Cascais: entretenimento do Eduardo Jesus

Crescer não cresce e para aposta séria é preciso substituir toda a pista.
Não faz nada de útil e prático mas está sempre na comunicação social, isso é que é trabalhar. Eduardo Jesus lembrou-se do Aeroporto de Cascais, é agora que algo lhe vai dar certo? NÃO!

O problema da Madeira é aqui e não lá. Se arranjarem 1000 aviões para vir para a Madeira e estiver inoperacional vai tudo para trás. Portanto, o plano de contingência deve ser sério e não uma lista de hotéis com vagas. Implica infraestrutura, transportes alternativos, é preciso gastar dinheiro.


Mas vamos para Cascais, é vocacionado para voos privados e tem uma escola de pilotagem. O aeródromo de Cascais só serve para aviões pequenos, como os da Binter e jactos executivos. A Madeira não perde passageiros por causa dos atrasos de Lisboa mas sim pela inoperacionalidade do seu aeroporto. Arranjar solução para Lisboa não resolvendo o Funchal só de doido! Os voos andam atrasados em Lisboa, só isso, e depois vem a inoperacionalidade do Aeroporto da Madeira. É Secretário do Turismo da Madeira, limpe a casa e os empecilhos primeiro para poder acentar uma estratégia comercial.

Cascais não pode ser expandido porque tem área urbana à volta e, 2 km a norte, o espaço aéreo pertence aos militares, é uma das áreas de treino deles. A pista teria de ser toda refeita para poder albergar aviões do tipo A320 e o problema nem é tanto o comprimento (1700 metros) mas sim o chamado PCN, o peso que ela pode receber. Não estou a ver despenderem os milhões necessários para isso só porque o GR gostaria e não percebe nada das limitações de Cascais. Há mais assuntos mas, são privados e não mencionarei, relativamente à exploração de Cascais. Cascais nunca passará de um pequeno aeródromo.


Para calar a malta, Eduardo Jesus observa que vão fazer obras. Espera lá, quer dizer que queremos ultrapassar as contingências das obras no Aeroporto Humberto Delgado e ter uma alternativa enquanto o Montijo ou outro que não sai da gaveta e aposta-se em obras no de Cascais. Homem, qual a diferença? Espera na mesma.
O Eduardo Jesus é muito importante, até já fez a TAP mudar as facturas para se adaptarem à solução dele, depois as tarifas começaram a escaldar. Pode ser “importante” mas não deixe o ónus sobre os madeirenses, o problema é que quem paga são eles e não Eduardo Jesus porque o GR paga as suas viagens.

O que há em Cascais que faça um madeirense aderir à ideia, imaginando que temos aeroporto e voos? Serão voos baratos para depois pagar o resto em transportes terrestres? Para passar naquele entupimento permanente da IC19 mas também da A5 e N6? Para vir de comboio com 15 paragens para cá e 16 para lá, uma mudança de linha e saltar no Cais do Sodré? Qual a solução robusta de transportes que existe desde o Aeroporto de Cascais para vazar passageiros para Lisboa? Já temos inferno, não precisamos de mais!

Mas, a solução Cascais de Eduardo Jesus é para o madeirense que vai a Lisboa, nas circunstâncias descritas, ou para turistas que nos visitam? O Turista chega ao Humberto Delgado e pega num transporte (como os atrás descritos) para o Aeroporto de Cascais? Vão fazer escala mas depois vêm para a Madeira? Não temos já como vir com o avião completo do destino para a Madeira? Que complicação. E o madeirense que tem de ir para o estrangeiro aceita isso? Claro que vai comprar passagem do Funchal para um hub na Europa com mais ligações em vez de se entalar em Cascais. Isto não funciona mesmo com ligação simples do Funchal a Lisboa ou vice-versa. Quantos estão interessados naquela área específica de Cascais?


É preciso apostar no Plano de Contingência para além de uma gestão de quartos. É preciso gastar dinheiro, sabemos todos que é disso que se arrepiam. A pergunta é esta, se não vale a pena apostar no principal serviço da região, o que vai valer então? O betão para construir mais hotéis?

Cada dia de previsão meteorológica (ar e mar combinados ou não) geram necessidades diferentes num Plano de Contingência, hoje (5-12-2019) o Lobo Marinho não pode ajudar, não saiu devido ao estado do tempo. Temos que migrar para outra solução mais rápida e capaz de enfrentar outro mar? E há? Há, basta copiar mas as dicas são pagas … tanto incompetente com tacho e se dar dicas? Devemos encurtar para Caniçal? Sim, mas isso é dado adquirido por muitos, para encurtar tempos.


Reparem no seguinte, desde ontem que se sabe que hoje a programação de voos estava largamente cancelada pelas condições meteorológicas, o que significa que, desde ontem, se poderia reprogramar voos para o Porto Santo se houvesse transporte disponível por via marítima ou se garantisse a capacidade hoteleira. A hotelaria está em parte fechada (os maiores) no Porto Santo, há que trabalhar na solução se temos hotéis. Do navio já falei. Este modelo assente na reprogramação antecipada pode gerar oportunidades ao Porto Santo, até porque o clima não vai para melhor. O Governo Regional teria de investir no Porto Santo até porque da parte da ANA esse compromisso seria instantâneo. O problema é que o GR não quer apostas sérias no Porto Santo, é domínio do interesse dos lóbis.

Outra situação que é preciso interiorizar, quando um avião diverge para o Porto Santo, da rota Lisboa – Funchal, é dada a opção ao passageiro de ficar ou regressar. Normalmente, metade fica porque está de férias, a outra metade regressa, numa boa parte passageiros com objectivos fixos e por pouco tempo que ficam inviabilizados. Perdem tempo mas recebem o dinheiro da passagem de volta. Nesta situação é preciso dizer claramente isto e para todo tipo de passageiro:

Estes não deixam de vir a Madeira por causa do aeroporto mas sim por causa da má experiência. Por não conseguirem conter ou serem apanhados numa situação de caos, hotéis a exagerar no preço, aeroporto com pessoas a dormir no chão. Esse é o trabalho de casa de Eduardo Jesus que não está feito!


De onde sacaram este Secretário do Turismo que quer silenciar todos os que lhe observam a fraca capacidade de governar nesta matéria? Caro Eduardo Jesus, você não está capaz do lugar que ocupa e tem uma equipa que não dá resposta. Esta só poderá ser dada com gente com conhecimentos e humilde. Abandone de novo. A Madeira não é destino de aeródromo de interior, com o devido respeito, ainda por cima sem capacidade de crescer para ser opção, nem enquanto infraestrutura nem de localização com vias comunicantes.

André Barreto, estão de facto loucos, mais … também cegos. Que seja o que Deus quiser, de Jesus já se sabe com que se conta.
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