sábado, 30 de maio de 2020

O partido do quase é medroso


A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes, Churchill 
Vem nos manuais que um bom político não pode mostrar medo. Deve ser reservado,  ser humilde, deve saber usar a autoridade não o poder, deve ser paciente mas rápido na execução, deve ser gentil, deve respeitar todos, deve ser responsável, deve ser altruísta, deve saber perdoar, deve saber ouvir e saber (quando ) decidir, deve conhecer o compromisso, deve ser confiante e instalar confiança na população. Também deve saber priorizar as necessidades do povo, agir em conforme e criar um laço com o mesmo para o ajudar a atingir esses objectivos. Sobretudo, deve trabalhar com todos e para todos, não apenas para alguns. Ser honesto e ter um sentido ético elevado, não é condição para um político, porque essas qualidades devem ser inatas em todos. E saber que as decisões são solitárias, os sucessos são de todos e os infortúnios dele. 

Para se ser um bom político tem que saber-se ser líder. Leia-se James C. Hunter e teremos uma boa ideia do que é ser líder. Conheça-se Max Weber e saberemos o que é ser um bom político.
A história ensina-nos que o homem não teria alcançado o possível se, muitas vezes, não tivesse tentado o impossível, Max Weber“
Tudo isto vem a propósito do PS-M. Quer se queira ou não, o PS-M é o único partido regional que pode tirar a maioria ao psd-M. Em coligação, obviamente ( o psd-M pode ir sozinho ou levar o inexistente cds-M para usar os poucos votos que não elegem deputado, mas podem ajudar a eleger um, coligados de acordo com o método de Hondt ).

O psd-M ao longo dos últimos 45 anos, sobretudo depois de o dinheiro, o "eldorado" terminar, tem sistematicamente criado crises artificias, tem feito sucessivos "bluffs", ameaças e tem ganho com isso. Ou porque Lisboa não se tem preocupado com o que se passa aqui, ou porque a oposição ….não responde, não é firme, não existe.

O PS-M é o segundo partido regional o que implica que seja LÍDER da oposição no sistema político regional. Mas infelizmente, liderança, não a vemos. São uns frouxos. Uns medrosos. Estão à espera que Costa faça o serviço deles, ou talvez que JMR lhes dê um brinde. Estão a contar que o poder lhes caia nas mãos. São um partido dividido em tendências e egos pessoais, Não fazem oposição, fazem "cócegas".

Querem ser gentleman´s numa ilha onde o opositor directo é rufião. Querem ser betinhos, quando combatem velhacos. São uns queques, uns copinhos de leite quando têm malandros para combater e deviam ser fortes e resolutos quando afinal são fracos. O PS-M parece estar destinado a ser o partido do quase. Quase ganhava, quase iremos ganhar, quase seremos os maiores, quase formaremos governo.... quase, quase, quase... .
Neutro é quem já se decidiu pelo mais forte, Max Weber
Antes, com AJJ, o PS-M era o partido dos "socialistas" do Regime, o senta Bobby, senta Tareco, porque ficava bem a AJJ ter, vá lá, socialistas como bibbelot. Hoje, este PS-M parece continuar numa "via" muito próxima do antigamente. Os personagens mudaram é certo, mas as ligações óbvias ao Regime continuam lá. Por isso, aquele ditado português "entradas de leão, saídas de sendeiro" ficam-lhe bem. Porque é sempre assim antes de uma eleições.

O PS-M é também o partido dos (muito ) líderes. O líder de trazer por casa, o líder de trazer por fora, o líder da  ALRM, o líder das câmaras, os líderes que têm negócios com os GR´s, os líderes diplomatas, os líderes …. São tantos que parece-me que naquele partido, cada cabeça, sua liderança.

Foram buscar uma pessoa de sorriso fácil, cativante, com um "modus operandi" distinto do cinzentismo reinante, antigo professor e vencedor da câmara do Funchal como independente, para "proto, quase Líder" ( lá está, quase ). Mas, aqui está o "busílis" da questão. Em vez de se rodear por pessoas de ruptura com o passado, com o regime, deixou-se ou foi obrigado a colocar o regime, o lobo, no seu covil. E o resultado é o que vemos. O que assistimos. Podia ser o líder da ruptura. Fica-se parece, por ser líder da renovação na continuidade. Aliás, será mesmo líder ? Ou uma oportunidade que quase, quase ia lá ?

Em vez de tentarem com toda a oposição, criar condições para uma frente única para combater o regime, ganhando o GR, saneando o GR, auditando contas e chamando a policia, este PS-M prefere ficar-se pelo básico. Serem o segundo partido, o primeiro dos últimos. Mesmo agora quando o GR treme por todos os lados e "cai-que-não-cai" e poderem levar talvez o brinde, potencialmente "brilhante" de um JMR enviezado.

Se estão a contar com o CAOS na Madeira, terem APRAM`s e outras que tais sem dinheiro para despesas, esperarem por Junho para o GR tentar pagar ordenados e subsídios de férias, por Julho para as moratórias que têm de pagar, por Agosto para os empréstimos que não podem amortizar, por Setembro para os,livros que não podem pagar no inicio das aulas, para Outubro para juros .... temos pena, o PS-M já vai tarde porque o regime terá tempo para inventar, arranjar um rectificativo "à moda" e culpabilizar Lisboa de novo ( vide recentemente Prada, Calado, Albuquerque, Ramos, Rodrigues, Melim,..... ) 

Recentemente o psd-M esticou de novo a corda, ameaçou com a ruptura e de novo com o continente. As declarações do deputado Prada envergonham todos, quando diz "chega de estarmos ao lado de um país que não está do nosso lado". Prada não tem vergonha e estas declarações são sediciosas para a unidade nacional, são torpes porque são mentirosas, são incendiárias e são ameaçadoras. Como ninguém do psd-M se desmarcou, caberia ao PS-M dizer basta e se quiserem ruptura,façam-na, porque nós seremos os primeiros a combater tal. Mas o que o PS-M fez ? Depois de 48h a "pensar" sobre as ameaças de ruptura do regime, dois co-líderes!!!! fazem uma conferência de imprensa a dizer " com o rectificativo " é que vai ser.  "Cauda/rabo" colocado entre as pernas e .... outra oportunidade perdida ( Pereira e Cafôfo parecem aquelas meninas do meu tempo na escola, vão aos lavabos aos pares.Elas para conversar, eles para se vigiarem e aparecer nas fotos).

O PS-M não deveria criar uma crise, mas obrigar o psd-M de ter o ónus de criar uma. De mostrar o bluff. Estão com medo de perder as eleições ? Lembro-lhes o líder deles, Mário Soares, que perdeu uma eleição, foi ostracizado pelo partido, para ganhar uma Presidência.

{ Hitler fez muitos bluffs até a II WW começar com consequente destruição da Europa e parte do mundo. Mas como seria tão fácil apeá-lo se em vez de um Chamberlain , tivesse o Reino Unido um Churchill como primeiro-ministro} 
Somente quem tem a vocação da política terá certeza de não desmoronar quando o mundo, do seu ponto de vista, for demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para o que ele deseja oferecer. Somente quem, frente a todas as dificuldades, pode dizer ‘Apesar de tudo!’ tem a vocação para a política, Max Weber
Deputados como Sofia Canha, Elisa Seixas, Luísa Paolinelli, Sílvia Silva, Victor Spínola ( muito bem os posts que tem colocado no facebook na saga "Sabia que" que deveriam ser aproveitados para cartazes ou muppies e espalhados pela ilha ), Miguel Iglésias, Rui Caetano.... estão a fazer diferença no hemiciclo. Mas, para o povo, que desconfia da ALRM e que foge dela como se de peste tratasse, não basta.

Como olhar para o discurso ultimo da deputada Olga Fernandes, que sendo mais "centenista" que Centeno, no alto da sua verborreia sentenciou todos os portugueses e madeirenses a "chulos" porque, vejam só " todos querem pagar menos [IRS] e serem reembolsados ao máximo". Olga Fernandes não precisa de mais reembolso de IRS porque a empresa do regime onde é sócia e o marido e o Sousa do JM já recebe demais do regime. Mas nós ,,,não. Olga Fernandes devia era olhar para os professores da Madeira e chamá-los à atenção quando pedem mais dinheiro porque "esforçam-se" mais ao dar aulas em casa por video-conferência ou quando pedem dinheiro para os seus equipamentos de informática pessoais, por estarem a ser utilizados naquelas aulas. Não o faz porque é/foi professora ? Porque dali vêm votos ? Mas se Olga é "esperta" para dizer o que disse, deverá ser esperta para saber que o que os professores pedem é .... hilariante, egoísta. Tentarem ganhar dinheiro com a pandemia.
Ao psd-M dizer ok a isto é normal. Porque dizem que sim, gozam com o sofrimento dos outros, das mortes de todos, mas amanhã esquecem-se do que disseram ( como aconteceu aos médicos e outros profissionais de saúde) . Mas o PS-M deixar a sua deputada dizer "boutades" e serem omissos neste caso, por exemplo , é mau demais.

Cafôfo, se quer ser líder, o PS-M se quiser liderar a oposição, deviam saber que para sê-lo é preciso coragem. Mostrarem que são os primeiros "inter pares". Darem o peito às balas, tomar às vezes as opções mais difíceis, ser confiante nelas, não ser cobarde e nunca trabalhar de acordo com as conveniências. Serem responsáveis e combaterem este regime de baixo para cima. Fazerem por ganhar a confiança das pessoas, como Cafôfo já soube ganhar. Mas Cafôfo pode ter agora a sua ÚLTIMA oportunidade, Porque este GR como referi em cima, treme " como varas verdes". Um GR a prazo, aposto. Mas se Cafôfo não sabe fazer...saia do caminho e dê lugar a outro. Não aos outros do regime. Percebam.

Afinal é o PS-M um partido de corajosos, ou apenas de fracos ? E os líderes ? Quem são eles ? O PS-M não se esqueça que um líder fraco, medroso, "faz fracas as gentes fortes". Também não se esqueça que hoje pode ser o segundo, mas amanhã com um partido regionalista suprapartidário...será o "quase" ad eternum. E as pessoas, meus senhores, já pensam nisso. Basta um empurrão e tempo.

Zach Williams - Fear Is a Liar

quarta-feira, 27 de maio de 2020

O ego mata



A Madeira muito barafusta por dinheiro é aquela que, em 35 anos de subsídios da União Europeia, não conseguiu retirar a sua população da pobreza, no entanto, conseguiu fazer poucos ricos que compram toda a Madeira, com o dinheiro dos favorecimentos, e castiga o colectivo com os seus negócios e a anulação da pluralidade.

A Madeira que tanto barafusta por dinheiro é aquela que só pelo lockdown completo evitou que se consubstanciasse a realidade da nossa Saúde Pública, assente na mentira, no tachismo e a política metida onde não deve. A Saúde não foi prioritária na Região, tal como os lares também já estão aprisionados em esquemas. Aliás, na Madeira, tudo só anda e mexe se for do interesse de alguém do poder político ou económico do regime. Não há liberdade, há confinamento, até ali podes ir ...não mais, o resto é reservado à distinta elite, condição que açambarca a oportunidade, a inteligência e o estatuto de vencedor na impunidade.

A Madeira que tanto barafusta por dinheiro nunca constituiu um Fundo de Emergência na Autonomia, para ser auto-suficiente e corresponder no imediato e, por algum tempo, por meios próprios, antes de pedir socorro. Não aprendemos nada com outras catástrofes e ainda dizemos aos outros precavidos para dispensarem a sua faceta de formiga à cigarra. A Madeira é como um navio de cruzeiro sem baleeiras para o salvamento. Chapa ganha, chapa gasta, alucinada na riqueza imediata de alguns e quem vier a seguir que se amanhe ou feche a porta. Nunca houve alternância e é curioso que a avidez é tanta que o partido do poder inquina o seu próprio mandato seguinte. Vivemos as contingências de uma falência por consumo até da riqueza das gerações vindouras.

A Madeira que tanto barafusta por dinheiro mostra ao que vai e continua a não elevar a cultura, o conhecimento, o debate de ideias e a conquista de novos mundos, até no pensamento, quando foi o primeiro pouso das Descobertas. Modernos no possuir e consumir mas ultrapassados por 500 anos de ensinamentos da história. Quem se abriu venceu, quem se isolou ...morreu. Incute o medo para conservar a era dourada de alguns que acabou, vivemos prisioneiros do passado, de gentes, dívidas, estratagemas e política. Cristalizamos no medo e vamos morrer, crise após crise, com os mesmos a produzir a filharada da abastança e em consanguinidade até condenar a demografia ou o poder financeiro comprar por atacado.

A Madeira, que tanto barafusta por dinheiro quer ganhar, gritando que abateu com uma esmola a dívida, mantendo a práxis corrupta. Uma atitude de sobranceria pueril suficiente para consumo interno mas idiota para o consumo externo. Votar nos mesmos e não se indignar por medo traduz-se em cumplicidade para quem vê de fora! Lavar a cara não chega, precisamos de outros rostos.

A Madeira que tanto barafusta por dinheiro encontra, no desenho de quadros de manipulação do pensamento colectivo, a solução para encostar a República à parede, omitindo as suas culpas e fazendo crer que contas certas é encaminhar o ORAM para os imensos interesses, que não são do colectivo mas, que sustentam famílias, empresas e negociatas de regime num artificialismo que, chegada a crise, quer todos os apoios para voltar a deixar os “outros” “à fome”, sempre os mesmos. De um lado e outro. Fome aliás, a nova descoberta argumentativa de um poder nojento que, perdido, já manipula a condição de miséria, sua conquista por falta da distribuição da riqueza regional para o bem-estar colectivo. Depois da caridadezinha, o subdesenvolvimento humano é abusado pelos ardilosos que não querem perder o poleiro na capoeira que canta de galo …desde 1978.
Quem se deixa levar por medíocres é medíocre. Passada a experiência, se fixa no orgulho, deve ficar apeado evitando perda de tempo.

A Madeira, que tanto barafusta por dinheiro continua a desonestidade intelectual e propõe ao colectivo a perda de imprescindíveis com que ainda contam para socorrer emergências do regime. Até parece uma vingança, de alguém que vê o seu jogo virado do avesso e que já não funciona, tendo o instinto patológico de criar uma represália sobre aqueles que nunca foram alvo sincero da sua governação e que, no momento, se tornam saco de boxe para aliviar o stress e a frustração. É doentio castigar os fracos quando os mais fortes deixaram de ouvir e reagir. Afinal há Constituição, hierarquia, República e Autonomia, decência e diplomacia, o que há é uma quantidade de javardos que criam uma neo-política assente na mediocridade.

A Renovação é uma erupção vulcânica no meio do oceano, turbulenta num espaço confinado que o mar cobre. Vai solidificar, cristalizar, pensar em si e deixar mais pobres, isolamento e dívidas. A culpa não é de mais ninguém! Nunca governaram para deixar um mandato seguinte mais saudável, tão só para usufruir o máximo do hoje e do eu.

Se ainda não perceberam, a Madeira está a ser do desinteresse de muita gente. Esta proliferação de pequenos egos a funcionar em rede é uma dispersão de força motriz, são grãos de areia que apenas uma onda do tal oceano desvanece. Quem não merece atenção e é marginalizado pelo que diz vai embora. Vamos ver se a ilha produz mais do que erupções vulcânicas ou cutâneas, a malta está farta de foguetório e pus.

A Madeira está com um ambiente senil, uma mistura de interesses e surdos mudos, a esbracejar sem sentido e nunca chegará a linguagem gestual. Cheia de individualismos e egos que se perdem sem força motriz. Na Madeira, desaprenderam a trabalhar em equipa para ter uma palavra mais forte porque todos acham que alguém vai dar o golpe. Estão a ver a dimensão da Autonomia não conquistada e ainda querem retalhar mais um bocadinho para cada um ter um palco. ... há mais mundo, não precisamos de passar por isto!

Este Governo Regional não tem diplomacia, carácter e argumentos. Está convertido ao caciquismo. Veio o empréstimo, ficou a atitude e a "Madeira" não verá resultados.

Angustiados


Aquele pensa que sabe muito, mas não sabe de nada, e a sua ignorância é tanta que nem sequer está em condições de saber aquilo que lhe falta, François Fénelon
Nunca existiram dúvidas que com o GR perdem-se fundos ganhando-se dívidas; perdem-se valores trocando-se por favores, gerem-se interesses entregando-se recursos e trocam-se informações por acções. 

[ Aquilo-que-te-digo-mas-não-te-posso-dizer-aqui-( mas-não-te-esqueças-do-papel )-e-que-tu-amanhã-também-fazes-para-mim-porque-favores-e-segredos-são-como-as-sogras-enterrados-estão-bem-apenas-para-nós-mas-fora-são-chatos-e-nós-não-os-queremos-à-vista-de-todos.Já-agora-vamos-ao-golfe-passar-pela-sede-do-partido-beber-um-rótulo-(mas-não-te-esqueças-do-papel )-......]

Sem estranheza diga-se, aconteceram recentemente situações que puxam muito ao que aqui se tem dito. A lei do "Coça-me as costas que eu coço as tuas". Que nos deixa angustiados, perplexos, agoniados, por mais "vacinados" que estejamos. Aliás, o manual das receitas do Regime não tem fundo, nestas coisas, ao contrário do fundo de Barreto e companhia. Vamos ás nossas e as deles ( falo em angústias ) ?

O Fundo dos (sem) milhões

Um fundo criado para os grandes, não para os pequenos. Para o preguiçosos, não para os trabalhadores. Para os que não pagam impostos e para os que também pagam. Para as cronicamente falidas e/ou dependentes e para as que têm possibilidade de o não ser.

Se fosse para os pequenos, a documentação pedida, exigida não seria a que o GR permite. Nem os critérios. Prova-se mais uma vez, que ou o GR não conhece o tecido empresarial da Região, ou então quem está lá e estudou a coisa, não teve a sensatez de se colocar na posição dos que diz defender. Ou pior, não fazem "puto" ou não têm ideia nenhuma do que querem. Por mim, gostaria muito que apenas fossem ignorantes, porque assim, a culpa seria dela, da ignorância, não do sistema instalado. Podia ao menos chamar-lhes estúpidos, burros, ignorantes .... Mas ao sistema ?  Vejamos, o que soa melhor :" És um grande burro, sistema !".  ou "o Sr. Dr. ... é um grande burro! " . O que fica melhor ?

{ Um aparte: por exemplo, se fosse à 4 anos, as empresas de Miguel Albuquerque com dívidas ao Estado/Região, podiam candidatar-se mas a do Sr. Francisco, mais pequena e sem dívidas  também. É correcto isto ? Não, claro. O bom, o mau pagador e o esquecido/prescrito a candidataram-se e iguais no acesso ao dinheiro. E qual a probabilidade, de 1 a 100, de as empresas de MA receberem e a do Sr Francisco não ? e o Sr. Francisco tem as mesmas facilidades de ir á banca do que Miguel Albuquerque ? não. Eu daria, nas probabilidades, 75 a 99 a MA e 1 a 25 ao Sr. Francisco, sem assessor/consultor "governamental".E com "com.." uns 45 a 85 }
A ignorância é audaz; a sabedoria, reservada, Tucídedes
Se o GR, Miguel Albuquerque, Rui Barreto, Pedro Calado... e a grande maioria da cambada de assessores, consultores, economistas, contabilistas, "yes man" de que se rodeiam, conhecessem alguma coisa do que falam, saberiam que pela documentação exigida para as empresas terem acesso a este fundo,  estas seriam classificadas na sua grande maioria em situação de falência técnica, capacidade de desenvolvimento fraca, sem capitais próprios ou quase ausentes e fracos....portanto não sendo elegíveis ou não tendo condições para aquele fundo ( um banco não dá 20 000 € a uma empresa de esquina do Sr. X que tem um capital social de apenas 1 000 € excepto se o Sr. X for o Calado, o Avelino ou o Sousa, por exemplo )

Por isso, apenas umas quantas, as maiores, não necessariamente as melhores, ou as “assessoradas” pelos ex-actuais-futuros-antigo-novos dirigentes  têm acesso ao mesmo.  [ O Sr. S. resolveu o assunto com uma consultadoria..."à moda do Regime", Vai receber e vejam só ....o valor do assessor já ESTÁ incluído... ]. 

Porque quem precisa, não pode pagar o assessor ou  verbalmente já lhe disseram " que seria...difícil, que o fundo já está nos limites, é uma perda de tempo, ... " . Também por isso, já bastantes começaram a receber cartas do banco a dizer que o seu negócio não tem critérios de elegibilidade, porque está tecnicamente falido. Temos pena.

Por isso e face aos critérios e valores  / empresa / volume negócios deste fundo, os "astutos medíocres" dizem que 85 milhões já foram tomados !!! por cerca 3 000 empresas ( média de 28 340 € /empresa ) o que não é correcto. Ora como os limites de financiamento neste fundo, são de até 30 000 € para as microempresas e 600 000 € para as grandes ... depreende-se que as grandes vão levar/levaram quase tudo. Façamos contas e demonstremos


                         85 000 000 € / 600 000 € = 142 empresas 

                         85 000 000 € / 400 000 € = 212,5 empresas

Bate certo. É este o intervalo do número médio de empresas "médias/grandes" na Madeira ( já agora, não esquecer que as grandes são detentores de muitas médias / grandes e os accionistas/sócios são na quase totalidade dos casos (93%), detentores de outras sociedades ou sociedades em nome individual, familiar, ....podendo assim receber mais dinheiro com outras sociedades (deles). o que também não está correcto, porque o Sr. A. não tem mais empresas, mas por exemplo, o Avelino tem..

Lastimável é estes "astutos" andarem enganar todos e agora arranjarem a desculpa da morosidade da banca, da burocracia .... de Lisboa para dizerem que o dinheiro ainda não chegou. O dinheiro não vem ? ou foi-se ? Vem às "pinguinhas" ? OU só as más notícias chegaram às pequenas empresas? Mas ....parecem cúmplices de um novo saque, não parecem ?

Já agora as sociedades falidas, os "elefantes brancos" da RAM, do GR também se podem candidatar a este fundo ? Se for assim, continuam a receber pelo GR e pelo fundo. "a dois tempos".  O que é eticamente reprovável, porque parece, digo parece, que aquilo foi criado para safar empresas e não apoiar empresas zombies, moribundas,.... Isto de ser juiz em causa própria, também dá nisto. 


E aquelas que não prestaram contas à segurança social e tiveram as suas dívidas prescritas ? E aquelas que não têm sede fiscal na Madeira ?


Mas o que se passa com os avales, aqueles que o GR deu para as grandes, "as big five", poderem ter acesso á Banca ? São cerca de 200 milhões de euros..... sem o fundo, para poucas, muito poucas. 


E já agora ....transparência exige-se. Quem recebeu, em que condições e valores. Ou mais uma vez o GR como quero crer vai ser opaco ?
O homem poderoso que junta a eloquência à audácia torna-se num cidadão perigoso quando lhe falta bom senso, Eurípedes
Miguel Albuquerque
- Ex-presidente da jsd-M
- Ex-presidente da CMF
- Ex-empresário de sucesso de “desconhecidas" sociedades anónimas e limitadas falidas
- Um dos políticos mais ricos do país
- Ex-coproprietário de uma quinta de turismo, propriedade de sociedades suas e ex-mulher, que recebeu consecutivamente pelo GR de AJJ, apoios comunitários monetários a fundo perdido, a juros bonificados, apoios do IEFP, ... para reconverter, melhorar, desenvolver, requalificar, publicitar, adaptar, formar ..... 
- Vendedor com sucesso daquelas sociedades e das dívidas delas
- Ex-delfim e traidor de AJJ
- Presidente do GR
Ex-choroso incompreendido no programa da Cristina
- Proto candidato à Presidência da República
- Causador de crises ( AJJ e agora )
- Ex-renovador, agora situacionista por oportunismo
- Ex-liberal, agora estalinista por necessidade
- Ex-social democrata, agora apreciador de manifestações de culto
Neto de opositor ao Estado Novo, mas praticante das politicas do Estado Novo por convicção
- Ex-renovador ....renovado ( entenda-se: renovar o renovado = mesmo de antes )
- Ex-desaparecido no Dubai e outras catástrofes na RAM
- Adorador de câmaras de TV, fotográficas, jornais....
- Criador e praticante do emprego desnecessário no GR
- Pianista de méritos (des)conhecidos, dando música para o povo nas horas vagas 
- Orgulhoso detentor de uma carteira de dependentes na RAM
- Actual presidente do GR
- com Gabinete na quinta das Angústias
- Praticante da arte "passa-culpas" e "não fui eu"
- Condenado por praticas não conformes pelo TC na CMF
- suspeito de corrupção pela prática de crimes de participação e prevaricação económica em negócio e violação de regras comunitárias segundo a revista Sábado. 
- .....

Tudo isto cabe no CV de Miguel Albuquerque, o que não é nada de anormal, confesso. Porque no regime onde MA rege a "sua magistratura", a banalidade do (nosso) anormal é o dia a dia, o normal.

Suspeito, acusado, indiciado, julgado, condenado ..... as fases que potencialmente terá de passar ( a primeira já está, parece ) agora com este caso recente. Mas que não lhe tiram a vergonha eo sono, de continuar como presidente do GR. À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta. Miguel Albuquerque devia ouvir mais Lincoln: 

Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente
Mas um problema coloca-se com este ultimo caso. Se MA é suspeito de não observar as regras comunitárias, então e a Vice-presidência ? Mas... cadê os outros ? Pessoas e (outros) casos. Ou será este a caixa de Pandora para o que aí vem (mais ). 

cds-M e as causas impossíveis

Passou a semana passada por alguns sobressaltos. Eleições antecipadas ? Ai, livre-nos São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. Miguel Albuquerque a presidente ? Livre-nos Santa Rita de Cássia. Miguel Albuquerque na justiça ? Livre-nos São Gregório Taumaturgo. 

Mas ainda existirá algum "santo" no PS-M que possa dar a mão a Barreto com a bènção de JPP e o "cruzes, credo abrenuncio" do PCP-M na ALRM ?

Valha-nos Nossa Senhora da Boa Bonança, que nos dê boa bonança
Dai-nos Nossa Senhora do Bom Juízo.... juízo ( e livrai-nos dos Lopes e de todo o mal, ámen ). 

Teófilo Cunha

Saberá já onde fica a Secretaria e o que ela faz ? Conhecerá já o caminho para o seu gabinete ? Conhecerá onde fica o WC ? Saberá já que os peixes se pescam no mar e faria algum sentido que fosse em barco ?  Com Teófilo, aos pescadores nem São Pedro lhe vale. Porque nele é grande a proteção de Santa Dimpna. 

Mas aleluia, parece que uns empresários escondidos este tempo todo "apareceram" para investir, desenvolver, potenciar as pescas . Milagre senhores, milagre. Porque com aeroportos fechados, sem ligações maritimas ....eles chegaram. Ou estavam apenas escondidos na Madeira, a hibernar e Teófilo "achou-os" ? Santa Dimpna está mesmo com Teófilo. Aleluia  meus irmãos !!!!

Men Without Hats - Safety Dance


domingo, 24 de maio de 2020

Comissionistas, criminosos, filibusteiros .....



... ou como tentar fazer dinheiro com a desgraça alheia 
... ou como atentar contra a saúde pública da RAM
... ou a boa arte de não governar
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte, provérbio português
Têm sido hilariantes os últimos dias na RAM. Como sempre o GR e os “excelsos” que o compõem são pródigos na desorientação, no nervosismo e no "navegar" por likes, mostrando agora uma faceta "comercial" e comissionista. Penso muitas vezes que erraram a profissão e deveriam estar nelhor numa feira.  "Quem dá mais?", "Leve 2, 3 pelo preço de uma !", " È para a menina ou para o menino!" fica-llhes bem.  Mas todos concordamos numa coisa: Contas e discurso coerente não é com eles.. 

É claro para todos que a Região não tem dinheiro para pagar despesas correntes. Por isso novas fontes de receita são precisas, talvez para pagar aos mais necessitados para o GR: os dependentes do Regime. 

Como fica claro que as opções tomadas pelo GR são despesistas, não tendo em conta a realidade actual. Por exemplo, os 3 milhões dados a Marítimo e Nacional ???  são ….impensáveis numa região endividada e em crise económica, como os próprios responsáveis constantemente referem. Apelam a Lisboa, mas gastam com "futebois". Não é correcto.

Mais uma vez, vamos aos factos, não esquecendo que neste GR cada cabeça sua sentença. Uma medida exacta do desespero, da ineficiência, da inoperância e sobretudo um baixar de braços para encontrarem novas soluçõese eficazes para combater as dificuldades do costume criadas por eles, acrescidas das criadas por esta pandemia, numa Região endividada "até à medula" ( mesmo sem a divída que não reconhecem ) e pior preparada para a actual realidade. "Lisboa, preciso de dinheiro" é uma das soluções deles. A outra é a , "a culpa é de Lisboa". 

As máscaras

Vai uma rebaldaria com elas. De onde vêm, para onde vão, quanto custam, como foram adjudicadas e critérios, como vão ser pagas é ….. um mistério. Mas o certo é que ninguém no GR sabe do que fala. Vejamos ...

Pedro Ramos: disse que foram adquiridas 360 000 máscaras com um custo de 460 000 € para distribuir pela população ( 1,27 € / máscara )

Pedro Calado: disse que o GR mandou fazer 450 000 máscaras em empresas regionais, com um custo de 700 000 € (1,52 € / máscara)

E na página do psd-M falou-se em cerca de 1 milhão de euros , para a aquisição das “benditas” cujas. ( Mas daqui, a táctica para gerir qualquer informação é dividir por metade o que escrevem, ficar com o quarto da restante para obtermos metade da metade da verdade)

O GR pela voz de MA  disse em Abril que iam ser mandadas fazer e destribuir pelo GR, 250 000 para a população madeirense residente.
Por sua vez Pedro Ramos, disse ter ainda de distribuir mais 120 000 pelos lares !!!

São muitos números, demasiados números a que se juntam mais outros:
Se nos inícios de Abril era uma máscara por pessoa, em meados eram 2 máscaras por casa ( os palheiros contam? ) o que quer dizer, que não só madeirenses recebem como também todos aqueles que não podendo ir à Madeira, têm aqui casa, inclusive os não residentes, estrangeiros, ..... ( coisa que MA publicamente não defende ).

Por fim, o GR recusa-se a dizer a quem foi entregue a produção destas coisas, "iop secret". De tal forma que nem no JORAM esses contratos por ajuste directo, "sim/não/talvez" aparecem. Pelo menos a mim. O que leva logo a perguntar se a mulher do Sr. Dr. Director, a cunhada(o) do Sr. deputado  ou a mais que tudo do Sr. .... e sócia(o) tiveram a sorte de estar no sitio certo com os contactos certos, na altura certa.  Transparência ... o que é isso para o GR ? Nada. Zero.

Mas entre boas, menos boas, péssimas, conformes e não conformes, com ou sem selo, com ou sem filtro, certificadas ou não pela DGS, mas cuja certificação deve ter sido dada pelo IBVM quando tudo estava grosso, entidade a quem o GR recorreu para comprar, mandar produzir, elas foram entregues, nunca no prazo indicado, mas para o ano civil, de 2020 acho.  Culpa dos correios por certo e de exagerado optimismo de quem, MA, em 7 de Abril dizia que as máscaras seriam entregues até 15 dias depois.  
Em relação aos modelos, as máscaras  mandadas fazer têm bastantes e diversificados, porque lá está, cada cabeça sua sentença e quem as produziu, naturalmente tentou dar-lhes toques e retoques á maneira de cada. Porque as regras e determinações da DGS são para ser interpretadas de formas criativas.  Por isso muitas das entregues parece não obedecerem à legislação. 
Se assim fôr, o GR ao distríbuir máscaras não conformes á legislação portuguesa, sem controlo de qualidade e entidade certificadora ( o IVBM ? ) , está a atentar contra a saúde pública na RAM, naquelas que são claramente não conformes ás regras e normas da DGS, UE e OMS.  Por isso, devia ser acusado, a polícia chamada, os responsáveis serem ouvidos pela justiça e condenados. Porque atentar contra a saúde pública é crime e este crime é punido com penas efectivas de prisão: mínima de 10 anos e máxima de 30 anos se existirem mortes.  ( clique aqui ) É o GR da Madeira criminoso ? Parece que sim. As provas estão aí. À vista de todos e em muitas das nossas casas. 

(OBS. porque será que no Madeira Medical Center e no Hospital privado pessoas com máscaras distribuídas pelo GR não entram ? )

Os testes ( ao Covid )

Também aqui nota-se um GR desfasado em atitude, sentido de responsabilidade e pior ainda com um aparente e forte sentido comissionista perante a desgraça alheia. Isto de ganhar um pouco de dinheiro, ter outra forma de receita é inovar (mal). E o GR tentou e parece, pelas palavras recentes de MA tentar fazer tal.

Começou o GR a pedir 150€ por teste a quem chegasse ao aeroporto, atirando o "barro à parede". Depois, porque a coisa não pegou, apenas para aqueles que não residiam na Madeira ( estrangeiros, turistas, madeirenses emigrados, .... ) e finalmente a “assumir” essa despesa para todos. 

Miguel Albuquerque 21 de Maio e 22 de Maio: diz que os testes serão inferiores a 150 € e que seria impossível fazer pagar tal aos residentes. Não sabemos se se refere para todos os que têm casa aqui, apenas quem resida efectivamente, tenha morada fiscal ….. Mas atenção, Miguel Albuquerque  NÃO exclui que se possa pagar. Se amanhã acordar mal disposto ou se for humilhado nas presidenciais com menos votos na Região que Marcelo, por exemplo, às tantas pagam todos, não 150 €, mas pode ser 149,99€.  Logo veremos. Porque aqui, quem manda são os madeirenses, vulgo ele. 

Eduardo Jesus 21 de Maio: A Madeira assume os custos de teste à chegada. 

Por isso, articulem-se se faz favor. Como não pensam, é tudo sobre o joelho, acontece isto. Mas o pior, são as contas.

Pedro Ramos no dia 22 de Maio: diz que o teste individual custa 139€ 
Miguel Albuquerque no dia 22 de Março: o GR vai adquirir por 2 000 000 € ( 2 milhões de euros ), 100 000 mil testes ( 20 € / teste ). Portanto o GR não só quer ser comissionista, mas pretende também ser gatuno, um usurário. Mais uma vez, pretendde usar debilidades alheias, neste caso por causa de uma pandemia, para ganhar dinheiro.

Já agora, os testes deveriam custar para o GR e para aquela quantidade, cerca de 8/10 € cada e se acrescentarmos a "mão de obra e outros gastos" não mais do que 12/13 €. É obra Pedro Ramos dizer que são 139€. Ainda vai querer que Lisboa pague a difrença, num modelo em tudo idêntico ao que o colega  Jesus descobriu tempos atrás para a mobilidade aérea. 

As dormidas ...

Diz o DN Madeira que as quarentenas já custaram mais de 1 000 000 €  (um milhão de euros ) em hotéis na Madeira. Ora bem, façamos de novo contas e tirem-se conclusões.

10 000 diárias serão 100 € /dia. Se forem 14 os dias de quarentena, dá para 714, 28 pessoas. Ou 1428 pessoas em 7 dias. 

20 000 diárias serão cerca de 50 € / dia, dá para 1 428,28 pessoas em 14 dias de quarentena. Ou cerca de 2 856,3 pessoas em 7 dias. 

Como não existiram 714,28 pessoas confinadas, muito menos 1 428,28 e como a maioria dos hotéis praticava já preços muitíssimos mais baixos dos que os 100 €, aqui está como o regime conseguiu ajudar os dependentes. Mostrando “bondade”, praticando maldade. Nunca dão ponto sem nó.


... e o desemprego

O DN também transcreveu, uma peça vinda da DRE sobre o desemprego. Tal como a RTP-M a leu. O jornalista que a fez não tem nome. Mas publicou no DN e foi lida na RTP-M. Mas o engraçado é que para órgãos de informação, a relevância, utilidade pública, objetividade, imparcialidade, verdade, precisão, confidencialidade (esta sim do autor)  desta peça não foram, por muita pena minha, observados. Aqueles principiozinhos básicos que qualquer órgão de informação deve prezar. Que deve ter em conta, excepto se no seu estatuto editorial desapareça a palavra independente e se coloque outra: dependente, tomar partido de.


Aliás, se estes órgãos de informação quisessem ser precisos, mesmo que não soubessem “ler” o que lhes foi colocado em mãos, bastava lembrarem-se do que Calado e Miguel Albuquerque referiram nem sequer à um mês. Mais de 7 000 desempregados na Região e o número continua a crescer. Ou então, tanto o DN ou a RTP-M que percebam do que falam e escrevem, olhem e vejam a realidade social da RAM. A das ruas, não a das “press-release” que lhe chegam ás mãos.  A RTP-M é normal nisto. Mas do DN -M não estava à espera que isto acontecesse. Por isso começamos nós logo a pensar em coisas....


A oposição
Mais uma vez, o PS-M acha que é na ALRM ou o que resta dela, que se combate o regime, este GR, este psd-M e o agora recente cão de fila, cds-M. Infelizmente ..... vozes de burros, não chegam aos céus. Ou talvez, o PS-M esteja a fazer e agir como Durão Barroso, quando disse que "seria primeiro ministro, não sabia era quando". Com Durão foi o pântano de Guterres. E com o PS-M, o JPP, o PCP-M  Esperam por Miguel Albuquetque e os tribunais ? O desgaste ? Costa ? um cds-M tornado CDS-M com medo de desaparecer em eleições antecipadas ?.... Mas senhores, é na mente das pessoas que esta guerra se trava. Nas ruas, de baixo para cima e não nos salões brilhantes mas escuros de uma ALRM de quem todos desconfiam. 

Dire Straits, money for nothing

sábado, 16 de maio de 2020

Gastronomia de Regime. Pratos para pagar !!!


Qual o melhor momento para o jantar? Se alguém é rico, quando quiser, se é pobre, quando puder, Diógenes
Em tempos de confinamento, muito se pode fazer para termos as mãos ocupadas e a cabeça no sítio certo, a pensar e planear para o que aí vem. O GR da Madeira uma vez que não pode andar a voar, faz cera, coooooozinha factos e dados e tem a mania de ser "chef". Pequeno, micro, mini, minímo, mas "chef". Dona Luísa de Gusmão dizia, "prefiro ser Rainha por um dia, do que duquesa toda a vida". Este Regime, que é guloso, lambão fica-se por "prefiro ser guloso e comer todos os dias, do  que ser capaz por um dia". Por isso, a cozinha é um dos sitios da casa que mais adoram. Ou onde fazem "cozinhados". Para o Regime, a Madeira não é mais do que um grande fogão, onde se preparam pratos que comem, servem entre eles e que nós pagamos. A conta vem sempre ter aos nossos bolsos, porque como eles sabem desde a escola jotita : comer é connosco, pagar é convosco.

Ainda não percebi quem naquela cozinha, faz o quê e como. O que eu sei é que entre fracos cozinheiros e muitos convidados, a comida, a gastronomia servida é variada, quanto baste. Muito apropriadamente para aquela cozinha, foi criado o lema "aridorum expectantium aquæ motum, simul coquere", no vulgar português, "Definho, logo cozinho".

Com o GR da RAM e este Regime, repito, cozinhar e comer é com eles. Ninguém cozinha tanto,  ninguém se serve tanto, bebe tanto como eles. São orgias atrás de orgias de belos prazeres de carne, polvilhados aqui ou ali com peixe  pescado num frigorifico e bastantes pepitas douradas de falta de bom senso.

Numa mesa de restaurante ou numa taberna, numa venda ou numa banca,  numa cama ou sobre a mesa, num gabinete ou no vão de escada, comer é com eles. E beber, para mais fácil deglutir. Uns raminhos de tudo com todos, uns escalopes de atum pescados num qualquer supermercado ao pé de nós, umas claras ácidas, umas borlas açucaradas de festim, trouxas de melgas porque ovos ... só de patos, a forma como o GR nos come, é diabólica. Atroz e com requintes. E ... a conta como sempre, fica por nossa conta.

Eles cozinham, cozinham soluções bestas, abstractas, amiude e sem atitude.  Não existe dia em que o Regime não venha com novos pratos cozinhados para as bocas dos que salivam…por tudo, esganam-se por tudo e com tudo.
Todos os homens se nutrem, mas poucos sabem distinguir os sabores, Confúcio
Depois de transformarem a Quinta das Angustias, ex-Vigia, num restaurante ao serviço dos menos pobres, percebi que não precisava de ver qualquer programa do Gordon, de um Cortez ou Jamie para ter acesso ao melhor em "comes e bebes" ao serviço do Regime.

"Fossei" a tentar perceber o que se serve, o que nos serve o Regime em matéria de boas comidas nos dias de hoje. Apercebi-me de várias coisas, neste meu estudo antropológico dos hábitos alimentares daquela gente. 
  1. porco é a carne da moda, porque existem muitos
  2. mão de vaca, pelas mesmas razões
  3. trouxas ,são um must muito apreciado para nos dar
  4. caldeiradas... existe sempre uma a ser preparada em qualquer altura
  5. miúdos, são um acepipe para os boys do regime
  6. canja, porque para este Regime é sempre canja fazer algo para os seus
  7. não esquecer o "ratatuille", porque com o Regime é tudo ao monte e fé em Deus, em perfeita orgia. Por isso mesmo adoram saladas com tudo, porque numa "salada", numa grande salgadeira andamos todos.
  8. bem como todos os pratos terminados em "bêbadas, bêbados" porque lá está, parece que andam todos tortos.
  9. Por falar em torto, o Regime dá-se bem com tortas, especialmente de banana(o)s e de laranja.
  10. o peixe tem de ser pescado por cesto, deve vir já embalado e com prazo de validade. 
  11. os congelados são sempre uteis, porque são como o Regime: congelados no tempo.
  12. e favas nunca podem faltar ou alguns grãos para os bichos. Salteadas ...são um must porque eles perdem-se por nos mandar à fava
  13. claro que ossos são bastante apetecíveis. Porque descarnam tudo onde deitam a mão. Aliás roem tudo até ao osso, à medula e mantendo sempre assim os dentes (bem) afiados.
  14. cozido à portuguesa não é com eles. Apreciam mais as açordas à madeirense e fazem dantescas orgias pantagruélicas a que só alguns têm acesso.
  15. Adoram gelatinas,  porque são gelatinosos, Ughhhh, não têm espinha, "au contraire" .
Torna-se claro o quilate deste Regime para a comida. Como dizia Zeca Afonso, "eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada". Podem deixar uma espinha, uns ossitos para enganar a nossa fome e viva o velho. Não há direito de ter a barriga ao pé do peito. A qualidade do que comem é tanta, que cintos de número 43/44 para cima, são comuns e usados pelo Regime, enquanto os nossos são tamanho 38/39. Aliás, parece que uma taxa de cintura é sempre cobrada pelo regime. Paga por nós é claro, tanto o jogo e fintas de cintura que fazem.

Diz-me o que comes; eu te direi quem és, Anthelm Brillat-Savarin

As bebidas são também sempre por conta da (nossa ) casa e a conta sobra sempre para nós, obviamente. Nesta área, gostam particularmente bem, de 
  1. um café, apenas para aqueles que seguem o micro-líder Barreto
  2. um grand cru de Raposeira, porque são raposos e nós as galinhas.
  3. Havanna Club, porque o Regime não é mais do que um clube privado. Madeirenses normais e outros, não entram. Apenas os superiores, os do cartão laranja e aqueles que apresentam boas práticas de safadeza.
  4. Fernet ou Jagermaister para o pós bebedeira ou para "desmoer" a comida
  5. Jim Beam, porque como dizia em cima, são abelhas, gostam bastante de fazer cera e porque ursos, somos nós. 
  6. Martell, porque nos martelam sempre os ouvidos com asneirices
  7. reposado Pátron porque acham-se sempre patrões da malta
  8. os rótulos são sempre apreciados, especialmente o laranja de 45 anos envelhecido em cubas de malvadez
  9. as colas aparecem sempre, quer seja no estado liquido, sólido em "pózes" ou gasoso. Aliás anda tudo de cabeça no ar, também por causa disso. 
  10. as bebidas light não são apreciadas porque são ...soft. O Regime gosta mais de Hard porque gostam de colocar tudo a arder e sair de fininho, culpando sempre os "cookman" em Lisboa. 
  11. as corona estão na moda, não pelo que são, mas pelo medo que querem criar para agarrar incautos e mantê-los no redil.
  12. Os coktails "Caos", "Cuba Libre", "Pinã Colada", "God Father", "Sex on the beach", "Moscow mule", ..... e tantos outros que fazem a delicia da pequenada, daquela malta, são bebidos logo de manhãzinha e antes de deitar, para o estado torto deles se manter.
Mas é claro que o vinho, é a bebida mais querida, porque para o Regime nada como o velho provérbio "o Vinho é coisa santa, que nasce de cepa torta, a uns faz perder o tino e a outros errar a porta". E como eles erram, minhas senhoras e senhores, como eles erram.
Vinhos como "Quinta de Valle dos Veados", ( animalária que com as trocas e destrocas continua a aparecer ), "Monte dos Cabaços", "Monte da Pellada", "Rapariga da Quinta", são os portugueses mais apreciados e nos estrangeiros nunca deixam de beber "Ménage a trois", "Le Vin de Merde", "Cat’s Pee on a Gooseberry Bush", "FourPlay", "Excomungado" ou "El Tramposo".  Dizem que agora, com muitos a terem titulos residenciais no Brasil, por uma questão de protecção, que as bebidas brasileiras tornaram-se moda. Mas não existe parece uma que se destaque. Mas ainda vão a tempo.

Nas águas, só água de rosas ou de flor de laranjeira, não para beber mas para desalojar do palato maus sabores, normalmente como quando um dirigente do Regime é apeado por um tribunal, como começa a acontecer, mas não com a rapidez que ansiamos ( Directora da Pediatria, por exemplo ).

As boas maneiras à mesa não são apreciadas. O Regime comporta-se como um glutão, como lambão e normalmente rapam de tal maneira os tachos que um "salazar" é preciso. Se por acaso comerem uns mariscos, que não os vulgares tremoço ou amendoim, reze-se para que não usem as taças com agua e limão como chá frio, aquelas que se colocam na mesa para lavar as mãos. Já vi fazerem isso num casório e no golfe vi um insígne do Regime levar , por certo inadvertidamente, a garrafa á boca. De vinho, claro.

Por isso copos, chávenas são algo utilizados e sempre o Regime por questões de quantidade, troca os copos de vinho pelos de água, para não só beber-se mais, mas também para acabar "melhor"..

Gamelar é um jogo bastante conhecido do Regime. Para e durante as refeições. E charutos, são bastante apreciados, especialmente os cubanos de "Santa Paciência" ou os dominicanos de "Ah Bernardo !".

E atenção aos instrumentos de mesa, que muitos usam como ponteiro ou batuta, levando a que muitos destes almoços, jantares ... comecem e terminem com o 112 à porta, não vá um olho, dedo ... precisar de atenção. As pratas é para ficarem em casa e dizem as más linguas, que quando são usadas é preciso passar por um detector de metais, ao entrar e saír. Porque têm hábitos como as gralhas, pegas !!! adoram ter em casa, levar para casa, coisas muito brilhantes.

Como chefes e sous-chefes o Regime tem uma vasta fama de criar homens e mulheres de faca e alguidar e a pastelar, como são por exemplo o Chefe (Esca)lope da Casa Dos Surdos ou da Praça Saciados Disto - Muito o chefe (Es)calado , um chefe sempre presente na má festança para nós, boa deles. Os sommeliers, não são precisos porque eles servem-se, "para cima, para baixo, goela abaixo".

O Regime prefere certos pratos. e uma pesquisa apurada revelou muitos, onde se destacam estes:

As entradas

Favas estoiradas
Um prato muito típico do Regime. Porque eles estoiram tudo. Um prato fácil de fazer, como convém e cujos ingredientes são fáceis de encontrar dada a quantidade de carne de porco  no mercado. Existem uns quantos chefes no mercado regional que têm este prato como especialidade da casa, como é o caso do chefe Lopes.  A Casa Dos Surdos, onde este chefe vai praticando as artes de "maus fígados" é um local onde é bastante servido. 

As sopas

Canja com miúdos
Este prato, como o nome indica, serve-se muito na ALRM com os debutantes do Regime Afinal aquilo é uma perfeita canja com bastantes miúdos, de tal forma que o Chefe Rodrigues permite que os putos possam estar em casa e a comer a dita cuja sem ir à escola. Entre claras, berlins usando para dar lustre jalecas prada, estas canjas são confecionadas não com colheres de pau, mas com ramos, bastantes, para tentar encorpar. Está na moda agora, juntarem agora vinho e os mais afoitos pingos de colas. 

Prato principal

Para este prato serve-se bastante Mão de vaca, dado o numero grande de vacas que o GR permite na Região, Batatas Bêbadas, porque muito porco também existe e Atum de Barrica, dado que o GR apenas permite pesca com cesto ou em barrica e ainda uma Caldeirada à nossa maneira. Como o nome indica, grandes caldeiradas é o que tem feito o GR e o Regime nos últimos anos. Estão sempre na moda para o palato daquela gente..

Sobremesa

Normalmente o GR é pródigo em banana(o)s e lá pela quinta existem pêssegos que querem dar (ás vezes dão mesmo), mas o Bolo Bêbado, o Babá de Laranja, as Pêras Bêbadas, são as preferidas porque anda tudo grosso. .Não esquecer, porque andam sempre a brigar, o Bolo Brigadeiro.  Mas no fim da refeição, julgo que comerão apenas bolo Amarelo.

Para finalizar, chá não é com eles. Exactamente porque não têm chá.

Para acabar em beleza "in honorem" aos mestres da culinária da RAM

Perigosamente desarmados

São imensos os perigos destes dias do Covid-19, é inegável o impacto do surto epidémico na vida económica e social, e na configuração de uma cultura de inquietante demissão dos cidadãos em relação à vida em sociedade.


À resposta necessária, quer no plano da prevenção e da saúde pública, quer no plano clínico, somam-se as exigências para enfrentar as suas consequências ao nível da actividade económica, da redução da produção e dos problemas sociais a elas associados.

Em Portugal, os impactos do surto epidémico somam-se a problemas e défices estruturais acumulados pelo País e décadas de políticas que privatizaram empresas e sectores estratégicos, destruíram capacidade produtiva nacional, reduziram o investimento público, fragilizaram serviços públicos essenciais, impuseram a precariedade laboral e os baixos salários, promoveram a exploração e avolumaram a dependência externa.    

A grave realidade sócio-económica do País está claramente evidenciada nos milhares de despedimentos, em mais de um milhão e 200 mil trabalhadores com cortes de salários, na arbitrariedade nos horários e condições de trabalho, na apropriação de recursos públicos pelos grupos económicos, na liquidação da actividade de milhares de micro, pequenas e médias empresas e pequenos produtores, no condicionamento da actividade produtiva e do escoamento da produção.

Agora, com o quadro pandémico, em Portugal estão ampliados os riscos de ainda maior degradação da situação económica e social. A contracção dos mercados externos, a redução do mercado interno, fruto da quebra nos salários e rendimentos de grande parte da população, a destruição ainda não estimada de uma parte importante do tecido produtivo nacional, convergem para um cenário de quebra significativa do PIB cuja extensão é ainda imprevisível, para um significativo agravamento da dívida pública, para uma degradação da situação social com o aumento das desigualdades sociais e de um profundo agudizar da pobreza, para um aprofundamento da dependência externa do País.

Numa região insular distante, como aquela a que pertencemos, profundamente dependente da monocultura do turismo, com fragilidades económicas escandalosamente evidentes nestes dias do Covid-19, com as estruturais dependências financeiras a que estamos sujeitos, desde logo, da República e da União Europeia, os propósitos de regresso à lógica e aos princípios da política que caracterizou o período dos PEC e do Pacto de Agressão da Troika dificultará o combate ao surto epidémico, agravará exponencialmente as suas consequências económicas, sociais e políticas para as ilhas da Madeira e do Porto Santo.


As orientações prevalecentes nas orientações políticas do País já estão bem vincadas. Quer o Governo do PS na República, quer o Governo Regional da Madeira, da responsabilidade do PSD e do CDS, já mostraram que entendimento têm da alegada “retoma económica”. Seja com a escandalosa entrega de mais 850 milhões de euros para o Novo Banco e para o fundo especulativo que o detém, seja pela drenagem de verbas ao abrigo do lay-off para os mais variados grupos económicos (que não se eximem à sua utilização para a aquisição de activos ou distribuição de dividendos), seja pela manutenção de prerrogativas para detentores de PPP. Estas transferências são tão mais inaceitáveis quando convivem com a situação dramática de centenas de milhares de pessoas, nomeadamente com vínculos precários, a recibos verdes, sem relação contratual e de micro e pequenos empresários que se viram privados, total ou parcialmente, dos seus salários e rendimentos.

Somar aquelas linhas de direcção política ao bombardeamento sistemático de mensagens, valores e concepções, designadamente a partir dos principais órgãos de comunicação social (e com ainda maior expressão nas chamadas redes sociais), difundindo o medo e o alarmismo, promovendo o individualismo, a resignação e o conformismo, a delação, a criminalização da luta e a segregação de extractos da população, a partir da situação criada com o surto epidémico, a governação tem mãos livres para fazer tudo quanto quiser, desde o completo campo aberto para satisfazer plenamente os seus interesses e as suas clientelas de classe, como para dar novos e significativos passos no ataque ao regime democrático.

Perante esta ofensiva contra a cidadania a governação conta com uma cidadania desarmada. E quando a cidadania se apresenta sem os necessários meios para a defesa dos direitos individuais e colectivos, então a democracia está excessivamente fragilizada, ou seja, estamos expostos a tremendos perigos.