sábado, 30 de novembro de 2019

O triunfo dos porcos

Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir, George Orwell

Só para mostrar como podem ser perigosos, Mas vamos ao que importa. 
  1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
  2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
  3. Nenhum animal usará roupas.
  4. Nenhum animal dormirá em cama.
  5. Nenhum animal beberá álcool.
  6. Nenhum animal matará outro animal.
  7.  Todos os animais são iguais
ou, em resumo, para os animais menos inteligentes, “quatro pernas bom, duas pernas mau”.

Como todos devem reconhecer, são os sete ( 7 ) mandamentos do Animalismo, de “O Triunfo dos Porcos” de George Orwell, peça em cena até 1 de Dezembro no Teatro (ainda ) Municipal Baltasar Dias.

Não sei se alguém do Regime e da Caranguejola, já o leu ( para a maioria a banda desenhada seria mais fácil ? ) ou o viu no Teatro. Mas das duas uma. Primeiro: ou não percebeu que aquilo caricatura a “Madeira Nova” ou os “renovados” da Madeira Nova (já Velha, gasta e usada) a Progeria (1) á la-psd-M. Segundo: Ou então e inclino-me para esta opção, é um dos livros obrigatórios dos jotitas e estes recebem apenas o cartão ou cargo normal (vulgo tacho) de serviço, depois de aplicarem os princípios subjacentes deste livro, que se resumem em “TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS, MAS EXISTEM UNS MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS”.

(1) Um tipo de Síndrome de Hutchinson-Gilford, ou progeria , mais uma vez APENAS adaptável ao Regime do psd-M e que rapidamente afectou o “cedezinho” salvo muito raras excepções ( acho ) e toma conta daqueles que querem ter cartão laranja ou fazer parte do regime.

A hipocrisia, a ganância, a cupidez, a luxuria, o aboletamento de bens ( muitos públicos ), a mentira, a sonegação, a apropriação , o desvio, a usurpação, o excesso, a usura, o falso testemunho, a permanência de condenados, a sem vergonha ……. são factores genéticos essenciais, na criação do “homem novo superior” laranja.

Vamos aos exemplos, como sempre.


A Guerra das Barracas

Tem como lema, de barraca em barraca, até a barracada final. O regime, especialmente Eduardo mãos-de-tesoura, é dado ao melodrama e criou aqui, a versão regional da Guerra dos Mundos de H.G.Wells. Como nada têm para fazer, quiseram praticá-la, como Orson Welles em 1938 e já criaram comoção e choque no “público”. Vão melhorar a versão, colocando um contador, pode ser mesmo um sino, para quem for “visitar” as 50 barracas do Regime, para terem certeza que ganham, à moda das votações on-line do JM , ou à Mao, Estaline ou maiores que as do querido líder. Sempre acima dos 99%, não incluindo os 12 % para a oposição e os 23% de votos em branco/nulos.
Aos cinquenta, cada pessoa tem a cara que merece, George Orwell
Como se nota, estão dados á cinematografia, à cultura sadomasoquista, não fosse Eduardo propicio a isso pelas sucessivas "burradas" que faz. Mas afinal queriam apenas fazer uma evocação das 50 sombras de Grey, dado que a busca permanente de novas sensações, prazeres é continua ( isto das rapidinhas nos gabinetes, alguns na Madeira, muitos em hotéis em Lisboa, Canárias, Holanda, Paris …durante as visitas de “estudo/trabalho” ( vulgo lazer  ….. já não excitam muito) e as posições de recebimento e entrega de valores ( hughhhhh ) já estão mais do que usadas.
A maneira mais rápida de acabar com uma guerra é perdê-la, George Orwell
Outras sensações precisam-se. Assim, quem vai visitar as barracas do Regime, leva um destes livros á escolha: “ As 50 sombras de Grey “; “o Kamasutra” ; “ A arte de roubar”. 

Para quem vai visitar o mercado de Natal da CM Funchal, o regime, por decreto regional (sim ?  ), vai proibir contagem de visitantes, de qualquer forma e feitio e vai oferecer como castigo, a escolha de um destes livros, ambos de José Sócrates: “O Dom profano”; ou “ A confiança no Mundo: sobre a tortura em Democracia”. Afinal, temos de ser, no regime, “uns para os outros” e Carlos Santos Silva, não pode ser o único a comprar. Ok ?

A magistratura de influência
É preciso ter dúvidas. Só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos, Orson Welles
O insigne Presidente da ALM, já nos tem chocado, com algumas decisões que tomou publicamente, nomeadamente: 1) deixar os “putos” do psd-M brincarem na ALRM ( Melins, Pradas, Rodrigues, Ramos .... em o Triunfo dos Porcos aparecem animais daquele tipo ), menorizando a ALRM que preside; 2) tentando em agenda própria chegar à fala ( vulgo pedir dinheiro ) com Lisboa antes do GR; 3) e agora debitando que “fará uma magistratura de influência nas questões ambientais”

Se o ridículo matasse, JMR já estava morto e muitos com ele e se pagasse imposto, então a divida da Madeira já estaria paga e sobrava ( também com a ajuda de muitos ). JMR gosta de estar nas fotos e faz uma competição anedótica entre ele e o GR. Estão empatados no ridículo e na falta de senso. Mas deveremos ver JMR um dia destes numa praia, a manter os inertes, à frente de uma “manif” na estrada das Ginjas ou nas encostas a desenterrar os pneus ali plantados !!!!! a fazer da influência da(na) sua magistratura, um "pormaior" de somenos importância. Afinal, também existe personagem destes em Triunfo dos Porcos,

A sorte !!! que a Madeira tem de ter dois presidentes, um de governo e outro da ALRM, com brancas ( o que se diz nos "mentideros", rumores... é incrível). MA já foi à Cristina na busca da redenção, falta agora J(D)MR

Cuidados Continuados
Publicidade é mentira legalizada, H.G. Wells
Já se sabia, mas agora é oficial. O GR não quer que a Rede de Cuidados Continuados seja fiscalizada. Eu no lugar deles também faria o mesmo. Os negócios escuros, devem permanecer …escuros. A transparência tão apregoada pelo "cedezinho" nesta área e tão criticada ( a sua ausência ) à 6 meses, foi-se ( bastou osmose e serem governo!!!). O regabofe que vai lá pelos Atalaias, Diletus …. deve-se manter, para ajudar quem precisa e o Regime precisa muito. Afinal, apenas este Regime, colocaria a dar “bitaites” uma condenada pelo TC a pagar mais de 600 000 € por esquecimento de cobrança de impostos na Seg. Social e ajudantes. Afinal, estamos num regime de condenados. O TC neste negócio, ficou afastado, porque o parecer, dado os valores, que deveria dar previamente, não foi pedido, portanto vai fiscalizar á posteriori. Falta a polícia,  mas essa já está analisar outros e ….este. Como disse em artigo anterior, Manuel António é um “cordeirinho” , face ao que estes praticam.

Mais um negócio de patacas das Arábias a pagar em moeda nova, Rands ? Ou o mesmo do costume.

Também é verdade que o ex-atual-futuro-concessionário da Escola de Hotelaria e com dividas ao estado, nomeadamente à Região, também já entrou ou tem interesses nesta rede ?
Num tempo de engano universal, dizer a verdade é um acto revolucionário.George Orwell
Aliás é prática recorrente deste Regime, concessionar, dar a exploração, entregar a privados e outros devedores ao estado e à Autoridade Tributária, violando sistematicamente as regras públicas do Estado Português, "trabalhos". Mas favores com paraísos ( e outros ) se pagam. Também a dar a empresas "na hora" de Capital Social de 5 000 € (algumas unipessoais ) , trabalhos de centenas de milhares, senão milhões de euros. Ahhh pois, são "empresas" que pertencem a "empresas" de "empresas" ...dos grupos do Regime. Entendi-vos. 

Afinal, estas personagens aparecem em lugar de importância em "O Triunfo dos Porcos": são exactamente, os Porcos. Agora quem foi/é o Old Major, Napoleão, Snowball, Squealer.... deixo à consideração.

Observação

1) Mais Direcções: Para o regime e dados os recentes acontecimentos, desemprego a aumentar e regionalização de espaços municipais, porque não criar mais 11 Direcções regionais ? Começava-se já pela do Funchal, Machico, Santana, Sta Cruz ..... Afinal mais tachos são precisos para mais ..."pigs".
2) Carlos Pereira do PS-M parece a versão II, de Calado do psd-M. Aquilo de ambos, se bem entendo, defenderem "mais autonomia" e maior "regionalização" das finanças, sem grandes diferenças, cheira-me a .... pas-de-deux. Será ? Se juntarmos mais um, por exemplo, Sérgio Gonçalves, Barreto, Eduardo, Lopes da Fonseca ou .... ainda arranjamos o Coro dos Anjinhos, ou cúmulos das chateações, com encontro marcado a meio caminho, Lisboa, das barracas da CMF ou do Regime.

Pink Floyd, The pigs, para os pigs da Região

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Falemos em economês sumidês, parte II - O todo

A economia é extremamente útil como forma de emprego para os economistas, John Galbraith
A segunda parte de "Falemos em economês sumidês, parte I - O exemplo". E começamos sempre com Churchill.

"Mais vale ler a noticia, do que ser noticia" in Churchill, walking with destiny

"Eu posso estar bêbado, senhora, mas amanhã estarei sóbrio e você continuará a ser feia" , in Churchill, walking with destiny

Naquele artigo, foi dado um exemplo do como se desbarata gratuitamente, recursos públicos em entidades  ineficazes e em quem as administra. Porque não são despedidos ? Agora com este artigo, pretende-se a partir daquele exemplo particular, estendê-lo à Região e ao GR, mostrando como este perverte as leis económicas naturais e comprovadas, pelas suas leis ou teoria económica das Bermudas, também chamadas lei da folha de Excel ou lei dos sumiços. Tome-se nota que isto é apenas praticado na RAM. 



Agora o todo

Quando o Sec. Regional da Economia, diz estar a fazer visitas, porque não conhece a estrutura económica da Região (a RAM não é grande e o que esteve a fazer como deputado ?), é anedótico, difícil de entender e imagino que se estivesse no Continente, demoraria mais de 4 anos a fazer visitas para conhecer o país económico ( aliás ele foi á WebSummit para conhecer a internet, certo ? ). Como Barreto não tem cheta, nem ideias, visita ou estuda(?). Como todo o GR, que apenas visitam, estudam.... porque numa região pequena, com tantos governantes e ajudantes!, pouco existe para fazer. Porque se atropelam, nada fazem. Por isso nada produzem. Mas ganham, muito, em demasia..... Aliás na Região, quem mais ganha no GR e onde estes têm o dedo, menos faz, menos produz ( uma consequência da Lei dos sumiços )

É difícil de explicar quando o GR diz que a economia madeirense está a 75 meses a crescer, portanto há 6,25 anos. Já no tempo de AJJ !!!!, que MA dizia não ser verdade e por isso, a economia na RAM não existir, ter sido uma das razões de o ter "empurrado" , traído .....
Mas se a economia cresce (será ?), porque é que o desemprego também cresce? Ao fim de 9 meses. Porque não antes ? Existiu algo que nestes 1,2  3, 6, 7 anos , 8 meses mudou na Região ? Nada, zero. Então porque só agora desce ?

Se um dos pilares económicos da região, o Turismo, que dizem ser o principal e responsável por quase 40% das receitas do GR, decresce, como explicar o crescimento da economia e apenas, dizem eles, só agora o desemprego baixar ?. Outra questão: porque a taxa de pobreza continua a aumentar ? Talvez o desemprego só agora cresça, porque muitos já emigraram na RAM, portanto não conta(va)m para as "estatisticas"? Ou o GR deixou de admitir "empregados" pós eleições ? Mas como é que o Turismo gera receitas, se os hoteleiros se queixam à anos de praticarem preços baixos ? E como existe Turismo, se os acessos/transportes para a ilha são piores e mais caros ? Sabemos que os sucessivos Sec. Regionais de Turismo, dizem o contrário, que está tudo bem. Mas ... ou mentem, ou mentem os hoteleiros, ou mentem os empregados nos hotéis, com ordenados cada vez mais baixos....face à inflação, ou mentem todos, ou está tudo louco.... Mas se o Turismo está pior, portando paga menos impostos à região, o GR tem de ter MENOS receitas. Porque pelo artigo anterior, já percebemos que as sociedades de desenvolvimento, institutos..... e o mais que houver, recebem mais do que pagam em impostos ( e algumas estão isentas ).


Ou então, o que é o mais provável, os Sec. Reg. de Turismo, os Presidentes e Vice destes GR´s e restante companhia, fazem turismo, cá dentro (o Dubai foi um lapso). Fazem os possíveis para manter as taxas de ocupação hoteleira. Como não fazem "puto", viajam. O governo paga.... e aos outros também.
Se comprares aquilo de que não careces, não tardarás a vender o que te é necessário, Benjamin Franklin
Por outro lado, ao discurso do orgulhosamente sós e rufia, notam-se nuances: diálogo com Lisboa, para o hospital ( verbas ) , para os transportes aéreos ( verbas ), para a educação e saúde ( verbas ), para o ferry ....  Este "diálogo" é tão grande que existe uma corrida, ganha por JM Rodrigues da presidência da ALM, que chegou á fala com Costa mais rápido. Duas agendas independentes, ambas com o sentido único de pedir auxilio, pedir ajuda, enfim pedir dinheiro. Uma Autonomia subsidio-dependente.



Também, para quem sempre disse ter as finanças boas, acha-se estranho que o GR fosse obrigado a pedir 70 milhões à banca para tesouraria. Ora, não foram 70 milhões, mas bem mais ( já se precaveram de contas furadas ) e os juros que vão pagar, que não dizem, foram cerca de ponto e meio superiores, reais, não o que vão dizer, ao praticado no mercado (ver as "letras pequenas" dos contratos, bem mais que a CMF obteve). E claro, tiveram que deixar garantias. Que não  dizem quais foram, porque é mau de mais.

Depois temos os dados estatísticos, que servem para tudo. Para o bem deles a curto prazo, para o nosso mal, a longo prazo, depois de eles saírem. Infelizmente, nunca mostraram estatísticas do que vale o funcionalismo público na Região. O GR é o maior empregador da Região, superando em muito os privados, numa relação de quase 3 para 1, se juntarmos todos aqueles que são funcionários de institutos/sociedades desenvolvimento, .... Mas também não dizem que mais de metade destas pessoas, exercem cargos de chefia (61% segundo os meus cálculos ). Como no exército português, o GR tem mais generais, brigadeiros, coronéis, .... sargentos do que soldados. E esta gente toda (veja-se este exemplo, clique) e mordomias, tem que ser paga. Mais uma vez, o GR paga mais do que recebe. Bonito.

Outra coisa que o GR não indica é a taxa de produtividade: que é baixa, muitíssimo baixa, a mais baixa do país, porque para tantos empregados:
  1. não existem tarefas para desempenhar
  2. recebem mais do que fazem/produzem
  3. são todos chefes e como numa "fila de pirilau", uma decisão é tomada com muitas assinaturas e  de patamar em patamar, de individuo em individuo, até         finalmente chegar ao final ( mas para os associados do regime é um fósforo esta tomada de decisão )
  4.  burocracia imensa
Também a taxa de absentismo é a maior do país. Porque será ? Simples, os funcionários públicos, maioritariamente as chefias, ficam deprimidos por nada fazerem (ahahahaah), pelo que recebem e os que trabalham nos privados têm os patrões a dizer que um ordenado mínimo de 635 € é demasiado e portanto....choram.


Taxa de absentismo alta e taxa de produtividade baixa, geram em qualquer lado, menos na Madeira, por causa da Teoria económica das Bermudas, ou Lei da folha de Excel, mais despesas. 

( Em nota de rodapé, Albuquerque é o menos produtivo Presidente de uma Região e os que o acompanham fazem coro com ele. Ora vejam, comparem com Canárias, Açores, as Baleares .... é o Presidente que tem menos gente per cápita para "governar", território menor para "governar" ...... Façam as contas entre a proporção de governantes da RAM e do povo, com o das outras regiões )

Economia: aquisição do barril de uísque de que não precisamos pelo preço da carne de vaca que não nos podemos dar ao luxo de comprar, Ambrose Biérce
Certo que a AFA paga impostos. Mas paga menos do que recebe ( exemplo idÊntico ao do artigo anterior ). o Grupo Sousa, aspas idem e todos os outros, Quadrantes, Diletus, Atalaia, Ribeiras Valleys, JM, ECM, HF, Via Litoral ( sim, grande monopólio ), Clubes de golfe ..... Tal como todas sociedades, institutos, privados .... onde o GR tem dedo e põe dinheiro. Depois temos a Saúde, que deveria ser tendencialmente gratuita, mas que afinal está dependente dos privados, uma vez que o GR não consegue, por incompetência gerir um serviço de Saúde. Por fim, para compor ainda mais o ramalhete, temos uma série de contratos públicos desastrosos que o GR assina, inclusive sabendo de antemão que não os vai praticar e portanto sujeito a pagar indemnizações ( em espécie ou favores ) e os apoios concedidos aos mesmos do costume em isenções de taxas, apoios monetários ..... E não esquecer a divida, que tem que ser paga: juros e amortizações. Mesmo os clubes de futebol, recebem mais do que pagam, apesar de dizerem o contrário. Certo, existem apoios comunitários, mas também é preciso pagar, cerca de 20 a 30% do total do projecto, para os ter.
(Outro exemplo, numa estrada que mandam fazer à AFA, o GR paga mais, do que recebe de impostos da AFA e dos ordenados dos empregados daquela, ..... Os empregados, compram, mas o que compram em mais de 80%, vem do continente e é ....pago aos fornecedores de Lisboa. O que fica na Região ? peanuts. )
A economia é uma virtude distributiva e consiste não em poupar mas em escolher, Edmund Burk
Portanto, dando mais do que recebe o GR cria divida. Os ordenados que pagam, os favores que fazem, as sociedades,institutos.... onde emprestam, perdoam, ... isentam, apoiam .... taxas e tudo o mais, são valores bem maiores que os impostos que recebem ( dos privados/monopolistas incluídos ). Um ciclo vicioso, que sucessivos GR´s nunca deixaram de instruir, fazer e manter, porque não sabem mais. Mas, talvez mitigue a taxa de desemprego, porque emprega demasiado. Por tudo o que relevo atrás, não percebo como o GR diz baixar a divida pública e que este ano será apenas de 5,1 mil milhões ( e têm a sorte do orçamento da Segurança Social vir do continente e os apoios que dizem conceder, aos por exemplo luso-venezuelanos virem na sua maioria de linhas próprias de ajuda da República,  ).
Eu reduziria o défice em cinco minutos. Bastava passar uma lei que diria que sempre que o défice for maior do que 3% do produto interno bruto, todos os membros do congresso deixariam de ser elegíveis para uma reeleição.Warren Buffet
Por tudo que refiro, nada bate certo. Temos pois a Lei ou teoria económica das Bermudas em acção na Região, praticada intensamente à mais de 40 anos. Se fosse verdade o que dizem, de por cada mentira, um dente cairia, Calado, Albuquerque.....já à muito estavam desdentados

Eu resolvia a questão numa penada: criava o imposto sobre a estupidez e asneirice e tributava. Rapidamente tinha as finanças da Região equilibradas e as finanças de muitos ao nível da sua "grandeza": muitíssimo baixa, nos fundilhos. Mas a policia está aí e o TC no que pode. Porque se Manuel António vai agora ser julgado, por crimes cometidos em 2005 e 2006, Albuquerque e Calado, que na minha opinião fizeram, fazem pior, também um dia serão apanhados e julgados. Afinal a justiça tarda, mas ...chega.

Observação
O psd-M (o cedezinho não conta) deve estar preocupado. Cada vez menos funcionários públicos votam neles. A tendência vem de longe, mas acentuou-se muito agora. Se olharem para a percentagem de funcionários públicos existentes e fizerem uma proporção ao total de votantes no psd-M, ....... OH my gooooodddd ( e não contamos com os pensionistas). E o tempo.... tic-tac-tic-tac-tic-tac passa.

Mas porque eles são todos good´s..., Johnny B. Goode, em "Back in future".
 

Andam a queimar os valorosos


Nesta tarde, tomo conhecimento dos episódios da manhã na Assembleia Municipal do Funchal. Há muita gente de cabeça perdida e sem foco na população. Um partido tem sucesso na justa medida que souber servir a população, se começa a pensar em si, ao contrário do que alguns pensam, o resultado é cada vez mais medíocre porque são os eleitores que dão o sucesso pelo voto. Entre empréstimo aprovado mas não o orçamento parece que há contra-senso, até por comparação com o GR. No Governo Regional, aprovam o orçamento na Assembleia Regional mas não conseguem fazer empréstimos. Na CMF conseguem empréstimos mas não aprovam o orçamento na Assembleia Municipal. Nada mais claro sobre a natureza e a dualidade da política que ainda sobrevive. O eleitorado é muito mais inteligente do que alguns políticos, muito fracos, pensam. Hoje, Miguel Silva Gouveia sorri, ao contrário do que possam pensar, a votação foi a seu favor ...

Sábado saiu no DN um assunto com capa e duas páginas sobre Manuel António Correia. Não é novidade para ninguém que deveria ser a última pessoa com alguma idoneidade no PSD Madeira. Também não é novidade que muitos acham que tem a experiência, carisma e a idoneidade para governar a Madeira. Há singularidades que a opinião pública não conhece e que aguardam por momento oportuno. Ao ler, a sensação que fica é que o PSD perdeu (estupidamente) e que Manuel António Correia se não explica cabalmente vai ficar na mesma lama dos outros. Ou será que os outros o trouxeram para a lama e assim ficam em pé de igualdade?

Reparem que estão a “matar” Pedro Coelho e agora Manuel António, após longo historial com outros nomes, estes são tão só os mais recentes. Quanto a mim, tudo isto sucede porque muitos pensam que Albuquerque é letra vencida, por essa razão, alguns se posicionam e o PSD está em convulsão. Jogar limpo na política com o PSD é uma utopia e estes Renovadinhos são do pior. Manuel António Correia deverá ficar centrado no seu temperamento calmo e afável, a Justiça que esclareça e não ele, até porque ninguém diz bem de si mesmo com sucesso. Dá muito jeito que fique quieto, entretido, entalado.

Todos sabemos da quantidade de gente que o PSD tem para se desconfiar e acusar antes de Manuel António Correia. Alguns até estão envolvidos em casos de justiça mas o tempo consome a decisão judicial e provoca esquecimento. Digo isto porque quem leu o artigo e pensa, fica com a clara ideia de que o benefício passou a ser para todos e que os beneficiários entregariam proveitos à Região. Ora, quando é para todos lesa alguém? Não lutamos todos os dias por isto? É que antes da decisão a quota era para um e depois passou a ser para todos. Entrar com dinheiro nos cofres da Região é crime ou não é hábito? Mais, as receitas seriam para pagar dívidas que recairiam sobre a Região, se a cooperativa não pagasse empréstimos contraídos seria a Região a cobrir. Também não é regra munir os cofres da Região? O sentido obrigatório é unicamente de saída? Quem sabe se é isto que irrita alguns?

Quem começa a esmiuçar vê um não caso, até porque estava dentro da legalidade atribuir a quota de pesca conferida por instituições internacionais sem interesses directos na Região. É que ainda por cima, o secretário da altura estava a preservar um direito dos pescadores madeirenses porque não tinham meios para usufruir da quota (embarcações/ equipamentos) e, se não o fizessem, perderiam a mesma por não uso. Já pensaram nisso? O Manuel António Correia ocupou a quota para a Madeira não perder no futuro, assim manteve a quota e teve um proveito para o GR. O lucro não foi para o acusado. Aliás o próprio Tribunal reconhece que Manuel António Correia não teve qualquer proveito e o caso é sobre a decisão (gestão ou política) que interpreto como descrevo atrás.

Muitas vezes os documentos não explicam a natureza livre, espontânea, de expediente, de quase fazer o habitual que inspira grande parte da gestão pública, o que se confunde com a suspeição generalizada sobre tudo o que mexe por causa dos casos obscenos de contratos em outras áreas que andam sempre na berlinda.

No entanto, não deixa de ser possível que o secretário de então tenha assinado a confiar na equipa, com os dados expostos (ou desconhecidos) e no interesse público mas que depois, sub-repticiamente, alguém dos "intermédios" tenha de alguma forma beneficiado. Tudo é possível.

Parece algo inverosímil o ressurgimento do caso ao fim de tantos anos, as demoras relatadas não me parecem de encobrimento mas de falta de “pernas para andar” e que agora alguém teve o interesse de pôr a mexer para tramar uma pessoa idónea. Só se compreende por guerras internas de queimar os mais bem colocados para uma nova era ... é que é um atrás do outro ... que coincidência!

Fica esta leitura, quando houver mais elementos fidedignos dou mais um passo. Por agora quero só salientar que o poder manipula, o Costa já é autor da promessa do ferry e está a empatar tudo, a promessa de 2015 e o que se passou nos concursos do Governo Regional para provocar insucesso é para esquecer. Do caderno reinvindicativo da RAM, que insulta sempre a República, retornou um miserável resultado (ler esta peça). Quem tem as contas mais fiáveis é quem tem empréstimos, não quem berra mais. O sucesso no Turismo mora ao lado nas Canárias com exemplos, não com congressos de bajulação aqui, passada a euforia os números continuam a descer. Quem está de boa fé e postura não costuma ter sucesso, tachos ou aparece no JORAM. É importante estar atento porque os mandriões querem queimar quem lhes faz sombra ou podem atentar contra o seu poder. Querem trazer todos ao seu nível para, na podridão, vencer o "menos mal".

O que sim é verdade, são as mentiras da campanha eleitoral que caem em catadupa e os comprados (idóneos de então) a aparecer com o nome no JORAM. Conservem confiança nalguns, não participem na terra queimada que está aí, será sempre necessário alguém para Governar. Se não são bons, que sejam os menos maus (na positiva), agora os que se conhece de "ginjeira" não!

domingo, 24 de novembro de 2019

Falemos em economês sumidês, parte I - O exemplo

Um dos grandes segredos da sabedoria económica é saber aquilo que se não sabe, John Galbraith
Antes de lá irmos, ao economês sumidês caladês, depois de ver aquela bancada do GR na apresentação do programa de governo, lembrei-me de Churchill e a premonição que fez em 1903? sobre esta caranguejola e os antecessores:

“Todos homens bons, todos homens honestos que estão prontos a fazer grandes sacrifícios pelas suas opiniões, mas não têm opiniões. Que estão prontos a morrer pela verdade, se acaso soubessem o que a verdade é. As sua opiniões, estão apenas em “”fase final de análise”” e serão cuidadosamente corrigidas e revistas pelo primeiro-ministro antes de virem realmente ao público” in Churchill, walking with destiny

“Existe uma certa diferença entre uma proposta politica que assenta na fé e na honra de um homem público e uma politica que é assumidamente proposta por razões de conveniência táctica e eleitoralista” in Churchill, walking with destiny

Em poucas palavras Churchill resumiu o que foram e são os sucessivos GR´s e os homens que neles “trabalha(ra)m”. Incrível. Em 1903 ? Bruxo.

Falemos então em economês sumidês / caladês (é áspero falar disto e peço compreensão).

A teoria económica em que se basearam sucessivos GR´s, Sec. Regionais de economia/finanças da Região que tem como expoente, Pedro Calado, descoberta e apenas praticada na Região, chama-se: a lei ou teoria económica das Bermudas, lei da folha de excel ou lei dos sumiços. Caracteriza-se essencialmente por não reconhecer qualquer das teorias ou leis económicas de equilíbrio financeiro correntes, de gestão da coisa pública, sobretudo investimentos públicos e de ser na prática, um sorvedouro de: recursos públicos, em dinheiro, em pessoas, em favores e em bens.  Em teoria porém, é moldável aos objectivos e conveniências eleitoralistas , fazendo aparecer, desaparecer dados e valores "à Lagardére"
Alia-se a um conjunto de dados estatísticas, trabalhados para a causa e com instruções claras e precisas para serem moldados ao sabor das circunstâncias e necessidades. Mais uma vez, Churchill foi premonitório.
Tem cuidado com os custos pequenos! Uma pequena fenda afunda grandes barcos. Benjamin Franklin
Os seus princípios matemáticos nunca foram explicados, mas normalmente são sempre contas de "sumir" e milagres de multiplicação em aparecimento de dados reais/irreais, conforme quem, como e quando a defende e pratica.

O particular, exemplo

Difícil de entender ? Eu explico, com o exemplo de uma sociedade de desenvolvimento ou um daqueles institutos que tanto existem e servem ( servirão ?) a Região. 

Fiquemo-nos apenas pela rama alta. Estas entidades, normalmente ao final do ano, apresentam todas, mas mesmo todas relatórios financeiros agradáveis, bons, mesmo muito bons em alguns casos. Podem não ter dinheiro, mas têm sempre, sempre bens ( imóveis ou não ) de elevado valor, dizem ser solúveis, isto é, não estão em falência ( aquilo do Madeira Tecnopolo foi apenas um lapso), mesmo técnica. Mas, lá está, como não conseguem fazer dinheiro, apesar de terem bens ( terão ? ) o GR continua a "emprestar-lhes" dinheiro para fazerem face aquilo que será mais premente: pagar ordenados, custos administrativos, dividas a fornecedores ..... juros na banca..... É ver as contas publicas depositadas ou os relatórios entregues na banca.
Agora começamos entrar na parte mais difícil de explicar. Se têm bens , porque os não vendem ? Assim o GR deixaria de pagar e colocar dinheiro. Lógico, não é ? Já lá irei. (1)
Quando se dissipa o património com loucuras, procura-se restaurá-lo com culpas, Tácito
Estas entidades, normalmente possuem conselhos de administração de 3 a 5 elementos, que recebem mensalmente  em média, cerca de 8 000 € mensais (valor por baixo) de ordenado. Façamos umas contas e nestas não vou incluir as secretárias, assessores, motoristas, carros, combustível, ajudas de custo, viagens e estadias...... fico, repito, pela administração ( a rama alta ).
                                     8 000 € x 14 (meses) = 112 000 € ( sim, sim ....ano)
                                     5 (elementos ) x 112 000 € = 560 000 € ( pois, pois....ano)

Se multiplicarmos isto por cerca de 40, disse bem,cerca de quarenta "coisas" similares e feitas à medida,  ( o numero é maior penso ), temos (por ano ):
                                    40 (soc./inst./similares ) x 112 000 € = 22 400 000 € ( até arrepia
                                    22 400 000 € ( num ano ) x 4 anos = 89 600 000 €( uiiii doí mesmo )

Isto é, apenas NUM ANO, 5 PESSOAS, SEM mais nada, nem o custo de uma folha de papel, copo de água ou cafezito. uma viagenzita ( porque eles fazem muitas em serviço) custam isto. ( dava para pagar metade do hospital novo, valor RAM, 150 milhões ), ou um orçamento para a Saúde, Turismo, ..... e sobrava,

Mas sejamos justos, o GR entrega com a mão direita e recebe impostos....com a mão esquerda. Façamos de novo contas ( não vamos ao pormenor ) num ano.
                                  560  000 € *40% (irs / seg. social) = 224 000 € 

Terminou, não. Porque aquele valor final está errado. É que estas entidades pagam, cerca de 23 % ao estado em Seg. Social. O trabalhador paga apenas cerca de 11 %. Temos que refazer a coisa.
                                  560 000 € * 23% ( empresa paga ao estado ) = 128 800 €

Temos então que para uma daquelas entidades, só o custo da administração custa:
                                  560 000 € ( ord. ) + 128 800 € (imp. paga entidade ) - 224 000 € 
                                  (imp. total ) = 464 800 € TOTAL REAL ANO ADMINISTRAÇÃO
Em 4 anos teremos: 464 800 € x 4 = 1 859 200 € , 74 368 000 € ( 40 entidades ). Chiça penico. 

Em resumo: porque aquelas "coisas" pertencem ao GR, este entrega 688 000 €/ano e recebe 224 000 €. E quem lá trabalha, não produz o suficiente para anular este gap de 464 000 € / ano. Portanto, é fechá-las, reduzir o seu numero, para 10, por exemplo. Chama-se a isto, contenção de custos e optimização de recursos, que a teoria das Bermudas, a Lei dos sumiços, não permite  

O diabo é que isto ainda não terminou: 

Se cada conselho de administração, custa 464 800 € ao GR, deverá produzir, repito, trabalho que compense os seus custos, porque afinal, é preciso que estas entidades não sejam subsidio-dependentes ( como o são de facto ) para o GR não injectar sistematicamente dinheiro. E repito, não estão aqui representados todos os outros custos, administrativos, de funcionamento, de salários, destas entidades, que são maiores, segundo reparei nas contas que vi de alguns destes organismos ( ler o JORAM ). Para aumentar a confusão, o GR é o responsável perante a banca, dos valores/empréstimos pedidos por estas .... coisas. Temos pois, entidades e pessoas incapazes de gerirem bens públicos e que estão lá a fazer o quê ? Se não criam riqueza, antes delapidam-na, então porque existir tanta "coisa" má e tantos administradores incapazes ? Porque não vão para o "olho da rua ? Simples, quem os nomeia e mantém, também deveria ir. Mas dão o exemplo, permanecem, sugam....
O que distingue uma época económica de outra, é menos o que se produziu do que a forma de o produzir, Karl Marx
(1) Não me esqueci: sabem porque estas coisas não podem vender os seus bens, para compensar os seus gastos ? Simples a resposta, já não os têm ( porque hipotecados, alguns com dupla hipoteca ou mais, acima do seu valor real ) ou então dão nas suas contas, por exemplo a uma casa que têm e que vale ...quase zero, um valor de 1 000 000 € ou mais. É tudo engenho e arte: lá está a teoria de que falava: A lei ou teoria económica das Bermudas, em senso comum a teoria da folha de Excel

Mas se dão prejuízo porque não fecha o GR estas ....coisas?. Por três razões:
1) se fecharem, tem o GR de pagar à banca ( porque deu garantias reais nos empréstimos )
2) porque não tem dinheiro para as fechar ( fica mais "barato" continuarem, chama-se a isto a lei do empurra com a barriga )
3) para colocar os imprestáveis, aqueles que nada fizeram/fazem, mas que ajudam a baixar a taxa de desemprego da Região e ganhar as eleições.
A economia é extremamente útil como forma de emprego para os economistas, John Galbraith
Agora o todo.( continua daqui a 4 dias )

Dire Straits, Money for nothing, para acabar em beleza esta primeira lição de economês sumidês