segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Visionários de Poder


Hoje perfazemos 75 anos depois da libertação do Campo de Concentração de Auschwitz, é muito importante não esquecer os ensinamentos que o Holocausto nos deu. Tudo começa pela falta de esperança que se entrega a um louco, cegamente, e pelos seus seguidores mais interessados em enriquecer, roubando, custe o que custar no "quero, mando e posso". Durante os anos da guerra, os vizinhos de vários campos de concentração, viviam alegremente ignorando o que se passava a paredes meias, mesmo quando chovia uma abundante cinza dos crematórios. Fartos de saber o que se passava, foram coniventes e condescendentes com a situação, como que impotentes para a enormidade da desumanidade mas a proteger o seu canto. Por omissão, foram condescendentes e a história tratará de lhes dar um nome, se Nazis por conveniência ou convicção, se oportunistas da situação ou fracos do momento. O certo é que hoje é dia de memória dos horrores do nacional-socialismo, uma ideologia que pretendia tornar a Alemanha grande de novo, depois da derrota na Primeira Grande Guerra e do ostracismo consequente. A nova Alemanha de então, enveredava por métodos maquiavélicos orientada por loucos com poder.

Façamos um paralelismo ...

Visionários de Poder são aqueles que, por força dos seus cargos, obrigam os seus partidos e a Região a irem por caminhos errantes, em partidos e governo acéfalos, sem qualquer massa crítica que use o argumento válido ou a realidade factual, para corrigir e chamar à razão os líderes porque todos comungam da mesma premissa de projectos pessoais na democracia, por satisfação de necessidades básicas ou gula, em lugar com a nobre missão de servir bem todos.

O nacional-socialismo só foi possível porque os seguidores foram-se somando por necessidade. Arrepia pensar que o mesmo modelo e cenário acontece na Madeira, sem a violência Nazi mas com muita injustiça, ameaças e assédios morais.

Há muita informação que não é de domínio público que transformaria o pensamento das pessoas, na generalidade, sobre a situação actual da Madeira, sobretudo destes políticos, fruto de agendas pessoais coadjuvadas por empresas de comunicação. Cabe aos madeirenses estarem atentos e não colaborantes, para que estas tais agências de dourar a pílula não branqueiem os actores políticos.

Os paralelismos podem ser mortais.


O PSD Madeira apostou mal no futuro do PSD nacional, deu a cara por um candidato na perspectiva de influenciar, de que sempre consegue manobrar as coisas a seu favor. Enganou-se e talvez tenha aprendido que o partido deve dar sempre liberdade de voto aos militantes e manter-se solidário com o líder nacional em vez de mandar SMS's ou ter um comportamento condenável em toda a participação.

Uma coisa é ter poder na mão e exercer influência para o agachar das cabeças sem mais remédio (Região). Outra é a batalha em plano aberto sem manipular o adversário com bufos ou com aqueles que desistem para que a candidatura que se pretenda vitoriosa ganhe por falta de comparência dos adversários. A situação das internas do PSD nacional expõe a fragilidade no regional, não ganha sem manipulação, e mostra que vamos numa sucessão de erros que só não têm consequência porque o poder abafa (na região).

Apesar de tudo, as falhas contam, podemos estar na fase de projecto deste "avião político" e constroem-se peças como se quer com os engenheiros mais baratos da praça mas, no futuro, o avião não voará. O projecto será deitado fora, perder-se-á uma década e aí saberemos porque andamos sempre atrasados em relação à Europa, de novo sem melhoria das condições de vida de todos ... só de alguns.

Compincha de poder, o CDS Madeira também perfila pelos mesmos rumos, a carne é fraca, vende-se e os que compram destinam a bel-prazer, muito mais em sua conta do que no futuro do partido e da região. O descrédito já era total pelo percurso político e pelo tachismo exacerbado mas, agora junta-se a capacidade "visionária" de escolher mal e fazer os madeirenses perguntarem como escolhem naquilo que não se sabe.

Outro fenómeno ocorre no PSD Madeira, é uma repetição. Em primeiro lugar, há muita gente incapaz para os lugares que ocupam, lá chegam por profundo favor de concurso e de orgânica. São agradecidos e passam a seguidores de fidelidade canina, ameaçam qual cão a quem se chegue ao pé do dono. Há muito militante do PSD Madeira a zelar pelo que é seu, conquistado sem mérito e que cumprem exactamente as premissas dos seguidores de Hitler. Cegam e seguem tanto que depois não podem sair da sua própria armadilha, sem mais remédio, seguem até ao fim do "Reich". Sejamos justos, eles sabem que estão no mau caminho mas vão continuar a usufruir porque, sem a redoma artificial, são uma perfeita nulidade e mais ninguém olharia por eles. É assim a cegueira premeditada.

Por outro lado, os líderes do PSD Madeira gostam, naturalmente, deste tipo de seguidores e usam-nos para concretizar "crimes". Estes, conotados e entalados, não têm mais remédio do que cumprir as ordens de forma apreensiva. Enquanto há poder, isto é de uma impunidade transcendente, viciante até, tudo corre bem mas o "crime" fica registado para memória futura. Quando acabar o poder, contará na Justiça quem colocou a assinatura e quem liderava sectorialmente, os líderes proteccionistas desaparecerão com a melhor fatia de benesses, quase sempre imaculados.

Hoje, já sabemos que há consequências dos sucessivos erros do PSD Madeira nas internas nacionais do partido, com os seus eleitos na Assembleia da República, depois da marca de chapelada, fotocópia de boletins de voto e desvio das quotas nacionais a serem processados. Ainda aqui vamos, não há impérios eternos ou mal que sempre dure. Nem que seja por falta de jeito os modelos esgotam-se ...

O que é impressionante, nos nossos dias, é que líderes sem carisma consigam, pela necessidade ou gula, convencer tantos seguidores, ao ponto de condicionar a saudável evolução da nossa sociedade.
Há muito egoísmo, egocentrismo e falsidade, a par do completo desprezo pelo próximo, pelo mérito e pelo colectivo.

sábado, 25 de janeiro de 2020

RAM falida: Quanto custam os monopólios. Parte VI


Vou auxiliar-me da Wikipédia para poder classificar rapidamente  o que é um monopólio.
Monopólio - Em economiamonopólio (do grego monos, um + polein, vender) designa uma situação particular de concorrência imperfeita, em que uma única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço conseguindo, portanto, influenciar o preço do bem comercializado. Os monopólios podem surgir devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo.
No quadro seguinte, poderemos verificar a diferença entre monopólio e concorrência perfeita.
Acontecimentos
Concorrência perfeita
Monopólio
Determinação de preço do produto
Cada produtor faz um preço, que é determinado pela interacção entre os diversos produtores e consumidores
Monopolista escolhe o preço que maximiza seu lucro
Curva de procura encontrada pelo produtor
Representada por uma linha horizontal no gráfico preço X quantidade (curva de procura perfeitamente elástica)
xxxxxx
Produtor "X" eleva preço
Outros produtores mantém preço constante e ficam inteiramente com a participação no mercado do produtor "X"
Produtor "X" é o próprio monopolista, único produtor daquele produto na economia. Se aumentar o preço, não terá que se preocupar com concorrentes
Receita média do produtor (preço por unidade vendida)
Igual à receita marginal
Equivale exactamente à curva de procura do mercado
Quantidade produzida
xxxxxxx
Menor do que a quantidade em situação de concorrência perfeita ( maior procura, maior preço )
Ponto de maximização de lucros
Aquele em que a receita marginal iguala o custo marginal
Aquele em que a receita marginal iguala o custo marginal
No equilíbrio, preço é ...
Igual ao custo marginal
Superior ao custo marginal e superior ao preço cobrado em concorrência perfeita
(*) receita marginal, é a receita extra da venda de mais de um bem
(**) custo marginal, é o acréscimo do custo total de um bem produzido, com mais uma unidade produzida.
Quando se olha para a Economia da RAM , vê-se isto ?  Por outras palavras, já sentimos, "isto" na RAM  (o que está a vermelho, por exemplo no quadro ?)  Claro, basta ler os jornais, ir a um supermercado, ir paro o emprego e usar uma via rápida de um concessionário monopolista, ver as obras públicas de uma empresa monopolista ou ainda de no JORAM, ver a "quem" são feitos contratos de aquisição de bens e serviços. Percebemos logo que algo parecido com o que vou escrever abaixo acontece.


a) Que os preços são acima do normal aos praticados noutras regiões do país (inclusive nas grandes superfícies )
b)  Que a qualidade de muitos produtos produzidos na RAM é baixo
c)  Que as nossas escolhas em produtos são limitadas, face ao que acontece num mercado aberto
d)  É difícil que outras empresas do mesmo ramo, operem na Madeira
e)  A criação de emprego é limitada em quantidade, qualidade e variedade
f)  O mérito, a diferença no pensamento e actuação, não são apreciadas 
g) a ineficiência na economia e nos serviços " laisser faire, laisser passer " é elevada

Por ser uma ilha, por ter os transportes marítimos e aéreos condicionados, uns por causa de "quase" operadora única, outros por inexistência de alternativas, as condições que acima refiro são ainda maiores ( veja-se que quando existia o ferry, mais e diferentes produtos com custos menores existiam, na construção civil, .... ) na RAM.
E quando me refiro a produtos, estou a referir-me não só a uma barra de chocolate, como também a um conjunto vasto de serviços prestados à população ou bens produzidos em algumas destas áreas ( entre parêntesis exemplos de grupos "monopolistas" )

1)   Transportes, marítimos e não só (Porto Santo, grupo Sousas)
2)      Construção civil e obras públicas (AFA)
3)      Tecnologias de informação (Ribeiras Valleys, software em autarquias ...)
4)      Saúde ( Atalaias, Quadrantes, Clínicas...  )
5)      Agricultura  (veja-se o caso da cooperativa monopolista para as bananas)
6)      Trabalho e família (empregos, condições de empregabilidade, salários, ...)
7)      Social ( instituições de cariz social e mesmo públicas )
8)      Serviços financeiros (Pestanas, ...)

São actividades essenciais para a vida, desenvolvimento económico e bem estar da Região. Sucessivos GR´s, têm apoiado a “expansão” artificial económica na Região, de grupos económicos monopolistas, não permitindo uma economia livre e de sã concorrência. Aliás, bastas vezes utilizam os serviços públicos ou entidades semipúblicas, não para corrigirem o mercado, função de qualquer governo, antes pelo contrário para o corromperem mais, quando para além de protegerem monopólios, ainda os ajudam via fiscal. em apoios financeiros ou em iniciativas e decretos legislativos regionais ou outros, isentando-os de determinadas obrigações ou permitindo-lhes determinados beneficios. Apenas a eles.

Os sucessivos GR´s nunca promoveram a livre iniciativa, nem tentaram encontrar alternativas exteriores para os monopolistas da RAM. Nunca usaram o direito que lhes assiste na promoção do desenvolvimento económico‑social e satisfação das necessidades do povo, na regulação das actividades económicas, na manutenção e existência de alternativas, mesmo publicas, a uma economia monopolista.  
Apenas agiram de acordo com interesses particulares de curto e médio prazo deles, do partido que os suporta, dos interesses económicos, que se confundem bastas vezes com os interesses públicos e na promoção e interacção entre monopólios e a coisa pública ( dança de funcionários por exemplo ).

O que custam estes monopólios
É difícil, mesmo muito, determinar um número para a perda de recursos, humanos e materiais, que estes monopólios trazem à Região. Como, por exemplo, determinar o custo para um Porto Santense por não poder ir ao Funchal ou de igual modo, os Madeirenses não terem transportes alternativos ao que oferece o Grupo Sousa ? Quanto é que custa uma estrada com o monopólio AFA e quanto custaria sem ? 
Estes custos não são apenas económicos, são também sociais. E esses, são ainda mais difíceis de contabilizar. Quanto custa um emprego para uma pessoa, família, grupo, comunidade .... ? Não me refiro apenas ao dinheiro, também ao bem estar, e equilíbrios emocionais da pessoa/família ?
Poderia colocar aqui uma equação matemática, que poderia permitir-nos calcular esses custos para uma Região e/ou Estado. Factores exteriores ( como maior ou menor dependência da Região nos transportes , por exemplo, mais ou menos grupos e monopólios nos principais pilares económicos da Região ...) podem aumentar ou diminuir esses custos. 
max {LT ( Q ) } = max {RT ( Q ) CT ( Q ) }, por exemplo é uma equação que determina a maximização do lucro de um monopolista ( falta um Q debaixo de cada max ) e LT, RT, CT, Q são variáveis. Chatice  explicar assim desta forma. 
Mas posso afirmar, que de acordo com as teorias económicas, veja-se Nash, Smith, Keynes, Friedman ou Hayek, um monopólio acresce no mínimo em mais 1/6 a 1/4 os custos económicos de um estado e/ou região, de acordo com o seu PIB.

Se uma região tiver um PIB de 1 000 €, 160 a 250 € são custos devidos a práticas incorrectas. Na realidade o PIB é de 840 a 750 €. O resto é do monopolista Logo a riqueza criada é muito menor, a do PIB real. Mas faltam avaliar os custos sociais. Por exemplo, quanto custa a RAM ter as prateleiras dos seus supermercados quase vazias, apenas porque é um barco dos Sousas, que faz o transporte desses viveres? ou quanto custa ter a via litoral fechada, sem alternativas e de dia, aumentando os custos dos transportes, perdas de tempo ….. aos utilizadores da mesma? quanto custa não existirem mais empregos ou alternativas aos existentes ? Já entramos no domínio da Saúde ( quem aguenta estar numa bicha 20\30 minutos, 5 dias por semana, num mês .... ?).  Existe quem defenda que estes custos, são superiores aos económicos. Mas basta que eles sejam iguais aos económicos e temos aqui, também já demasiado dinheiro MAL gasto. Uma pessoa infeliz na sociedade, é uma pessoa frágil. E a fragilidade traz a doença, porque nada como "mente sã, em corpo são".
Ora bem, vamos pelo mais simples e “mais barato”: 1\6 ( nas nossas contas, cerca 16% ) do PIB da Região. 4 900 000 000 € (valores da DREM 2018). E não contamos com os custos económicos sociais. São só,
 784 000 000 € ( quase oitecentos milhões de euros ano ) 
3 136 000 000 € ( quase três mil cento e quarenta milhões euros em 4 anos )
em custos financeiros/económicos. Não coloco os custos sociais. Um monopólio repito, não cria mais trabalho, faz diminuir a produtividade maximizando a inefeciência e naturalmente tende a manter os ordenados, a  mobilidade e empregabilidade baixa. Em suma, faz aumentar a pobreza e insatisfação. Em 12 anos, que é o período em que me foco, nestes artigos, teremos perdido:
37 632 000 000 € ( quase trinta e sete mil e seiscentos milhões de euros em 12 anos )
Pois, "grão a grão, enche a galinha o papo". Certo que este dinheiro, parte dele, atenção, paga impostos. E muitos destes impostos, via mecanismos "de apoio à internacionalização", "mecanismos de apoio e suporte...", "isenções de ....", retornam de novo a quem ...os deu. A tal mão esquerda a receber o que dá a direita, tendo os GR´s como pivots desta actuação. 

Para uma Região que hoje nem  5 000 000 000 € de PIB tem é .....demasiado. E já repararam por certo, que em 12 anos, os GR´s endividaram a Região em 1,5 anos de PIB ? Por outras palavras 7 000 000 000 € ( sete mil milhões de euros ) são o PIB actual da Região ( num ano ) e mais meio do outro. Ou então e para sermos mais cruéis com as palavras, em 12 anos apenas se trabalhou em 10 anos e meio.  No outro ano e meio, todos, mas mesmo todos estivemos na praia a bronzear. Mas infelizmente em 12 anos, os ricos, ficaram mais ricos e os pobres....mais pobres. Como pode ser se todos estiveram a bronzear-se ? Existem coisas do Diabo ......Alguém tirou um ano e meio de ferias na RAM? Mas o GR produziu divida igual a esse ano e meio de "trabalho". Giro, não ? Então em que ficamos ? Trabalhamos e se sim porque a dívida ? Não trabalhamos ? Ou foi simplesmente quem nos "dirige" que gastou,  desbastou o dinheiro que produzimos ? E a dívida, agora é de todos, não de uns poucos. Não é justo, mas fomos nós que os pusemos lá. E deixámos. Mais os monopolistas ..... que vêm logo atrás como lobos e que continuam a desbaratar o que é nosso.com a benção de Governos que foram eleitos para nos proteger. C`est la vie.

Para os Lobos de "wall street from Madeira", Bang, Bang - Joe Cuba

Uma Saúde paliativa


Luís Alberto Matos / Diário de Notícias 24 JAN 2020 / 02:00 H

"Na RAM a Saúde resume-se a números. O GR diz uns, a oposição afirma outros. Ano após ano, promessa após promessa, com iguais ou outros dirigentes, o povo continua sem soluções, para velhos problemas que se acumulam.

Nos últimos dias, situações díspares mas, curiosas, sucederam-se na Madeira.

Uma troca de cadáveres no hospital. É normal? não. Pode acontecer? sim. Tem acontecido amiúde? Sim, 1 a 2 vezes ano. Porque continua a acontecer?

Uma menina morreu em condições suspeitas. 48h depois, o SESARAM diz que tudo foi feito de “acordo com o quadro clínico apresentado”. O SESARAM esqueceu-se que com as pessoas, o “cut and copy” não existe e cada caso é um caso. Quando esta menina morre de forma suspeita, NÃO EXISTEM QUADROS CLINICOS TÍPICOS. Investiga-se. Se necessário, uma autópsia é feita e depois retiram-se conclusões. Ao SESARAM faltou humanidade e dignidade nesta altura.

A Dra. Filomena Gonçalves foi indicada para Dir. Clínica do SESARAM, pelo CDS-M, com outros nomes para lá exercerem cargos. Chocante que, claramente, se admita que são feitas nomeações, à medida por interesse partidário, logo na Saúde, com a bênção dos profissionais escolhidos (ética?). Na Saúde ajudam-se pessoas, não coisas. Quando se erra, as consequências são desastrosas.

Rafaela Fernandes, promoveu reunião com diretores de serviço do SESARAM. Tudo bem, não se desse o caso de promover uma votação sobre assuntos que só dependem da Administração/dela. O SESARAM vai ter uma gestão colegial? Ou será apenas demonstração de falta de caracter, de liderança, de coragem, usando a “assembleia” para afastar quem não queria? Se o SESARAM estava mal, ficou a saber-se que vai ficar pior, seja pelo “colégio” de interesses instalados, seja porque Rafaela falha como líder.

A Dra. Licínia Araújo, com a especialidade de Medicina Geral e Familiar, como informa a Ordem, é “Coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos, CP, do SESARAM”. A Enfª Teresa Goes, é “Dir. dos Cuidados Continuados Integrados, CC´s, do SESARAM”. No site do SESARAM aparecem lá os CP´s. Mas não CC´s. Normal, porque estão integrados na vice-presidência. Mas estranho, porque Teresa Goes não possui grande experiência em CC´s, para exercer funções de coordenadora regional. Falta-lhe experiência, sobra-lhe teoria e “manha”, que se notou nos acordos com privados e em entrevistas.

Teresa Goes, na RTP-M, disse que na RAM, para os CC´s, foram transpostas as orientações/diretivas nacionais. Não existe informação regional que a contradiga. Mas Licínia Araújo tem que ter a competência ou a especialidade em medicina paliativa, para exercer aqueles cargos (ver Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos, biénio 19/20, quadros 2/3). As equipas de cuidados paliativos devem integrar profissionais de Saúde com formação avançada, tendo um número mínimo de horas em formação prática. Quem nomeou Licínia Araújo, não cumpriu a lei e ela, ética e moralmente, não agiu bem, no mínimo. A(s) equipa(s) de CP´s regionais obedecem às diretivas “nacionais” ou “regionais”? Como aconteceu com Rita Andrade, foram feitas “leis” à medida ou simplesmente ignorou-se o normativo nacional?

Isolados, estes casos seriam invulgares mas, no seu todo, mostram o estado da Saúde na RAM. Não está morta, mas está paliativa. Porque onde sobram a sobranceria, a desilusão, o desinteresse, e o amor à ca(u)sa, faltam o humanismo, o rigor, o método, o brio, as competências próprias e a igualdade."

A distribuição de tachos

José Luís Rodrigues / Diário de Notícias 22 JAN 2020 / 17:00H
* Pde José Luís Rodrigues/ Gnose na edição especial dos 100 dias do XIII Governo Regional no Diário de Notícias

"Nestes 100 dias de Governo Regional da Madeira, coligado com o CDS e o PSD, salta à vista a triste perda de tempo (ou entretenimento) permanente da distribuição de cargos.

Pensei que a perda de maioria absoluta tornaria a governação PSD-Madeira, mais humilde, mais aberta ao diálogo e ao acolhimento de propostas viessem de onde viessem. Afinal, esperava uma governação mais aberta e diversificada, onde sobressaíria a competência e o sentido do serviço ao bem comum. Santa ilusão, a minha...

Ainda assim, sinto que vamos a tempo de arrepiar caminho. Bastava uma certa dose de discernimento e algum sentido de que a governação deve ser feita em prol da sociedade inteira e não apenas para alguns.

Olhando mesmo que de relance os Orçamentos (o de Estado e o Regional), ficamos convencidos que os gastos bem seguros e clarinhos são os que alimentam cargos. Também fica claro (mesmo que me acuse de inveja) que a vida pessoal de cada um daqueles que tiveram a sorte de participar neste «negócio» governamental está muito bem assegurada.

Enfim, quanto ao que interessa mesmo, que seria ficarmos esperançosos, que seria desta, que os eternos problemas da mobilidade, da saúde e da educação seriam definitivamente melhorados, estamos a ver bem pouco. Além do palavreado falacioso e do jogo partidário, vemos mais do mesmo e pouca vontade de resolvê-los. Porém, poucochinho é o que temos visto e o que se vislumbra, à mistura com abundância de propaganda. O que não nos engana mesmo, é que a realidade continua a ser dura e crua para a sociedade madeirense em geral."

Cem dias sem rumo


* Filipa Fernandes/ Gnose na edição especial dos 100 dias do XIII Governo Regional no Diário de Notícias

"100 dias da governação mais cara de sempre, por uma coligação que só foi constituída para que um partido mantivesse o poder, além de duas novas secretarias e de 250 nomeações pouco ou nada aconteceu.

Obviamente, se tivermos em conta as trapalhadas, e apenas as vindas a público, muito sucedeu.

Que bom seria se cada um dos Secretários Regionais, apresentassem um Plano de Ação onde figurassem as diversas medidas que pretendem implementar e as comunicassem de forma clara aos cidadãos.

Que bom seria se houvesse efetivamente um entendimento entre o Governo Regional e todas as autarquias, para que não se atropelassem e servissem melhor os cidadãos que pagam a horas os seus impostos.

Que bom seria se soubéssemos já da criação e implementação de um plano concreto, para retirar das ruas da Região no mínimo 50% dos nossos sem-abrigo e outro para combater o elevado risco de pobreza.

Que bom seria também que conseguíssemos vislumbrar um rumo de qualquer coisa e não esta “navegação à bolina”, sem sabermos muito bem que caminho é que seguimos e para onde vamos em que o Governo Regional, liderado pelo mesmo timoneiro teimosamente insiste seguir."

100 dias de carnaval: “Mama” eu quero


Carlos Vares / Diário de Notícias 22 JAN 2020 / 10:00 H.
* Carlos Vares/ Gnose na edição especial dos 100 dias do XIII Governo Regional no Diário de Notícias

"Se um orçamento é feito para contentar “capelinhas”, políticas e empresariais, não me peçam que acredite que temos um plano a médio e longo prazo para a Madeira. A gestão é do momento político e não no superior interesse da região. O feroz tachismo que vivemos tem um reverso da medalha, diz que este governo é incompetente, comparado com os anteriores, quando duplica e triplica os quadros para fazer o mesmo do que no passado, com Jardim. Mas é bitola para um recado à oposição, a ser verdade as 15 secretarias com Cafôfo Presidente. O tachismo quadriplicava ou quintuplicava?

O sucesso eleitoral do PSD-M reside na imensidão tachista votante e no facto de ser mau mas vingar a ideia de que os outros são péssimos, suspeição suficientemente grave para “obrigar” o eleitor a deixar tudo como está, sem culpa factual do adversário. Uma condenação sem crime. Esta é a essência do debate actual, o confronto político entre iguais que olham para a política como um emprego permanente, a manutenção de um império assistido/subsidiado ou obtendo vantagens para negócios pessoais, usando a política. É a política pessoalizada ou empresarial que acicata o azedume permanente. Pouco chega ao cidadão em comparação com o imensurável vício dos anúncios de “agenda”, forçada, requentada ou de expediente tornado notícia. Estamos cansados de briga, fotografias e faz-de-conta.

Estamos extenuados da primazia do interesse particular e pessoal sobre o interesse colectivo. Todas as orgânicas foram feitas para encaixar pessoas credoras de promessas e não para serem respostas eficientes aos problemas que afligem a população. É a Região ao serviço dos partidos, dos políticos e seus seguidores e não, como devia, ao contrário. Ainda mais, quando não se reconhecem méritos à generalidade dos nomeados.

A Madeira está demasiado politizada. Os políticos são os maiores emissores de carbono para a nossa atmosfera, têm o condão de alterar o clima entre os madeirenses, lucrando com a divisão. Muita dualidade, sectarismo e até xenofobia se pratica conforme a cor política, por interesses instalados ou por se querer cortejar para ganhar eleições. O resultado vê-se em tão só 100 dias de Governo. A nossa política não tem eficiência energética, a emissão de toneladas de CO2 em brigas estéreis ocupam a maior parte do tempo porque não se governa, contenta-se. É urgente mudar o paradigma e a praxis, olhando à volta está tudo a “morrer” paulatinamente.

Como se sentem os madeirenses com a falta de evolução dos seus rendimentos vendo os jackpots tachistas?"

E se não for proprietário mas andar sempre com os últimos bólides?


Muito do combate às alterações climáticas passa por sermos capazes de mudar hábitos de consumo. A Madeira não será diferente e não devemos complicar.

Os Países Baixos tem, como sabem, uma forte tradição nas bicicletas e transportes públicos na locomoção diária para ir trabalhar, ainda assim, o Governo do país está a incrementar ainda mais o uso da bicicleta para distâncias maiores mas comportáveis (até 14km ida e volta), com o aliciante nos reduzir impostos. Os comboios do país já circulam a 100% com energia verde vinda das eólicas. As companhias aéreas, nomeadamente a KLM, está a construir a sua fábrica de biofuel com óleos provenientes das frituras de todo Benelux. Faltava uma ideia sustentável para os automóveis. Sem dúvida que a opção é eléctrica mas, como incentivar a uma mudança mais rápida nos hábitos?

Um dos grandes obstáculos, para a compra dos veículos eléctricos, reside num conjunto de reticências, um carro a combustão ainda novo, o preço dos eléctricos, a inconveniência do investimento segundo o plano de algumas famílias, a vida útil das baterias, etc.

Nos Países Baixos, é mais vulgar arrendar do que comprar casa, conseguindo-se com isso um menor um endividamento das famílias a par de uma capacidade de mudança mais rápida para acompanhar as oportunidades de emprego ou evolução na carreira. Com esta opção, há mais controlo nas despesas evitando as flutuações dos juros. A ideia sobre a mesa é copiar o hábito predominante nas casas para os carros. Não compre, alugue segundo as necessidades, não se prenda a gastos fixos, tenha sempre um automóvel novo cada vez mais amigo do ambiente.

Hoje, o Diário de Notícias traz uma notícia que choca com tudo o que outros pensam, muito na onda do eu e da pertença, quando se pode resolver de outra maneira, não gastando dinheiro ao GR e sendo menos oneroso aos madeirenses. É preciso mudar hábitos e o GR deixa-se enraizado nos hábitos. Será mais um subsídio para "ricos" como o da mobilidade aérea? Pensei que esta estratégia com os carros assemelha-se ao subsídio para o desempregado criar o seu posto de trabalho e depois, o Governo lava as mãos. A tecnologia dos carros eléctricos não está madura nem o negócio é feito a preços competitivos, precisamos de andar depressa com o que temos mas, na maioria das famílias, a compra do carro com o poder de compra actual não é uma decisão de ânimo leve.
Tudo isto passa pelo facto de sermos proprietários a alimentar o "bicho" como se fosse mais uma pessoa à mesa em casa. E se não formos? Imagine que você só paga o que usa e pode estar sempre a mudar de carro conforme decidir. A inovação está em usar o que já existe de outra forma. Tudo começa com um contrato de locação a 5 anos ou aluguer, depende do seu uso. Acaba uma série de despesas porque:
  • A mobilidade passa a ser sob demanda, somente quando você precisar/ desejar, conectada com hábitos de transportes públicos.
  • Os carros serão sempre 100% eléctricos, zero emissões e de última geração.
  • São 100% digitais, uma experiência premium.
  • Com marcas de automóveis eléctricos de ponta. As que oferecem mais garantias na actualidade.
Esta nova solução de mobilidade explora a digitalização dos veículos, começa com a instalação de uma aplicação no telemóvel, cria uma conta pessoal com os dados pessoais necessários que seguem para aprovação. Depois de aprovada, acede a uma ampla lista de automóveis. Selecciona um carro pelo período de que necessita, levantado ou entregando numa empresa da rede mais próxima

Este sistema já funciona em Amsterdam. Rotterdam, Haia e neste ano entra Utrecht em acção, toda a rede está junto de excelentes conexões de transportes públicos para facilitar a recolha e a entrega.

Tudo está simplificado, não há necessidade de contactos nem chaves ou documentos, com o seu telemóvel, chega à garagem, abre, fecha e arranca o carro e está sempre 24x7 disponível. Os carros são entregues totalmente carregados e limpos e não andam com publicidades.

Você paga o que usa, a poupança no orçamento familiar é grande e contribui efectivamente para mitigar os problemas das alterações climáticas.

Países pobres tendem a ter soluções ricas e, países ricos, sem exibicionismos, têm ideias sustentáveis que permitem mais disponibilidade de dinheiro nas famílias. Torne o carro um serviço e não uma posse. Pagam um aluguer e não a manutenção do carro. Usam quando querem e por tempo. Se vão de férias não pagam o mês. Não têm que fazer inspecções, pagar seguro, mudar pneus, baterias, não vão à oficina ... O GR e os madeirenses devem mudar o chip, muito afeiçoado ao exibicionismo da pose e da posse. Ganhe 17 minutos a ver o filme, entusiasme-se e obrigado:

Da necessidade de uma nova Lei das Finanças Regionais

Todo o processo tendente à aprovação da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, da Lei Orgânica n.º 2/2013, de 2 de setembro, é parte integrante de uma política de saque fiscal, de empobrecimento das populações, de comprometimento do direito ao desenvolvimento e ao progresso das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Uma proposta legislativa inseparável do processo de revisão das “leis das finanças regionais” em 2007 e 2010, justificada, primeiro, pela obsessão do défice e pelo Programa de Estabilidade e Crescimento, e, depois, pelos sucessivos PEC’s do Governo PS, que conheceu em 2013, pela mão do PSD e do CDS-PP, uma nova fase a pretexto do chamado “Memorando de Entendimento”.


No plano político, há um facto irrefutável: um profundo ataque foi dirigido ao regime financeiro das Regiões Autónomas, da inteira responsabilidade do PSD, CDS-PP e PS, subscritores com a Troika estrangeira do Pacto de Agressão. Por mais descarados que sejam os exercícios de mistificação ou cinismo que ensaiem aqueles três partidos, as populações da Madeira e dos Açores sabem que não se pode fingir estar contra a Lei das Finanças das Regiões Autónomas, quando não só se assinou, como se manteve a total vinculação e apoio ao chamado “Memorando” onde ficou prevista a redução dos recursos financeiros das Regiões Autónomas, e foi materializado um intolerável controlo e ingerência que agride e empobrece a Autonomia.

O diploma que foi aprovado pelo Governo da República esteve em análise na Assembleia da República, para a revisão da Lei das Finanças Regionais. Prosseguiu a estratégia (aliás comum às Finanças Locais) de construir cada novo regime financeiro numa continuada linha de redução dos meios postos à disposição das Regiões Autónomas. Assim é com a atual legislação, que no plano financeiro se caracteriza por uma expressiva redução da participação das Regiões Autónomas nos recursos públicos do Estado, em que se está a efetivar um continuado percurso de expropriação de meios financeiros.

O valor atribuído em 2017 às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores no seu conjunto – cerca de 365 milhões de euros, ao abrigo das transferências orçamentais – correspondeu a um corte de 190 milhões de euros em relação ao que estava inscrito no Orçamento do Estado para 2013, ficando quase uma década depois, 50 milhões abaixo do valor de 2006.

 Com a aprovação da Lei em 2010, as Regiões Autónomas viram ser fixado para esse ano uma verba a transferir 105 milhões abaixo do que vigoraria se a Lei de 2007 se mantivesse em vigor.

 Através da nova proposta, em 2014, implicou uma perda de 185 milhões, se a Lei de 2010 fosse aplicada.

Todo este quadro particularmente penalizador e injusto para as Regiões Autónomas tem expressão mais incisiva, em especial, pelos critérios de acesso (exclusão, de facto) ao “Fundo de Coesão”.

A Lei das Finanças das Regiões Autónomas para além da violação grosseira dos Estatutos Político-Administrativos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, veio a penalizar fiscalmente as populações e os agentes económicos, agravou os constrangimentos das regiões ultraperiféricas, que articuladamente com as verbas retiradas através da  Lei das Finanças Locais, provocou uma redução drástica dos níveis de resposta às necessidades locais e regionais e de prestação de serviço público, indispensáveis à efetivação dos direitos dos trabalhadores e dos povos das ilhas.

Atentatória da Autonomia, mas sobretudo peça da engrenagem da exploração, empobrecimento e assalto aos rendimentos dos trabalhadores e dos povos, a legislação vigente reclama por novas respostas de todos quantos lutaram e se opõem à lógica do “Pacto de Agressão”. Por tudo isto, trata-se de lutar por Justiça, este combate contra a atual Lei das Finanças Regionais, contra o seu conteúdo, vincando uma atitude decidida de denúncia das suas consequências.

Deste modo, temos por dever intervir em defesa de um novo regime de Finanças Regionais que dote as Regiões Autónomas de mais meios necessários ao progresso e desenvolvimento regionais, e que assegure o princípio da Autonomia e da solidariedade nacional.

Face à agressão à Autonomia, explanada na atual Lei das Finanças das Regiões Autónomas, a decisão de alteração daquela “legislação regional” constituirá um ato político significativo e representativo da vontade das gentes e instituições democráticas vinculadas à Autonomia. Não só expressará a manifestação pública de frontal e total discordância quanto àquela legislação, pelos seus conteúdos e negativas implicações materiais para os Povos e para as Regiões, mas também efetivará, com sentido progressista, a incumbência ética de avançar com uma política alternativa àquela injusta legislação.

sábado, 18 de janeiro de 2020

RAM falida. Sinais superiores de riqueza. Parte V

Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar os teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça, Epicuro
No meu primeiro artigo sobre este assunto RAM Falida. No principio era a dívida. parte I” chamei a atenção que em 12 anos, os GR´s da Madeira endividaram a Região em 7 000 000 000 € ( SETE MIL MILHÕES DE EUROS ) entre 2002 e 2019. E fiz contas, chegando á conclusão que sucessivos GR´s delapidaram neste 17 anos,  4 917 500 000 € , isto se a dívida teve a ver única e exclusivamente com obras públicas. Mas se assim for e juntarmos o apoio “teórico” dos fundos comunitários , 65%, desapareceram 9 467 500 000 € em 17 anos.

No meu segundo artigo, “RAM Falida. As nódoas. O tira-nódoas ?. parte II” , escrevi sobre o tipo de pessoas, que presidem, dirigem um conjunto de organismos da esfera pública, criados para ocuparem ociosos, filhos, afilhados, incompetentes….e caça votos. O GR torna-os dependentes em ordenados e regalias.. Dei o exemplo de uma presidenta e respectivo vogal, numa visita a Lisboa e as práticas de gestão correntes, que estas “nódoas” exercem. Não gerem, gastam. Também fiz contas a quanto custam estes inertes, estes incapazes, estes inuteis e respectivos gabinetes: 3 477 935 825 € . A que se junta 2 183 600 000 € dos gabinetes do sucessivos GR´s nestes 17 anos e cerca de 897 600 000 € em contratos de consultadoria, assessoria, …….inclusive a empresas dos familiares do regime, como é o caso das sr. director regional ( e ex´s que agora são consultores/assessores/intermediários....) , da ex-administradora da Segurança Social, da ex-agora deputada, da ex-presidenta e de novo presidenta, do ...... e por aí fora.
Nascer pobre, foi o destino. Casar pobre.....é estupidez, anónimo
No terceiro artigo, “RAM Falida. Uma pausa. parte III” elenquei uma série de factores, de como sucessivos GR´s entregam de mão beijada favores, interesses a grupos privados e aos "filhos do regime", que afinal não são mais do que grupos subsídio-dependentes. Penso também ter demonstrado a falsidade da DRE, quando disse que a dívida publica madeirense desceu 94 milhões de euros entre o 2º e 3º trimestres do ano passado. Estes GR´s são trapalhões, são tudo menos transparentes. Deixam a coisa pública ser usada, pelos privados. Entregam o nosso a uns poucos. Finalmente, terminei o artigo com um esquema, em que mostro, como é que na RAM se enriquece tão rápido e tão facilmente. O fluxo do dinheiro.

No quarto artigo, “RAM Falida. Os DDI são SD. parte IV”, escrevi sobre 3 situações que sucederam-se com particulares, sobre terrenos que foram obrigados a vender e/ou ceder. O Sr. António; a Dna. Herminia e o Sr. Irineu. Que depois viram os seus terrenos vendidos por empresas de familiares do regime para o Hospital, para um campo de Golfe e para um membro da direcção do Lar. Não só foram enganados, como também viram os seus terrenos vendidos a preços muitíssimo superiores aos que foram obrigados a vender.
Também neste artigo falei nos grupos AFA, Sousa, Ramos , um tal da África do Sul, das Ribeiras Valleys e da forma como desde 1974, estes ex-grupelhos conseguiram um poderio económico, que só pode ser explicado, com o monopólio de que usam e abusam nas respectivas áreas, com a bênção dos sucessivos GR´s.
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte, Provérbio português
Quanto é que custa aos cofres regionais este abuso de posição dominante permitido pelos GR´s a estes e outros grupos ? Muito. Demasiado. Como já se apercebeu ao longo destes meus artigos, sou a favor da iniciativa privada, mas detesto ..... monopólios. E não compreendo, como é que numa região tão pequena, na área da Saúde existem tantos privados, a prestarem serviço para o GR ( como funcionáros do GR e como profissionais independentes em clinicas. Como é que sucessivos GR´s menosprezam serviços, recursos, equipamentos que possuem e pagaram? Como os deixam utilizar, para fins privados ?. Parece de propósito. Porque é que o Dr. ....da ortopedia, em prevenção, está na clínica do Funchal naquele período em que devia estar no hospital ? Porque é que a Dra. .....  da oftalmologia, diz ser mais rápido na sua consulta na clínica do Funchal, resolver o assunto que a Dra. Augusta tanto se queixa ? E porque é que o pessoal que está no centro de saúde, 24h, estão a almoçar/jantar fora ou a fazer serviço na clínica, no Lar, ou na poncha....   fazendo esperar os utentes ? Isto é imoral. E não é só um caso. Multiplicam-se por muitos. Ganharem em dois lados e ... todos sabem, até o Secretário, claro. Mas que assobia para o lado. Porque também já fez ? Ou porque o dinehiro dá para tudo e temos de ser uns, para os outros ?
A riqueza influencia-nos como a água do mar. Quanto mais bebemos, mais sede temos. Arthur Schopenhauer
Sinais Superiores de riqueza

Mas vamos a outra história, a minha. Comprei o meu primeiro carro, um Fiat Tipo, 1000 CC(?), ao fim de 4/5 anos de trabalho e em prestações. Ganhava 80 contos e vivia em casa dos meus pais. Uma casa foi feita, após 8/9 anos de trabalho, 6/7 anos após o casamento, já com um filho, com a ajuda da família ( depois pagou-se essa ajuda ). Economizávamos muito. Vim para a Madeira, devido a uma oferta de emprego, estava a casa a ser feita e depois da família ter chegado à Região, pediu-se um empréstimo ao banco, para outra moradia. E para viajar para o Continente, pelo menos 3 vezes por ano, para estar com a família,  fazer férias em Espanha, Algarve, ….. Tive que deixar a Madeira, após quase 20 anos e ir para o Continente, porque lá ganhava-se mais e sobretudo o mercado era livre, sem monopólios. Consegui fazer no continente, o que a Madeira não me deixou fazer. Esta é a minha história, que é também a história de muitos portugueses, madeirenses incluídos. Mas não é a história dos "filhos de algo" da Madeira.

Alguém disse que o povo da Madeira é superior. Acrescento, que a riqueza na Madeira também é superior. Para o Regime, os inferiores do povo, nunca são contabilizados, e as riquezas dos superiores do povo, nunca são fiscalizadas, contabilizadas.


O que realmente nos distingue, do grupo de “filhos de algo” da Madeira, é que só tarde conseguimos algo e tivemos de sair da Região, afastar-mo-nos da família, trabalhar-se muito, economizar-se mais, ..…. Mas os “filhos de algo” nunca tiveram este problema. Sempre tiveram empregos à medida, que lhes foram arranjados, ou favores que lhes foram feitos. Só assim, miúdos recém licenciados ou que nunca fizeram nada que não fosse a politica, o emprego de favor, as comissões à medida…. poderão ser donos de casas/apartamentos e carros de média / alta gama em 2,3,4 anos no funcionalismo público ou algo parecido e com 25\26\27 anos. Uns com licenciatura, outros sem, mas em comum nada terem feito ou experenciado, até lhes terem dado cargos de assessoria, consultadoria, chefes de gabinete, directores, vogais, deputados, ..... Tive um dia a oportunidade de falar com uma dessas "abéculas" na área de informática. Era ...ajudante do director, já  com  cerca de 1 800 € de ordenado mais mordomias. Digamos que para além do Tomb Raider  e do Call of Duty, que jogava no trabalho ...... nada percebia do que era o serviço onde estava. Os computadores, deixou-me escolher e o software foi um ver se te avias. Ele e o director, só tinham de assinar. Mesmo quando em alternativa, propus equipamentos e software mais barato, não. O que se queria era do melhor e mais caro, mesmo que o melhor e mais caro, não servissem. Mais tarde, vi-o a Director Regional. E logo pensei, estão feitos.
A sociedade é composta por duas grandes classes: aqueles que têm mais jantares que apetite e os que têm mais apetite que jantares, Chamfort
A Madeira é a região do País, onde, per capita as reformas mais altas são atribuídas.. É a região do país onde a pobreza, a taxa de endividamento e de incumprimento, mais sobem. Mas também é a Região do País, onde mais gente tem habitações, terrenos quintas no Brasil, em Lisboa, Algarve, Alentejo.... É a Região do país onde mais grupos económicos foram criados, mantidos, desenvolvidos e com mais chefias no funcionalismo público. É a região do país onde os sinais exteriores de riqueza mais se notam, em pessoas cujos rendimentos reais não podem explicar tudo o que têm e mostram ter.
É grande quem usa vasos de argila como se fossem de prata, mas não é inferior quem usa vasos de prata como se fossem de argila. Uma alma fraca não sabe suportar a riqueza, Séneca
Não é normal que uma chefe de gabinete, com menos de 28 anos, em 3 anos de serviço, possua um apartamento de 273 000 €, escriturado, apartamento este que estava à venda por 420 000 € na imobiliária ( não foi para fugir aos impostos, foi determinado pela empresa de construção civil ). Nem é normal que um assessor com 29 anos, possua uma vivenda para os lados da Calheta com vista mar. Ou outros já tenham um sitio ali para a Ponta do Pargo, Porto da Cruz, .... É normal, que o deputado, possua um carro BMW mais um apartamento no Funchal, panorâmico, apenas 3 anos após se tornar deputado..  Que um jota, ainda na jota, possa já ser dono de um apartamento em Lisboa, T2, para quando for estudar. E estou a falar em bens pagos na sua totalidade, sem ajuda ou empréstimo bancário.

As viagens , pelo menos 2 por ano, a países estrangeiros, com a família, o apartamento, a casa de fim de semana, os dois carros, não podem ser só explicados pelas heranças. Passar 15 dias em Montechoro com 5 pessoas no resort, custa cerca 5 000 € / 15 dias ou 7 dias, conforme vista mar ou não e a altura do ano. Não é normal, que Lisboa e o Tágide, sejam um ponto de encontro normalíssimo para uma refeição em família.
De nada vale possuir uma coisa sem desfrutá-la, Esopo
Ou têm padrinhos ricos, ou receberam heranças ou …… algo se passa. Talvez tenham encontrado o mapa de tesouro. Aquele que muitos do regime possuem, mas nós não. Isto dá que pensar e bastante.

Os sinais exteriores de riqueza, que muitos já nem sequer escondem, face aos seus empregos e remunerações oficiais, são difíceis de explicar. Como se enriquece tanto em tão pouco tempo na RAM calhando sempre aos mesmos "os  filhos de algo" ou "os filhos da jota" ou os "filhos do partido", psd-M

O mesmo se passa com os monopolistas da Região. Como é que Sousas, Ramos, AFA, “Sul-africanos” , Ribeiras Valleys, enriquecem tanto em tão pouco tempo ( estamos a falar de 45 anos ) permitindo-se perder dinheiro nos seus negócios no exterior da Madeira ?
Como é que empresas de construção civil do Continente, conseguem ser “absorvidas” pelas regionais, com muito menos capacidades financeiras ? Etermar, lembram-se ? Tecnovias – Madeira ? Obviamente, como em Angola, existiu por parte de poder politico regional, pressão para quem fosse trabalhar para a Madeira, fosse obrigado  ter sócio Madeirense. E quem estava ali á mão para semear ? Ramos, AFA´s , Sousas, Valleys, ….. Como o tal grupo “sul-africano” que nada percebe de Cuidados Continuados e já tem cerca de 400 camas contratualizadas a preços médios, sem medicamentos e outros serviços, de 2500/3000 € e logo na tipologia mais barata, longa duração ( no continente o estado e para aquela tipologia paga cerca de 600 € com medicação e serviços )

Como é que se explica que em média, os famosos grupos regionais, tenham crescido exponencialmente face ao que valiam em 1974/76 ?

Também tiveram um mapa de tesouro para os ajudar ? ou foi, como nos “filhos de algo” apenas os GR´s ? o psd-M ? Como é que a Fundação Social democrata da Madeira, consegue ter o património que tem ? e como é que consegue receber a figura jurídica de Instituto Autonomia e Desenvolvimento da Madeira ? e porque é que o GR continua a pagar-lhes “mordomias” ? Porque é que era das Fundações mais ricas do Pais, numa região pequena como a Madeira ? Afinal, aquilo é partidário ou é publico ? e quem paga as remunerações dos administradores ? O GR ou a ex-fundação, agora Instituto público, partidário ? O primeiro obviamente
Nenhum homem é suficientemente rico para comprar o seu passado, Oscar Wilde
Os sinais exteriores de riqueza, nos “filhos de algo” e nos grupos monopolistas estão aí, há vista de todos. Ramos, pai e filho, têm o toque de Midas ? E porque é que, tal como na ponte 25 de Abril que está há dezenas de anos paga, o Lobo Marinho II também já pago, não custando um cêntimo ao grupo que o opera, continua a ser subsidiado pelo GR , com o custo dos bilhetes cerca de 50% acima do custo operacional do navio/viagem e média ?
Porque é que o GR nada respondeu ao grupo continental sobre operação alternativa ao Lobo Marinho II e também ao grupo Sueco e Espanhol ( não precisavam de subsídios ou apoios monetários, apenas condições iguais para todos - e lá se ia o subsidio dos Sousas )? Porque é que no Porto do Caniçal o grupo Sousa permite-se usar como quer, quando quer e onde quer, os cais de acostagem , levando a que navios não pertencentes aos Sousas, fiquem ao largo, com mercadorias a estragarem-se, como recentemente aconteceu ? Porque é que se quiser levar um carro para o continente ou de lá para cá, tenho sempre de recorrer aos serviços dos Sousas, mesmo que o frete noutras companhias seja mais barato ?
Uma das misérias das pessoas ricas é serem enganadas em tudo, Rousseau
Não foi pelos ordenados de deputados que os Ramos valem o que valem hoje. Porque afinal, a soma dos ordenados nestes anos todos, nem sequer chega a 1\5 do que vale o seu grupo. Mas estavam ali à mão de semear e foram "forçados" a serem sócios, primeiro de construtores e depois.....veio o resto. O mesmo para a AFA. E é verdade que o Turismo já tem uma proposta, para "ajudar" na divulgação dos seus hotéis no exterior, com fundos europeus e regionais ? Porque é que o Plano da Orla Costeira da Calheta foi "ultrapassado" pelo hotel do AFA ? Muitas questões, nenhumas respostas.


A Madeira afinal, é uma ilha do Tesouro. Mas apenas alguns têm o mapa do Tesouro. Aqueles que são "filho de algo" ou os grupos que são filhos e têm o aconchego do GR..

Observação ( o que valem/são os militantes )
O Sr.Manuel, é/foi militante do psd-M. Nos tempos de AJJ, com tudo aquilo que estava a ver a acontecer, tinha que ser. Depois ....depois começou a ver coisas injustas. Como é que a Idalina, vendia os seus terrenos ao GR por preço superior ao do amigo Zé e pagos logo ? Seria por causa do compadre que estava na politica e era presidente da junta ?  Porque é que o amigo Alberto foi obrigado a vender os seus terrenos ali no Estreito, para a estrada que não foi ? E porque é que aquele terrenozito de bananas, teve que ir para a câmara e depois para a bomba de gasolina ? Chateou-se com AJJ, chateou-se com a câmara, chateou-se com o partido que julgava ser..... Como o Sr. Manuel diz, com AJJ ainda se via coisa, mas agora com o florista ....nada se vê. 
Chateou-se e deixou de pagar. Tem muitos anos. Mas, como isto é engraçado, continua a ser militante do partido com quotas pagas.  E jura que lhe disseram que votou em MA, mesmo não pondo os pés lá. E esta, heim ?
Ainda nas  eleições regionais, lá tinha uma chamada para ir votar, quisesse ou ...quisesse. Até lhe mostravam onde era o lugar onde a cruz devia ser posta. Porque afinal, um dia, podia precisar de uma ajuda se quisesse ir ali para o Lar )


 Da Ilha do Tesouro e atenção aos sinais "superiores" de riqueza.