segunda-feira, 30 de março de 2020

Na quarentena: ato político urgente

A quarentena decretada pela governação comporta, para tanta gente, uma atitude de recuo perante a realidade. O sitiar da cidade alimenta ideias sobre a anulação da participação política.


Apesar das limitações e condicionamentos colocados à vida em sociedade ou com acrescidas motivações ampliadas pelos constrangimentos impostos ao exercício das liberdades, as preocupações sociais e o empenhamento político ganham ainda maior sentido. Mais ainda aos indivíduos e às organizações se coloca a necessidade de encontrar outras formas de exprimir a sua força, de abrir brechas e ir fazendo coisas com algum impacto, que permitam mudar a vida.

Quanto mais se tornam espessos os muros desenhados pela governação, maior urgência se coloca à intervenção na história, não só pela tentativa de outra ordem de coisas, mas também na descoberta de momentos de mudar a vida.

A atualidade e a pertinência do ato político emerge como a necessária acutilância, como o dever da palavra para denunciar o tipo de sociedade em que vivemos; para dizer que é imperativa uma outra ordem de coisas.

O ato político adquire força inadiável, não tanto ao nível do exercício do poder que regula a vida coletiva, mas como a iniciativa vocacionada para promover o agir transformador, para transfigurar a vida.

No meio desta quarentena a intervenção política é um imperativo, a política, entendida como um instrumento, uma mediação, uma esfera de mudança da vida e de criação de uma sociedade outra.


Quanto mais crescem as condições adversas ao relacionamento social e quanto mais conduzem à repressão, a ação política, como manifestação da liberdade humana e como sinal da sua possibilidade de intervenção, mais se justifica.

Sitiar a cidade não pode cercear a política!

Mais ainda agora se requer uma ação continuada para comprovar que os direitos não estão de quarentena, suspensos ou liquidados. Esta é a hora de os defender!

domingo, 29 de março de 2020

Intolerância


Vós pré-julgais o que ignorais, Tertuliano
O início...

Nasci em Angola. Até aos meus 11 anos, da “Metrópole” apenas conhecia a de 1972, 3 meses passados em Campo de Besteiros, estava na 3ª classe. O suficiente para perceber que era do 8 ao 88 em relação a Angola. Poucas casas com luz electrificada, esgotos nenhuns e aquela forma de vestir, corte de cabelo e musica da rádio ... esquisito. Os cones de gelado a 35Km (Viseu) e Coca-Cola nem vê-la (vim a saber mais tarde que era proibida !!!!!). Tínhamos a Sumol!

Vim de vez em 1976 para a “Metrópole”. E em Campo de Besteiros, entre os "nossos" eu, o meu irmão, os meus Pais, tios, como tantos outros que vieram das ex-colónias,  fomos perseguidos, enxovalhados e viu-se a xenofobia dos que não tinham conhecido outros mundos (éramos os retornados, os desalojados, os imperialistas, os colonialistas, os racistas ...). Um "bullying" xenófabo. Maltrataram-nos e famílias dividiram-se. Foi o caso da minha, no inicio. Éramos a vergonha, os “novos-ricos” que passaram a ser os “pés-rapados”. Nunca me esquecerei desses tempos, nem todos da minha geração que sofreram o mesmo. Também nunca pensei também passar por mais enxovalhos daquele tipo. Xenófobos. Até agora,na Madeira. Lá iremos.

O meio...

Coisas da vida. Anos mais tarde estava na Madeira. Umas férias ou melhor, uma lua de mel, paga pela empresa, num hotel junto ao Lido, numa suite (tinha 7) do ultimo andar. Fomos muitíssimos bem tratados, não só no hotel, como quando passeávamos pelo Funchal ou outros locais da Ilha. Nunca ninguém foi desrespeitoso connosco. Pelo contrário, éramos melhor tratados do que muitos turistas estrangeiros. Via-se que as pessoas gostavam de nós (e nós delas).

Coisas do destino, anos depois cheguei à Madeira para trabalhar. Finais dos anos 80, inícios dos anos 90, do sec. passado. Também nessa altura, sozinho ou com a família que veio do continente depois, nunca conheci uma expressão sequer de falta de respeito, xenófoba  ... E quando me tratavam por “cubano”,  foi sempre na "maroteira". Integrei-me e fui integrado no modo de estar do ilhéu, diferente do continental. Fui “baptizado” como madeirense por AJJ numa feira do Madeira Tecnopólo, porque como ele disse , tinha a “Madeira” no coração. E também nos muitos encontros e jantares de "solteiros e casados".

Um filho nasceu na Madeira. Exactamente no dia dos Engenheiros. Foi sair da clínica após o nascimento do filhote, os primeiros beijos à mãe, ficar a vê-los babado e terminar aquele grande dia num jantar da secção regional da Ordem. Disseram todos que ia sair Engenheiro, falharam. 

Por razões profissionais, saí da Madeira e criei no continente uma empresa de Cuidados Continuados com sede na Madeira, que era e é, a maior unidade de Cuidados Continuados do País. Tinha cerca de 260 camas. Nunca pedi nada ao GR. Pelo contrário, convidei-os a visitarem-na, porque era considerada uma unidade modelo no país. A melhor. Com direito a reportagens nas televisões, revistas e fotos em livros diversos, um deles do Sr. Silva ( volume II ). Com sede na Madeira. Que se manteve até eu sair.

A Madeira tornou-se a minha terra “Natal” de adopção. Tinha orgulho, como tenho, de a defender. Mas agora como antes, como quero o seu bem, também tenho o dever de apontar os erros que se vão cometendo e acumulando na Região. 

Coisas da vida levaram-me para mais longe, mas sempre com a Madeira no lugar certo. Visito-a, quando posso, ainda tenho casa. E tenho os amigos, que duram para a vida. Desde à um ano colaboro com a GNOSE e tive a sorte de poder escrever 2/3 artigos para o DN-Madeira. Sobre a área onde trabalho, a gestão e a administração na Saúde.

E o fim...

Foi preciso esta crise para receber os primeiros “mimos xenófobos”, desde há muito, de ignorantes na Madeira. Pessoas que, em vez de olharem e pensarem os meus textos, os vêm sempre como ataque, a um GR de “madeirenses”. "Nós" contra eles. Pessoas que preferem enterrar a cabeça no chão, como a avestruz, à espera que esta crise passe e “endeusando” quem tanto mal fez e faz na Região. Pessoas que ainda há 2 meses achavam que o GR não estava bem. O Covid-19, não os tornou, GR, melhores mas veio colocar à vista de todos o mal deles. A Ignorância, a estultice, o engano, a mentira, a falsidade ...

Num comentário que coloquei num post de uma amiga "facebookiana", que respeito, escreveu-se isto sobre mim (ironia, desconhecimento e criancice)

uma tal Natália Alexandre "disse que estou a vomitar ódio que me vai nas entranhas" e tenho raiva pelos "números estarem controlados" e uma Sónia Pereira disse "o senhor é uma sumidade no assunto" e que é "louvável o seguimento da politica regional à distância"

"Vejo aqui um bate boca com uma pessoa que não é da Madeira, nem cá vive, não vejo o interesse do senhor neste debate. Não lhe liguem que só lhe dão importância". De uma Lígia Faria

Em alturas normais, estas pessoas não escreveriam assim, porque 2 delas até fizeram likes, em artigos meus. Infelizmente escrevem isto por uma razão simples: o GR criou todas as condições para os Madeirenses começarem a ver quem vem de fora ou está fora, continentais, madeirenses, estrangeiros, como inimigo. Somos os maus que trouxeram o Covid-19, que estamos a colocar a Região e o Madeirense em perigo. Porque o GR foi incompetente no preparo para esta crise, no descontrolo teve de arranjar um culpado. Estas pessoas não reflectem sobre a taxa de contágio e expansão dos casos que vão aparecendo na Madeira. É um pormenor. Ninguém repara ou olha o número dos casos "oficiais", muito menos daqueles que não são "oficiais", que sobe e os compara (população x contagiados). Nem dos que estão em quarentena. Por isso estas pessoas são levadas pelo GR a um tipo de competição perigoso: de quem tem menos casos no País. A ideia do Povo Superior. Aquele que não é infectado e se o é, a culpa é de quem vem/esteve fora, ou dá as más noticias: O mensageiro.
O preconceito é filho da ignorância, William Hazlitt
Por ultimo.

Isto NUNCA, eu e muitos, vamos perdoar a MA e a este GR. Como aqueles madeirenses que estão em UK, e outros que querem regressar a casa e Pedro Calado manda-os ficar, "não venham". Porque diz !!!! estarem melhores, onde estão. O que quer dizer que a Madeira está mal. Pior, não existem condições para os seus.  PC e o GR, também vão contra as determinações da República, sendo igualmente EGOÍSTA. A República anda a repatriar quem quer vir, PC e o GR fazem o contrário. Querem que outros tratem dos seus. Os "estranhos" são bons para gastarem euros e libras na Madeira, mas maus quando podem criar gasto ao GR. MA, PC e o GR não são SOLIDÁRIOS. Apenas são quando da Europa e da República o dinheiro chega à Madeira. Mendigam e quando recebem, "cospem na mão de quem lhes deu a sopa". 

A MENTIRA grosseira na informação sobre a propagação do Covid-19 na Madeira é o fim último deste GR. E arranjar culpados. Também mentem sobre o dinheiro que vão "gastar" em programas de assistência a pessoas e empresas. O GR apenas ANÚNCIOU MEDIDAS DE COMBATE A ESTA CRISE, depois de ter o respaldo da REPÚBLICA.Sem ela, o GR NÃO tinha dinheiro para fazer o que diz que vai fazer. As "medidas " originais ... são um embuste. Não existem. E vai acontecer, com o dinheiro que vão receber, o que aconteceu com a Lei dos Meios: vão tirar dinheiro do povo, de programas de assistência para o povo, para pagar as dívidas dos "n" organismos falidos na órbita do GR e a dívida escondida. Depois porque o dinheiro não dá para tudo ... a culpa é de Lisboa.

O histerismo, a xenofobia e a ignorância que grassam pela Madeira é da responsabilidade EXCLUSIVA do GR. Para eles e todos os outros incivilizados, como os casos que mostrei em cima, um recado: NUNCA EU E MUITOS MAIS, DEIXAREMOS DE OLHAR A MADEIRA COMO NOSSA TERRA E O ACTUAL GR COMO UM GOVERNO DE IMORAIS, INEPTOS, TRATANTES, INEFICAZES. São uns reles. Criaram ódio e separação entre portugueses, entre madeirenses e já em famílias. Isso nunca será perdoado.

Um dia as contas serão feitas e vocês GR, vão perder e lamentar ter criado esta divisão. Tão certo como a região chamar-se REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA.

Para os ignorantes e para os xenófobos, com amizade e paciência

Bruce Springsteen - Streets of Philadelphia


sábado, 28 de março de 2020

Cartas na Mesa


Implementar e fazer actuar as leis anti-corrupção que tardam; libertar o Rui Pinto e usar as suas descobertas; acabar com a "imunidade" das elites e da banca; meter juízes e justiça na ordem e a funcionar célere; "reeducar" os advogados na sua deontologia para não serem como determinados jornalistas que têm um pé em todo lado e pervertem o sistema e as regras; reduzir o amontoado de gente e organismos que fazem exactamente a mesma coisa e pô-los a produzir; não hostilizar o mérito, a selecção natural e o conhecimento, ostracizando como se fossem uma ameaça; não preencher os lugares com incompetentes, lambe-cus que geram um uníssono e que, nesta hora, usam a emoção em vez da clarividência e, mais política em vez de governação. Isto e muito mais, para não me alongar, ajudava imenso ao respeito que devem ter para receber mais dinheiro que vai cair nas mãos das máfias do costume. Repetidas vezes acontece e caem sempre, são usados e depois de abusados ninguém gosta de reconhecer que foi levado pela certa. Sem mais remédio deixam-se com os carrascos.

Quem não gosta de regras nunca elevará a condição do seu povo e não construirá a Europa solidária que invocam. ¿Quem recebeu 35 anos de subsídios e não está preparado para este momento e socorrer os seus cidadãos? Deveriam já estar a ajudar outros mais fracos e não andar de mão estendida. ¿O que foram os 35 anos de subsídios da UE que não solidariedade? ¿Quem falhou quando lhe foi entregue o dinheiro para orientar a sua política, como quisesse, e o que construiu? ¿Pegamos na Madeira para ilustrar? ¿Pegamos nestes últimos 5 meses? ¿Imagine-se contribuinte líquido, ponha-se do outro lado, tinha um IRS elevado e parte do dinheiro ia para um sistema corrupto, ficaria satisfeito? ¿Que orgulho teria? Olhe que indicar alguém ou promover algo de sucesso enche de orgulho e tornamo-nos mais fortes, por outro lado, o coitadinho sempre atrelado a "cramar" mas, nunca a se organizar, cansa. ¿Quem melhor o preparou para a vida, o professor exigente ou o "gajo porreiro"?
Poderão se informar de mais neste (link)

Os contribuintes europeus (per capita) que mais pagam para a "solidariedade" europeia:
A Comissão Europeia deseja aumentar substancialmente a contribuição holandesa para o orçamento da União Europeia nos próximos anos. A contribuição da Holanda, no próximo ano é de 8,1 bilhões de euros. Se a Comissão Europeia conseguir o que quer, isso aumentará para 13 bilhões de euros até 2027 - um aumento não inferior a 60%, confirmou o Ministério das Finanças à RTL Z, após relatórios no Financieele Dagblad. (poderão comprovar o dito neste link)
É preciso perceber o que os outros andam a dizer, sem emoções, e que dão aos seus melhor qualidade de vida. Há políticos que não estão acostumados a ter insucesso na sua constante fórmula de perverter, usar emoções e fazer política barata. Guiem-se pelos factos, estão à vista.
Números da agência nacional de estatística CBS mostram que a Holanda contribui mais por cabeça da população para os cofres da UE do que qualquer outro país, embora a Alemanha seja o maior pagador líquido, com uma contribuição de € 15 bilhões, em 2020. Isso deve subir para € 33 bilhões em 2027, disse o FD. (poderão comprovar o dito neste link)
Não sabem negociar porque, certamente, estão desprovidos dos melhores, ninguém pode saber de tudo mas tem a CULPA dos assessores que escolhe, sempre como prémio e não adição de GNOSE. Precisamos de GNOSE para saber lidar com os outros que estão noutra realidade e encontrar um denominador comum de entendimento. Decidam se querem andar na corrupção, nas lavagens, nas máfias e nos parceiros de terceira categoria ou se querem aproveitar o momento para fazer um up-grade no país. Estão só a lutar por uma Europa a duas velocidades e agora é a hora de engrenar a marcha. Quem tem a mão na alavanca das velocidades não são os outros. ¿Será que o sul da Europa não precisa de um "João Lourenço", em vez de encantadores de emoções para continuarem mal preparados, quando o mundo está cada vez mais desafiante na saúde, no clima e na economia? Qualquer um deles desfaz-lhe a vida em segundos. Mas eu não percebo nada disto, sigam com ilusões. Faz impressão a quantidade de vezes que vos enganam.

35 anos depois de subsídios, o desenvolvimento social e humano deveria ser outro nalguns países. "Solidariedade", também é defender as populações dos seus Governos. ¿Quem preferiu outros investimentos em vez da Saúde Pública? ¿Quem é que responde integralmente ao Covid-19 neste momento? ¿Quem cortou o dobro na Saúde do que foi pedido na altura pela Troika (link)? Alguém vai perguntar se não há responsabilidade criminal de alguns governos no fim desta pandemia.

Os espanhóis deram-nos muito, gosto da interrogação invertida para saber que vou fazer uma pergunta. ¿Mas não será que foi apanhada com a Saúde da Madeira? ¿A Itália já foi um grande império (Romano) com uma organização estupenda mas, já ninguém se lembra do regabofe antes da crise epidémica e que é um país com economia capaz de arruinar a “Europa”? Os Gregos foram berço da civilização ocidental e estão a ser sensatos, vá lá! Portugal descobriu novos mundos. ¿Mas para onde vai e com quem? A emoção branqueia muita coisa, voltem à racionalidade, é ela que constrói a solidariedade, não substituam 35 anos por um breve jogo político que disfarça as falhas. Tenham coragem e limpem, façam up-grade, sem nacionalismos e xenofobia.

Cuidado com a libertinagem no dinheiro, a população acaba sempre por pagar, ele não cai do céu nem vem de um saco sem fundo. Quem não teve problemas com as Justiça já quer novas aventuras ... (link).

Agora vou recolher aos aposentos e observar. Boa sorte! Eu já escolhi o meu futuro, não é junto dos ilusionistas de falsas lamúrias.

Manual de sobrevivência ao Covid-19 (origem Wuhan)


Conselhos baseados em dados científicos e descritos em manual de prevenção ao Corona Vírus.

O autor é o Chefe Médico do Centro para o controle e Prevenção e Doenças de Wuhan, o Dr Nanshan Zhong/  Hubei Science and Technology Press

Como manter-se longe do novo coronavírus?

  • O 2019-nCoV é transmitido principalmente por gotículas e contactos; portanto, as máscaras cirúrgicas médicas devem ser usadas corretamente.
  • Quando espirrar ou tossir, não cubra o nariz e a boca com as mãos sem usar um lenço ou máscara.
  • Lave as mãos de forma adequada e frequentemente. Mesmo se houver vírus nas mãos, lavá-las pode impedir a entrada de vírus no sistema respiratório pelo nariz ou pela boca.
  • Aumente sua imunidade e evite ir a locais cobertos com muitas pessoas. Faça mais exercício e tenha um horário de sono regular. Aumentar a imunidade é a maneira mais importante de evitar ser infetado.
  • Certifique-se que usa sempre uma máscara. Caso entre em contacto com uma pessoa infetada, o uso de uma máscara pode impedir que inale diretamente gotículas portadoras de vírus.

Quais são os momentos-chave para a higiene das mãos durante o dia?

  • Quando cobrir a tosse ou espirros com a mão.
  • Depois de tratar um paciente.
  • Antes, durante e após a preparação de alimentos.
  • Antes de comer.
  • Depois de ir à casa de banho.
  • Depois de tocar em animais.
  • Depois de tocar nos botões do elevador, maçanetas ou puxadores das portas.
  • Depois de chegar a casa vindo da rua.

O álcool 75% pode reduzir o risco de infeção por 2019-nCoV?

Sim. Os coronavírus são sensíveis a solventes e desinfetantes orgânicos. Álcool a 75%, clorofórmio, formaldeído, desinfetantes que contêm cloro, ácido peracético e raios ultravioleta podem inativar o vírus. Assim, limpar as mãos e os telemóveis com álcool pode ajudar a prevenir a infecão da Covid-19.

Que estilo de vida é recomendado durante o surto de Covid-19?

  • Comer diariamente alimentos ricos em proteínas, como peixe, carne, ovos, leite, legumes e nozes, mantém uma ingestão adequada com base na dieta diária. Não coma carne de animais selvagens.
  • Comer, todos os dias, frutas e vegetais frescos e aumentar a ingestão deste alimentos de acordo com a dieta diária.
  • Beber pelo menos um litro e meio de água por dia.
  • Tenha uma dieta variada e diversificada de diferentes tipos, cores e fontes. Coma mais de 20 tipos de alimentos todos os dias. Coma uma dieta equilibrada de alimentos vegetais e animais.
  • Garantir uma alimentação nutritiva suficiente com base na dieta do dia a dia.
  • Recomenda-se que pessoas idosas desnutridas e pacientes com doenças degenerativas crónicas complementem com soluções comerciais para nutrição (alimentos para fins médicos especiais) e complementem com pelo menos 500 calorias adicionais por dia.
  • Não jejue ou siga uma dieta durante uma epidemia de Covid-19.
  • Garanta o descanso regular e um mínimo de sete horas de sono por dia.
  • Inicie um regime de exercícios pessoais com pelo menos uma hora de exercício por dia. Não participe em exercícios em grupo.
  • Durante uma epidemia de COVID-19, recomenda-se suplementar com multivitaminas, minerais e óleo de peixe do fundo do mar.

Como é que fumar e beber afeta o sistema imunológico?

Fumar causa um aumento na concentração de nicotina no sangue, o que pode levar a vasoespasmo e hipóxia transitória nos órgãos. Em particular, a diminuição do oxigénio no sistema respiratório e nas vísceras pode danificar a imunidade. Beber demais pode danificar o sistema gastrointestinal, o fígado e as células cerebrais enfraquecendo a imunidade. É recomendável parar de fumar e limitar o consumo de álcool.

Como prevenir a infeção por 2019-nCoV no local de trabalho?

Mantenha o local de trabalho bem ventilado. Não cuspa em público, pode cuspir para um lenço de papel e atirá-lo fora quando for conveniente. Tussa ou espirre enquanto cobre completamente o nariz e a boca. Sele os tecidos usados ​​num saco de plástico antes de descartá-los imediatamente num recipiente fechado com a etiqueta “resíduos residuais” ou “resíduos médicos” para evitar a propagação do vírus. Lave as mãos frequentemente para higiene pessoal; evite todos os tipos de reuniões sociais durante a epidemia.

Como evitar a infeção 2019-nCoV em elevadores?

Durante o surto de SARS de 2003, foi relatada uma incidência de pessoas infetadas após andarem em elevadores infetados. Um elevador apresenta um alto risco de transmissão devido ao seu espaço confinado. Para evitar a propagação de 2019-nCoV em elevadores, devem ser tomadas as seguintes medidas:

  • O elevador deve ser desinfetado todos os dias exaustiva e regularmente várias vezes com radiação ultravioleta, álcool 75% ou desinfetantes contendo cloro.
  • Minimize os riscos de ser infetado por espirros, andando de elevador sozinho sempre que possível.
  • Use uma máscara antes de entrar no elevador. Se alguém espirrar no elevador sem usar máscaras, cubra a boca e o nariz com a manga do braço. Imediatamente depois deve trocar de roupa e tomar as medidas limpeza pessoal.

Como prevenir a infeção pelo novo coronavírus em casa?

  • Aumentar a consciencialização sobre a saúde e higiene. Exercícios moderados e descanso suficiente e regular podem aumentar a imunidade.
  • Manter boa higiene pessoal. Cubra o nariz e a boca com um lenço descartável quando tossir ou espirrar. Lave as mãos com frequência e evite tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos sem as lavar.
  • Mantenha uma boa higiene nos quartos, limpe o chão e os móveis, separe o lixo doméstico e retire o lixo às horas certas.
  • Mantenha boa ventilação. Ventile todos os dias a casa para deixar entrar ar fresco.
  • Desinfeção. Aplique desinfetante regularmente e limpe o chão e a superfície dos móveis. O novo coronavírus é sensível aos raios ultravioleta e ao calor. O calor sustentado a 56 ° C durante 30 minutos, álcool a 75%, desinfetantes contendo cloro, peróxido de hidrogénio e desinfetantes de clorofórmio pode efetivamente inativar o vírus.
  • Evite o contacto próximo com pessoas que apresentam sintomas de doenças respiratórias (como febre, tosse, espirros, etc.).
  • Não coma animais selvagens. Evite o contacto com aves e animais selvagens e não manuseie carne fresca de animais selvagens.
  • Manter animais de estimação em cativeiro estrito. Vacine os seus animais de estimação. Mantenha uma boa higiene para os animais de estimação.
  • Siga as precauções e hábitos de segurança alimentar. Coma carne bem cozida e ovos cozidos.
  • Preste atenção ao seu corpo. Procure ajuda médica imediatamente no caso de sintomas como febre, tosse, etc.

quinta-feira, 26 de março de 2020

RESET. Um governo de homens bons


A sorte não existe. Aquilo a que chamamos sorte é o cuidado com os pormenores,  
Se Hitler invadisse o Inferno, eu faria uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns, Churchill 

Em tempos difíceis....
medidas extraordinárias têm de ser tomadas. Todos são poucos para combater o mal comum. A situação que se vive hoje, vai manter-se por mais 2/3/4 meses e depois virá a fase da recuperação colectiva, do bem-estar e conforto na saúde e também social, financeiro e económico. Por ultimo, colocar a economia da ilha, sobretudo o turismo a recuperar, ganhando/mantendo mercados (como não estava acontecer), arranjando mais alternativas nas acessibilidades (  aéreas e navegação, de bens e pessoas, que não existiam ), mais escalas de paquetes no nosso porto.... Um trabalho árduo e difícil, dado o histórico do que acontece(ia). 
Nestas altura, todos são poucos e um GR com PS e outras forças incluídas, seria, na minha opinião, do interesse de todos os madeirenses. Um governo com todos, para todos. Um governo apartidário. Um GR de excelência, com os melhores, independentes incluídos. Um GR que ouça, aja, assuma responsabilidades e actue. Que não divague. Não invente e seja honesto para o povo.

Na WW II Churchill não sendo líder conservador, foi nomeado para primeiro ministro, quase 1 ano depois do conflito começar,. por um Chamberlain líder do partido conservador ( que tinha vasta maioria na Câmara dos Comuns ). Chamberlain resignou, para o bem de todos. E Churchill organizou um governo onde todos, incluindo trabalhistas, entraram, ocupando inclusive pastas importantes. Nos USA, depois de uma primeira fase de isolamento, após Pearl Harbor, todos, democratas e republicanos se uniram à volta de Roosevelt. Recentemente em Portugal, com Soares, PS e PSD uniram-se num bloco central para “combater” a crise financeira de 1976 ( FMI ). E o PS deu respaldo, às primeiras medidas do Governo PSD-CDS, na recente crise económica. Mas em todos estes momentos houve, quer se queira ou não um líder. Ou líderes. Como agora em Lisboa, em que todos estão com todos e onde segundo dados vindo a público, os Portugueses revêm-se em Costa e Marcelo, confiam neles nesta luta, para já desigual. Esta é uma hora dos NÒS e não do EU. Esta é a hora onde os melhores devem-se chegar a frente e os outros decidirem, para o bem comum, perceber que esta não é a hora deles e afastarem-se. Por altruísmo. 
Todos queremos o sucesso do GR neste combate ao Covid-19 Mas também precisamos e notamos, que o GR só poderá ser eficaz com uma liderança firme e carismática. Tendo os melhores a servirem-no, porque têm mérito, não porque pertencem a este ou aquele partido. E se os líderes partidários não servirem, existirá sempre uma solução de mérito que seja aprovada por todos. O combate está no início e vai durar 1 a 2 anos. Depois, voltar-se-à ao normal, talvez mesmo com eleições antecipadas. Um reset é preciso nesta altura. Um GR onde todos se revejam, não um onde poucos confiam..
Uma das capacidades de ......
um líder é de antecipar coisas. Pensar à distância. Ver a floresta e não a árvore ou os arbustos que tem diante de si. Depois, tomar e assumir decisões, por mais difíceis e impopulares que sejam. Ser convicto no que faz. Um líder, numa altura ou outra do seu caminho, vai estar só na tomada das suas decisões. Será ele a assumir e a responsabilizar-se por elas. Tem de ouvir muitos, mas a decisão é solitária.
Tudo isto, não é Miguel Albuquerque. Infelizmente, sejamos intelectualmente honestos,  todos sabemos que MA falhou em todas as grandes crises que encontrou pela frente. Foram as cheias de 2010, os incêndios de 2012 e 2016, foi com a tragédia de 2019 com os turistas alemães e recentemente, com o susto do sismo. Em todas estas situações, fosse como presidente da CMF ou presidente do GR, MA primeiro ausentou-se, depois foi aparecendo, sempre perto de uma máquina fotográfica ou câmara de televisão, debitando lugares comuns e pedindo sempre ajuda á República. E culpando depois a República….. ( deu jeito chatear AJJ nas cheias, culpando o GR ). A rábula do helicóptero para os fogos foi uma tontice, como foi  a rábula do aeroporto e agora a rábula do deixar sair, não sair, entrar ou não entrar na Região pessoas.  
A tempo e horas o GR, 
soube que existia um vírus que alastrava muito rapidamente pelo mundo e que se expandia exponencialmente pela Itália. A tempo e horas, em plena crise “médica-DC-FG-MP” no SESARAM, que MA deixou alastrar, nunca tomando uma decisão de liderança, que o GR disse a todos e mais alguns que a Madeira estava preparada para o Covid-19. A tempo e horas, Pedro Ramos disse com Herberto Jesus, presidente do IASaúde ( desapareceu ? já na prateleira ? ) que estava tudo preparado e controlado. Mas no entanto a 27 Janeiro, este ultimo disse que a probabilidade de existir um surto na ilha é muito reduzida". O mesmo que disse o Delegado de Saúde da Madeira, mês e meio depois, com o primeiro infectado e com quem teve contacto com ele.  Em finais de Janeiro, também a 27, a OMS disse que o RO (1) do Covid-19 estimava-se entre os 1,7 a 2, uma taxa de ataque de quase 60% ( sabemos hoje que deve estar nos 75% ). A questão que se coloca é se afinal a RAM estaria preparada, ainda por cima com responsáveis que não leram os sinais que a OMS transmitia, não viam ou leram noticias da Europa e com opiniões bastante questionáveis, senão mesmo insanas, para esta crise sanitária, para esta pandemia. Creio que não.
Algo falhou. Quem de longe vê as conferências de imprensa de MA, nota na sua expressão corporal e no que vai dizendo, pânico. Pânico puro. Pânico que chegou á população e que criou uma crise de xenofobia contra quem estava de visita. Pânico que permitiu o histrionismo sobre o fecho do aeroporto. A bem ou a “mal”. Expressões de quem não estava bem saíram: foi a “quarentona” os churrascos, os assintomáticos, …. o aeroporto, o isolamento, ….

MA não foi o único “líder” que falhou.
Juntou-se a uma série de líderes europeus e extra-europeus na sua falta de visão de médio e longo alcance. Mas enquanto nos outros, o povo vai confiando ( em França Macron está em queda ) na RAM, MA e o seu GR já não eram desejados pela maioria da população e a confiança nele(s) era pouca. A RAM entrou nesta luta, como um boxista, numa arena, com uma mão presa atrás das costas. E a culpa, meus amigos, é/foi de MA e do seu GR. Não à forma de o dizer de outra forma. Em vez de unir, dividiu. Em vez de liderar, foi liderado ( e mal ). Em vez de se rodear de bons, rodeou-se de "yes-man". Em vez de criar confiança, fez o contrário. Em vez de mostrar e dar o exemplo, fartou-se de mostrar que o GR era de poucos, da sua clientela politica, não de quem tinha mérito. Alheou tudo e todos e fartou todos. Pior, aquela luta dos médicos no SESARAM ainda mais demonstrou a baixeza de como as coisas se fazem no partido e GR. Porque estavam todos a olharem uns para os outros e a tentarem ficar com os seus cargos de forma egoísta e não viram o inimigo a aproximar-.se. 
Sejamos honestos. preparar ...
uma região ou um país para uma pandemia, não é só preparar instalações, formar pessoas e como. É adequá-las e os serviços, ao que aí vem. Verificar se existe equipamento adequado, se os stocks de medicação e outros produtos estão no seu máximo (100% ou mais ), é preparar medidas de racionalização. É conhecer o inimigo. E informar a população. Os madeirenses e os nossos amigos turistas, que lá estavam. Em tudo isto MA e o GR falharam. Quando disseram que havia um caso, já existiam mais dois,…..e hoje, dia 25\03 quando dizem que têm 16, já têm 21 e 1 morte....suspeita. Chama-se a isto, mentir por omissão. A RAM nunca teve capacidade médica instalada para a população oficial e não oficial, os turistas e os luso-venezuelanos. Muito menos agora, com o Covid-19. Ninguém pensou nestes "extras". E quando se pensou, MA quis colocá-los fora da Região ( os turistas e deseja por certo que o resto também fosse ). Criou artificialmente uma mal estar aos turistas de que tanto precisamos, apontado-os e a quem vinha de fora, ao povo como "culpados" de tudo o que poderia acontecer ou acontecia. Foi, fomos xenófobos para quem nos trouxe dinheiro. E eles, os turistas, não se vão esquecer disso.Nem outros também mal tratados, inclusive aqueles que foram destratados no hospital e serviços de saúde.
Churchill ou Roosevelt,
nunca deixaram de informar o povo do que estava a acontecer e viria a acontecer. Costa e Marcelo, temos que lhes dar o mérito, dizem que ainda não vimos o fim, nem mesmo o princípio do fim desta crise. Mas instalam esperança. MA infelizmente não segue esses bons exemplos. Nem ninguém ao seu lado o faz. Porque é o primeiro que mostra não confiar no sistema que ele disse ser perfeito e preparado para o Covid-19.
Se MA e quem está ao seu lado estudaram de facto o vírus e as notícias que vinham do oriente, Itália... e da OMS, seria fácil de concluir que o Covid-19 só poderia ser contido, com aquilo que os Chineses fizeram: isolamento e confinamento..  Aquela “esquisitice” no inicio, do Sec. Regional Pedro Ramos afirmar que havia um caso suspeito e que a RAM estava preparada e tinha meios para o tratar e não ter avisado a DGS, diz muito da politica do GR: orgulhosamente sós. Não precisamos de nada, nem de ninguém. Temos tudo, até condições laboratoriais!!!! Transmitiram uma ideia errada á população. Foi um erro. O outro foi assustarem a população e arranjarem culpados: os turistas e quem vem de fora.
A Madeira é uma ilha, 
com 3 pontos de acesso basicamente: 1 aeroporto, 1 porto de cruzeiros e 1 porto de descarga. Existem meia dúzia de marinas e os portos de pesca. Não é uma região grande e tem 80% da sua população a morar na faixa entre, a Calheta e Machico. Com uma densidade populacional elevada, mas perto dos centros de saúde e hospital. E de equipas de contenção e apoio, se tivessem sido criadas. Fácil para controlar um vírus e controlar facilmente o isolamento e a confinamento de pessoas. Afinal , hotéis estavam já vazios. E era fácil, com legislação adequada serem intervencionados temporariamente. Uma renda adequada seria paga, claro aos respectivos donos.
Se MA e o GR tivessem tido visão, aplicando a informação que recebiam de várias fontes, inclusive a OMS e já de Itália em finais de Janeiro e princípios de Fevereiro, deviam ter percebido:
1) O potencial de propagação do vírus
2) Preparar material e equipamento para este tipo de vírus e para a população existente na Madeira
3) Acalmar a população, mas nunca deixando de a informar das medidas correctas a fazer
4) E sobretudo desde logo, em finais de Janeiro, princípios de Fevereiro, como Pedro Ramos e Herberto referiram em conferência de imprensa que tudo estava preparado, conter e isolar pessoas. Não as que estavam na Região, mas que vinham para a Região.
Se MA e o GR sabiam e diziam estar preparados para o Covid-19, então deviam desde logo em Janeiro isolar e colocar em local próprio quem chegava de fora ao aeroporto e ao porto. Mas se tal acontecesse, a Madeira perderia muito financeiramente, sobretudo hotéis, restaurantes, agências de viagem ……tudo que estivesse ligado directa ou indirectamente ao sector de turismo. MA teria coragem de implementar essas medidas, contra aqueles que sempre suportaram o seu governo ? Não creio. A pressão interna, não o deixaria fazer tal e MA nunca foi grande líder perante os poderosos, apenas com os mais fracos.
Portanto, se MA diz que a Madeira estava preparada e prevenida , MA e PR disseram-no frequentemente em "n" conferência de imprensa, então MA e o GR trocaram a segurança da população da ilha, por motivos económicos. E se é assim, isto jamais será perdoado a MA e ao GR ( note-se que em meados de Fevereiro ainda se falava na vinda do PR para inaugurar o Savoy ).
O Estatuto Politico Administrativo da Madeira
permite que o GR tome medidas de excepção, quando a segurança e saúde das populações estão OU FICARÃO em perigo. Com o acordo da ALRM. Não é necessário a República. Basta o GR. Nem seria necessário fechar o aeroporto. Basta confinar quem chegava e ter que pagar as indemnizações ( ???? ) devidas. Uma decisão de líder para o médio e longo prazos, mesmo que no curto-prazo muitos discordassem e sobretudo quem o apoia. O resto resolvia-se, porque logo deixar-se-ia de voar para a Região e/ou desembarcar na Região.
Assim, se o GR disse a verdade, que prepararam e que visionaram o que seria o Covid-19, então o MA e o GR, repito, trocaram a Saúde e o bem estar do povo madeirense, por dinheiro. Uma troca reles.
Ou então que MA e o GR digam que o que prepararam e mostraram às câmaras da TV e dos jornais foi apenas show-off. Deviam pedir desculpa como outros o fizeram e serem honestos, dizendo que não se aperceberam da realidade potencial e perigosidade deste vírus.
Esta também é uma boa oportunidade, 
para as finanças da Região. Com as medidas que o governo central implementou, a RAM vai receber dinheiro. Aquilo que não tinha. E vai poder colocar alguma dívida escondida, nos custos do Covid-19. Aliás, Pedro Calado já avançou um número, mil milhões de euros e eu acredito que daqui a algum tempo já serão 1,5 mil milhões. Ora se o impacto previsto do Covid-19 segundo estudos do BCE serão até 5% ( existe quem diga que pode ir aos 20% ) do PIB, na RAM o impacto actual seria apenas de cerca 500-600 milhões de euros. Longe dos mil milhões de PC.
Lamentável também que a preparação da Madeira para o Covid-19, fosse tão grande, que Rita Andrade na segurança social e Augusta Aguiar na sua Sec. Regional nada tenham feito até agora, em medidas pró-activas para combater o que vem aí: mais pobreza, mais desemprego, …. O GR da Madeira, mais uma vez demonstrou que a inacção é a sua principal “qualidade”. Isso e criar mais um culpado, sobre aquilo que dizia controlar, mas está descontrolado o Covid-19; o aeroporto, o turista, ….. O GR vai a reboque de Lisboa, espera que Lisboa faça o que ele não fez. As medidas são iguais, mas mais laxistas ( pelo menos até à uma semana atrás). Pedro Calado hoje, 26/03, anunciou medidas de apoio a empresas e população. Para além de serem cópia do que o Governo Central e determinou para TODO o país, as medidas "originais" de PC vão ser ineficazes porque mais que olharem e servirem a população, vão servir as grandes empresas ( nem sequer as PME´s da região). Aliás Pedro Calado e em TOTAL oposição ao que diz o Governo da República, permitiu-se hoje dizer que os nossos compatriotas em UK, estavam bem lá. Percebe-se, PC não quer repatriar, porque isso vai custar mais à Região. Mais vale os outros,  tomarem conta dos nossos ( aquilo que MA não fez ). O que demonstra o pensamento economicista e desumano de PC e deste GR. 
MA só agora manda isolar e colocar em quarentena quem chega à Região e pede para os turistas saírem. Isso já MA dizia  à mais de 1 mês. Não o fez, porque nunca quis assumir o descalabro financeiro e automático no curto prazo, do turismo na Região. Trocou repito, o bem estar da população madeirense, pelo curto bem estar da hotelaria regional. Tentou fazer a quadratura do circulo e quando acordou .... foi tarde. Uma morte que seja, por esta incúria, nunca deveria ser esquecida. 
O PS-M sozinho faria diferente ? Acredito que não.
Liderança é precisa e a RAM não a tem.. Talvez seja necessário, como defendo, um GR dos mais sábios nestes próximos 18 a 24 meses. Liderado por uma figura carismática, com sentido de estado, liderança, decisão, ponderação e responsabilidade. E depois eleições e um novo circulo politico. Como AJJ defende uma nova república, defendia agora um RESET na politica da Madeira. MA devia sair, porque está cansado, é um peso morto, porque está sozinho e o seu GR. Porque não sabe ser líder em situações de crise. Nem o seu GR.  Se pretende com as conferências de imprensa passar a ideia de liderança, não se preocupe: não passa. E não será assim que ganhará o respeito do povo. Porque o povo sabe, que agora o seu destino está em Lisboa. Exige-se nesta altura um governo regional de Homens Bons. 

Que MA olhe para o exemplo de Chamberlain e retire consequências. Ou do de Rui Rio agora na AR. É assim que se dá o exemplo. MA devia ser altruísta e dar o seu lugar a outro. Ninguém no seu GR tem capacidade para criar esperança, onde hoje reside desesperança e confiança onde existe desconfiança. Mas de certeza que existirá alguém que o pode fazer. Seja ligado a algum dos partidos regionais ou seja independente.
Agora é ver o que será a RAM daqui a 3 meses, daqui a 9 meses, 1 ano e 2 anos. Num próximo artigo tentarei fazer de oráculo de Delfos. Mas de uma coisa temos todos já a certeza: nunca mais a RAM será como era

(1)
Ro é o número básico de reprodução de um Vírus, numa escala e 1 a 5, onde R0=5 , o vírus reproduz-se 100% e rO=0 não se reproduz. O Covid está segundo a OMS no 2,7-3,2, portanto com uma taxa de ataque na ordem dos (65-75)%. Em Janeiro deste ano, a OMS dizia estar nos 1,7-2.
Observação
1) Para aqueles que lerem este texto e pensarem tipo " se a minha avó não morresse, ainda hoje era viva" tenho a informar que muitos governos e sobretudo instituições privadas de saúde na Europa e USA, bem como as principais empresas bolsistas do mundo ( mesmo com Amâncio Ortega ) em Janeiro deste ano, fizeram planos de contingência e executaram-nos uns mais cedo, outros mais tarde, mas antes de 10 de Fevereiro deste ano. Uma questão de visão e antecipação.


quarta-feira, 25 de março de 2020

Covid-19: pretexto para vergar a espinha?

O atual surto epidémico tem demonstrado como estão em curso formas de instrumentalização do COVID-19 para, aproveitando legitimas inquietações, servir de pretexto para o agravamento da exploração e para a usurpação de direitos fundamentais dos trabalhadores.

Os últimos dias dão um perigoso sinal de até onde estão dispostos a ir determinados apetites para espezinhar direitos dos trabalhadores. Indiciando um percurso que a não ser travado lançará as relações laborais numa verdadeira “lei da selva”, tem-se assistido a uma multiplicação de atropelos de direitos e arbitrariedades.


1 - Agressão a dirigente sindical que reclamava por cuidados de higiene e saúde no trabalho

Estão a ser noticiadas diversas situações na Madeira e no Porto Santo em que, com o agravamento da situação criada pela pandemia associada ao COVID-19, a violência da exploração e a intensificação de formas de agressão diretas contra os trabalhadores está a acontecer nos mais diversos sectores de atividade económica.

Chegou-se ao ponto de se confirmar que uma trabalhadora, dirigente sindical - do sector do comércio e serviços - no seu local de trabalho, foi barbaramente agredida pela chefia direta. Depois de apontar falhas na necessária atribuição de meios de proteção e de higiene pessoal para os trabalhadores que estavam em exercício de funções no manuseamento de produtos alimentares, foi vítima de uma criminosa agressão física. Aquela dirigente sindical teve assistência hospitalar e está a ser submetida a cuidados de saúde. Daquele caso foi formalizada queixa na PSP, ao que se deverá seguir queixa criminal.

2 - Outras manifestações da violência

Tornou - se imperioso denunciar outras formas de violência contra os trabalhadores nesta Região. Em especial, nos sectores da limpeza e da hotelaria estão a ser repetidas as abusivas orientações por parte de empresas e de grupos económicos para que os trabalhadores sejam imediatamente obrigados a férias.

Na Madeira, o "Casino Parque Hotel", do Grupo Pestana, comunicou a todos os trabalhadores que estavam obrigados a férias e que o hotel iria encerrar. Prática que se estendeu a todos os hotéis do grupo, ao que se soma o recurso ao banco de horas como forma de apropriação imoral de tempo de trabalho dado às empresas.

O Hotel "The Vine" está também a fazer chantagem com os trabalhadores com o intuito de lhes usurpar direitos fundamentais. Processo que está a ser implacavelmente desencadeado pelos hotéis do Grupo Cardoso.

Assim, outra das manifestações de violência contra os trabalhadores são as práticas de unilateral suspensão de atividade por parte de empresas sem qualquer respeito pela legalidade. 

Em diversos sectores de atividade económica as empresas estão a forçar processos de recurso arbitrário ao Lay-Off. O que na verdade está a acontecer é uma violência brutal sobre os trabalhadores desta Região Autónoma para que fiquem completamente descalços quanto a direitos no trabalho e no direito ao trabalho. O que o patronato está a desencadear é de uma violência direta, não só pelo recurso à coação psicológica - recorrendo à pressão e à coação para tudo o trabalhador aceitar, prescindindo dos seus mais legítimos direitos -, como também pela vergonhosa aplicação de despedimentos coletivos - recorrendo à dispensa dos trabalhadores para anular vínculos, para não o renovar dos contratos.


3 - Travar a escalada de agressão aos direitos

Consideramos que a extensão e profundidade da escalada que está a ser concretizada contra os direitos dos trabalhadores não tem paralelo na história da Autonomia. Nunca como agora se verificou tão violenta ação para roubar direitos fundamentais de quem trabalha.

É por esta razão que se tornou um imperativo ético intervir com o objetivo de exigir do Governo Regional medidas imediatas que salvaguardem os trabalhadores desta Região face ao ataque à vida dos trabalhadores.

O COVID-19 não pode servir para vergar a espinha aos trabalhadores desta terra, nem para condenar à servidão os trabalhadores nestas ilhas.

Assim, é inadiável intervir para que a esta ofensiva contra os trabalhadores possa corresponder a mobilização de meios públicos de ação urgente e imediata à altura da gravidade do problema humano e social que está a ser criado na Região Autónoma da Madeira.

terça-feira, 24 de março de 2020

Depois do Covid-19 será a xenofobia a "matar"

O que seria da Madeira sem 30 anos com a União Europeia a jorrar dinheiro?

E quem o geriu, à vontade, para a situação actual?

Mote:

"Uma finlandesa residente na Madeira, nos últimos 30 anos, foi insultada e cuspida num supermercado do Funchal, na semana passada."

Foi um acto a par do que circula pelas redes sociais.

Vou contar um pormenor, de outros insultuosos, para que sirva de exemplo e resultado. Os holandeses são muito pragmáticos, até fere, o primordial é que funcione. Quando Erdoğan fez confusão, por altura das eleições na Turquia, em Rotterdam, os brandos costumes responderam com uma carga policial impensável. Depois, instituíram uma lei que anulou a vantagem de alguns elementos com duas nacionalidades naquele país, ou seja, deixou de haver o reconhecimento de dois passaportes por cidadão, o melhor de dois mundos segundo a conveniência, teriam de optar pela nacionalidade holandesa ou outra. É evidente que a situação gerou consciência e o resultado prático foi que a maioria preferiu, quando em condições de optar, pela segurança e uma qualidade de vida com passaporte holandês.

Com isto distinguiram claramente quem é estrangeiro e quem é nacional, não por perseguição xenófoba mas para encaixá-los num dos lados, ou sim ou sopas sem jogo. Afinal, onde viviam os turcos para fazer confusões políticas da Turquia nos Países Baixos? O madeirense está politicamente envenenado e nem sabe, padece dos mesmos sintomas de alguns turcos e por vezes é cata-vento conforme a conveniência.

Amsterdam é uma capital pequena, 850.000, se comparada com outras, mas fervilham 176 nacionalidades. A sã convivência só resulta se aderirem à mesma matriz que, naturalmente, são as regras holandesas onde a xenofobia é incomportável. Tem corrido muito bem a integração ao longo de décadas.

A Madeira tem turismo há 200 anos mas "eles" passam ao lado num vai e vem. Por modelo económico ganancioso de meia dúzia, ninguém se mete aqui com negócios vindos da Europa, nivelam por um sortido de indulgentes mafiosos que dão a imagem que o CINM e o GR têm. A idoneidade atrai negócios sãos, é um valor inestimável. Só o clima fixa estrangeiros e faz relacionar a Madeira com a Europa a outro nível. Esta xenofobia quando a Madeira tem uma excepção nos Vistos Gold é um veneno.

Se chegarem madeirenses com estes instintos xenófobos lá em cima, Países Baixos, eles arranjam maneira de devolver à procedência, mesmo com a livre circulação porque não cabem na matriz. É como actuar sobre um foco infeccioso tipo Covid-19 ... isolamento social. Garanto-vos. O estigma já existe, só ficaria institucionalizado.

Eu não sei bem este "povo superior" o que tem na cabeça, vão para uma crise medonha, não produzem nada, não têm dinheiro nem riquezas naturais, estão endividados até à ponta dos cabelos, basta falhar um navio e ficam com as calças na mão mas mesmo assim dão-se ao luxo de ofender toda gente. O vírus não é maldade dos povos, é por ventura uma reacção natural perante à falta de respeito pela natureza que gera alterações, desequilíbrios e mutações.

Não adiram às sementes lançadas por fracos líderes. Não adiram às cortinas de fumo que escondem a realidade. Vão se dar muito mal, estão a ver e a reportar lá para fora. Os que "mandam agredir" ficam sempre bem, o mal só sobeja para os madeirenses com as dívidas e os "castigos". Pensem nos contribuintes europeus solidários que mandaram dinheiro cá para baixo, com a instrução de promover a construção de uma sociedade homogénea e quem geriu esse dinheiro para não se consubstanciar.

Eu não vim avisar, vim dizer que vai correr mal, está tudo a passar lá para fora, para a Europa e para o continente. Os líderes, com responsabilidades governativas, que não são exemplo e estão sempre a arranjar culpas nos outros, são promotores de falsas questões para esconder as fragilidades da governação e das condições em que estamos, sobretudo na Saúde. O que devem pensar os contribuintes europeus ao ver esta xenofobia na Madeira? São reincidentes depois do período dos luso-venezuelanos. Até com os seus!

Estamos num excelente momento para comprovar quem conta perante a exigência da crise. Quem é que de facto lidera, é solidário, manda e tem dinheiro. Quem se preparou, não esbanjou e tem uma política e instituições robustas para dar resposta.

Nota #1:
Os chineses na Madeira são pacíficos, colmatam necessidades a baixo custo mas, são muitos, e têm máfias. Por outro lado, com o modelo económico madeirense, sempre a concentrar a riqueza em tão poucos, Donos Disto Tudo, os chineses chegam aqui e compram a Madeira de uma assentada com um palito no canto da boca. Esta crise é excelente para isso. Recordem-se do Karma de Jardim em relação aos chineses. Baixem a bola porque somos minúsculos.

Nota #2
Qualquer dia o Povo Superior não sai da Madeira. Sem meios financeiros, sem continuidade territorial, sem transportes e se saírem ainda apanham uma sova lá fora. Parem com a xenofobia, não estão a ver para onde caminham?

domingo, 22 de março de 2020

O vírus do medo


O medo tolhe a mente e limita a capacidade de agir com racionalidade. Sabemos disso, mas normalmente aplicamos aos outros. E só quando nos acontece a nós, quando ele se aproxima do nosso mundo, é que nos conseguimos aperceber que o seu sabor e o seu cheiro são bem diferentes do que quando apenas falávamos dele.

A ameaça do coronavírus está a nos facilitar esse entendimento, ao mostrar o sabor e o cheiro do medo. E ele está bem patente nos meios de comunicação e nas redes sociais. Se antes, quando não nos sentíamos ameaçados com esta intensidade, já se notava demasiada má formação e pouca racionalidade nas redes sociais, não é dominados pelo medo que se notará o oposto. Muito pelo contrário. E por isso abundam os comentários que expõem a irracionalidade primária do medo e de algumas mentalidades. Sempre potenciada pelos títulos sensacionalistas e pelas notícias propositadamente redigidas para apavorar e dividir.

Apontar os vindos de fora, estrangeiros ou madeirenses que viajaram, como os culpados da chegada do vírus à Madeira é primário. É lógico que veio de fora. Não por uma qualquer culpa destas pessoas, mas por que o vírus teve origem lá fora. Por isso não podia vir de dentro. Na verdade, em todos os países afectados, com excepção da China, ele veio de fora.

Odiar a China ou os chineses é primário. Os vírus e as doenças que propagam não são desejados por ninguém, nem mesmo no país onde surgem. Poderia ter surgido em qualquer outra parte do mundo onde a pobreza mistura a falta de higiene com a proximidade de animais selvagens e domésticos para consumo humano. E o mundo é grande e a pobreza também.

Olhar os turistas com hostilidade é primário. A Madeira é um destino turístico, é natural que os encontremos e não são mais propensos a estarem infectados do que os madeirenses que viajaram, que têm familiares ou amigos que viajaram ou que simplesmente trabalhem no turismo ou convivam com quem trabalha. E a não ser que vivamos encarcerados, tal aplica-se a todos nós. Porque o vírus não escolhe nacionalidades, profissões ou estatutos sociais. Escolhe sistemas imunitários, ao que parece.
Ser agressivo ou ter atitudes que rocem a xenofobia é primário e particularmente grave. Porque o vírus vai amainar e a vida vai retomar a normalidade, assim como as actividades ligadas ao turismo. Que é a nossa galinha dos ovos de ouro. E uma galinha maltratada não só não põe ovos como espalha a palavra e relata a forma como foi tratada. Somos um povo que se orgulha de receber bem os forasteiros. E temos de o demonstrar em todas as circunstâncias, não apenas quando lucramos com isso ou para nos gabarmos de prémios e outros superlativos.

Querer fechar o aeroporto a sete chaves é primário. Porque somos uma ilha, sem ligações marítimas que não sejam de carga e porque existem madeirenses lá fora que precisam voltar. Quem vai de férias, em trabalho ou para estudar não leva todo o dinheiro do mundo nem é seguro que o tenha. Ser surpreendido por fronteiras encerradas, voos cancelados ou tarifas não reembolsáveis esgota recursos e pode  deixar muitos em situações delicadas. E a ajuda das embaixadas, consulados e demais autoridades não são garantidas ou podem não chegar a tempo de evitar sérias aflições. Não deveria ser preciso que nos aconteça a nós pessoalmente ou às nossas relações para percebermos que é preciso acautelar estas situações, antes de exigirmos que se feche a única porta de entrada na ilha. Porque quando o mundo enlouquece todos queremos estar em casa. É natural. Mesmo que para isso,  e bem, tenhamos de ficar em quarentena e assim evitar sermos foco de propagação do vírus, queremos voltar. E temos esse direito.

Bloquear o aeroporto para que não aterrem aviões é primário. Onde aterrarão os aeronaves que vêm buscar os cidadãos de nacionalidade estrangeira para os levar de volta para os seus países? Também eles têm o direito de poderem voltar a casa. Apontar comportamentos irresponsáveis de turistas é compreensível. Mas não se formos mais brandos com os nossos próprios comportamentos errados. As autoridades existem e funcionam em ambos os casos. Deixe-mo-las trabalharem.

Decretar quarentena obrigatória e isolamento social na tentativa de diminuir o número de pessoas infectadas, que entupiriam o nosso já frágil serviço público de saúde não é primário. É necessário. Mas permitir que 3000 trabalhadores da construção civil continuem a laborar, sem condições de segurança, num sector cujo funcionamento neste momento não é essencial, é mais do que primário . É desumano e discriminatório. E não se entende a conivência dos decisores. A não ser que a tão propalada preocupação com a vida e saúde da população seja apenas para enganar primários. O mesmo se pode dizer dos quadrantes que defendem com unhas e dentes a santidade e a importância da vida humana mas que ainda não ofereceram um cêntimo de ajuda para fazer face a esta situação de emergência. Ou ainda daqueles que beneficiam dos dinheiros públicos e que agora parecem não ter mãos que nos possam estender.

Fica a esperança, leve mas resiliente, de que esta experiência nos ensine a nos colocarmos no lugar do outro e a cultivarmos a empatia que deverá nascer ou reforçar-se com a  tomada de consciência de que somos, naquilo que verdadeiramente interessa, todos equivalentes.

sábado, 21 de março de 2020

É o Covid-19, tonto. Distância.

Quando a sua ajuda aos semelhantes é fruto de motivação e preocupação sinceras, isso lhe traz sorte, amigos, alegrias e sucesso. Se você desrespeita os direitos dos outros e descuida-se do bem-estar alheio, acabará imensamente solitário, Dalai Lama
O Covid-19 é o "senhor" do momento. O Sporting, Benfica, Porto ..... o preço dos combustíveis, ....as férias , ... as idas ás praias, .... as finanças da nação e Região, ...... o mau (des)GR ..... as palermices na Saúde da RAM..... já foram . Ninguém se lembra. E a coligação negativa psd-M e cds-M e a sua desunião já ninguém se lembra delas. E muito bem, diga-se. A Saúde e a segurança vêm primeiro. Mas não nos devemos esquecer de uma coisa, O ESTADO DA SAÚDE NA RAM ERA POR SI JÁ UM PANDEMÓNIO A QUE SE JUNTOU A GUERRA "MÉDICA" ENTRE psd-M ( e os seus muchachos médicos ) e cds-M. E essa guerra em plena crise mundial do Covid-19 não foi boa para a união de esforços ou o redobrar de cuidados na Madeira. Nada. As excelências, primeiro tentaram tratar das SUAS coisas, do seu grupo, só depois é que começaram a TENTAR, repito, TENTAR trabalhar para combater o Covid. É o que dá não haver liderança, ou a liderança não existir ( seja no SESARAM, seja no GR ). Esta ausência, fez que a RAM fosse apanhada "com as calças na mão" ,apesar do muito show-off de tudo estar (bem) preparado. Num artigo próximo falarei sobre isso.

Mas o assunto é o COVID-19. É bom conhecermos o IN ( o inimigo, não o jornal on-line do regime desaparecido )

A imagem deste artigo, que repito ao lado, diz muito sobre o que é a taxa de propagação do Covid-19. Na medicina, quando uma nova espécie de vírus aparece, tenta-se logo perceber o que é a sua R0 ou melhor, o número básico de reprodução. Foi com o SARS em 2002 e com a MERS em 2012. Foi com a gripe espanhola, não estou a ser xenófobo de 1918, onde dos cerca 500 milhões de infectados a nível mundial, diz-se que morreram entre 50 a 100 milhões de pessoas ( muitas não foram contabilizadas porque não existiu ninguém que ficasse para contar ). Ou foi com o Ébola, nome de um rio no Congo, que passa por uma região onde apareceu e cuja taxa de mortalidade pode chegar aos 90%.
A R0 do Covid-19, pensa-se, atenção pensa-se, que esteja na casa dos 3 a 4 ( a OMS em Janeiro dava 1,4 a 2,5 ) numa escala de 5. Quer dizer, que a taxa de ataque, pensa-se actualmente, que seja de cerca 60-75% ( uma RO de 5 = taxa de ataque 100% ). Pensa-se. Porque, o que sabemos sobre o Covid é fruto dos estudos sobre os vírus que originaram as "pandemias" que acima referi e do conhecimento actualizado do que acontece ( lembram-se da Directora Geral da Saúde , Graças Freitas de dizer que aquilo era difícil de vir para a Europa ? ). Ora vejam aqui também:


(Aviso desde já os laranjitas que não se riam, porque o GR fez pior, muitíssimo pior)

Quando um novo vírus desconhecido aparece, a única forma de o combater é o isolamento das populações, para se ganhar tempo a que apareçam vacinas ou medicamentos que actuem eficazmente ou na pior das hipóteses atenuem os seus efeitos no ser humano ( e não só ).
Eu sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor, Madre Teresa de Calcutá
Uma curiosidade, a gripe espanhola, é uma forma distinta de um vírus a que chamamos "influenza" e posso garantir-vos que todos nós o temos: é a chamada e comum gripe. Por incrível que pareça, o Covid-19 é outra forma da "influenza". Portanto o vírus que transmite o Covid-19, com uma taxa de propagação elevada e de mortalidade global actualmente na ordem dos 2,5-3,5%, é primo do que transmitiu a gripe espanhola ( taxa de propagação e mortalidade elevadas ) e primo também do que transmite a nossa gripe ( taxa de propagação elevada e menor taxa de mortalidade ). E os estudos dizem-nos que antes, quando a comum gripe apareceu, à milhares e milhares de anos, os humanos sofreram e demasiados morreram. O que aconteceu. é que o grupo, em contacto com a gripe, foi ao longo dos tempos "imunizando-se" para aquela espécie de vírus. Se tivéssemos tempo, também poderíamos ficar imunizados ao Covid-19

Como acontece com a maioria dos vírus, eles são mais perigosos, mortais, quanto mais velhos os apanharmos ( veja-se o caso do sarampo e da ....gripe ). Os "miúdos" são mais auto-imunes, porque o seu sistema imunitário está ainda a desenvolver-se. Como nos outros vírus, o Covid é mais mortal, para os menos resistentes, os mais velhos ( a verdadeira democracia, onde todos somos iguais ) ou os mais debilitados por doença, nomeadamente respiratórias ou cardíacas. 
Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer, Carta a Polack, Kafka
O Covid-19 é em tudo parecido com a gripe comum, menos na sua taxa de propagação e mortalidade, por ser um vírus novo, onde tratamento não existe e porque o nosso corpo não está preparado para o receber. Já agora, no ano passado morreram em Portugal cerca de 3 000 ( TRÊS MIL ) pessoas devido à gripe normal, sempre nos grupos de maior risco. Os mais velhos e os mais debilitados por doença, maus tratos, fome, .........

Hoje estamos a fazer, o que sempre se fez perante doenças novas. Isolar pessoas e os grupos mais débeis. Lembram-se o que acontecia antigamente durante a Peste Negra ou os portadores de lepra ? Isolar pessoas, para estas "pestes" não se propagarem. Mas agora, como não aconteceu na SARS e MERS, o Covid-19 bateu-nos à porta. Aqueles que as tinham estavam lá longe, as galinhas eram abatidas, ........Não estávamos  preocupados. A China ficava longe e nós somos civilizados, temos sistemas de Saúde a funcionarem. Não somos bárbaros. Como se diz, "longe da vista, longe do coração". 

Faça o que puder, com o que tem, onde estiver, Theodore Roosevelt
Não existem mezinhas para afastar o Covid-19. Os Americanos começaram a fazer há 1/2/3 semanas, experiências com medicamentos e injecções em grupos de voluntários. Os alemães e japoneses ainda estão em fase laboratorial. Os chineses dizem já ter uma injecção eficaz ( traduzir por aparentemente de grande eficácia ) mas ......foram os primeiros a chamar os italianos por BURROS. Agora a brincar, porque temos de levar isto também brincando, podemos considerar o bispo EDIR MACEDO, que também diz ter solução e que isto é a obra do diabo. Chamo-lhe a isto o teomonetarismo. E não esquecer todos os mestres Bambas ( pelo menos estes dizem que devolvem o dinheiro se a cura não se efectuar ) e os Bambas maus, todos aqueles que tentam extorquir aos crédulo tudo e mais alguma coisa, em troco de segurança. Mas vejam Edir Macedo


A alma humana é feita para não estar sozinha, Pierre Chardin
Não querendo abusar, com a certeza que já ouviram ou leram isto, se faz favor façam APENAS isto:

1) se possível fiquem em casa

2) lavem bem e frequentemente as mãos ( para quem não quer usar anéis, tem uma boa desculpa para o fazer!!!, porque são difíceis lavar, os "bichos" ficam entre o metal e a pele )

3) usem o Covid-19 como uma oportunidade para NÃO roerem as unhas, não mexerem naquele pelo encravado na pele\face ou tirar a "remela" esquecida nos olhos. E NÃO é preciso cortar o cabelo minhas senhoras/meninas. Eles são bonitos assim. Basta apenas apanhá-lo. 

4) se saírem, quanto menor for a superfície do corpo exposta, melhor.

5) não usem máscaras ou luvas ( ou nestas tenham muito cuidado ao tirá-las). As primeiras porque nada fazem, as segundas porque entram em contacto com superfícies ou outros potencialmente com...E têm que as deitar fora e de novo lavar as mãos.

6) Quando chegarem a casa, tirem a roupa que usaram, antes de entrar em casa. Tomem um banho e vistam roupa "interna" ( se tiverem uma casa de banho fora de casa ... ou uma mangueira e tiverem cuidado com a vizinhança inconveniente...melhor ). A roupa usada, colocada num cesto próprio e máquina de lavar ou antes da máquina de lavar, logo numa bacia com água e sabão. Afoguem-nas

7) Um único par de sapatos para usar fora e estes nunca dentro de casa. Afinal já não é preciso mostrar "charme".

8) Se tiverem um jardim, saiam. Espaireçam. E se tiverem vizinhança, nada como colocar a bilhardice em dia, a uma distância de 2 mts. OK ? E nada de falar sobre o vizinho que pode estar à escuta. Ok ? Falem mal do Costa, Albuquerque, Calado, Cafôfo, .... dos Ramos, ..... mas falem. Troquem conversa, somos animais sociais, temos de falar, socializar. 

9) A criançada precisa de fazer algo. Não só TV, ou PC, ou Telemóvel, ou internet. Criem tarefas para todos, até para vocês ( senão, logo estão a trepar pelas paredes).. A garagem, o quarto, a sala, o carro, podem ser lavados em roulement. Existem sempre "ervitas" no jardim para tirar, ....desanuviem, vão à janela ( aqueles que não têm jardim ) e gritem se tiver que ser. 

10) façam amor. Isso ainda não faz pegar o Covid-19. Os casados/ajuntados/apanhados, inventem escapadelas em casa Um bom jogo, ainda mais quando têm crianças em casa. Mas nada de lhes dar uma "traulitada" ou xanax. OK ? Dizem que na China a taxa de divórcios ...disparou depois do isolamento acabar. Pode ser que assim um "babby-boom" apareça ( bem precisamos ).

11) 80% do que se diz na TV e órgãos de informação sobre o Covid-19, são fake-news  (ainda ontem na TVI, que gravo, vi um tipo com um gráfico onde a Madeira vinha com apenas 1 ( UM ) caso de Covid-19. Boa a agência de informação que o GR paga, para distorcer e criar a ideia de uma região "limpa" onde tudo corre sobre rodas e um bom (chamo-lhe tonto, burro)  jornalista que continua a passar peças idílicas .....sobre a RAM. Nesta altura turismo não é preciso. Ok ?

12) e se faz favor, não acreditem em tudo o que o Sr. Delegado de Saúde da Madeira diz, muito menos nas conferências de imprensa promovidas pelo IASaúde. A informação é factual e mente-se por omissão.

13) Acreditem, os vizinhos e os turistas não são nossos inimigos. Nem quem vem do continente. São como nós e têm de ter o civismo para estar EFECTIVAMENTE em quarentena. Não a fazer um rodeo antes de chegar a casa.

14) Basta ver as noticias 1 vez por dia. Caso contrário ficamos intoxicados. Não vejam demasiada RTP-M, ou aquilo que chamam de telejornal. É telelixo. Aconselho o telejornal da RTP1 e RTP2. Aqui vejo a CNN e a BBC.

15) Não se esqueçam que o TURISTA é nosso amigo. Ele vai lembrar-se da forma como o trataram e vai dizê-la aos amigos. Não sejamos XENÓFOBOS, como parece pretender querer o GR, A "culpa" não é do estrangeiro ou do que vem de fora. É de quem teve tempo para se preparar e disse estar preparado ( mal como vemos ).. Show-off para os "tolos" engolirem e tentar fazer esquecer a desgraça do estado de guerra na Saúde da RAM.
Puxar em comum, mas não pensar em comum, Marco Aurélio
Porque na RAM não existe liderança e lucidez nos seus responsáveis para combater esta praga, sejamos nós lideres, tenhamos respeito uns pelos outros, sentido cívico, critico e capacidade de separar o "trigo do joio". Ajudemo-nos, sejamos solidários, mesmo à distância ...de uma janela, de um quintal, de um pregão,.....

OBS 
Hoje, na altura que escrevo estas linhas, cerca de 14h ouço na TVI que existem 7 casos ( são já 11 ) de Covid-19, que a maioria é estrangeira ( já são ela por ela ) . Não sejamos xenófobos, porque o GR pretende fazer passar as "culpas" para os estrangeiros, nem autistas, porque o GR está sem líder. Mas isso fica para outra altura e outro artigo.

Bora lá sair dessa tristeza. Nada como uma boa risada. Vamos ao médico ? Raul Solnado.