terça-feira, 30 de abril de 2019

Definir democracia #2 de 3


A segunda publicação de 3, com um vídeo que complementa o anterior, onde observamos uma outra forma de interpretar a Democracia, num dia muito particular com um Golpe de Estado que está a decorrer na Venezuela.

Parte #1 (Link)


Um tacógrafo para o GR


O Governo Regional adiou a obrigatoriedade do uso dos tacógrafos para o final deste ano na região. Depois da directriz da União Europeia, da legislação e implementação nacional, a Madeira deu mais algum tempo aos proprietários dos seus veículos pesados de passageiros e carga para instalar o tacógrafo que, como se sabe, é um equipamento que regista no veículo o seu tempo de uso e do seu motorista, a distância percorrida e a que velocidades fez os percursos, entre outros pormenores.

A União Europeia obrigou desde logo (Maio de 2006) a equipamentos digitais para evitar a violação dos registos originais. Vamos em 2019, 13 anos depois a Madeira está muito atrasada e dá-lhe tempo em questões de monitorização da segurança do que vai pela estrada quando nós comuns condutores vemos exageros, sobretudo nas vias rápidas.

Uma perspectiva é a legal, conferida pelas leis, outra é a segurança que deve estar sempre presente e é uma responsabilidade para gente de bem. Não se sabe se para facilitar a vida de protegidos, basta ver a quem pertencem os pesados de mercadorias ou passageiros, se para surgir algum apoio à sua instalação ou a aguardar por alguma empresa que se instale para dominar o mercado. O facto é que se adiou, uns são responsáveis, outros não. Uns trabalham com consciência e outros pela legalidade. O que se sabe é que adiaram e, se a empresa proprietária do autocarro de turismo acidentado no Caniço tivesse acolhido os facilitismos estava hoje em boa alhada. Fica desde já um elogio à SAM.

Efectivamente, o autocarro de turismo tinha condutor reconhecidamente profissional, guia popular, teve socorro e assistência elogiada mas bastava o autocarro não ter tacógrafo para a vida, que já anda para trás, estivesse ainda pior. Peritos, seguradoras e acidentados, possivelmente colocariam em maus lençóis a empresa proprietária do autocarro se o equipamento não estivesse instalado. Parece ironia mas, apesar de legalmente estarmos atrasados por culpa de políticos e governantes, a sociedade civil foi, neste caso, responsável e o autocarro de fábrica trazia os obrigatórios cintos de segurança e o autocarro tinha tacógrafo. Foi um acidente "perfeito". Apesar do azar, não há por agora ponta que se pegue.

Aguardemos pelos resultados da peritagem, nomeadamente sobre a manutenção, a instalação de peças originais, etc. Com este breve texto há só uma parte que falha, o Governo Regional, para o qual se pede um tacógrafo para andar no rumo e velocidades certas e evitar suspeições.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Não confiamos em ti, Alberto João!

Crédito: imagem DN (Link)

Alberto João Jardim diz que confia na Cláudia (link) ... Tudo isto é de uma hipocrisia e uma falta de rigor atroz.

Senhor Presidente, eu conheci a Cláudia quando ela trabalhava de forma precária na Secretaria do Turismo, situação que se manteve por anos e que acabou com a sua saída.

Quando o seu pai faleceu, nem o senhor Presidente, nem ninguém do seu Governo esteve presente. Foi penoso ver a falta de respeito para com o falecido e a sua família.

A Cláudia subiu a pulso na JSD e teve a sorte de uma lei que exige a paridade nas listas, tudo o resto são fantasias e aproveitamentos de acontecimentos avulsos, para criar uma "estória" mentirosa.

Se a Cláudia hoje está muito bem, deve a si mesmo e não ao senhor Presidente. Se a Cláudia é boa eurodeputada, deve-o a si, porque na altura do senhor Presidente ela nem servia para funcionária da Secretaria Regional do Turismo e acabou a trabalhar no Grupo Porto Bay ...

Se há pessoa que confiou na Cláudia e apostou nas suas qualidades, foi o José Pedro Pereira, na JSD, e foi graças a ele que ela teve as oportunidades para demonstrar o seu valor.

Podemos até confiar na Cláudia, não podemos é confiar em Alberto João Jardim.

domingo, 28 de abril de 2019

Definir democracia #1 de 3


Em 3 publicações vamos observar uma outra forma de definir Democracia, concluindo na última com o caso particular da Madeira, que não é caso único mas tem as suas particularidades ...


A minha é maior do que a tua ……



Em geral, chamamos de destino às asneiras que cometemos, Arthur Shopenhauer
Falo em asneiras, claro. As últimas semanas foram exemplares na forma e no conteúdo pelas mais diversas fontes "naranjitas" na criação de asneiras e respetiva banalização. Existe uma espécie de concurso regional de asneiredo e este desgoverno e muchachos, estão lá em peso. É difícil escolher a melhor das piores ou a pior das melhores. 

Mas as asneiras, também podem ser divertidas, podem ser acompanhadas de pós de má educação ou mesmo de palhaçadas. Repito, é difícil escolher o campeão. E escolher por escolher, comecemos com um .....
Homem velhaco, três barbas ou quatro, Provérbio Português
Verbo de encher
Depois da "dúvida arábica" do vou, não vou, estou em contacto, perdi o passaporte.... MA lá chegou à Madeira. A tempo do início das aulas, claro. Uma canseira. Mas o nível de autismo do antes e depois do Dubai, foi mantido (Ufaaaaaa!!!! ) e a asneirice continua no nível do costume. Baixa, rasteira, medíocre.

Foi na sessão do 25 de Abril na ALRM ( a mania de se tirar o “regional” …. que estes moços têm ). Entre as pérolas debitadas de asneiras rascas, MA, regurgitou (em português safado, chamou o Hilário para alguns, vomitou para outros ) estes cravos e piadas de mau dizer.  1) para MA, o 25 de Abril foi feito “….para, em vésperas de eleições, se dizer a verdade…”; 2) “….nós temos um grande investimento (na Saúde ), ao contrário do governo da República….”; 3) “…as listas de espera [na Região] são transparentes, tal como os exames…”; 4) “….metem-se nas redes sociais as maiores mentiras e difamações …”. E mais cravos poderiam ser regurgitados. MA adubou o intelecto nas Arábias. Na forma e conteúdo parece estar igual, mas melhorou aparentemente a velocidade média de verborreia da asneira. Esta calcula-se pelo numero de asneiras que MA debita, pelo numero de vezes que a boca se lhe abre. E quando se abre muito a boca...... sai asneira, ou mosca. 

Dá náuseas este discurso, porque e à que dizê-lo e em letras grandes: Miguel Albuquerque continua a mover-se num mundo só seu, onde só vê o que quer e portanto INVENTA, DETURPA, MENTE.
INVENTA quando diz que as listas de espera na Saúde são transparentes. Note-se, já não são estáticas ou dinâmicas, são transparentes. Muda a forma do discurso, mas mantém a opacidade do costume. O dinamismo da transparência das listas de espera de MA, é muito parecida com a viscosidade de uma pastilha elástica. Estas listas  são  moldadas conforme a boca e a língua que servem, não têm começo nem fim,  escondem buracos, tiram-se de buracos, fazem balões e escondem burlões e até dão para passar de boca em boca. Incrível. Uma Saúde chiclete, elástica. estica, encolhe, foge, muda.... dá para tudo, esconde tudo.
DETURPA quando fala na TAP e no preço das viagens. Elas são caras, mas se o seu governo se deixasse de “chicos espertismos” ( não foi Eduardo Jesus ? ) teríamos apenas o povo a pagar o valor do subsidio e não como sucede agora, pagar a totalidade e depois é que recebe o excesso. 
MENTE e para isto basta ler o DN Madeira, dia 23 de Abril “SESARAM diz não ter dinheiro para radiofármacos” e ver os números do orçamento da Saúde, que diminuem, desde á 3 anos. E já agora o discurso de MA na ALRM no 25 de Abril. Temos polítíco a mentir até ás vésperas das eleições. Já agora uma dúvida, quando é a véspera de eleições para MA ? Isto é, quando deixa de mentir ? É apenas um dia antes ?
A homem ocioso e mulher barbuda, de longe os saúda, Provérbio Português
Mas MA tem outras habilidades. É ILUSIONISTA, quando diz que as contas da Região vão bem ( para sua informação já têm desvio negativo de cerca 4,5 % em inícios de Maio ), é MAROTO quando para justificar os seus erros fala nos erros de outros e ABORRECIDO quando de novo vem com a teoria do “neocolonialismo” de Lisboa, a separação..... Enfim é MA em toda a sua absoluta e santa desfaçatez ... que lata.

Continuamos com galo. Passemos a outra figura, que como os todos os galos, de cérebro têm e parece ter … pouco. Por isso vou chamar-lhe ...
Homem pequenino, embusteiro ou bailarino, Provérbio Português
O Homem de palha
De seu nome Medeiros Gaspar. Esta pessoa que nada fez na vida que não ser ascender a deputado, ter encontrado a sua no Tinder do PSD-M e dos jotas e que administra(?) o hotel do sogro, escreveu no pasquim do regime um artigo chamado “andam a roubar as nossas galinhas….”, com o intuito, digam lá todos, MAIS UMA VEZ (bravo, bravíssimo) de dizer que o Governo da República, desta vez o do Costa socialista, não baixar os juros do empréstimo da Madeira, enquanto os do Continente estão a descer no mercado. Depois supostamente compara um francês, que  ajuda, diz ele !!!!!!!, a República nas casas de ratting ( por 145.000€/ano ), com a Orey Finantial, que faria a mesma coisa para este desgoverno !!!!! (mas por quase 4.000.000€ / contrato / ano 2019). Eu até percebo Gaspar Medeiros. Nesta Madeira "naranjita" faz-se sempre tudo "à grande e à francesa". O que é isso de 3,500,000 € de diferença? São peanuts, para os cofres de uma Região rica em empobrecimento, rica em maus governantes e rica em contas mal paradas e despesas não justificadas.

O sonho dele e do desgoverno que apoia, é estarem numa república de bananas. Por isso desvalorizam o que o Tribunal de Contas escreve e anuncia. Aliás, para estas mentes, as medalhas e comendas da Região não vão para quem faz melhor, vão sim para quem faz pior, uma casa de segredos e de barbaridades. Miquel Albuquerque, Calado, Dantas, Lourenço, Ramos, Valleys, Sousas ... não têm culpa. Foram criados assim. A desbaratar o dinheiro dos outros e a guardar muito bem o seu. O novo herói deles, depois de Jardim, é Berardo, o Joe. O Joe da garagem, que têm em comum o sempre viverem com o dinheiro dos outros, gastando o que não é seu, mas de todos.

É compreensível estas asneiras para Medeiros Gaspar, foi enformado na jota naranja da Madeira, onde se aprende a pensar que o que "o que é meu, é meu e o que é teu é nosso". Por isso afirma naturalmente e fá-las naturalmente, não é sogro? E os problemas são sempre resolvidos de acordo com o diagrama ao lado "Como os naranjas da Madeira resolvem os problemas".

Passemos então para a próxima criatura que alia a boçalidade com a palhaçada e também aspira a ser .... advinharam, homeopata, mais um médico (depois de Marques-boy, Tomásia, ... ) este de produtos naturais. Adivinharam, estou a falar no ilustre deputado ...
Eu continuo a ser uma coisa só, apenas uma coisa - um palhaço, o que me coloca em nível bem mais alto que o de qualquer político, Chalie Chaplin
Palhameco ( = Palhaço + médico )
Carlos Rodrigues. Em artigos publicados na Gnose, já falei deste deputado, ótimo gestor de dinheiros alheios, um faz-tudo em política, até no alto débito de mediocridades. Não sabia é que ser palhaço e médico era também o seu sonho. Aliás estes naranjitas, aspiram a tudo, suspiram por tudo e aspiram tudo. 

Recentemente no plenário da ALRM disse que a oposição devia “tomar pau de cabinda”. Ora aí está, é palhaço quando pensa que aquilo tem piada. Mas também é médico, pelo menos de produtos naturais, quando receita pau de cabinda. É um dois em um: Palhameco. (Ahhh e já sabemos o que usa em casa, naturalmente).  No vídeo que circula nas redes sociais, também se vê um totó gordo de gravata vermelha a rir, (a ejacular ???? ) porque naturalmente deve perceber daquela poda. Só pode. Deve ser o pau de cabeleira de Rodrigues.

Já agora, os tempos em que o Ramos pai e Jardim faziam daquela ALRM, com o fechar de olhos dos sucessivos presidentes da República, um circo já acabou, penso. Estes renovados, honra seja feita, tentaram outra imagem, mas infelizmente naquele PSD-M continua a badalhoquice. E os palhamecos imperam. E estes palhamecos ainda não se perceberam do ridículo que fazem aos olhos dos portugueses. Talvez percebam agora porque é que Jardim nunca foi Presidente de algo nacional ... É que ninguém confia em badamecos, perdão, palhamecos. E Jardim, foi sempre a anedota nacional. Era "porreiro", mas nada confiável. 

E podia continuar ...
... com a Tomásia, que "tomásia" vá para a rua do SESARAM, que continua a desdizer-se (neste caso com um dirigente sindical e uma médica que o motorista da camionete acidentada pretendia que o visse, ao arrepio do bom senso e legalidade );
... dos professores que saem em protesto da ALRM ( ???? )
... do Calado e o protecionismo à AFA (bom empregado, sim senhor) e quando diz que coordenou embaixadas???? no seu artigo no DN Madeira (foi por isso que MA nunca teve hipótese de ter um novo passaporte diplomático ou então …. não coordena e a boca fugiu para o ….. desleixo):
... Já que Ministro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador estiveram aí, lembremos Merkel quando deu a Madeira como exemplo de uma região que usou mal os fundos estruturais e cito “… serviram para construir túneis e auto-estradas, mas não para aumentar a competitividade.” Calado não ouviu ...
Tudo o que peço aos políticos é que se contentem em mudar o mundo sem começar por mudar a verdade, Jean Paulhan
Fico apenas por mais estes dois importantes apontamentos

Diletus
Calado passou os Cuidados Continuados para a Vice-Presidência. 3 meses depois, a Diletus teve um Jackpot de 4,5 milhões de euros até ao final do corrente ano. Porquê e em que condições? Para os patrões? Para os familiares do patronato? ... ou mesmo para pagar divídas? ... ou foi para colocar amigas e amigas ?

Marques Mendes
Calado deve estar feliz porque o mini  Mendes o elegeu na SIC como figura da semana. Deu jeito. E está em boa companhia. Reparem, constituem a companhia dos investigados pela policia e justiça portuguesa e uns mais do que outros, são quase, mas quase, arguidos. Mendes com Coimbras nos fundos das empresas ambientais e Calado ... não lhe tiremos a surpresa. Já agora, reparei que o presidente da ALRM de seu nome Tranquada Gomes, foi julgado e condenado no processo do Banif. Ter um condenado a presidir a ALRM, só lhe dá, à ALRM, ainda mais prestigio. O mau. Naturalmente … não se demite. É um herói, que se junta à vasta galeria de arguidos, condenados atuais e futuros destes desgovernos. Foi um fartar vilanagem e agora vão pagar pelas tropelias cometidas. 

OBS.:
Para “os amigos” do costume, com as suas mensagens e preocupação pelo meu bem estar, uma palavra: estou disponível para debater números, situações, misérias, ponto por ponto, assunto por assunto, estrutura por estrutura, em qualquer lugar e sitio, desde que seja em terreno neutro. Concordo que escrever, por escrever é mau, daí esta minha disponibilidade, naturalmente. Quem não deve, não teme. Não, não, invento, apenas escrevo sobre o que se lê e sabe públicamente e faço ...contas. Não as de sumir, estejam certos. 

Já que começamos em asneira, acabemos em asneira. Aqui vai uma música, boçal, concordo, mas de asneiras. Estão como viram na ordem do dia.


sábado, 27 de abril de 2019

Editorial: empenhados no interesse colectivo









conhecimento (Gnose) só se alcança com a contribuição de todos e já Einstein dizia que a mesma experiência produz o mesmo resultado, um belo alerta para a existência da pluralidade na Democracia porque, caso contrário, deixa de o ser.

Alguns comentários no Facebook sobre a Gnose concebem-na como anti-poder, quando apenas quer transmitir conhecimento para que as pessoas decidam em liberdade na sua vida pessoal e na Democracia. Esclarecendo sem pruridos, credos, ideologias, etc, o conhecimento é ciência e não estados de humor, sentimentos ou emoções.

É evidente que este discernimento é ofuscado por um ambiente totalmente politizado que não concebe discussão sem intenção a esse nível, a atmosfera é crispada, fragmentada e de represálias tácitas. Sabemos em que contexto estamos mas refutamos participar. Considerem a Gnose como uma forma de alcançar um denominador comum que nada se revê na nossa realidade social e política. Queremos mais, melhor e diferente. Produzir novas experiências.

As verdades mudam conforme avança o conhecimento ou amadurecem as ideias, poderá haver algum texto totalmente descabido (por ser antes do tempo) mas que no futuro se revelará como conteúdo de valor de alguém bem informado. Alguém que junta pontas, A por B, 2 +2, qual modelo meteorológico que antevê o estado do tempo que se vive até a política.

A Gnose quando aborda política, um tema dos imensos, tem por intenção focar-se nas evidências, não na gincana política que envergonha e isola os madeirenses. A estatura política de parlamentares, governantes e autarcas deveria ser outro mas é evidente que o madeirense escolhe do que se apresenta a votos e aqui entra a pergunta do porquê tanta abstenção. A política não corresponde aos anseios dos eleitores. Se a opinião da Gnose promove influência política, positiva ou negativa, o melhor será averiguar as razões que levam a isso tal como o deveriam fazer com a abstenção. A Gnose não é partido político, é de cidadãos livres que emitem opinião. Cidadania Activa que emite opinião quando a larga maioria prefere o silêncio por medo, a condescendência, o comodismo e cumplicidade ou afastamento.

No tema política, um em imensos mas que tanta efervescência traz, o objectivo da Gnose é conter, sem pruridos, a opinião de todos, da extrema esquerda à extrema direita enquanto válvula de escape para não atingirmos os extremismos e os radicalismos ... que já se notam.

Não é democracia sonegar a opinião de quem quer que seja. A democracia existe para se escolher os melhores e neste momento estamos na sua crise promovida, por um lado, pelos partidos que tradicionalmente estão no poder a governar para lobbies, privados e de ora em vez a praticar uma caridadezinha, quanto baste, para contentar o eleitorado. E se isto é verdade, não é menos verdade que do outro lado existe uma mão cheia de nada. A cada campanha eleitoral confirmamos que não há ideias mas sim instintos de abater de forma gratuita e obter poder.

A Gnose não é de ondas nem parcelar, assim seria igual aos outros e, sinceramente, só não é mais variada porque o madeirense tem muitos egos e não sabe competir, alguns não participam se outros estiverem, não se entende como querem debate sem contraditório. Serão alguns ditadores com a sua verdade? Do que diferem dos outros? Não se percebe sobre o quê vão falar se não existir oponente com outras ideias. Seria o marasmo.

Parece que o momento, por ser de forte contestação a uma força política, torna a Gnose aos olhos de alguns, como sendo mais um espaço do contra. A Gnose não é contra, é livre e de todo e de muito contraditório que explora as ideias e a inovação.

Depreciar a Gnose, gratuitamente, enquanto espaço livre de opinião só existe por desejo de usá-la como veículo para atingir objectivos pessoais quando nos devemos cingir à verdade num futuro para todos. De hoje para amanhã, os instintos repetem-se com "outras moscas" no mesmo sistema e atitudes. Parece que o mesmo modelo desde que seja a favor de alguns já passa a ser óptimo.

Muitos dos que agora não concordam com a imparcialidade, se perderem a razão escondem-se e renovam a opinião. A Gnose não tem esse problema, é um espaço aberto, um eixo. Estaremos, por ventura, a tomar conhecimento sobre a enfermidade da democracia e também do sucesso dos medíocres? Se "comemos" o que nos dão e não exigimos melhor é o nosso futuro colectivo que está em causa. Não tenham dúvidas que os ardilosos estarão à espreita para se aproveitarem das fraquezas e, se há situação que desejam, é de fracos a fazer a corte porque a exigência é uma maçada ... a par da obscuridade de muitos objectivos pessoais ou compromissos.

Se desejam ser respeitados, respeitem. Se desejam ser considerados, destaquem-se. Se desejam credibilidade, sejam coerentes e permanentes. Vençam o debate, a democracia não é de monólogos. Se discordam, apresentem argumentos. Essa é a natureza da Gnose e não de qualquer outra quando não concordam. E, nunca esquecer Einstein, mesmo mudando os cientistas, a mesma experiência produz o mesmo resultado.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

David Justino e a política educativa

O facto de uma pessoa ser professor universitário e de ter sido ministro da Educação não lhe confere, automaticamente, competência e reconhecimento público, no plano científico, para falar sobre este complexo sector. Sabe-se como é que, genericamente, alguns chegam a ministro ou a secretário de Estado. A fidelização partidária é determinante. E sabe-se, também, como há gente convidada para isto e para aquilo, conferências, encontros, seminários, eu sei lá, sem nunca terem deixado uma marca distintiva, através daquilo que escrevem(eram) ou, então, na sequência de uma passagem pela governação. Vem isto a propósito do Professor Doutor David Justino. Um Economista, depois doutorado em Sociologia, que foi ministro da Educação entre 2002/2004 (Durão Barroso) e que, há dias, teve um desabafo partidário, absolutamente deselegante, inapropriado e completamente desenquadrado para quem é professor e foi ministro da Educação. Eu diria que o partido cega!  

Como evitar o desinteresse?
Em uma fase de negociação com os elementos das organizações representativas dos Magistrados, o vice-presidente do PSD, David Justino, disse: "(...) A ministra esteve a negociar quanto é que vai receber quando sair do governo". A Drª Francisca Van Dunem, Jurista, ministra da Justiça e ex-Procuradora-Geral Adjunta, devolveu com uma simples frase: "O autor da afirmação está, seguramente, a julgar outrem à luz dos seus padrões comportamentais". E ficou-se por aí.

Sobre o que declarou, passo à frente. Mas serve para dele eu ter uma leitura política. O Professor David Justino foi ministro dois anos e presidente do Conselho Nacional de Educação, neste caso, não sei bem por que artes. De uma coisa sei eu, é que não deixou, nos dois anos que passou pela pasta da Educação, qualquer registo que mereça ser olhado com respeito e admiração. O esquisito disto, ou talvez não, é que se trata de uma figura muito requisitada, como se não existissem académicos com vasto currículo e professores com pensamento e trabalho científico produzido relativamente ao sistema educativo. Ora, é esta figura que irá estar, uma vez mais, na Região da Madeira, agora, entre os dias 9 e 11 de Maio, no quadro da "Escola do Século XXI", tema do IV Seminário de Educação, promovido pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos. 

Quando li o que se segue, interroguei-me, como pode ser conferencista sobre a Escola do Século XXI um político que defendeu, em Janeiro de 2019, que a Educação deve, repare o leitor, "(...) contrariar o fetichismo tecnológico" e rejeitar a tecnologia como "solução mágica" para tudo, contrapondo que deve continuar "assente em relações humanas". Não bate certo, porque uma coisa, a tecnologia, não é fetiche educativo e não impede a outra, o acto pedagógico, que deve ter sempre o professor como mediador !

Aliás, ainda bem que o disse, porque clarificou o que dele penso e aqui escrevo, quando confessou à plateia, a sua, por vezes, "visão excessivamente conservadora em relação à escola" que o levam a rejeitar soluções disruptivas e utopias". Utopias, questiono? Ainda ontem o Senhor Presidente da República foi claro no discurso do 25 de Abril: "(...) a História faz-se sempre de programas, ideias e de sonhos impossíveis". Portanto, ao contrário do que disse, viva a disrupção, viva o rompimento com o passado.

Perante isto, confesso, tenho dificuldade em perceber o Professor David Justino, enquanto pensador, ele que é assessor do Presidente para os assuntos sociais, mas preocupa-me que venha falar para uma plateia de professores. Espero, no mínimo, que seja igual a si próprio, pois consultando múltiplos registos, as notas dominantes que li são marcadas por afirmações em um determinado sentido e quase o seu contrário em outros momentos. O professor David Justino, julgo eu, ainda é Professor Universitário. Respeito que tenha uma opinião conservadora, desajustada do mundo que estamos a viver e das crianças e jovens que nasceram rodeados de tecnologia, porém, por uma questão de elegância e de respeito pelos seus pares, seja qual for o grau de ensino, nunca deveria assumir, por exemplo, com a precisão de um relógio suíço, que "25% dos professores são excecionais, 60% dos professores são bons e 15% dos professores nunca deviam ter entrado" no sistema de educativo. Os professores que estarão presentes na iniciativa "Escola do Século XXI", deveriam questioná-lo: o Senhor Professor vem falar para quem, para os 15%? É que nos 15%, certamente, estão muitos desajustados com a escola dos Séculos XIX e XX e, por isso mesmo, são considerados maus professores.

Aliás, no programa "Fronteiras XXI", da RTP, transmitido a 04.10.2017, subordinado ao tema "Que Escola Precisamos", no qual participou o Professor Joaquim José de Sousa, da Escola do Curral das Freiras, assisti à diferença de conhecimento prático entre o Professor Doutor David Justino e o Professor Joaquim Sousa, no que concerne ao funcionamento de uma escola do Século XXI. O programa está disponível na RTPPlay. Ora, quem sou eu para tecer considerações sobre as opções dos organizadores, mas tendo, na Madeira, um professor com experiência e resultados, humildemente o digo, que seria de todo muito mais interessante e motivador para uma plateia de professores escutar a voz da experiência sentida e vivida, a tal utopia, o tal direito ao sonho, relativamente a outro que se mostra mais vocacionado para a defesa da escola do passado do que para uma escola portadora de futuro. Aliás, ressalvo, em iniciativas anteriores e mesmo nesta, é justo sublinhar o convite dirigido a figuras de relevantíssima importância na Educação.

Finalmente, são palavras do Professor David Justino: "precisamos de políticos mais qualificados na educação". Concordo. Na Madeira existem vários, embora silenciados. Percebo. Partidariamente, não interessam. Até são perseguidos. Só que a Educação deve dispor de uma visão POLÍTICA e não PARTIDÁRIA. O Professor David Justino que foi militante do Movimento da Esquerda Socialista, "emendou-se", dizem, com humor. Daí que seja o orador de serviço, embora, com toda a certeza, pelas suas posições anteriores, não traga na bagagem nada de substancialmente novo. Se eu estivesse na Madeira, inscrevia-me para escutar o Professor Pepe Menéndez: "(...) O problema do ensino é que é muito aborrecido. Nós mudámos o olhar (...) Pode parecer um pouco naïf, mas o modelo é mudar o olhar. Em vez de ver as coisas de perto, abrir os olhos e tentar ver o que no século XXI pode fazer crescer uma pessoa num ambiente de globalização, tecnologia, com tanta incerteza. O filósofo [Zygmunt] Bauman fala de um mundo líquido. Neste contexto, como posso ligar-me ao coração dos alunos, à sua motivação?" Esta é a utopia e a disrupção face às quais o Professor David Justino coloca reticências.
Ilustração: Google Imagens.

Sentido de Estado ...onde?

Falta de sentido de Estado é isto! 
  • É escolher  candidatos que não sabem onde estão nem para onde vão;
  • Falta de sentido de Estado é apresentar um candidato para defender interesses de outros e pouco as necessidades reais dos Madeirenses;
  • Falta de sentido de Estado é manipular e ser manipulado;
  • Falta de sentido de Estado é não ter interesse pela Região, é uma candidata imposta, (quiça por interesses privados) a preencher tempos de antena onde raramente fala da Europa e do projecto que tem para a Madeira na possibilidade  remota de ser eleita no próximo dia 26 de maio;
  • Estamos muito mal de política séria, pouco se trabalha para a Madeira mas muito se trabalha para os interesses de fulano e beltrano, daí ser  natural a abstenção porque os jovens estão atentos e os velhos são espertos, a dispersão de votos é natural;
  • Naquele debate promovido pelo JM ( que dá uma no cravo duas na ferradura, só porque agora é moda), Sara Cerdas deveria ter vencido, para impor a sua imagem, e mostrar a (suposta) força do  partido que quer, para além do burgo, tomar conta da ilha. Demonstrar ainda, que não foram, em bom madeirense, "relesinhos"  com  Liliana Rodrigues, vencer  Cláudia Aguiar e se distinguir das terceiras figuras ou figurões. E o que vimos? Zero!!! Fraco discurso, lição não estudada ... !!
Diz o ditado que "mais vale 1 pássaro na mão do que 2 a fugir". Se a Madeira já lá tem uma "avezinha" com muitas probabilidades de lá continuar, com algumas provas dadas, os madeirenses serão inteligentes quanto baste para utilizarem o voto útil.

É isto que o PS tem para dar e melhorar? (e agora deixo-vos com um arroz de lapa à minha espera)


quinta-feira, 25 de abril de 2019

A nossa Autonomia é um macho

Ando a pensar se a nossa Autonomia foi imaginada como algo semelhante à Vénus de Milo… Basta ver a estátua que lhe fizeram e que foi colocada na Praça da Autonomia.

Lá está ela qual Vénus renascentista, nua, casta, virginal, a sair de uma concha e a ser encantada pelo som do marulhar das ondas e a ser acariciada pela espuma do «mar imenso», como gosta de dizer o nosso nome maior da poesia portuguesa, Fernando Pessoa.

A nossa Autonomia não é o que alguns imaginaram ser uma Ninfa do cisne. Nestes tempos ditos de democracia está a ser, afinal, considerada semelhante a uma Maria Madalena, jogada no meio do chão. O másculo madeirense, como os fariseus do tempo do Senhor, ainda que cientes de bastas vezes se terem servido dela, não perdem um momento, a propósito ou a despropósito para atirar-lhe as pedras do martírio.

As tentações são imensas, e porque não… Aquela cabeça, aqueles peitos, aquelas pernas e braços tão firmes de carne completamente nua. Tudo um regalo para a imaginação fértil. O povo não é de ferro e passeios cerebrais é que não lhe faltam.

Mas, desenganem-se todos os que andam para já a pensar coisas e a ensaiar comentários brejeiros contra o autor deste texto ou outra pessoa que vos passe pela cabeça.

Não consigo imaginar a nossa Autonomia assim tão fêmea sedutora e cheia de encantos femininos para enlevar os desejos da libido do macho da Madeira.

A nossa Autonomia é mais uma virago, uma mulher viril, «uma macha-fêmea» ou uma «Maria rapaz» como diz o povo madeirense da mulher robusta, com comportamentos masculinos.

Mas, lá está ela, ali bem no centro da Praça da Autonomia, estátua símbolo da palavra mais badalada nos últimos 45 anos de liberdade, de 25 de Abril e de democracia.

Já vimos que a discrição não assegura que aquela estátua seja sinal de perdição da imaginação de quem passa diante dela, madeirenses e turistas. Seria preciso, em todo o caso, todos saberem o que pretende dizer aquela figura mulher/homem, destes últimos anos da Ilha da Madeira. Assim, também não é uma Vénus de Milo, nem muito menos Vénus renascentista, porque, diga-se sem rodeios, está a ser uma sirigaita que anda de boca em boca quando os paladinos da Autonomia falam dela se lhes interessa.

Vou ensaiar ainda mais um pouco o gosto para tentar desvendar este mistério da imagem da Autonomia. Para ser assim uma robusta figura, mestre Velosa quando esculpiu a «menina», bem devia estar a pensar no corpo másculo do Alberto João, eram os tempos áureos, em que governar era festa de noite e de dia. Lembram-se quantas vezes vimos o paladino mor da Autonomia desfilar de tanga no areal escaldante do Porto Santo e nas desinibidas folias dos famosos carnavais da Madeira Nova… Não esqueço e reconheço alguma utilidade ao que muitos consideraram ter sido um desvairado desnudamento.

É verdade, diga-se com toda a certeza, não podiam existir melhores modelos para inspirar qualquer mestre da arte de esculpir, para fazer o símbolo da nossa Autonomia. Este modelo que nomeamos. Mas também qualquer um dos outros que lhe seguiram e todos os outros que por aí andam, que nunca se cansam de balbuciar Autonomia para cima e Autonomia para baixo. Nós é que nos cansamos de tanto falar dessa tão bela donzela que perdemos.

Portanto, não é nada herético dizer-se que se imaginamos uma Autonomia sensível, feminina, cuidadora, que depois engravida, dá à luz filhos diletos, que os faz sorrir com as suas graças e mimos próprios de mães diligentes, tirem o cavalo da chuva, a estátua da Autonomia é feita à imagem e semelhança do nosso Alberto João, dos seus discípulos e de todos os que repugnam a liberdade para afirmarem uma guerra contra o vento, cujo canhão principal é um instrumento pervertido que se chama Autonomia.

Avião ambulância D-CJPG

Foto Enrico Tietze
Ontem decorreu a última transferência dos acidentados do autocarro com turistas alemães no Caniço. Um avião ambulância Learjet 35, com a matrícula alemã D-CJPG, recebeu a mulher que não se encontrava em condições para viajar aquando da transferência efectuada pela Força Aérea Alemã com o seu A310 hospital, o que indica melhorias no seu estado de saúde. O voo teve como destino Colónia, cidade do hospital que acolheu os primeiros sinistrados.





Foto La Roche Spotters

Madeira: tempo de Revolução

O Estado Novo foi o regime político autoritário, autocrata e corporativista de Estado que vigorou em Portugal durante 41 anos sem interrupção, desde a aprovação da Constituição de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
Na altura do 25 de Abril, pela Madeira, a informação chegava atrasada, eram outros tempos. Fomos tomando conta às pinguinhas e creio que isso afectou o nosso sentido crítico com a política. Para cada "deixa andar" surge uma ferroada mais forte ao estilo "ai aguenta ... aguenta". Daqui nasce a impunidade e se olharmos bem para a definição curta de Estado Novo lemos "autoritário, autocrata e corporativista". Se formos mais longe e alterarmos Estado Novo para Madeira Nova, e não ligarmos às datas, aposto que assenta como uma luva. Só há uma grande diferença, no nosso caso dizem que estamos em democracia e num estado de direito, o que revela um engenho tremendo e uma passividade de ficar incrédulo. Quanto medo, situação também associada às ditaduras. 

O PSD-M está no poder regional pela mesma idade da Autonomia, oficialmente registada a 30 de Abril de 1976, o que lhe confere mais permanência no poder do que a ditadura no Estado Novo e, todos os dias, fala como se tivesse ficha limpa e a pureza do primeiro dia.

Pela insondável cabeça de todos os madeirenses reside uma pequena pergunta que ninguém quer obter resposta, para não sofrer as consequências ... já. O que vamos descobrir sobre este regime quando cair? Naturalmente associada a outra pergunta proibida, que consequências de aí virão? É quase uma falsa questão por indicadores claros da nossa vivência diária. Sobretudo a proibida de se saber ou falar sem provas, o grande trunfo de quem prevarica mas esconde.

Diariamente, ocorrem formas de atrocidade que nos chamam de jumentos e nos conseguem remeter ao silêncio derivado das "actuações exemplo" para desencorajar a plebe. Normalmente, assumem-se como tentativas de aniquilar quem defende a causa pública, vistas no funcionamento da Saúde, nas perseguições da Educação, nos abusos dos dinheiros públicos e comunitários, etc, sempre por base o compadrio à volta do Poder Regional. Nunca se viu uma condenação mas durante o Estado Novo também não. Se houve momento em que tudo acelerou, sem pudor, nestes e noutros casos, foi neste mandato. As cópias foram ruins. Vimos de tudo. Está no embevecimento com o poder e na sensação de impunidade a base da actuação. Até as instituições fiscalizadoras e punitivas têm medo e o cidadão comum vê-se atado como no Estado Novo. Se alguém sequer observar é ameaçado com a Justiça, o que para muitos é algo cómico.

As atrocidades sobre as pessoas levam-nas à decadência e ao desprezo e estas provocam reacções onde a Justiça, tendo faltado à génese do problema, castiga de novo os fracos.

Pelos nossos dias ocorreu um episódio que, quando visto sem medo da autocracia e com o necessário distanciamento temporal, será narrado assim ...

Miguel Albuquerque, estando longe e a gozar umas merecidas férias antes das Regionais, só pode ter sido mal informado por um gabinete lambe-botas e, talvez pela sua situação, mais clara para ele e menos explícita para nós no contexto político-partidário, afrouxou na calmaria de que tudo está "controlado". Mais um.

Uma situação caracterizada por um autocarro acidentado, 29 mortos, turismo motor da economia e notícia à escala mundial, só tem uma leitura. A do regresso. Tal como qualquer Chefe de Estado o faz em momentos extremos, mesmo estando a decorrer Visitas de Estado. Temos tido exemplos vários, quando estes também têm Vices e outras linhas de comando. Fica a lição para ele e os vindouros. Os cargos implicam sacrifícios e não só benesses.

A situação confirmou-nos que Miguel Albuquerque vive mal informado, alheado ou convencido, o charme e as tiradas não são suficientes, sobretudo algumas atiradas ao ar sem fundamento e que ferem os que aqui estiveram. No contexto do acidente, quem "fez show-off"? "fotografias" de facto houve mas não no seu sentido pejorativo de aproveitamento político. Quem teve a responsabilidade de assegurar aos cidadãos um bom funcionamento dos serviços? Albuquerque foi recebido com condescendência e não sabe aproveitar, muitos irritados ficaram-se pelo humor, ele ataca não tendo argumentos nem moral.

O Presidente do Governo está em fuga para a frente. É impossível justificar com falta de lugares ou de ligações desde o Dubai, pode até pegar com os leigos mas quem conhece minimamente o mundo, é um abuso. 2018, Aeroporto do Dubai (DXB): o mais movimento do mundo em passageiros internacionais ao nível das ligações aéreas (ligações à Europa e desde aí directo para o Funchal ou por Lisboa, também servida). Nem me atrevo a sugerir o Falcon do senhor Presidente da República, sempre online, pelo estado das relações promovidas desde o congresso do PSD-M e porque depois estiveram de prontidão para os acidentados.

Quanto a sua habitual boca "para a fotografia", ela é exactamente a base estratégica para a sua tentativa de "renovação de imagem da Renovação", mais dócil e humana. Foi justamente com fotografias nas redes sociais que tentou vingar uma nova interpretação para a imagem que resulta da Governação. Arranjou fotógrafos e não políticos e a estratégia não teve efeito, até porque paralelamente não altera as razões da sua falta de crédito. Pode não reconhecer mas, a Miguel Albuquerque faz falta, nesta hora, todas as sombras que abateu pensando que ia criar um novo povo e seguidores à sua imagem e semelhança. Adoradores ou "adornadores". Trocou uva por parra.

Miguel Albuquerque teve um mandato pautado por ouvir conselheiros duvidosos, todos eles bem colocados mas ele mal servido. Miguel Albuquerque está autista, segue o caminho errado por convencimento próprio e porque está mal assessorado. Só a verdade pode imperar numa governação de sucesso, se cada um da equipa zela pelo emprego e pretende cair em graça, está a prestar um mau serviço. Pela importância destes lugares, não podem estar pessoas com a mente cravada com instintos  de sobrevivência por só terem aquela opção de emprego, de grupos ou outras limitações. Foi Miguel Albuquerque que escolheu a bajulação em vez de palavras duras mas sãs que o podiam corrigir em tempo oportuno. É altura de recordar como tudo foi em tempos na JSD-M. Com poder seguiu os seus instintos naturais e errantes, foi como desejou e consciente dos seus objectivos. Por esta razão e por iludir, magoar e vilipendiar que perdeu uma máquina e isso tem custos. A retribuição com a mesma indiferença. Destruiu uma escola e em troca trouxe o caos de novatos apalermados, todos investidos de importância e a corroer com iniciativas isoladas. Visam os seus egos e interesses mas não o sucesso global do PSD-M.

Quem obstinadamente não uniu o PSD-M foi Miguel Albuquerque e agora tem uma série de figurinhas da Renovação sem qualquer crédito para encarar as eleições, uma Opinião Pública irritada e um partido desfeito. Miguel Albuquerque introduziu o escaravelho no seu pretenso oásis e já poucas palmeiras restam para lhe dar guarida e ganhar consciência de que vai ter que atravessar o deserto. O oásis, mesmo depois da sua era, continuará enfermo durante muito tempo e sem viabilidade, a menos que do outro lado a fome também mate.

Politicamente, é melhor entregar a alma ao criador, está demasiado fragilizado para Setembro. O instinto sancionatório ao PSD-M é maior do que a lucidez para interpretar o adversário, até porque esconde o jogo que vai produzir uma Renovação 2 usando, como sempre, os instintos primários on/off do povo.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Perfilhados de medo

Portugal foi durante a longa noite de Salazar e Caetano uma sociedade em que o medo era um fardo pesado. O medo estava presente na vida dos indivíduos, entrava no corpo e subia pelas veias.

Aquela não foi uma noite qualquer. Foi a noite presa num círculo de ameaças. Foi a noite colada ao corpo de tanta gente. Foi a noite, uma atmosfera do medo, o silêncio vazio, gelado e imenso para tanta gente. Foi a noite dos dias preenchidos por receios diários e pavores noturnos.
O medo vagueava.


 “Perfilhados de medo” é um poema de Alexandre O’Neill que descreve a opressão fascista que quase durou meio século em Portugal. Publicado no livro “Abandono Vigiado” (em 1960), o soneto foi musicado e interpretado por José Mário Branco no álbum “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, lançado em 1971.

O poema dá-nos conta de como em Portugal havia a intrusão do medo. O medo pairava nas conversas; instalara-se nas escolas, nas igrejas, no associativismo, nos locais de trabalho; alastrara-se pelas ruas, pelos cafés. O terror e o medo, eram sentimentos que se insinuavam nas meias palavras, mas também nas pausas entre as palavras.

Em Portugal falava-se em surdina. Sussurrava-se.
Em Portugal vigorou um sistema de poder baseado numa teia de cidadãos vigiados e punidos por um sistema de controle (o estado policial), através da ameaça e da imposição da violência enquanto instrumentos de controlo social, através da força da institucionalização do medo como fonte da manutenção da ordem.

O medo assumia a função de princípio estruturante da sociedade, impregnado no imaginário coletivo e nos valores sociais. E o imaginário do medo cresceu na relação direta com o alargamento do poder simbólico do regime.

Os agentes da PIDE não tinham de estar fisicamente presentes para ameaçarem, eram vultos no coração dos portugueses.
O medo infiltrava-se.
Afinal, do que tinham medo?

Como escreveu Jean Delumeau: «O distante, a novidade e a alteridade provocavam medo. Mas temia-se do mesmo modo o próximo, isto é, o vizinho»[1]. O medo estava ao lado ou estava à frente, estava no vizinho, no forasteiro, no medo de si mesmo. O medo de não resistir à tortura. O medo de não estar à altura e denunciar. Falar.

Como se processou a disseminação das ideias do medo?
O que contribuiu para a inculcação do universo aterrador nas mentalidades?
Todos tinham já ouvido falar de alguém que fora ou era vigiado e interrogado, ou de alguém que fora preso ou torturado. Foi urdida uma teia de espírito permeável ao terror.

Formou-se uma cultura trágica, impulsionada pelas histórias trágicas, que mostravam a constante vigilância da polícia política e dos seus colaboradores.

Havia o medo físico, claro, capaz de causar receio, com todas as consequências psicológicas que o terror exercia na memória individual e coletiva. Pressentia-se o odor do medo. Invisível, o medo continuava a respirar dentro do nosso país.


Quando cresce o fenómeno populista na Europa e pelo resto do mundo, quando alastra a extrema direita e emergem, de novo, os projetos do fascismo, em abril, mais ainda se coloca a tarefa de comemorar o 45º aniversário da revolução de abril.

Quando tantos são os esforços para promover valores de extrema-direita e tão poderosas são as operações de branqueamento do fascismo importa avivar a memória sobre a pesada noite do fascismo em Portugal.


[1] DELUMEAU, Jean – História do medo no Ocidente 1300 – 1800: uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 82.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Educação - Quando matam o direito ao sonho, o que restará à Escola?

Começa a ser hora de balanço. Hoje, os estudantes entraram na derradeira etapa do ano escolar. Já escutei, com humor, que se trata de um "período-anão" face ao número de semanas. Se, para os estudantes, o ano corre para as férias mais longas, para o sistema é tempo de deitar contas à vida e de analisar, globalmente, não apenas o que foi realizado em 2018/19, mas no período da Legislatura. O secretário, esse, obviamente, não tem qualquer dúvida: "Quatro anos de progresso na Educação". Ninguém esperaria outra leitura. Para ele foi de sucesso a 100%! Não consegue descobrir uma pontinha de fragilidade. Dizia-me há tempos um político que, até na cadeia, se perguntarmos, a maioria dirá que é inocente! Aliás, a entrevista de auto-elogio, toda ela fez-me lembrar um notável sketch do Herman que, na situação de entrevistado, invariavelmente, iniciava a resposta com um "ainda bem que me fez essa pergunta". 


O secretário teve duas páginas para abordar questões sérias e profundas, mas preferiu uma descabida gabarolice de trazer por casa que, no fundo, acrescenta ao sistema mais um zero à esquerda. Fugir às questões estruturantes, porque não quer ou porque não sabe, tornou-se a sua indelével marca. Não está para aí virado, para a reorganização do sistema que implique uma nova e estruturada visão de toda a sua complexidade, desde a família à escola, passando por todo o sistema de organização da sociedade. Só para o secretário e alguns próximos é que foram "quatro anos de progresso na Educação". Qualquer pessoa que estude, minimamente, o sistema, concluirá que nas suas traves-mestras, o sistema continua aquilo que sempre foi, um sistema acomodado, repetitivo, limitador de horizontes, castrador do pensamento livre, incrustado em uma densa teia burocrática, condicionador da acção dos docentes, sobretudo dos que pretendem seguir e gerar as condições de uma escola com direito ao sonho. Um secretário que, de forma cega, impõe a sua regra, que fecha os olhos ao mundo, que demonstra receio pelo que de bom os outros são capazes de operacionalizar, que vive incomodado com os êxitos que escapam ao seu controlo, que não sabe potenciar as experiências de sucesso, que manifesta o desejo de ter tudo debaixo do seu ávido controlo, que exprime vaidade e necessidade de holofotes, torna-se em um construtor da antítese de quatro anos de progresso. Simplesmente porque não é possível o progresso quando este não assenta em uma estrutura transversalmente consistente e cientificamente substantiva. 

"Pensar é mover-se no infinito" escreveu Henri Lacordaire (1802/1861), padre, jornalista, educador, deputado e académico. Acho interessante esta frase, porque a escola continua a não estar, passe o pleonasmo, pensada para fazer pensar. Esta escola rouba o direito ao sonho e este direito de sonhar não pode ser apenas para alguns, mas para todos. 

Ora, o sistema é mais do que fundir escolas e derramar 25 milhões por ano na educação privada. A arte visionária de educar é muito mais do que horários, campainhas, livros de ponto, cumprimento dos manuais, reuniões e mais reuniões para repetir o óbvio, mofentas burocracias destinadas ao arquivo morto, estéreis paleios sobre a "robotização" ou salas ditas do "futuro". A escola tem de ser vida e dela não pode estar desligada. Os muros que a circundam não devem obstar o direito de cada um ser culto e de optar pelo futuro que lhe interessa. A escola não pode ser um "fatinho" de padrão e número igual para todos. Preferível seria, ao contrário de uma apregoada escola para todos, dispor de "uma escola para cada um". Esta imagem implica que a escola tenha de fugir, de forma integrada, ao pressuposto de remediadora social, à ideia de armazém, para situar-se no plano do pensamento que se move para o infinito. Porque o mundo não termina na Ponta de S. Lourenço, embora o sistema creia que sim. Um sistema que assenta nos princípios do Século XIX, obviamente, que denota descontextualização com o presente e desconectamento com o futuro. Não existe, pois, progresso quando se assiste à morte do pensamento crítico e da liberdade de ensinar e de aprender.

Então, o que restou desta Legislatura, questiono? Lamentavelmente, sobressaiu a vergonhosa sanção aplicada ao Dr. Joaquim José Sousa da Escola do Curral das Freiras. A entrevista ao DN é clara nessa matéria, quando o secretário, sacudindo a água do capote político, afirma ter sido a Inspecção Regional a decidir-se por uma sanção de seis meses sem salário, quando foi o próprio secretário que os aplicou, impedindo, desta forma, um eventual recurso. Atirou-se a toda a comunidade educativa através de um docente. Ficou limpinho que uma escola que pretendeu ser inovadora, no quadro da sua autonomia administrativa e gestionária, uma escola que, no entendimento político, fez "sombra" ao secretário, uma escola que foi tema, pela positiva, em todo o espaço nacional, uma escola que ganhou prémios nacionais, no fundo estava a mais no quadro das suas regras assentes no excesso de valor que tem de si próprio. O bloqueio à autonomia da escola, consubstanciada na sua fusão, tratou-se de um "crime social", porque quando se coarcta o direito à diferença, com resultados, sublinho, quando a escola é portadora de um sonho para todos e se corta a cabeça do líder, porque infringiu(?) umas regras burocráticas de treta, isto significa que quem está a mais no sistema não é o professor que desejou ir longe, mas o secretário que quer ser o centro da atenção, embora com aparência política falsa. Pior ainda, o que fica destes quatro anos, são os reflexos desta sanção, como quem quis transmitir aos mais de seis mil professores, cuidado, não queiram seguir o mesmo caminho, pois levam! Só acrescentou desmotivação e medo a uma classe já de si dividida e pouco solidária.

Portanto, o essencial desta Legislatura centra-se na memória que fica relativamente à história das fusões de estabelecimentos de educação e ensino e na ridícula, indecorosa e vexatória humilhação da escola do Curral das Freiras. Sobre a sanção aplicada ao Dr. Joaquim Sousa caberá, agora, ao Tribunal Administrativo pronunciar-se. Há que aguardar. O processo só agora começou e, em Setembro, há eleições legislativas regionais. Porém, politicamente, não partidariamente, o secretário, em jeito de balanço, tem muito que explicar. O que é que o sistema ganhou com a extinção da autonomia da escola do Curral? Que engrenagem (sofisticada) foi montada para matar uma tentativa de uma escola que desejou ser coerente com os novos tempos? Em que está a resultar a "destruição" do seu projecto educativo? Como se sentem, hoje, a generalidade os professores que lá trabalham? Por que permitiu eleições na escola, ganhas pelo Professor Joaquim Sousa e, logo depois, a funde com outra? E o que pensam os alunos, pais e a comunidade em geral? Tem muito que explicar sobre estes quatro anos perdidos e de culto da imagem. Certo, segundo julgo saber, é que o êxito que a escola apresentou no passado recente, poderá vir a ser tema de uma Dissertação de Mestrado ou tese de Doutoramento.
Ilustração: Google Imagens.
Nota
O autor não escreve de acordo com o AO.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Dicotomia do voto


Porque é que as Redes Sociais e alguns Blogues estão a ganhar tanta força?

Porque o poder económico estraga a informação tal como toma conta dos governos. Surge, então, a informação alternativa, pura e dura ou, até ver, uma válvula de escape que faz entender por quem escreve ou lê que não somos estúpidos. São ante-câmara do voto represália em vez de útil, aquele que se reencaminha para o radicalismo ou extremismo. É preciso levar a sério estes fenómenos.

São os partidos tradicionais absorvidos nos jogos de poder político e económico ou na divisão de tachos sem qualquer crédito que trazem a política para a desgraça, fazem o eleitor, numa primeira instância, votar noutros partidos ou seguir para extremismos ou radicalismos. Ninguém adere a eles sem saturação e descrédito, é o que estamos a viver com a Renovação na Madeira. Sem qualidade, políticas ou ideias. Ainda assim, a Madeira pode se considerar sortuda pelos brandos costumes que ainda imperam no meio desta selvajaria de tudo valer em que vivemos.

Esta mania de extremar tudo para o vermelho da ofensa e de que tudo é mentira torna as fake-news oficiais, transvestidas de todos os argumentos ardilosos que nos levem a abençoar uma governação, uma forma de instituir a mentira enquanto veículo para alcançar a vitória. Péssimo exemplo que vem de cima mas há um grande problema, encalha na realidade vivida pelas pessoas. O poder não consegue se soltar, habituou-se á mentira, afastou-se da população mas, lá chegam estes meses prévios das eleições onde os interessados passam a ser uns amores, dóceis, prestáveis, até telefonam ... imagine-se! Mas voltamos ao mesmo, o interesse de manter o status quo e as benesses com a versão oficial de Alice no País das Maravilhas não confere com a realidade vivida pelas pessoas. Borram-se.

Contra um mundo que se fica por imagens e títulos e
perde um belo texto
LINK para o "Perspectivas Angulosas"
Por outro lado, os órgãos de informação zelam pela sua rentabilidade num meio pequeno. Qualquer arrufe dos que detêm o poder económico pode ser um quebra-cabeças. É aqui que se centra o dilema da Comunicação Social livre a par de alguns jornalistas que estragam a imagem do todo. Um tremendo jogo de cintura de uns hoje, amanhã outros, a verdade de todos e o jogo de cintura com uns jornalistas pró, outros contra, poucos isentos mas raros falam a fio de navalha. Tudo menos o desemprego. Passa muito tempo entre os intervalos das eleições e as pessoas embevecem com o poder efémero, deixam arrastar a asa, depois chegamos a tempos iguais a estes e entalam-se.

As redes sociais têm muita bagunça, mentira, maldade mas também dá para discernir tópicos úteis, ideias novas e verdades. As redes sociais são tão livres para a bagunça e o conto do vigário como se consegue mesmo com a mentira extrair a verdade. Os perfis falsos do PSD-M são um exemplo mal parido e sucedido, ajudam ou não a discernir sobre a verdade? Até apontam de quem têm medo pelos insultos e lama. As redes sociais ou blogues de opinião têm uma parte de informação "não editada" que se torna credível através do raciocínio das pessoas.

Se tu dizes a verdade, uma e outra vez, podem não gostar de ti por seres inconveniente mas quem está desinteressado valoriza-te e quem tem interesses valoriza-te, tentando te queimar a todo custo. É assim que uma opinião sincera enfrenta o amor e o ódio.

Por outro lado, e pelo exposto, o madeirense deve começar a equacionar se quer continuar a aumentar o poder económico na Madeira em poucos elementos. Logo de arranque, estes grandes só o são aqui, numa próxima crise aguda (em que os dinheiros públicos não possam socorrer estes dependentes do Orçamento Regional) poderão surgir os estratosféricos chineses (ou outros) e comprar tudo de uma assentada, agradecendo até esta concentração maquiavélica do PSD-M. Aí seremos escravos e explorados e não vai haver respeito por nada. É ler sobre o que se está a passar em África.

Vou dizer tantas vezes quantas necessárias, o madeirense está paulatinamente se escravizando através da omissão, condicionado pela mesma dependência dos rendimentos para poder viver. Quanto mais calado e alheado, pior ficará a sua situação.

A Gnose, o conhecimento, é arma fundamental para que cada um, em liberdade, saiba escolher. Não consuma mastigado, a bem de todos não queira pertencer à Máfia no Bom Sentido, prefira a contento de todos, um futuro equilibrado e sustentável. Por este caminho estaremos a fazer mais pobres e a concentrar mais riqueza nos mesmos.

Não se deixe instrumentalizar, mantenha a sua palavra. Não ceda ao medo gratuito. Não se venda, tudo é efémero, usam-no e deitam fora. Estamos nos meses de maior aflição dos poderosos ... aproveite-se ... no bom sentido e para todos.

O sucesso pode ser amargo tal como o insucesso uma semente com futuro. Não seja falso com aqueles que zelam pelo bem colectivo, a normalização da vida da Madeira está nas suas mãos. Auxilie todo e qualquer um a sair do buraco ou da emboscada, sempre atento aos imensos falsos de várias caras que se escapam como sabonete por um lugar ao sol.