-me, demasiado fumo na Madeira em recursos que desapareceram. NĂŁo estĂŁo alocados. E isso, excelĂȘncia, deve ser o senhor como "lĂ­der" e sabedor de tudo que tem de nos prestar contas, agora que o seu antecessor goza a reforma dourada.

ExcelĂȘncia, vamos ser muito francos. Os senhores, muito dos senhores, talvez o senhor, tĂȘm mais do que poderiam ter ganho, apenas SÓ com os vossos ordenados. E isso, quando se Ă© gestor da coisa pĂșblica, tem de ser muito bem explicado. Cuidadosamente explicado. Coisa que os senhores nunca fizeram, abjuram de o fazer e obviamente porque receiam, nunca dirĂŁo.

Veja muitos dos seus ajudantes na ALRM. E veja os seus ajudantes tambĂ©m no GR da Madeira. Veja-se a si por exemplo.  Olhe-se para o que tinham, olhe-se para o que tĂȘm e olhe-se as “heranças” que alguns recebem, tipo “tios ricos da Venezuela”. É obra…o enriquecimento rĂĄpido e ĂĄ vista, de demasiados que estĂŁo no seu regime, servem o seu regime. Refiro-me nĂŁo aos brutos que comem do que o senhor lhes dĂĄ, mas aos outros. Os refinados, os urbanos. Existem exceçÔes ĂĄ regra excelĂȘncia, obviamente. Mas sĂŁo isso mesmo, exceçÔes.  E parece-me excelĂȘncia, que o senhor nĂŁo Ă© a exceção da regra. Esperemos pelos tribunais e pela policia.

É verdade. O senhor e os amigos, sĂŁo brutos.  Mas sĂŁo urbanos, sĂŁo refinados. Comem com garfo e faca e sabem-nos usar. SĂŁo brutos urbanos. Por isso a “sorte”, excelĂȘncia, estĂĄ convosco. A sorte excelĂȘncia, as heranças excelĂȘncia e os amigos excelĂȘncia. AtĂ© me parece que os senhores tĂȘm tantos e grandes amigos, como o Eng.Âș  SĂłcrates tem o seu. E heranças, excelĂȘncia. E heranças, como o Eng.Âș SĂłcrates teve a sorte de ter recebido em vida da mĂŁe. E primos. Uma grande verdade excelĂȘncia, que nĂŁo posso deixar de lhe recordar. Os senhores parecem ser mini-Eng.Âș SĂłcrates. ExcelĂȘncia, como o Eng.Âș SĂłcrates tem amigo, os senhores tĂȘm; TĂȘm heranças como o Eng.Âș SĂłcrates; tĂȘm um nĂ­vel de vida que nĂŁo pode ser explicado sĂł pelos vossos rendimentos, como o Eng.Âș SĂłcrates tinha; tĂȘm bons advogados e podem usar uma justiça fraca para fortes e forte para os fracos. E o senhor, excelĂȘncia, ainda tem imunidade, como alguns dos seus. Repito, excelĂȘncia, existem exceçÔes a esta regra. Mas que isto dĂĄ muito para pensar, isso dĂĄ, quer queira, quer nĂŁo. E causa estranheza excelĂȘncia (e jĂĄ agora comichĂŁo )

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[ por falar em comichĂŁo ...uiiiii ...excelĂȘncia... a coisa estĂĄ feia...um momento ....ahhhhhh que alivio excelĂȘncia ....Ă© cada coçadela .... ]

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É “sorte”, nem pensaria de forma diferente excelĂȘncia, que com tĂŁo pouco trabalho e apenas com os rendimentos do vosso trabalho (afinal estĂŁo exclusivos ĂĄ “rĂ©s publicae” ) que tenham o que tĂȘm.  Mas que dĂĄ muito para pensar, dĂĄ. E se por acaso, como fiz, somar por exemplo aos Ramos, aos Dantas quanto ganharam em ordenados, quanto presume que tĂȘm agora …. fico abismado com tamanha sorte.  E felicĂ­ssimo tambĂ©m por eles. É que, excelĂȘncia, nesta divisĂŁo da ilha que o senhor e os seus fizeram, 190 000 madeirenses estĂŁo no lado errado da sorte. E o senhor, os senhores nada fazem mudar esta forma de vida. Porque Ă© muito bom viver Ă  custa de nĂłs. 

Veja excelĂȘncia, que as vossas noçÔes e conceitos de economia valem zero. Estas, aliados aos fumos do que se foi sem recibo, faz que estejamos de tanga. Acho mesmo de fio dental. Claro nĂŁo me refiro a si e seus amigos, excelĂȘncia. Se por acaso, quero crer, vos vĂ­ssemos de tanga, imaginar por exemplo Ramos JĂșnior, com um fio-dental de ouro ...arghhhhh eu acho que todos iriamos desaparecer das ruas e ficar confinados em casa. Ou o Ramos da SĂĄude a entrar no HNM e todos nĂłs a sair por outra porta, forçosamente curados.

Mas eu explico isto da Economia. ExcelĂȘncia, o senhor e os seus sĂŁo uns grandes “inputas” da economia regional. VocĂȘs pensam nesta coisa que se chama economia e finanças, em função de "inputs". De "outputs"...nada percebem. Aquilo que mantĂ©m a economia, que faz ver quem merece o prĂ©mio, quem tem mĂ©rito. SĂŁo os "reais outputs" quem paga os ordenados, tambĂ©m o que no mĂ­nimo devia pagar a manutenção das obras que fazem ( mal, a eito e sem jeito ) e gerar mais riqueza para nĂŁo sermos dependentes da nação, dos europeus. Veja excelĂȘncia, o input em euros numa marina, numa estrada devia dar “outputs” para a manter e gerar dinheiro para se fazer mais. Coisa que os senhores nĂŁo conseguem, nem nunca conseguirĂŁo fazer. Porque essa Ă© a lĂłgica do negĂłcio que implementaram na Madeira. O da dependĂȘncia TOTAL do exterior. O que se "inputa" na economia da Madeira, nĂŁo dĂĄ "reais outputs" mas "outputs virtuais", mĂĄ moeda, como o sr. silva defendeu em tempos. E excelĂȘncia, isto tem dĂ©cadas.

Os senhores nĂŁo querem criar riqueza para todos, mas aumentar a pobreza de muitos, mantendo esses muitos na dependĂȘncia das vossa benesses. Tornar escravo todo um povo que Ă© orgulhoso da sua independĂȘncia individual, que desbravou caminhos na Madeira e em outros paĂ­ses do Mundo. E, excelĂȘncia, quer-me parecer que podem conseguir tal, porque o Madeirense outrora independente, acomodou-se, tem medo e Ă s vezes atĂ© acho que gosta de receber e ser gozado pelos senhores. Pior, desconfia de tudo e de todos e nĂŁo se une. Temos perto 190 000 pessoas amordaçadas por cerca de 30 000. Nem a STASI da Alemanha "democrĂĄtica" ou o KGB da USSR conseguiria fazer melhor.

ExcelĂȘncia, o Ășnico, mesmo Ășnico output que os senhores pretendem e trabalham para isso incessantemente Ă© o do resultado das eleiçÔes que os senhores SÃO obrigados a ganhar para manter o vosso governo, as vossas sortes, o vosso regime. Porque, excelĂȘncia, acredito piamente que uma auditoria completa e sĂŁ aos vossos disparates, ĂĄs vossas decisĂ”es, no mĂ­nimo obrigar-vos-ia pelo ridĂ­culo, de emigrarem desta nossa terra ou andarem eternamente de mĂĄscara nas ruas.  NĂŁo por vergonha vossa, que nĂŁo tĂȘm, mas para nossa perpĂ©tua vergonha. Acobardarmo-nos por causa dos senhores Ă© uma vergonha. 

Por isso tambĂ©m escrevo esta missiva. TambĂ©m porque faz-me comichĂŁo nĂŁo saber onde estĂŁo os tais 2 a 4 mil milhĂ”es de euros que se “esfumaram” nestes quase 45 anos e que lhe lembrei atrĂĄs. Faz-me comichĂŁo ao nariz estes "fundos volantes" excelĂȘncia, percebendo que existe, que existem outros fumos, outros "pozes" que fazem comichĂŁo a outros. LĂĄ estĂĄ, excelĂȘncia, todos temos os "fumos comichosos" que merecemos. 

ExcelĂȘncia, eu nĂŁo tenho tempo, porque tenho outros afazeres, para "esmiuçar" estes coisas. Mas asseguro-lhe que quando li algumas coisas a que me deram acesso do que se passa na EEM, na ZFM em muitas empresas, tambĂ©m em alguns negĂłcios na ĂĄrea da SaĂșde na Madeira e vi alguns fluxos financeiros, por exemplo para a Holanda e algumas compras de terrenos no Brasil, da deslocalização para paĂ­ses digamos. " com sistemas financeiros piratas" da zona Euro, de demasiadas empresas regionais, fiquei abismado da aparente sabedoria "inerente" ao surgir de "fumaças". Onde Ă  fumo Ă  fogo, excelĂȘncia e creia que me parece que na Madeira existem dois tipos de fogos: o da misĂ©ria que graça cada vez mais na população e os fogos das empresas amigas do regime, que poderĂŁo incendiar o seu regime, o seu governo e diria que a si tambĂ©m ( e antecessor).

Com toda esta sorte, com todos estes fumos, estes desaparecimentos, esta orgia de “heranças” nunca excelĂȘncia, me pareceu que na Madeira que superiormente dirige, a expressĂŁo espanhola “Tan ladrĂłn es el que va a la viña, como el que se queda vigilando” que em bom portuguĂȘs fica “TĂŁo ladrĂŁo Ă© o que vai Ă  vinha, como o que fica Ă  espreita” poderia ser tĂŁo adequada. È que nĂŁo consigo perceber a razĂŁo da sorte do seu regime e dos que lĂĄ medram. Sabe, eu sou racionalista, sou matemĂĄtico e Ă© IMPOSSIVEL que tanta “herança”, tanta “sorte” apareçam sempre para os mesmos. Porque “heranças” e “sortes” sĂŁo aleatĂłrias, percebe? As leis da probabilidade matemĂĄtica, das estatĂ­sticas, dizem sempre que acontecimentos aleatĂłrios a ocorrerem sempre para o mesmo lado, sĂŁo falsas verdades. Falsos acontecimentos. Ou acontecimentos induzidos. E a amostra na Madeira Ă© mesmo muito pequenina. Uma verdade muito inconveniente para si e todos os seus. Aparecerem sempre aos seus amigos, Ă© obra. SĂŁo projetos falidos,  sĂŁo projetos de nada, sĂŁo projetos de treta, sĂŁo custos que aparecem “como herança” …. Um rol de disparates que o senhor, como chefe e como diz que conhece tudo o que se passa na Madeira. me permite concluir que, excelĂȘncia, se o senhor nĂŁo vai ĂĄ vinha, se “nĂŁo” sabe quem vai ĂĄ vinha", entĂŁo forçosamente tem de ser um bom voyeur. O tal "sucexo".Ou entĂŁo claro, o senhor nada sabe, nada quer saber, tudo consentindo e se Ă© assim,,,, saia. NĂŁo tem muito tempo.

ExcelĂȘncia, nĂŁo sei se percebeu a minha intenção e preocupação nesta carta aberta que escrevo. Mas terminaria, porque vai longa, excelĂȘncia, repetindo que apenas lhe quero todo o seu bem, que nĂŁo seja importunado mais vezes pela policia, que atĂ© acho correto que preserve a sua imunidade de politico se teme o que o futuro lhe poderĂĄ trazer, que deve sempre guardar para si e os seus, o que devia ser a natural tomada de decisĂ”es governativas, se elas foram feitas pisando aquela linha fina entre o legal, o ilegal, entre o moral e o amoral o Ă©tico e a indignidade, que o senhor, os senhores, sempre calcorreiam, que ache que o seu poder e do seu regime nĂŁo seja infinito ( que acredito, mesmo que muito desta sua oposição nada valha, nada faça e como o senhor, esteja Ă  espera que a fruta caia de tĂŁo podre no seu regaço).

Termino esta missiva, excelĂȘncia, recordando-lhe a oração de Santo Agostinho que começa assim “Ajudai-me Senhor, a tornar-me casto - mas nĂŁo agora”. ExcelĂȘncia, agora Ă© tempo para ser casto. Faça a 190 000 madeirenses um favor, resigne, saia, vĂĄ com Deus, vĂĄ trabalhar.  

Atenciosamente, desejando a sua resignação e a queda do seu regime, no mais breve espaço de tempo possĂ­vel, 

Sem outro assunto, 
Cordialmente, 

Alcochete, 11 de Abril de 2021
Luis Matos

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