sábado, 30 de janeiro de 2021

Olhóóóóóoó jornalistas àààààà meeeeediiiiddaaaaaaa .....

 

A caneta na mão de de um mau jornalista, pode fazer tanto mal como o bisturi na mão de um mau médico, Enéias Carneiro

Winston Churchill dizia que "não existe opinião pública, apenas opinião publicada". Como acontece aqui na RAM. Os grandes órgãos de informação da RAM, DN-M, JM-M e RTP-M, mais as rádios e tudo o mais "apendiculares", fazem de tudo para formarem uma “opinião publicada”, quase sempre na óptica “regitimista”, do poder instituído. E para fazer isso, basta transcrever o que o regime diz e usar as parangonas certas (porque muitos "receptadores" nem sequer leem e digerem o conteúdo da noticia).

Retirando os conteúdos locais, mais os desportivos, muitas vezes nestes órgãos de informação, a única verdade que é escrita parece ser a data da publicação. Existem algumas andorinhas, mas que nunca fazem a primavera, apenas atenuam o rigor do Inverno.

Em relação aos órgãos de imprensa escrita, parece que fazem demasiadas vezes o papel de “policia bom, policia mau” em relação ao regime criado pelo psd-M na Madeira, utilizando a rubrica “opinião” e os “opinion makers” que ali escrevem, para se absolverem dos seus pecados “seguidistas”.

Aqui na Madeira, demasiados políticos, sobretudo os deste regime psd-M, usam a imprensa e a TV para projectarem a sua imagem e passarem uma informação falsa, irreal, baseada não em factos comprovados e com escrutínio, mas com a bênção destes órgãos de informação e do partido que servem. Excessivos jornalistas deixaram de questionar e a imprensa deixou de ser o dedo indicador que se exigia. Por isso tornam-se dispensaveis, prescindíveis e por isso são comprados. 

Se em termos deontológicos a informação prestada por jornalistas deveria ser clara, precisa, objectiva e factual, na Madeira a mesma foi substituída pela “subjectividade” da opinião do jornalista. O problema é que esta subjectividade “cai sempre para o mesmo lado”: a favor do regime. A neutralidade jornalista na Madeira é um mito. Resta a nós leitores, ler, ver e ouvir a realidade da notícia. E isso implica que a literacia do Madeirense nos media seja elevada ou promovida. Coisa que também não acontece. Por nossa culpa, também por culpa de uma sociedade que continua a não pensar diferente, porque são quase 50 anos de um recondicionamento pavloviano, são quase 50 anos de não saber questionar.

Porque o jornalismo é uma forma de poder e como o poder traz sempre responsabilidades, o discurso jornalístico na Madeira deveria ser credível, factual e verificável … coisa que nunca acontece na informação da Madeira. Porque jornalistas não são credíveis, porque a factualidade é ignorada e porque nada é verificado. [dou exemplos em baixo ]

As nações prosperam ou decaem simultaneamente com a imprensa, Joseph Pulitzer

O 4´º poder na Madeira vale, o que vale: muitas vezes nada. A imprensa para Carlysle deve servir de contrapoder ao abuso de poder por organizações dominantes, inclusive o estado em relação aos cidadãos. Aliás, como se pode ver, sociedades democráticas e desenvolvidas têm sempre uma imprensa livre, poderosa. Não na Madeira. E a a nossa sociedade, aqueles que nos governam são corrompíveis, são venais, muitas vezes indecentes no que fazem, no que dizem. 

 A imprensa da Madeira    

Quando no dia 20 de Abril do ano da graça de 2015, Sérgio Marques tomou posse como Sec. Reg. dos Assuntos Parlamentares e Europeus, sabia, porque MA assim o exigia, que o Jornal da Madeira tinha de ser ou fechado ou privatizado. É que na altura, MA tinha o JM como um seu "opositor" na corrida ao psd-M que ele queria renovar, para além de que via no JM outro sorvedouro dos dinheiros  regionais. MA tinha razão, mas enganou-nos. Fechou o JM-Madeira, "abriu" o "novel" JM. E mantém-no. 

O antigo Jornal da Madeira, ano após ano, milhão após dezena de milhão, custava muito aos cofres regionais e dali, como reconhecia o próprio MA de nada saia. Eram tudo noticias torpes, ou quase e defendia o "status quo" que MA queria, salivava por derrubar.

O JM tinha que ser vendido. E foi Sérgio Marques que engendrou a solução. Vendeu aquilo tudo, equipamentos, instalações, rádios, jornalistas menos a dívida, por 10 000 € (DEZ MIL EUROS ) a um Sousa da ACIN e ao AFA. Um negócio muito bom para os “noveis” acionistas, porque só em equipamentos, instalações e o resto, aquilo valia, segundo  estava nas contas ( imobilizado ) da sociedade, quase o décuplo ( 100 000 € ). Não nos esqueçamos que a Igreja católica, outro acionista, deu o Ok a esta venda e que nesta venda também foi a lista de assinantes, o contrato com o GR para publicidade, publicações…. quase 113 000 € para o resto do ano. Grande negócio

E por isto, já se podia ver que MA não queria renovar nada. Queria era dar uma imagem diferente, com outro nome, “renovada”, ao antigo "status quo", mantendo-o ou mesmo piorando-o, como se vê pelas actuais práticas governativas. Um negócio onde o que é de Deus, para a igreja católica da Madeira, é de César e vice-versa.

A imprensa é a arma mais poderosa no nosso Partido, Estaline

Sérgio Marques também sabia que o JM só podia singrar se alguém desse a mão para o manter. Por isso, manteve os contratos publicitários e acordos que o GR tinha com o antigo JM, no novo JM. "renegociando-os" para mais. nos anos seguintes. No resto desse ano, mais quase 41 000 € em publicidade do GR, "caiu" para aqueles lados. Já se percebe que como empresários, a AFA e o Sousa da ACIN e a ACIN, gostam de investir com o dinheiro dos outros.

Em resumo: Os “acionistas” oficiais entraram, nem com os 10 000 € (veja-se onde está ? essa entrada de dinheiro nas contas regionais, porque transferências ou cheques não existem para o comprovar ) e o GR entrou com o “restante” para manutenção dos postos de trabalho e para gestão de mais desinformação. Isto numa ilha, onde o Governo Regional, paga para a informação ser escondida, sonegada, alterada e a desinformação desenvolvida. Uma ilha onde o (des)GR também é produtor de contéudos,"fake-news", informação à medida, .... 

Mas também para a AFA conseguir mais uns dinheiros, porque o das obras que recebe já é pouco. Estes que vêm do JM, dão para pagar os charutos, o das obras os hotéis, barcos ….. e os negócios maus de Áfricas e Lisboa. Um 2 em 1. Para a ACIN foi um festim para softwares desenvolvidos e apoios conseguidos, inclusive comunitáros, com o "agreement" do (des)GR.

Portanto, a “coisa” manteve-se. A desinformação. Entre muitas no prego, para o GR e poucas na ferradura, o JM, continua a ser o “pasquim” oficial do Governo Regional.

O que estranho nisto, quando vejo no lado de lá do Atlântico, órgãos de informação que cortam conferências de imprensa a um presidente, redes sociais cortam contas a um presidente e a quem divulga fake news, é que a maioria dos jornalistas da Madeira e o sindicato respectivo, estarem calados e serem coniventes nesta miséria que é a informação, não criada, mas transcrita, olvidada por pseudo-jornalistas e demasiados “comentaristas” de fakes news.

Na Madeira tudo é possível ….. e tanto é possível, que recentemente o DN mudou a sua estrutura acionista com a entrada de um conjunto de sociedades, entre as quais pertencentes ao grupo Sousa e LOGO posteriormente, da AFA. Que por sua vez já era acionista do JM-M. E o apêndice do sindicato na Madeira .... nem reparou, quero crer.

ahahahahahahahahhahahahahahahahahahah

E aqui temos um problema. A concertação dos maiores grupos de comunicação social numa só pessoa/sociedade é proibida por lei, como se viu na tentativa recente, de compra pela sociedade detentora do Correio da Manhã, Record, Sábado …. da TVI. Coisa que não foi permitido pelo regulador e que o sindicato dos jornalistas se opôs. Do continente, não o apêndice da Madeira. 

Quando a imprensa não fala, o povo é que não fala. Não se cala a imprensa. Cala-se o povo, William Blake

O sindicato cá do burgo assobiou para o lado quando a AFA entrou no DN-M e o OK para o regulador foi esquecido. E quando foi preciso um parecer ao regulador ….o apêndice disse nada. 

Portanto, se a legalidade aqui existisse e a vergonha também, ou o AFA era obrigado a vender a sua participação num destes órgãos de informação, o novel JM ou o novel DN, ou então escondia essa participação, na miríade de sociedades que existem, que não são de ninguém, mas são dos mesmos.

Parece-me que aqui na RAM não existe carteira profissional de jornalistas, mas carteiras pessoais de jornalistas, volto a repetir, salvo muitas honrosas excepções. Na Madeira, a imprensa nunca foi a artilharia do pensamento, como diz Antoine Rivaroli.  

Os exemplos

Número 1A jornalista a fazer um frete a Pedro Ramos. Mas entre o madeira safe , que para Pedro Ramos parece que "safe" muita coisa e a Madeira ser pioneira em tudo e quase tudo no combate à epidemia ... a jornalista não faz esta simples pergunta: Se é assim tudo tão bonito, porque se morre tanto aqui ? Porque existe tanto caso ? E porque temos instalações terceiro-mundistas no HNM para receber todos. Os com covid, também os sem...e os que apanham ali


Número 2Nenhum jornalista madeirense questionou a validade e credebilidade dos prémios dados por este site. Afinal como se comprova, podem votar todos. Os que conhecem o destino, os que não conhecem, os que são pagos para votar, os que trabalham e têm de votar.....como na Sec Reg de Turismo.

No site do record estava um banner para se votar nisto.

Número 3: Nenhum jornalista questionou, e já existiu oportunidade para isso, o que que é que MA ganhou em "impor condições" a um apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, ou quando disse que o psd-M não passava cheques em branco para apoiar aquela candidatura. As suas condições foram ouvidas e o cheque foi passado com endosso ? Ou como não tinha cobertura veio para trás ?

Número 4: Muito bom este gesto de solidariedade por parte de ambos os GR´s. Finalmente a Madeira mostra solidariedade ( os Açores disponibilizam entre 10 a 20 camas ). Mas a pergunta que se impõem é, esta: porque enviar 3 utentes para a Madeira, quando existem nos privados em Lisboa, capacidade para receber este número e o custo de transporte no avião C-130 é maior que o valor a pagar nos privados. Depois .... os doentes transferidos para a Madeira, são continentais ou madeirenses que infelizmente foram "apanhados" no continente ? Por ultimo, se Lisboa paga estes custos, preferindo gastar mais a levar doentes para o Funchal do que colocá-los em Lisboa, não será um esforço de Lisboa de trazer a "rebelde" Madeira para o todo nacional, como Costa implicitamente disse no twitter ? Se é assim...touche Costa. 

 

Queen - Under Pressure


sábado, 23 de janeiro de 2021

O regime da RAM vota derrota ... eu cá votei Marcelo



Um voto é como uma espingarda. A sua utilidade depende do carácter do beneficiado, Teddy Roosevelt

Hoje domingo vota-se para a presidência da República. Mas eu já votei. 

Da Madeira, tarde e más horas, o cds-M lá se resignou a apoiar Marcelo. Uma derrota sem apelo nem agravo. Primeiro Lopes, depois Rodrigues e há 2 (dois) dias Barreto. Quiseram apoiar mediante condições e Marcelo nem lhes ligou. Muito bem diga-se, porque não se atende chantagistas.

No psd-M até ao dia de hoje, os seus “majors” nada disseram. Nem MA, nem Calado, nem os “opinion makers” de tudo e de todos, …. O silêncio é ensurdecedor. E mais uma vez, o jornalismo na Madeira não se interroga sobre isto. Deixa passar. Não pergunta. Não quer chatear. Não existem jornalistas ( na sua gande maioria, já o tinha dito aqui na Gnose) apenas jornaleiros.

Mas os sms´s , o boca a boca e o espirito santo de orelha andam por aí no psd-M (vejam a imagem de cima que me foi enviada do telemóvel de um dirigente). Para se votar Ventura, para não irem votar, para votarem em branco, sobretudo para Marcelo Rebelo de Sousa ser “derrotado” na Madeira por menor percentagem de votação ou demasiada abstenção.

Miguel Albuquerque vai ser derrotado mais uma vez. E já são 3 (três ) as derrotas dele e do psd-M, consecutivas. Porque MA vence, perdendo e porque Marcelo vai ganhar na Madeira e por mais que o psd-M vale actualmente, cerca de 35%. E bem mais do que obteve nas regionais. 

MA vai dizer que a abstenção ganhou, ou que o Madeirense nada quer saber destas eleições, menorizando-as. Para ele vencer é perder. Porque vai perder. E vai ficar AINDA mais isolado. Ninguém lhe liga, ninguém quer saber nada. Os votos dos sociais-democratas madeirenses valem ZERO. Outra grande derrota.


Eu até gostaria que Ana Gomes, também na Madeira ganhasse a Ventura. Não por ser a Ana Gomes, mas quem quer que seja que não Ventura, que ficasse em 2º lugar, para Albuquerque e o psd-M perdessem ainda mais, depois de ver isto, saber isto.

Eu votei Marcelo. Vou dizer porquê.

Marisa Matias: até é gira, andou na minha universidade, mas já está gasta. Está acomodada. Ficou burguesa. Isto de andar comer chocolates belgas, boa vida, acomoda sempre a gente. E Marisa que era uma incendiária, agora é uma bombeira. A honestidade intelectual está lá. Louvo-a por isso.

Vitorino Silva: é sempre engraçado vê-lo, eleição após eleição após eleição. Ele está mudado com melhor “discurso” político, mas perdeu a autenticidade e a espontaneidade. Ainda bem que Marques Mendes não dita leis, caso contrário não poderia concorrer por não falar francês e talvez usar os talheres. A democracia é isto e para todos.

Tiago Mayan: Pois, é liberal. E isso diz tudo: Nem carne, nem peixe. Uma no cravo, outra na ferradura. Mas tem ideias e isso já é uma boa ideia.

Ana Gomes: Ter uma histérica à presidência…é mau. Sobretudo alguém que repisa e repisa que também lutou contra a ditadura, tem uma vergastada na cara, …. o velho discurso socialista, do pessoal que nasceu nos anos 40/50/60, que todos eles, sobretudo os esquerdistas lutaram contra o fascismo. Só eu e os meus amigos tivemos o azar de não lutar contra a ditadura...mas termos ideias vagas dela. Um discurso de que todos estamos fartos. Como o de Ferro da AR que disse que "votar é ato de resistência contra o vírus".  E já agora, ela não quer ser presidente: quer é ser primeira-ministra. E onde foi buscar aquela ideia de usar Paulo Pedroso como mandatário ? Alguém que todos temos a impressão que fugiu do castigo merecido por .....Uma pena, porque foi ela que lutou, COM GUTERRES por Timor. Desejo-lhe o segundo lugar.

André Ventura: Se como comentador de futebol, uma coisa menor mas que chateia, já mentia, inventava, criava tensões entre adeptos dos principais clubes, chamando aos seus, os "No name boys" de santos num mar de brutos (  a juve leo e os dragões...), o que não seria como presidente ? Aliás o que está a ser como candidato. É um facilitista, um preguiçoso. Pega em ideias, de todos e usa-as como se fossem suas.  Usa a evidência que todos não querem, o nosso sistema político é fraco e os atores uma desgraça, como se fosse ideia suas. Mas que defende muito daquilo e todos nós defendemos ….isso defende. Esta república, com os moldes actuais tem de ser renovada. Mesmo, não como o regime "renovado" da Madeira.

Marcelo Rebelo de Sousa: não é por exclusão de partes que votei nele. Ele sabe o que faz e exige ao Governo. Se não fosse ele muitos secretários, ministros, políticas …..ainda estariam em funções e a serem executadas. Porque apoiar um governo é diferente de exigir ao governo. E nesta altura, mal de nós se tivessemos um Cavco em Belém a dar "cabo~" do governo. E se não fosse Marcelo, ou Costa estaria em autêntica roda livre ou já não existiria no governo de Portugal. Gostamos de optimistas, mas é sempre bom ter alguém que puxe à terra um governo. E Marcelo fá-lo.. Só não gosto dele porque deixa esta terra, a Madeira,  em roda livre, mas soube dizer a quem devia " que gostou muito da vida nocturna" da Madeira. Na mouche

Land of Hope and Dreams, Bruce Springsteen



Obs

A opinião que emito neste artigo, neste caso sobre um candidato, como em todos os artigos que escrevo para a GNOSE é unica e exclusivamente pessoal. Ponto.


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A ERA DOS ACUSADORES

Moral e Ética são duas coisas distintas. Enquanto a Moral abarca linearmente e literalmente os costumes dominantes de um dado paradigma sociocultural, a defesa do conformismo colectivo a um conjunto de regras atávicas, aceites por costume, e sem uma reflexão necessária crítica desses costumes, a Ética é precisamente essa reflexão crítica, feita de forma individual, e a consequente prática individualizada do fruto maduro dessa reflexão e das conclusões filosóficas concretas que tal meditação corporiza.

Enquanto a Moral dá origem ao moralismo: acéfala e acrítica submissão a chavões generalistas e o 'vigiar e punir' de tudo, de todos, o que não se submete e conforma a tais chavões, a Ética permanece no chão vitalista da senciência individual e individualizada (morada do Espírito), preocupa-se com a congruência individual de uma acção autêntica, sem olhar por cima do ombro para ver se todos estão a fazer o mesmo, e sem querer vigiar ou punir outros comportamentos

Vem isto a propósito destes tempos 'covidianos' que parecem ter despertado o 'polícia dos bons costumes' moralista dentro de muitos. Estamos a viver na Era dos Acusadores, sempre de dedo em riste a policiar o comportamento dos demais, sempre a julgar e a acusar, sempre com a compulsão de polemizar, face aos que não se submetem à opinião dominante, num verdadeiro acto de 'bullying' social.

 A Era dos Acusadores é chão fértil para totalitarismos. Todos os totalitarismos acusam a consciência individual de rebeldia inaceitável, exigem um conformismo colectivo total, pervertem a noção de Liberdade, forçam a submissão total do indivíduo a um todo abstracto massificado (A Nação, a Raça, o Povo, a Classe, a Espécie…), face ao qual todo o pensamento divergente, toda a singularidade, toda a Liberdade devem ser anuladas e sacrificadas.

Todos os totalitarismos, de Direita ou de Esquerda, odeiam a ideia de singularidade, de individualidade, todos, além das ideologias que perfilam, enformam desde a base das suas sociedades um 'fascismo societal' (como diz Boaventura Sousa Santos, na esteira de Michel Foucault) onde todos os cidadãos devem ser polícias uns dos outros, controladores e acusadores uns dos outros, só assim as oligarquias que dominam se sentem seguras.

Nas redes sociais existem alguns que se acham no direito de serem polícias uns dos outros, chovem posts a acusar o povo de ser irresponsável e negligente (sim, porque os governantes, esses são impecáveis…) E temos socialmente, a propósito da pandemia, apelos sub-reptícios dos próprios governos 'democráticos' (ainda democráticos…) a que os cidadãos vigiem e denunciem comportamentos não conformistas da parte dos seus concidadãos. Muito perigoso tudo isto. A democracia pluralista, cívica, um Estado de Direito, que consagre direitos, liberdades e garantias individuais, não é uma 'democracia popular', Portugal não é a R.P. da China, não podemos aceitar um Estado de Vigilância colectiva.

Apesar de a Moral ser 'totalista' e a Ética ser individual, o Ego, e o Super-Ego, moram na esfera moralista, porque nada mais satisfaz o Ego do que a sensação de 'righteousness', a sensação de estar moralmente no topo de uma pirâmide hierárquica a acusar e julgar os outros de irresponsáveis e egoístas… Enfim, a pandemia não nos está a tornar melhores seres humanos, está a chamar ao de cima o pior da humanidade, o instinto gregário de servidão voluntária, de submissão ao Poder hierárquico em troca de uma sensação de ser cuidado por um 'Pater Familiae' colectivo… Em troca de segurança fora com a Liberdade, a sociabilidade e os afectos que nos definem como humanos, e que são penhores de uma verdadeira Unidade entre nós… Por um prato de lentilhas se vende a primogenitura da alma…

E não tem de ser assim. É possível compatibilizar a Liberdade com a saúde e a segurança. O vírus não é uma entidade sobrenatural, é um organismo natural (só se transmite após minutos de contacto próximo a menos de 2 metros, e não por magia por nos termos cruzado com alguém num passeio, ou na estrada, durante segundos…); é preciso Bom Senso, proteger os grupos de alto risco, sim, com medidas específicas voltadas para tais grupos, mas sem medidas draconianas de cosmética pública e controlo social da totalidade da população, como o uso obrigatório de máscara ao ar livre em qualquer circunstância, ou  recolheres obrigatórios vespertinos… (Não tenho nada a opor ao uso de máscara obrigatório dentro de espaços públicos fechados, e outras medidas logisticamente congruentes.)

Termino recomendando a leitura de três livros, "O Tratado da Servidão Voluntária" de Étienne de La Boetie, "A Filosofia da Liberdade' de Rudolf Steiner, e "A Genealogia da Moral" de Nietzsche. Boas Leituras!  

sábado, 16 de janeiro de 2021

Prémios de mééééééeé ... cocó

 

Há tanto burro a mandar em homens de inteligência, que às vezes chego a pensar que a burrice é uma ciência, Fernando Pessoa, in Alberto Caeiro.

Estou superiormente feliz. Quando olho para as notícias dos jornais da terra….fico extasiado. Palavra. Primeiro porque na Madeira está TUUUUDDDÍÍÍISSSSSIIIIIIIIMMMMMMOOOOOOO controlado no que respeita à Covid. 

Segundo, porque quando olho os jornais, leio os jornais, claramente tudo é superior. Nos prémios e nas notícias. Também ....nas m...ices, sejamos claros.

Estou BBUUUUÉÉÉÉÉÉ feliz. E quem não estiver com este estado das coisas, obviamente é do contra. Um relapso. Um reles. Um invejoso. Um cubano. Um socialista. Um comunista. Um pedófilo. Um mação. Um gay. Um corrupto. Um gatuno. Enfim…um merdas.

Num intervalo de 1 mês, a Madeira teve, a Sec. Reg. da Saúde e Proteção Civil, reconhecida pela IHF-FIH como uma com as melhores respostas à Covid da Europa, quiçá do mundo;  o destino Madeira ser considerado o mais seguro da Europa; e HELLLASSS…a Madeira ter sido a região do país com a maior taxa de ocupação hoteleira em Novembro !!!!!! (verdade !!!! tão certo como 2 + 2 = 3, ou 6, ou 5 ...nunca 4 ).

Nenhum de nós é tão esperto, como todos nós juntos. Phil Condit

Chiça …. a Madeira está bem. Um destino tropical, tipo república das bananas, tipo Venezuela ( por isso alguns miras gostam tanto deste regime ). Dificuldades existem, mas claro, em relação aos outros, isto é um “paraíso na terra” como diz aquela “senhora” chamada Rafaela Fernandes, que faz de conta que parece presidir ao SESARAM. Que também parece fazer parelha (as ELA´s ) com o que a "colega" Micaela parece permitir no seu serviço: que funcionários e assessores seus, persigam cidadãos, usando os recursos do Instituto que preside. 

Para uma e outra, ninguém passa fome/miséria na Madeira e todos têm saúde. Só não tem emprego quem não quer. As "ela´s" (micaELA e rafaELA), as presidentas, dos "assuntos sociais" e das "saúdes", mais assessores respectivos, sabem "da poda". Não dizem é o que "podam". Quanto, quando e a quem. Mas sobretudo quanto é que deixam "podar" aos mesmos do costume e quando deixam de podar aos muitos que habitam na Madeira, na saúde e na segurança social.. "Quem sai aos seus, não degenera", para as "elas´s" e para os outros da parelha.

O problema nisto tudo, é que quem vive cá não consegue ver "este paraíso". Saúde não existe; Controle da pandemia não existe; Turismo não existe; Destino seguro…ahahahahahha. Pelo menos até abril deste ano, 2021, não o é para a IATA e OMT. Finanças ZERO, Saúde NADA. Finanças SUMÌTICAS. Economia DESAPARECIDA. Menos para o regime. ( faz-me lembrar aquela presidenta de um instituto da RAM que quando foi pedir ao banco um empréstimo, à pergunta de como vai pagar respondeu "IHIHIHIIH eu é que não sou " )

Mas o que me parece na verdade, é que isto parece ser uma campanha de desinformação praticada por muito jornalista cá do burgo, restando saber se o fazem porque são pagos à peça pelo (des)GR, ou se o fazem porque NÃO SÃO jornalistas, pretendendo com informações deste teor,  “com papas e bolos enganar tolos”, ou seja, nós. O tal "campo inclinado" sempre ao serviço do regime. 

Vamos lá então DESMONTAR estas notícias.

Saúde

A tal distinção dada pelo IHF, International Hospital Federation foi um TRABALHO ACADÉMICO, entregue pela Sec Reg. da Saúde / SESARAM. Aliás, seria interessante, faço um repto, que este trabalho fosse publicado no site da Secretaria. Apenas para se verificar que entre a TEORIA da Secretaria/SESARAM e a PRÁTICA, um mundo de distância existe. Já agora, também quem são os autores do "dito cujo  carcará sanguinolento". Possivelmente uma equipa pluro, multi, inter, disciplinar, como está na moda e superiormente coordenado pelo "Xôr" Secretário Ramos, ou supervisionada, ou .....

Aliás, o que a Sec Reg / SESARAM não diz, é que são apenas uma, entre as “centenas” organizações que fazem parte do IHF-FIH, e como muitas outras, apresentaram trabalhos sobre o Covid-19. Que também receberam prémios. No caso da Sec.Reg / SESARAM, um "exercício teórico" foi apresentado e nele mostram como TEÓRICAMENTE PENSARAM trabalhar o assunto Covid-19. 

(Uma aparte: 2 unidades da minha organização, também foram reconhecidas por trabalhos apresentados e estão na lista do IHF-FIH. No nosso caso, os trabalhos foram suportados, por prática demonstrada, coisa que não foi feita pela Sec Reg / SESARAM que enviaram APENAS fotos, filmes e testemunhos internos/regionais, isto é, não foram auditados ). 

Afinal, não nos devemos esquecer que aquelas cabeças, que deviam ser rolantes, ainda pensam que estão na academia a tirar os seus cursos e já se percebe a próxima desculpa pela situação descontrolada: Está tudo by the book, melhor by de study. 

A Sec. Reg / SESARAM repito, mostrou palavras, mas o IHI-FIH não "viu" a prática, não confrontou a realidade. Por isso, em Barcelona no congresso, daqui a uns meses, pode ser que eu fale sobre esta situação e peça uma explicação. Porque com tanta teoria “escrita”, na prática, nada ou pouco foi cumprido na região. Talvez as primeiras palavras do "study" from Madeira by Sec Reg Saúde e Proteção Civil ( Mas existe proteção civil ??? ).

Aliás, seria interessante que também dissessem, a Sec. Reg / SESARAM, que são “minors” sponsors desta organização.

Já agora, este exercício académico foi feito antes de Dezembro, portanto numa altura em que, veja-se, a pandemia estava "formalmente" escondida, não reconhecida, pelo (des)GR, portanto o "mar" estava chão. Como diz o povo, que é sempre sábio: "em mar calmo, todo o capitão de navio é bom"

Como se vê nas diversas reportagens da RTP-M, suportadas por testemunhos de quase todos os que vão ao SESARAM por causa da pandemia, ou para testes ou porque estão infetados, ou porque apresentam sintomas, ou quando tentam telefonar, ou...., a uma teoria de primeiro mundo, a Sec. Reg da Saúde / SESARAM , tem uma prática de terceiro mundo, onde a informação e a lealdade que o IHF defende dever existir entre unidades de saúde e utentes/pacientes não palavras vãs. A Sec. Reg da Saúde / SESARAM e .... tudo o resto, não cumprem, nem praticam, os princípios defendidos pela IHF-FIH

Por exemplo, a Sec.Reg / SESARAM gastaram no acessório ( em obras, com preços tipo "fifth Avenue" em NY, para combater!!! a COVID) e não no essencial (equipamentos ). 

Afinal, "um burro carregado de livros , não é um doutor" como diz o povo.


Turismo

Madeira eleita destino mais seguro da Europa.

A táctica de cima aqui aplicada, ou melhor, a táctica de sempre do Turismo da Madeira, aplicado na Saúde, uma vez que foi no Turismo que esta táctica foi descoberta e superiormente aplicada e depois replicada.

O site é este European Best Destinations e vota-se como mostra a imagem. Basta um clique e "arregimentar" gente. 

A Madeira desde sempre teve muita gente a votar nela. Quem cá está, também quem nunca cá esteve. Ou já agora aqueles do "porque não...?" E os outros...pagam-me para... 

E já me esquecia, o Turismo da Madeira também é “minor sponsor” desta organização. E os jantares, almoços,dormidas dos eventos…que cá se realizam, é apenas porque a Madeira OFERECE mais por estas realizações, do que outras regiões. Tout court. Não é por ser melhor, apenas paga melhor.

Aliás, a “pornochachada” disto, é que para a “European best destinations” uma das condições para receber este prémio é We have selected destinations in which hospitals have never been overcrowded, destinations that have experienced fewer cases of covid-19 and are also less likely to impose a curfew or restrictions during your stay.”. Qualquer semelhança com a Madeira é pura ficção. 

Outro pormenor importante: PAGA-SE para se ter o destino na lista para ser votado. 

"Existem pessoas que nascem sorrindo, vivem fingindo e morrem mentindo". A política superiormente implementada na Sec. Reg. de Turismo. 

Madeira com a melhor taxa de ocupação hoteleira até Novembro de 2020

E prontos…. Mais uma atordoada. “Asno que a Roma vá, de lá asno voltará”. Parece que quem escreve esta noticia, muita dela transcrita, não percebe muito de números, o que é normal na região, diga-se desde já. Uma imagem vale mais que mil palavras e a imagem que junto é explicita (dados provisórios 2020 ).

Taxa de ocupação Hoteleira 2020, Algarve

Mas inventa claro. Fala no INE, mas não compara. Tira ilações de treta. "Muita parra, pouca uva" (como se lê no trabalho do jornalista, link ), Por isso tentei saber mais. E claro …foi fácil desmontar. A RAM não foi quem teve mais ocupação hoteleira. E não esquecer que nestes números, os da RAM, ENTRAM os hotéis que o (des)GR alugou aos amigos (pelo menos 3 a 5 nunca se percebe o que diz o (des)GR), com preços por quarto em média DUAS VEZES superiores, do preço praticado pelos amigos pelos MESMOS espaços em Booking. Também entram para as contas da Madeira, as intenções que entretanto ficaram-se por intenções e pior, foi "esquecido" retirar os cancelamentos (faça-se uma comparação entre os cancelamentos e as indicações dadas pela DRT ). Um apontamento: o Algarve foi a região do país que mais perdeu com esta pandemia, mas não o que teve menor taxa hoteleira de ocupação, coisas bastante diferentes..

Porque de intenções, este (des)GR é pródigo. Mas afinal, "Na primeira quem quer cai; na segunda cai quem quer; na terceira quem é parvo", diz o povo. E já ninguém cai, sobretudo não liga a estas "esparrelas"

O povo também diz que "quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte". O povo sabe muito. São precisas explicações ? 

Porque estão na lua...aqui vai para o "piiiissoal" que anda na lua.

Os Lunáticos - Estou na Lua,

domingo, 10 de janeiro de 2021

Assobia para o lado

 

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Quando as pessoas temem o governo isso é tirania. Quando o governo teme as pessoas isso é liberdade, Thomas Jefferson

O (des)GR falhou e continua a falhar. E assobia para o lado. Este é um governo constituído por homens inúteis. O pior de todos. A inutilidade não está confinada apenas ao XIII governo regional. Estende-se naturalmente na sua maioria, a todos aqueles que o compõem ( as figuras minors ).. Até mesmo a partes da oposição. Se tirarmos de lá 2\3 (dois terços )  daquelas pessoas, nada se notará e quero crer que até algo melhorará. Se ali no (des)GR, alguma mente brilhasse, estaria a trabalhar na VERDADEIRA iniciativa privada, não na privada, do regime. Um governo regional rasca, de baixíssimo nível intelectual e outros. A soma das maiores incompetências e futilidades na RAM, está ali plasmada.

O que tem de mau esta situação que se vive na RAM, com a pandemia (des)controlada, as festas imbecis do regime nos Savoy´s, o discurso tonto de MA e as tempestades que nos assolam, é que mais uma vez, as nossas atenções focam-se no acessório e não no fundamental.

A Covid está descontrolada na Madeira. Já o sabíamos. Não agora, mas desde Março do ano passado. Quando se era a "região do país com menos casos de Covid, quiçá da Europa e do mundo". Quando a culpa era dos outros, os turistas perseguidos, quando era melhor os emigrantes "ficarem lá, nos seus sítios" e as mortes ficavam-se por "insuficiências cardiorrespiratórias" (também aqui a Madeira foi a região do país que mais óbitos por habitante que aquela causa teve !!!!! ). Aqui na Gnose, desde essa altura, chamámos a atenção de que nada estava preparado e tudo estava escondido. A matemática não engana e o R0 era acima de 1. 

A manipulação da informação saída da Sec Reg de Saúde da Madeira, do SESARAM, era demasiado óbvia e a pergunta que tem de se fazer é porque SÒ agora todos falam no que desde sempre estava errado e à vista ? Porque só agora ela nos bate à porta ? Porque só agora percebemos que verbas foram desviadas para fins que não o combate e a preparação do combate a esta epidemia ? Porque só agora fica exposto a falta de preparação do SESARAM; e (des)GR para o combate a esta epidemia ? Porque só agora percebemos que a ilha, que podia ser naturalmente uma defesa contra ela, com a inação do (des)GR tornou-se uma armadilha para todos nós ? Mas alguém AINDA acredita(va) neste (des)GR, no que diz e no que faz ? 

Parente no governo sempre cria problema. Para o parente ou para o governo, José Sarney

Alguma vez este (des)GR e todos os anteriores, fizeram parte da solução de problemas regionais ?. Raramente. Eles, este e anteriores, são sim, a razão principal de quase todos os problemas regionais. Desde a Saúde às Finanças, passando pelo Turismo, Emprego e Economia, nunca os (des)GR´s  fizeram parte da solução, mas sim do problema.

Nas épocas de dinheiro fácil, sem o sabermos, arranjaram-nos problemas para o nosso futuro, que chegou, em meados dos anos 90, do século passado (e pelo meio muitas dividas perdoadas pelo estado central).

Hoje em economia, fala-se muito daquela fábula de Esopo, “mais vale um pássaro na mão do que dois a voar”, quando, na perspectiva de um investidor, ele ou mantém o seu dinheiro no banco (o pássaro na mão), ou usa-o para investir no mercado de acções em empresas que “voam” alto ( os dois a voar), nomeadamente as tecnológicas. Entre ser conservador nos investimentos, ou em ser-se pioneiro nos mesmos. Entre uns e outros, eu prefiro o “quando”. Explico. É bom e deve ser-se inovador no investimento, mas temos é de saber e sobretudo perceber QUANDO  é que vamos deixar de o ser. Porque existem alturas para o não sermos. Arrecadarmos o que temos/ganhamos. Mantermos os ganhos e analisarmos o futuro que "está aí". 

O (des)GR não foi bom investidor, muito menos bom analista. É péssimo. Odeia a inovação. No pensar diferente, no investimento e na análise ao investimento. Tal como os anteriores, desbaratou o que podia ter em inépcias e maus hábitos ( o pássaro na mão, o dinheiro de todos ) e andou sempre a colocar os pássaros dos outros ( os amigos do regime, os monopolistas )  a voar. E eles estão a voar...à custa do dinheiro de todos. O QUANDO neste regime não existe. Só o EU QUERO.

Este (des)GR tentou ser o “bom investidor/analista” da saúde dos madeirenses. Pensou ter luzes de conhecimentos, quando afinal é um buraco negro de conhecimentos e a imbecilidade total nos investimentos. Seja na Saúde ou em outras áreas. Porque para ser-se investidor, tem de saber-se onde investir, porque investir e quando investir. Tem de analisar para poder investir. Mas analisou apenas os "investimentos" dos muito próximos. E aconchegou-os, protegeu-os, como nunca nos protegeu a nós. 

O (des)GR (des)investiu na Saúde dos Madeirenses. Também na Educação. Igualmente no Turismo, nas Pescas, nos Transportes, portanto na Economia e Finanças. Fez pior. Nesta “coisa” da pandemia, assobiou para o lado, dando mostras que sabia o que estava a fazer, quando e apenas tentou jogar na lotaria da sorte. De o Covid não existir e se existisse quanto menos se falasse nele mais e melhor seria combatido. Teve azar…ou melhor, sorte enquanto conseguiu controlar a informação do óbvio. A existência e propagação do Covid. Desde Março deste ano, não APENAS agora, muito assintomático sem o saber, passeou pela ilha. Alguns na sua maioria, naturalmente deixaram de o ser e os restantes estavam com gripe. No entretanto infetaram e incubaram. Ou faleceram por causas "naturais" (os mais velhos). A RAM teve quase mais 21% de óbitos que o normal, uma taxa média acima dos 5% para o resto do país.

O (des)GR como mau, péssimo investidor, também jogou no “mercado dos futuros” da Madeira. Por isso, com eles,não temos futuro. Pensou ser um Buffet, quando e apenas é o Zé da esquina. Aliás, sabe menos que o Zé da esquina. Porque este sabe que tem de poupar para os filhos e o (des)GR nem isso fez. Poupou para os filhos dos outros. Este e outros (des)GR´s nunca investiram na Madeira. Como bons actores, ajudados por grunhos e a maioria da comunicação social, maquilhou sobretudo a sua imagem para nós, até onde foi possível. Eramos o paraíso. Mas da macacada. E os macacos fomos nós. Imperdoável.

Contribuinte é a pessoa que trabalha para o governo sem nunca ter prestado concurso, Ronald Reagan

E no resto também se assobia para o lado...

Com esta “estória” grave, muito grave da pandemia, continuamos a esquecer que “existe mais vida para além dela. Se da saúde estamos falados (e mal ), temos que perceber que a RAM só poderá sobreviver se tiver também saúde financeira e económica. Coisa que não existe. 

Se a Saúde está morta, na área financeira e económica as coisas estão péssimas. Está tudo ligado às máquinas. E nos cuidados intensivos. O turismo, quando existe é APESAR do (des)GR, a Cultura idem-aspas e a Educação...logo se vê. Nas Finanças/Economia, aspas-idem.

Tal como agora com a pandemia falta equipamento na UCI do hospital Nélio de Mendonça  para a combater, porque verbas foram desviadas para gastos/investimentos SUPERIORMENTE absurdos, o (des)GR também não preparou a UCI da vida económica, turística e financeira da região. Nem pré, muito menos pós Covid. Fiaram-se, fiam-se na virgem, no "golpe de vista" e logo se verá. Veem-se muitos incêndios e incendiários, mas nenhum bombeiro a combatê-los. Este é um (des)GR de incendiários.

Diz-se na economia que recessão é quando o nosso vizinho perde o emprego e depressão quando somos nós a perdê-lo. Na RAM a maioria de nós, TODOS aqueles que não estão empregados directa ou indirectamente (contam as empresas/institutos... âncoras do regime, de capital público ou privado ) estamos em depressão. Entrámos em depressão.

Quando uma empresa ou pessoa ou pessoa gastam mais do que ganham, vão à falência. Se for um governo, manda-te a conta, Ronald Reagan

Sejamos realistas. Se a Madeira já não conseguia obter/ter recursos para se sustentar ( impostos directos ou indirectos pagos por pessoas e empresas da região ), para ...2018/2019/2020 ….. para 2021 e anos subsequentes será pior. Não possuindo recursos não pode investir, não investindo não pode empregar, criar empregos. Apenas pedir esmola. O psd-M tornou a RAM na "região esmola" de Portugal. Na Madeira tudo tem um preço e quase tudo está à venda. E esmola-se.

Apenas o recurso ao endividamento bancário e o não pagar despesa a terceiros é que possibilita que o “banco” regional não feche. Dos empréstimos obtidos e conseguidos na banca a custo, o des(GR) pouco tem. Quase tudo foi para pagar dívida antiga, fornecedores ( sobretudo os mesmos de sempre ).  E preparam-se para fazer mais dívida ( um contrassenso ) ao permitirem-se fazer mais obra de betão desnecessária. Não útil, mas porque os amigos assim o exigem. E pagamentos de mais serviços....

Falemos APENAS em números que este (des)GR admite. Com uma dívida a fornecedores de mais de 4 000 000 000 € (quatro mil milhões de euros ), dívida acumulada regional de mais de 5 000 000 000 € (cinco mil milhões de euros ), e um PIB que não ultrapassará em 2020 os 4 200 000 000 € ( ou pior ) a RAM está falida. Nem tecnicamente falida está ( a soma dos seus bens, dos seus activos, ser superior aos seu passivo, ao que deve ). A Madeira, se fosse uma empresa, estava intervencionada pelos tribunais e um administrador de falências já tinha tomado posse. A Madeira, sejamos claros, não tem capacidade “per si” de pagar o que deve, excepto se começar a vender “escravos”. É o que este (des)GR fez. Tornou-nos escravos de outros.

Com uma dívida total superior a 11 000 000 000 € (onze mil milhões de euros ) a Madeira que só deve "facturar" em 2020 (PIB ) 4 200 000 000 € e nos 4 anos anteriores, números redondos, em média 4 800 000 000 €, não possui capacidade de pagar o que deve. Nem juros. Ou mais dinheiro é injectado ou a RAM fecha. Vivemos a empurrar a nossa dívida com a barriga para os netos....Sobrevivemos gerando mais dívida. Um ciclo vicioso: o (des)GR faz mais dívida para pagar a dívida.

Quase 62% das mini, micro, médias empresas regionais estão em risco de falência. O incumprimento bancário, empresas e famílias, é SÒ o maior do país. As Cofids e outras que tais, já não conseguem cobrar dívida. As empresas que ainda sobrevivem e usaram o “lay-off” ou os “apoios” que o (des)GR “deu” ( porque na Madeira nada se dá sem um troco ) não têm capacidade para manter funcionários ou devolverem o que pediram ( porque não mantiveram funcionários ). Excepto se fizerem o que muitos fizeram: No lay-off, obrigaram empregados a trabalhar mais do que deviam e não pagaram a sua quota parte. O terçoao empregado. Dos apoios que receberam para "ajuda"....o dinheiro não chegou e quando chegou foi para os mesmos de sempre. O (des)GR apenas ajudou as empresas num montante global de cerca 80 milhões de euros. O resto foi desviado porque ordenados e subsidios de férias eram precisos ser pagos.

Diz MA e muitos que agora o criticam, que na Madeira os programas sociais são(eram) bons porque muita gente usufrui deles, Mas para todos, até aquele actor célebre chamado Reagan, bons são os programas sociais que tiram gente deles. Não os que os colocam lá. Coisa que este (des)GR faz. Os programas "económicos" do (des)GR enviaram/enviam gente para os programas sociais. Uma forma de gerar a subsidiodependência. Aliás, como num estado "socialista" ou no estado "socialista bolivariano", é um orgulho ter tantos a pedir ajuda social. É um orgulho e são também muitos mais para serem pressionados a votar no que o regime entende. 

Entre um governo que pratica o mal e o povo que o consente, existe uma certa cumplicidade, Victor Hugo
Os (des)GR´s têm assobiado para o lado desde à quase 50 anos. Com este e o anterior de MA, o assobio foi mais forte. Para desviar as atenções ao saque sistemático e metódico da riqueza regional. Do desbaratar do esforço regional. Como num antigo país de Leste, de um país socialista como a Venezuela por exemplo, este (des)GR pratica o "socialismo democrático": distribui por quase todos igualitariamente a miséria, mantendo para a "nomenclatura" privilégios reforçados de bem estar económico, político e social. 

Já percebemos que a OPOSIÇÃO madeirense na ALRM, está apenas à espera que este (des)GR caia de podre. Nós trabalhamos, eles colhem os frutos. No actual quadro parlamentar regional só pode acontecer isso. 

Não será a altura de todos nós, OPOSIÇÃO, de exigirmos eleições antecipadas e um novo governo regional ? Vamos nós a OPOSIÇÃO e a outra oposição continuar a assobiar para o lado ?

Carlão, Assobia para o lado, o hino do regime da Madeira.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

No dia do regresso que não será!


Há certos textos que mais parecem obras ou sermões de encomenda. Em todos os sectores de actividade, dependendo, claro, dos interesses entre as partes, ou da relevância política, os leitores confrontam-se, a par de assuntos sérios, com arrazoados que oferecem uma ideia de paraíso, de lugar único e multicolor, onde não existe mácula e onde todos parecem satisfeitos. Os próprios dignitários assumem a voz da plateia dizendo, com palavras doces, que os subalternos os acompanham e demonstram uma felicidade contagiante. Vão até mais longe, em acto paternalista, que o próprio "caderno de reivindicações", dos sindicalistas, claro, todo ele é resolvido em "paz social, estabilidade e segurança". Espantoso.



Constata-se isto porque há sectores da actividade política que a população não demonstra conhecimento e sentido de análise crítica. Desde que os filhos estejam na escola, tudo bem. Aliás, o Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, em Novembro de 2017, no decorrer do encerramento do 1º Congresso das Escolas, em um trabalho de Isabel Leiria, publicado no Expresso, sublinhou: 

(...) Não há nenhuma família que não tenha alguém próximo integrado no sistema de ensino. Mas, estranhamente, a Educação está longe de ser a principal preocupação. (...) Quantas famílias votam, nas diferentes eleições, dando primazia à Educação? Tenho para mim que muito poucas". 

Ora, se o sistema proporciona uma boa organização, se os alunos dispõem ou não de currículos adequados, se os programas são os mais desejáveis face ao mundo que estamos a viver ou se, pedagogicamente, a escola ficou parada no tempo, desde o Século XIX, estes aspectos, genericamente, pouco ou nada dizem aos pais e encarregados de educação. Da mesma forma aos professores, porque sujeitos a uma hierarquia que impõe e limita o diálogo, preferem actuar no campo do cumprimento das tarefas ditadas por outros. É como vulgarmente se diz: "o meu está feito!"

E assim dou comigo a ler histórias de treta, sem rasgo e profundidade, de um auto-elogio bacoco e costumeiro, coisa pavorosa, que sintetizo como sendo papel com letras. Como me diria um académico, por quem nutro elevada consideração, tudo aquilo é "timex", porque não adianta nem atrasa. Aliás, a escrita ali pouco interessa, nem o título da "obra" - Regresso em Segurança a exemplo do 1º período" - quando passadas algumas horas, os estabelecimentos de aprendizagem do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava, por decisão do governo, verão adiado o tal "regresso em segurança". Uma vez mais, o fundamental não foi o texto, mas a fotografia. 

Na minha idade já não desespero. Espero. Espero que a ciência os ilumine ou, na esteira do meu Amigo Doutor Manuel Sérgio, se deixem fecundar pelas ciências para que excreçam a mediania. O problema é que "os portugueses, de facto, verdadeiramente, não dão primazia à Educação como prioridade nacional", considerou o Presidente da República. E assim, tal como nos versos de uma musiquinha do meu tempo, "lá vamos cantando e rindo, levados, levados"... e de que maneira, digo eu!

A própria pandemia, tenham isto presente, poderia ser uma oportunidade e não uma ameaça para o sistema.

Obviamente que respeito os critérios editoriais, porém, julgo que nem tudo deveria ser matéria de publicação, sobretudo porque dá a entender que se escondem motivos comerciais. Qualquer coisa ao jeito de "pega lá, dá cá". Eu, como leitor e até assinante, interessa-me muitas outras posições divergentes que ajudem a compreender toda a problemática, o mundo que se vive e as respostas mais adequadas, neste caso, as questões organizacionais, curriculares, programáticas e pedagógicas, a questão da formação e valorização dos professores ao logo da carreira, a autonomia das escolas e dos professores, a excessiva burocratização do sistema, as razões que conduzem a centenas de sinais de ansiedade e depressão por esgotamento mental e físico, a disciplina vs indisciplina, os indicadores de pobreza, material, cultural e outras, a todos os níveis, que chegam à escola, as questões da natalidade e a necessidade de tornar esta fraqueza em uma oportunidade, o paulatino esvaziamento dos direitos da criança que a escola, aos poucos, vai surrupiando, os famigerados "TPC", a desadequada arquitectura dos estabelecimentos de aprendizagem, a questão obsessiva pela avaliação, pelos exames e ranking´s, a falsa meritocracia, a questão da escola pública vs privada, o tal perfil do aluno à saída do sistema, quando não se fala do perfil à entrada, a tecnologia ao serviço da aprendizagem, o bloqueio à inovação e criatividade, a muita tralha dos manuais, as razões das taxas de abandono e insucesso, o dramatismo das pobres qualificações profissionais, a noção de aula, a existência ou não de turmas, ou sobre uma escola fechada nos seus próprios muros, teimosamente agarrada ao manual como se a vida fosse aquilo ou apenas aquilo, que não interaje com todos os outros sistemas, que mata a curiosidade, o interesse e o sonho individuais, enfim, centenas de itens a desenvolver, com rigor e profundidade, de tal forma que, regresso ao início, valha a pena ler e formar uma população para os desígnios da educação. Mas é o que temos. 

NOTA
Em complemento:

Deixo aqui excertos de uma grande parte do que escutei em um programa da SIC - Geração 15/25. É a palavra dos jovens.

"O sistema olha para o aluno como um simples recipiente onde se introduz conhecimento (...) as pessoas ali não pensam, as pessoas ali decoram (...) estamos a estudar para ranking's não para o conhecimento (...) há muito esta pressão para ter notas, custe o que custar (...) a escola está desenhada em torno da matéria e em torno das necessidades dos professores (...) os alunos têm muito pouca importância, esse é um ponto chave (...) gosto de um ensino estimulante, que dê responsabilidade sobre o que queremos aprender, maior valorização da oralidade, da criatividade, menos débito de matéria numa folha de exame e mais exploração das diferentes áreas do conhecimento (...) o mundo mudou menos a escola, a sala de aula, a forma como está organizada é a mesma (...) o espaço para reflectir é fundamental e é daí que vem o nosso crescimento pessoal. Quando não existe este espaço... por isso, culpo as pessoas que fazem os planos curriculares, que fazem os horários e que acham que tem de ser assim e que nós temos de ser tratados como máquinas com o dever de trabalhar para ranking's e não para o conhecimento (...) nós temos professores que não queriam ser professores e isso cria ali um problema: eu quero mesmo fazer isto? (...) há muitos professores que não têm essa capacidade de perceber com o que estão a lidar (...) os alunos precisam hoje de mais motivação para ir para a escola, era melhor irmos para a escola com um propósito (...) a maior parte das coisas que aprendi na escola, se não esqueci já, pelo menos considerei-as inúteis e desinteressantes (...) o sistema educativo foca-se em coisas que não são fundamentais para a vida (...) estamos a criar alunos que não têm qualquer tipo de interesse relativamente à vida que os rodeia... a escola deveria contrariar isso, abrindo o mundo porque há mais vida para além daquela que vivem diariamente (...) nós saímos da escola com muito poucas capacidade para sermos resilientes, para enfrentarmos desafios (...) eu não sou preparada para pagar impostos, para fazer um currículo, uma entrevista de emprego, como posso obter todas as informações para exercer o voto consciente... falta muita coisa (...) muitos alunos não vêem a finalidade daquilo (escola) (...) os programas estão desenhados, por exemplo, para dar gramática... quando o objectivo não deveria ser que as crianças soubessem gramática... o objectivo do Português é que sejamos bons falantes da língua e que se saiba escrever. Saem do ensino e não sabem escrever e muito menos sabem falar e, definitivamente, não sabem olhar para uma obra literária (...) o bom professor é o que nos consegue cativar, que nos estimula constantemente (...) as notas não definem ninguém. Um curso com média de 18 não é melhor que um curso com média de 12. Há quem entre com 18 e esteja contrariado e há quem entre com 12, mas com paixão porque é mesmo aquilo que querem (...) nós já não vivemos num mundo onde faça sentido o professor abrir o manual, ler o que está no manual, fechar o manual, fazer uma ficha e acabou. Estamos a desperdiçar tantas qualidades que os alunos têm, portanto, não faz sentido uma resposta uniforme para a diversidade (...) decoramos para os testes e para os exames e raramente essa matéria fica retida (...) haver debate de ideias e várias perspectivas sobre o mesmo assunto, é muito, muito raro. Eu tive poucos professores que me dissessem: temos este assunto e aqui no livro temos esta solução. Mas vamos lá pensar em mais soluções. É raro, quase não acontece em Portugal (...) a nossa formação é demasiado quadrada, demasiado formatada. É quase um ritual (...) não são os currículos que interessam tanto, pois precisamos de pessoas inovadoras, pessoas que consigam se auto-construir (...) vão-nos retirando a criatividade e a curiosidade. O sistema educativo está muito condicionado por uma força de poder que quer manter a socidade estagnada (...) a EDUCAÇÃO continua a não ser uma oportunidade. Nós deveríamos mudar as coisas antes de se tornarem um problema."

Ilustração: Google Imagens.
Publicado em www.educacaopensamentoautonomia.blogspot.com